Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Relação Estrutura-Atividade Propriedades Estruturais e Ação dos Fármacos - Ação dos fármacos: interação entre a micro (fármaco) e biomacromolécula (sítio de ligação biológico) – Fase farmacodinâmica. - De acordo com o tipo de interação entre o fármaco e a biofase, podemos dividí-los em dois grupos: 1 – Fármacos estruturalmente inespecíficos: dependem única e exclusivamente de suas propriedades físico-químicas (ex: coeficiente de partição óleo/água, pKa) para promover o efeito biológico; 2 – Fármacos estruturalmente específicos: seu efeito farmacológico se deve à interação específica com determinada biomacromolécula, denominada receptor ou biorreceptor; esta interação é dependente da estrutura do fármaco (arranjo espacial dos grupamentos funcionais), que deve ser complementar ao sítio de ligação localizado na biomacromolécula. Fármacos estruturalmente inespecíficos Ex: Anestésicos gerais Mecanismo de ação (mais aceito): envolve alterações de biomembranas lipoprotéicas, elevando o limiar de excitabilidade celular ou interação inespecífica com sítios hidrofóbicos de proteínas do SNC. Atuam por interações do tipo van der Waals. > lipossolubilidade, > potência Fármacos estruturalmente específicos Modelo chave-fechadura: Biomacromolécula = Fechadura Sítio de ligação = Buraco da fechadura Micromoléculas = Chaves / Ligantes: 1 – Chave original: agonista natural, endógeno, ou substrato natural de uma enzima. Leva à resposta biológica. 2 – Chave modificada: semelhante à chave original. Agonista modificado, sintético ou natural, complementar ao sítio receptor. Leva à resposta biológica similar ao agonista natural. 3 – Chave falsa: propriedades estruturais mínimas para que tenha acesso à fechadura, mas não permite a abertura da porta. Antagonista, sintético ou natural. Se liga ao receptor mas não é capaz de promover resposta biológica, bloqueando a ação do agonista endógeno ou modificado. Agonistas Possuem estruturas semelhantes àquelas do ligante endógeno, interagem com o receptor e desencadeia a resposta positiva deste, isto é, o mesmo efeito do ligante endógeno (e = 1). 7 Antagonistas Agem inibindo um receptor e são usados para reduzir o efeito do ligante endógeno. Pode ter ação competitiva ou não-competitiva, dependo da natureza do receptor. Possuem, em geral, pouca semelhança com o ligante endógeno do receptor (e = 0). Antagonista competitivo: Interação com o receptor é reversível. Quanto mais alta a concentração do antagonista, maior será a concentração do agonista necessária para de obter a resposta máxima. Antagonista não-competitivo: Interação com o receptor é irreversível. Sua ação independe da concentração do agonista. Quanto mais alta a concentração do antagonista não-competitivo, mais baixa é a resposta máxima do agonista. Forças intermoleculares na interação fármaco-receptor As principais forças envolvidas na interação fármaco-receptor são as forças eletrostáticas, de dispersão de London (van der Waals), hidrofóbicas, ligações de hidrogênio e as ligações covalentes. O grau de afinidade e a especificidade da interação vai depender destas interações. 1) Forças eletrostáticas Tipos: a) íon-íon (interação iônica): E = 5 a 10 kcal/mol b) íon-dipolo: E = 1 a 7 kcal/mol c) dipolo-dipolo: E = 1 a 7 kcal/mol Fatores estereoquímicos envolvidos na interação fármaco-receptor O volume do ligante, as distâncias interatômicas e arranjo espacial entre os grupos farmacofóricos são de fundamental importância nas interações entre a micromolécula e a biomacromolécula. A biomacromolécula apresenta, na grande maioria dos casos, um sítio de ligação específico para um determinado ligante. 1) Configuração absoluta Devido à natureza quiral dos aminoácidos, que constituem a maioria das macromoléculas receptoras e alvos terapêuticos, os fármacos enantioméricos, na maioria das vezes, apresentam diferentes atividades biológicas. Enantiômeros: imagens especulares não superponíveis, que apresentam as mesmas propriedades físico-químicas, exceto pelo desvio da luz polarizada (e atividades biológicas). O enantiômero terapeuticamente útil é conhecido como eutômero e o que apresenta menor afinidade, de distômero (IUPAC). Figura 16: Norefedrina Teoria do modelo dos 3 pontos: a interação entre fármaco e receptor, para ter atividade maior, deve acontecer em três pontos com o receptor. Diferentes estereoisômeros também podem apresentar diferenças farmacocinéticas, como absorção, metabolismo e eliminação. RELAÇÕES ESTRUTURA-ATIVIDADE EM QUINOLONAS A INSERÇÃO DE ÁTOMO DE F AUMENTA A ATIVIDADE: incremento na lipofilia, maior permeação de membranas e maior inibição da enzima alvo ácido oxolínico ácido nalidíxico rosoxacino cinoxacino QUINOLONAS DE PRIMEIRA GERAÇÃO enoxacino norfloxacino ofloxacino pefloxacino ciprofloxacino QUINOLONAS DE SEGUNDA GERAÇÃO (FLUORQUINOLONAS)
Compartilhar