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1 SEMINÁRIO TEOLÓGICO INTERCONTINENTAL Curso de Bacharelado em Teologia TRABALHO DE RESTITUIÇÃO Se é necessário, para a salvação, fazer-se a restituição do que foi tirado injustamente a outrem. O segundo discute-se assim. – Parece não ser necessário para a salvação, fazer a 2 restituição do que foi tirado injustamente a outrem. 1. – Pois, o impossível não é de necessidade para a salvação. Ora, às vezes é impossível restituir o que foi tirado injustamente a outrem, por exemplo, quando o privamos de um membro ou da vida. Logo, parece não ser de necessidade para a salvação restituirmos o que tiramos injustamente a outrem. 2. Demais. – Cometer um pecado não é de necessidade para a salvação porque, então, ficaríamos sem saber o que fazer. Ora, às vezes o que foi injustamente tirado a outrem não pode ser restituído sem pecado; por exemplo, quando o privamos da sua boa reputação, divulgando a verdade. Logo, restituir o que foi injustamente tirado a outrem não é de necessidade para a salvação. 3. Demais. – Não é possível tornar não feito o que o foi. Ora, às vezes uma pessoa perde a 3 honra por ter sofrido uma ofensa injusta de outrem. Logo, não podendo ser restituído o que lhe foi injustamente tirado, fazer tal restituição não é de necessidade para a salvação. 4. Demais. – Parece que quem impede outrem de alcançar um certo bem priva-o dele, porque faltar pouco é quase não faltar, como diz o Filósofo. Ora, quem o impede de alcançar uma prebenda, ou um bem semelhante, parece não estar obrigado a restituí-lo, pois que, às vezes, não o poderia. Logo, restituir o que foi injustamente tirado a outrem não é de necessidade para a salvação. Mas, em contrário, diz Agostinho: não é remitido o pecado se não for restituído o que foi injustamente tirado. SOLUÇÃO. – A restituição, como já dissemos, é um ato de justiça comutativa, a qual supõe uma certa igualdade. Por onde, restituir 4 implica em tornar a entregar a coisa que foi injustamente tirada; e, assim, sendo de novo restituída, a igualdade se restabelece. O que foi, porém, tirado justamente daria lugar a uma desigualdade se fosse restituído, porque a justiça consiste numa igualdade. Ora, observar a justiça sendo de necessidade para a salvação, é consequente que seja de tal necessidade restituir o que foi injustamente tirado. DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. – Onde não é possível dar uma compensação equivalente, basta recompensar o que for possível, como o prova a honra que devemos a Deus e aos pais, conforme diz o Filósofo. Portanto; quando o que foi tirado injustamente não é susceptível de restituição por igualdade, deve-se dar uma compensação tanto quanto possível. Assim, quem privou a outrem de um membro deve recompensá-lo pecuniariamente ou por 5 alguma honra, consideradas as condições de ambas as pessoas, conforme o arbítrio de um homem prudente. RESPOSTA À SEGUNDA. – De três modos podemos privar a outrem da sua boa reputação. De um modo, divulgando a verdade, justamente, por exemplo, quando revelamos o crime de outrem, observada a ordem devida. E, então, não estamos obrigados a reparar a boa reputação. - De outro modo, divulgando uma falsidade injusta; e então, estamos obrigados a restituí-la, confessando que dissemos uma falsidade. - De terceiro modo, divulgando a verdade, mas injustamente, como quando revelamos o crime de outrem, contra a ordem devida. E, então, estamos obrigados a reparar a boa reputação, na medida do possível, mas, sem mentir; dizendo, por exemplo: que falamos mal ou difamamos injustamente. Ou, se não pudermos reparar a 6 boa reputação, devemos de outra maneira dar à vítima uma recompensa, como dissemos a propósito dos outros casos. RESPOSTA À TERCEIRA. – Não é possível tornar não existente um ato injurioso. É possível, porém, repararmos o seu efeito, a saber, a diminuição da dignidade da pessoa ofendida na opinião dos outros, testemunhando-lhe o nosso respeito. RESPOSTA À QUARTA. – De muitos modos podemos impedir alguém de obter uma prebenda. De um modo, justamente; por exemplo, quando visando a honra de Deus e a utilidade da Igreja, procuramos com que ela seja dada a uma pessoa mais digna. E, então, de nenhum modo estamos obrigados a restituir ou a dar qualquer recompensa. De outro modo, injustamente; por exemplo, se procuramos, por ódio, vingança ou sentimento semelhante, danificar a quem impedimos. E então, se impedirmos de ser 7 dada a prebenda a uma pessoa digna, aconselhando que não lha deem antes de estar estabelecido que lhe seria dada, estamos obrigados a alguma compensação, ponderadas as condições das pessoas e do negócio, segundo a arbitragem de um homem prudente. Não estamos porém obrigados a recompensar por igualdade, porque a prebenda ainda não fora obtida e podia não o ser, por muitos impedimentos. Se, porém já estava estabelecido que a prebenda devia ser dada a alguém e, por uma causa indevida, fizemos com que essa doação fosse revogada, seria isso o mesmo que tirá-la a quem já a possuía. E, portanto estamos obrigados à restituição do equivalente, mas, contudo, segundo as nossas posses. 8 O que é Restituição Espiritual? Deus tem coisas maravilhosas, ministérios profundos, respostas tremendas, por isso estamos neste Retiro Espiritual, clamando por Restituição. O Senhor diz: “Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes.” (Jeremias 33, 3). Deus lhe restitui porque Ele é justo. O Senhor lhe restitui porque o mundo precisa ver a testificação, em sua vida, da diferença entre aquele que serve e aquele que não serve ao Senhor. “Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve.” (Malaquias 3, 18). 9 Quando a sua família e os seus conhecidos começarem a ver as avalanches de Restituição em sua vida, ninguém criticará mais você, pelo contrário, todos se converterão a Jesus, querendo o Deus que você serve. Infelizmente, muitas igrejas fazem seus membros se darem por satisfeitos simplesmente por assistirem seus cultos de vez em quando, cercados de uma dúzia de participantes, onde a Palavra nunca mudou nada em suas vidas e jamais provaram o poder do Espírito Santo. Comunidades “mornas” que não transformam sua geração, que não conduzem vidas à Salvação, que não se opõem às obras destruidoras das trevas, vivendo uma vidinha pacata e medíocre que nem “cosquinha” faz no inferno. 10 Na Igreja Cristã Contemporânea não é assim. Nós não aceitamos que o inferno assole vidas tão preciosas para Deus, inadmitimos que o povo de Deus ande em desvantagem, cremos que o Espírito Santo nos conduz em triunfo de forma a vivermos todo o potencial de vida que, como filhos do Senhor, temos herança. Creia que Deus preparou para você neste ano de Restituição coisas que: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano...” (1 Coríntios 2, 9). No livro do profeta Joel, o Senhor diz: “Restituir-vos-ei os anos (ou seja: o tempo) que foram consumidos... (Joel 2, 25). Imagine, foram 2000 anos onde gerações e mais gerações de homoafetivos foram apartados do Reino de Deus. Anos consumidos pelo gafanhoto, anos de escuridão que, a partir da Igreja Cristã 11 Contemporânea, começa a se tornar em restituição para toda a nossa nação. Nestes dias, Deus restituirá o tempo perdido sobre a nação contemporânea com grande poder, como nunca antes aconteceu na terra. Será uma restituição onde tudoo que não foi feito será rapidamente realizado. Assim, todo o atraso trazido pelo inimigo se tornará em grande impulso para o corpo de Cristo, em outras palavras, isto significa que aquilo que tinha necessidade de ser feito em 10 anos será realizado em 1 ano; aquilo que levaria um ano, será edificado em um mês; o que precisaria de um mês levará apenas 1 dia... O Senhor Jesus multiplicará a sementeira, trará todos os recursos necessários de forma milagrosa, distribuirá sobre a nação contemporânea a maior unção de Restituição já provada. 12 Por isso, não projete o seu futuro baseado no seu passado, porque no passado havia a marca do roubo e, assim, as coisas não renderam, mas a partir de agora, creia que no seu futuro você contará com a marca da Restituição do Senhor. Pastor Marcos Gladstone
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