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RECURSOS
Recurso é o meio ou instrumento destinado a provocar o reexame da decisão, no mesmo processo em que proferida, com a finalidade de obter-lhe a invalidação, a reforma, o esclarecimento ou a integração.
• o recurso prolonga o estado de litispendência, não instaura processo novo. É por isso que estão fora do conceito de recurso as ações autônomas de impugnação (ação rescisória, mandato de segurança contra ato judicial, reclamação, embargos de terceiro etc.).
• o recurso é “simples aspecto, elemento, modalidade ou extensão do próprio direito de ação exercido no processo”. O direito de recorrer é conteúdo do direito de ação (e também do direito de exceção), e o seu exercício revela-se como desenvolvimento do direito de acesso aos tribunais.
• O direito de recorrer é potestativo (“é o direito sobre o qual não recaí qualquer discussão, ou seja, ele é incontroverso, cabendo a outra parte apenas aceitá-lo, sujeitando-se ao seu exercício”), porque produz a instauração do procedimento recursal e o respectivo complexo de situação jurídicas dele decorrentes, como, por exemplo, o direito à tutela jurisdicional recursal (direito à resposta estado-juiz, que deve ser qualificado pelos atributos do devido processo legal) e o dever do órgão julgador examinar a demanda. O direito tutela jurisdicional recursal é um direito a uma prestação. 
◘ os recursos geralmente provocam
	• reexame da matéria
	• impugnação da decisão recorrida
	• na remessa necessária, a impugnação é, por sua vez, compulsória, por força da lei.
O recurso pode ser voluntário ou necessário.
A provocação é sempre voluntária. 
A impugnação é que pode ser voluntário ou compulsória.
O meio de impugnação da decisão judicial é composto dos seguintes instrumentos.
RECURSOS -> meio de impugnação da decisão judicial utilizada no mesmo processo em que é proferida. Pelo recurso prolonga-se o curso (a litispendência) do processo.
AÇÕES AUTONOMAS DE IMPUGNAÇÃO -> é o instrumento de impugnação da decisão judicial, pelo qual se dá origem a um processo novo, cujo objetivo é o de atacar ou interferir, em decisão judicial. Não se veicula no mesmo processo, gera outro. Ex: ação rescisória, querela nullitatis, os embargos de terceiro, o mandado de segurança e o habeas corpus contra ato judicial e a reclamação.
SUCEDÂNEOS RECURSAIS -> é todo meio de impugnação da decisão judicial que nem é recurso e nem é ação autônoma de impugnação. É uma categoria residual. Ex: pedido de reconsideração, pedido de suspensão da segurança e correição parcial.
PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
• pressupõe dois órgãos judiciários diversos, postos em posição de hierarquia: um inferior, outro superior. A decisão proferida pelo órgão de grau inferior é revista pelo órgão de grau hierárquico superior.
DUPLO GRAU VERTICAL -> revisto por outro órgão de nível hierárquico superior.
DUPLO GRAU HORIZONTAL -> é revisto por órgão da mesma hierarquia, mas de composição diversa. Juizados Especiais a turma é composta por juízes de primeira instância.
LIMITAÇÕES AO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
• é possível haver limitações estabelecidas pelo legislador ordinário. Art. 34 da Lei de Execuções Fiscas (6.830/80)
 Art. 34 - Das sentenças de primeira instância proferidas em execuções de valor igual ou inferior a 50 (cinqüenta) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, só se admitirão embargos infringentes e de declaração.
        § 1º - Para os efeitos deste artigo considerar-se-á o valor da dívida monetariamente atualizado e acrescido de multa e juros de mora e de mais encargos legais, na data da distribuição.
        § 2º - Os embargos infringentes, instruídos, ou não, com documentos novos, serão deduzidos, no prazo de 10 (dez) dias perante o mesmo Juízo, em petição fundamentada.
        § 3º - Ouvido o embargado, no prazo de 10 (dez) dias, serão os autos conclusos ao Juiz, que, dentro de 20 (vinte) dias, os rejeitará ou reformará a sentença.
• também constituem restrições admitidas as técnicas que atribuem ao tribunal o julgamento direto do mérito, sem que órgão inferior haja feito.
Art. 1.013.  A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
§ 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado.
§ 2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
§ 3o Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando:
I - reformar sentença fundada no art. 485 (sem mérito);
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
§ 4o Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau.
• ou que permitem ao recorrente deduzir questões novas no recurso
Art. 1.014.  As questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.
REGRAS QUE MERECEM DESTAQUE
Art. 1.013.  A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
§ 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado.
§ 2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
§ 3o Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando:
I - reformar sentença fundada no art. 485;
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
§ 4o Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau.
§ 5o O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável na apelação.
Apreciada uma das questões de mérito (decadência, por ex.), ao tribunal, rejeitando-a, julga as demais que não forma examinadas na sentença.
Interposta apelação contra sentença que não examina o mérito (art. 485 CPC), o tribunal pode julgar diretamente o mérito.
O tribunal percebe afronta à regra da congruência e, anulada a decisão, prossegue e julga o mérito (art. 141 e 492 do CPC) sem esse vício.
Art. 141.  O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.
Art. 492.  É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
Parágrafo único.  A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional.
O juiz omite a apreciação de um dos pedidos formulados pelo autor e o tribunal corrige o vício, julgando-a.
O juiz, num caso de cumulação eventual de pedidos, acolhe o primeiro e deixa de examinar o segundo, ou vice-versa.
O tribunal anula a sentença por vício de fundamentação (art. 485, § 1º, CPC = negligência das partes por 1 ano e não promover atos e diligências ou abandonar a causa por mais de 30 dias) e julga a causa com motivação adequada.
 CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS
QUANTO A EXTENÇÃO DA MATÉRIA
Art. 1.002.A decisão pode ser impugnada no todo ou em parte.
RECURSO PARCIAL -> é aquele que, em virtude de limitação voluntária, não compreende a totalidade do conteúdo impugnável da decisão. O recorrente decide impugnar apenas uma parcela ou um capítulo da decisão.
	• quando a decisão contém mais de uma resolução ou quando resolve mais de uma pretensão, diz-se que cada parte dessa constitui um capítulo da sentença. (DIDIE JR.)
◘ Os capítulos da sentença podem versar sobre o mérito, ou seja, sobre o pedido formulado pela parte, podem versar sobre matéria processual ou podem igualmente versar tanto sobre a matéria processual como sobre o mérito.
OS CAPÍTULOS DA SENTENÇA PODEM AINDA SER
INDEPENDENTES -> são aqueles em que cada parte da sentença pode subsistir se o outro tiver sido negado.
DEPEDENTES -> estão presentes quando há uma relação de prejudicialidade ou de subordinação, tal como sucedo com os juros. Condenação em sucumbência.
CONDICIONANTES -> quando o objeto do processo é composto ou decomponível. O objeto composto é decorrente de uma cumulação de PRETENSÕES, p. ex. danos morais e materiais, rescisão contratual e ressarcimento, reconvenção, denunciação à lide, ajuizamento de uma oposição, ação declaratória incidental. Já o decomponível, embora única a pretensão, englobar coisa ou bem suscetível de contagem, medição, pesagem, ou seja, quantificação.
• o Capítulo não impugnado fica acobertado pela preclusão.
Se envolver pressuposto processual, somente resta ação rescisória.
RECURSO TOTAL ->é aquele que abrange todo o conteúdo impugnável da decisão recorrida. Se o recorrente não especificar a parte que impugna da decisão, deve ser interpretado como total.
QUANTO À FUNDAMENTAÇÃO
LIVRE -> é aquele em que o recorrente está livre para, nas razões do seu recurso, deduzir qualquer tipo de crítica em relação a decisão sem que isso tenha qualquer influência da sua admissibilidade. A causa de pedir não está delimitada pela lei, podendo o recorrente impugnar a decisão alegando qualquer vício. Ex: apelação, agravo de instrumento e recurso ordinário.
VINCULADA -> a lei limita o tipo de crítica que se possa fazer contra a decisão impugnada. O recurso caracteriza por ter fundamentação típica. É preciso “encaixar” a fundamentação do recurso em dos tipos legais. O recurso não pode ser utilizado para veicular qualquer espécie de crítica à decisão recorrida. Por ex. embargos de declaração, recurso especial e recurso extraordinário.
ATOS SUJEITOS A RECURSO E RECURSO EM ESPÉCIE
• Somente as decisões judiciais podem ser alvo de recurso.
• os despachos, atos não decisórios, são irrecorríveis.
Art. 1.001.  Dos despachos não cabe recurso.
• também são irrecorríveis os atos praticados pelo escrivão ou chefe de secretária por conta de delegação do magistrado.
• as decisões que podem ser proferidas pelo juízo singular são a decisão interlocutória e a sentença. Será decisão interlocutória toda decisão que não encerrar o procedimento em primeira instância; sentença é a decisão judicial, enquadrando-se numa das hipóteses do art. 485 ou do art. 487 do CPC, encerra o procedimento em primeira instância, ultimando a fase de conhecimento ou de execução.
HÁ CINCO ESPÉCIES DE DECISAO
Juiz: interlocutória e sentença
Em tribunal, unipessoal do relator, unipessoal pelo presidente ou vice-presidente do Tribunal e acórdão.
• da sentença cabe apelação, havendo raros casos em que da sentença cabe agravo ou outro tipo de recurso.
• a decisão interlocutória pode ser passível de agravo de instrumento ou de apelação.
• das decisões unipessoais de relator cabe agravo interno. E dos acórdãos é possível, a depender da hipótese, ser interposto recurso ordinário, recurso especial ou recurso extraordinário.
• de toda as decisões cabem, desde que presentes seus requisitos, embargos de declaração.
ESQUEMA PRÁTICO
DESISTÊNCIA DO RECURSO
O recurso é uma demanda e, nessa qualidade, pode ser revogada, pelo recorrente; A revogação do recurso chama-se desistência. A desistência pode ser parcial ou total, e pode ocorrer até o inicio do julgamento (até a prolação do voto). O recorrente pode desistir por escrito ou em sustentação oral. Trata-se de ato disposito que independe de consentimento da parte adversária e da homologação judicial para produção dos efeitos imediatos, somente necessitando de homologação para produzier efeitos a desitência da ação, e não a desistência do recurso.
• a desistência pressupõe recurso interposto; se o recurso ainda não foi interposto, e o interessa e manifesta vontade de não o interpor, o caso é de renúncia.
• no caso de litisconsócio unitário, a desistência do recurso somente é eficaz se todos os litincossortes desistirem.
• a desistência impede uma nova interposição do recurso de que se desitiu, mesmo se ainda dentro do prazo. Preclusão.
• a desistência é fato impeditivo.
• o poder de desistir do recurso é especial e deve constar expressamente da procuração outorgada ao advogado.
• a desitência do recurso pode implicar extinção com ou sem mérito.
RENÚNCIA AO DIREITO DE RECORRER E AQUESCÊNCIA À DECISÃO
A renúncia ao direito de recorrer é ato pelo qual uma pessoa manifesta a vontade de não interpor o recurso de que poderia valer-se contra determinada decisão. Independe da aceitação da outra parte.
Art. 999.  A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte.
• a renúncia é fato extintivo do direito de recorrer.
• a aceitação é o ato por que alguém manifesta a vontade de conformar-se com a decisão proferida.
• a aquiescência pode ocorrer antes ou depois do recurso interposto.
Art. 1.000.  A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer.
Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem nenhuma reserva, de ato incompatível com a vontade de recorrer.
• a aceitação e a renúncia implicam preclusão lógica do direito de recorrer.
JUÍZO DE ADMSSIBILIDADE E JUÍZO DE MÉRITO DO RECURSO
O juízo de admissibilidade é a decisão sobre a aptidão de um procedimento ter o seu mérito (objeto litigioso) examinado. Aqui verifica-se os requisitos de admissibilidade.
No juízo de mérito, que é aquele “em que se apura a existência ou inexistência de fundamento para o que se postula, tirando-se daí as consequências cabíveis, isto é, acolhendo-se ou rejeitando-se a postulação.
No primeiro julga-se admissível ou inadmissível; no segundo procedente ou improcedente.
O juízo de admissibilidade é sempre preliminar ao juízo de mérito; a solução do primeiro determinará se o mérito será ou não examinado. 
O juízo de admissibilidade se opera no plano da validade dos atos jurídicos e se aplica o sistema das invalidades.
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
POSITIVO -> quando se conhece ou se admite o recurso, passando-se a examinar seu mérito.
NEGATIVO -> quando não se admite ou conhece do recurso, deixando-se de analisar seu mérito.
PROVISÓRIO -> quando for interposto perante o órgão a quo (órgão que proferiu a decisão recorrida), esse poderá, a depender da previsão normativa, exercer juízo provisória de admissibilidade.
DEFINITIVO -> cabe ao órgão ad quem (órgão a quem o recurso se destina) exercer o juízo definitivo de admissibilidade.
• quando o órgão judiciário reputa inadmissível um recurso, diz-se que ele não o conhece ou não o admitiu.
◘ as questões relativas ao juízo de admissibilidade podem, em regra, ser conhecidas e decididas de ofício pelo órgão judiciário – excetua-se a não comprovação da interposição de agravo de instrumento em autos de papel, que somente poderá levar ao juízo de inadmissibilidade se houver provocação do agravado.
• ressalvado o agravo de instrumento, os recursos são interpostos perante o órgão que proferiu a decisão recorrida. Em regra, o juízo a quo não tem competência para fazer o juízo de admissibilidade do recurso – o recurso extraordinário e o especial pode.
Art. 1.018.  O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento,do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso.
§ 1o Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento.
§ 2o Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no caput, no prazo de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo de instrumento.
§ 3o O descumprimento da exigência de que trata o § 2o, desde que arguido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento.
Art. 932.  Incumbe ao relator:
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes;
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal;
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
IV - negar provimento a recurso que for contrário a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o tribunal;
VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso;
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal.
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.
Art. 1.021.  Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.
§ 1o Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada.
§ 2o O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.
§ 3o É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno.
§ 4o Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa.
§ 5o A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no § 4o, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.
	OBJETO DO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
O objeto do juízo de admissibilidade dos recursos é composto dos chamados requisitos de admissibilidade, que se classificam em dois grupos, de acordo com a classificação de Barbosa Moreira
REQUÍSITOS INTRÍNSECOS – concernentes à própria existência do direito de recorrer; cabimento, legitimação, interesse e inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer.
REQUISITOS EXTRÍNSECOS – relativos ao modo e exercício do direito de recorrer; preparo, tempestividade e regularidade formal.
CABIMENTO – requisito de admissibilidade que deve ser examinado em duas dimensões, que podem ser representadas por duas peguntas:
A decisão é, em tese, recorrível?
Qual o recurso cabível contra esta decisão?
• se se interpõe o recurso adequado contra uma decisão recorrível, vence-se esse requisito intrínseco de admissibilidade recursal.
• pode desdobrar em dois elementos:
	A previsão legal do recurso e sua adequação: previsto o recurso em lei, cumpre verificar se ele é adequado a combater aquele tipo de decisão. Se for positiva a resposta, revela-se então, cabível o recurso.
◘ a doutrina consagra três princípios do sistema recursal brasileiro correlatos ao estudo do cabimento: fungibilidade, unirecorribilidade (singularidade) e taxatividade.
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE DOS RECURSOS
- É aquele pelo qual se permite a conversão de um recurso em outro, no caso de equívoco da parte, desde que não houvesse erro grosseiro ou não tenha precluído o prazo para interposição. Trata-se de aplicação específica do princípio da instrumentalidade das formas.
- decorre dos princípios da boa-fé processual, da primazia da decisão de mérito e da instrumentalidade das formas.
- de um modo geral, deve-se aceitar-se um recurso pelo outro sempre que não houver má-fé ou outro comportamento contrário a boa-fé objetiva.
	• é preciso que haja uma dúvida objetiva quando ao cabimento do recurso, ou seja, impõe a necessidade de existir uma dúvida razoavelmente aceita, a partir de elementos objetivos, como a equivocidade do texto da lei, divergência doutrinárias ou jurisprudenciais.
	• é preciso que não haja “erro grosseiro”
REGRA DA UNICIDADE, UNIRRECORRIBILIDADE OU SINGULARIDADE
De acordo com essa regra, não é possível a utilização simultânea de dois recursos contra a mesma decisão; para cada caso, há um recurso adequado e somente um. Ressalvadas as exceções adiante mencionadas, a interposição de mais de um recurso contra uma decisão implica inadmissibilidade do recurso interposto por último.
A regra da singularidade não impede a interposição de um único recurso para impugnar mais de uma decisão. Se, por exemplo, o juiz profere uma decisão e, antes do término do prazo recursal, vem a proferir outra, pode parte, num único recurso, impugnar ambas, desde que esse mesmo recurso seja adequado a combater as duas decisões.
ATENÇÃO
Contra acórdãos objetivamente complexos (mais de um capítulo), é possível imaginar o cabimento simultâneo de recurso especial e recurso extraordinário.
Admite-se, doutrinariamente, embora se trate de hipótese no mínimo discutível, a interposição simultânea de embargos de declaração e outro recurso contra a decisão.
REGRA DA TAXATIVIDADE – consiste na exigência de que a enumeração dos recursos seja taxativamente prevista em lei. O rol legal dos recursos é numerus clausus. Só há recursos legalmente previstos.
Não se admite a criação de recurso pelo regimente interno do tribunal.
O STF já decidiu que não pode o estado-membro criar recurso novo por lei estadual.
Não se admite, também, a criação de recurso por negócio processual, ainda que lastreado no art. 190 do CPC.
LEGITIMIDADE
Previsto no art. 996 do CPC “ o recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.
PARTE – legitimidade recursal da parte
Quando a lei menciona a “parte vencida” como legitimada a recorrer, quer referir-se não só a autor e réu, haja ou não litisconsórcio, mas também ao terceiro interveniente, que, com a intervenção, se tornou parte. 
O assistente simples ou litisconsorcial, o denunciado, o chamado etc. recorrem na qualidade de parte, pois adquirem essa qualidade pela intervenção do terceiro.
No conceito de parte vencida também deve ser incluído aquele sujeito processual que é parte apenas de alguns incidentes, como é o caso do juiz, na arguição de suspeição ou de impedimento de suspeição (art. 145, §5, CPC), e o terceiro desobediente, no caso de aplicação da multa do§2º do art. 77 do CPC.
RECURSO DO ASSISTENTE SIMPLES
Art. 121.  O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido.
Parágrafo único.  Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o assistente será considerado seu substituto processual.
Art. 122.  A assistência simples não obsta a que a parte principal reconheça a procedência do pedido, desista da ação, renuncie ao direito sobre o que se funda a ação ou transija sobre direitos controvertidos.
Art. 123.  Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio o assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da decisão, salvo se alegar e provar que:
I - pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido, foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença;
II - desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu.
• o assistente pode suprir qualquer omissão do assistido, e não apenas revelia.
• Se o assistido expressamente tiver manifestado a vontade de não recorrer, renunciando ao recurso ou desistindo do recurso já interposto, o recurso do assistente não poderá, efetivamente, ser conhecido, pois a atuação do assistente simples fica vinculada à manifestação da vontade do assistido (art. 122 do CPC).
AMICUS CURIAE
Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.
§ 1o A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3o.
§ 2o Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes do amicus curiae.
§ 3o O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas.
• a intervenção está prevista do rol das intervenções de terceiro. Leva à conclusão de que é um sujeito dos sujeitos parciais do processo – parte, portanto. A ele, por exemplo, não se aplicam as regras sobre suspeição ou impedimento, aplicáveis aos auxiliares da justiça. Autuará, em juízo, na defesa dos interesses que patrocina. Não implica alteração de competência a intervenção do amicus curiae.
• os poderes sãos os mesmo das partes principais, autor e réu.
• como regra não pode recorrer.
	EXCEÇÃO: garante-se a ele o direito de opor embargos de declaração e o de recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas.
• é possível recorrer da decisão que não admita sua intervenção.
OBSERVAÇÃO 
Há um caso de legitimidade recursal, previsto na legislação extravagante, bastante peculiar.
Trata-se da legitimação recursal da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), quando atua no processo na qualidade de amicus curiae. De acordo com o §3º do art. 31 da lei n. 6/835/76, à comissão é atribuída legitimidade para interpor recursos, quando as partes não o fizerem”. Trata-se de uma legitimidade recursal subsidiária.
TERCEIRO, é aquele que não participa do processo.
O recurso de terceiro é uma modalidade de intervenção de terceiro; o terceiro, com o recurso, passa a fazer parte do processo.
• cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto processual.
Art. 996.  O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.
Parágrafo único.  Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto processual.
◘ Há três hipóteses de recurso de terceiro.
	• o terceiro recorrente afirma-se titular (ou cotitular) de relação jurídica conexa àquela discutida no processo. É o caso do terceiro que poderia ter sido assistente simples, mas não foi, permanecendo, até então, como sujeito estranho ao processo. Nessas duas hipóteses, o terceiro afirmar-se titular do direito atingido pela decisão.
Terceiro hipótese: o terceiro afirma-se legitimado extraordinário e, portanto, autorizado a discutir em juízo de direito de que não é titular. Nesse caso, o terceiro ingressa no processo como legitimado extraordinário:
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ATENÇÃO: EXEMPLO QUE O DIDIER JR. USA NO LIVRO: VERIFICAR. NÃO CAI NA PROVA.
É que acontece quando um colegitimado à tutela coletiva (uma associação, por exemplo) recorre da decisão do juiz que homologa um compromisso de ajustamento de conduta celebrado pelo Ministério Público e o réu da ação civil pública (art. 5º, §6º, Lei nº 7-347/85).
Didier leciona que trata-se de recurso de terceiro juridicamente prejudicado. O terceiro prejudica há de afirmar-se titular ou da mesma relação jurídica discutida ou de uma relação jurídica conexa com aquela deduzida em juízo ou, ainda, ser um legitimado extraordinário.
MINISTÉRIO PÚBLICO
O Ministério Público pode recorrer na qualidade de parte ou de fiscal da ordem jurídica.
◘ a legitimação recursal como fiscal da ordem jurídica é concorrente com a das partes, mas é primária, ou seja, independente do comportamento delas (a propósito, o enunciado da Súmula do STJ: “O Ministério Público tem legitimidade para recorrer no processo em que oficiou como fiscal da lei, ainda que não haja recurso da parte”). A regra vale inclusive para a ação acidentária: nesse sentido, o enunciado 226 da Súmula do STJ: “O Ministério Púbico tem legitimidade para recorrer na ação de acidente do trabalho, ainda que o segurado esteja assistido por advogado”.
•Recurso interposto por Ministério Público do Estado deve ser acompanhado, ainda que em tribunal superior, por membro dessa parcela do Ministério Público, e não por membro do Ministério Público Federal.
• O STJ entende possível a atuação do Ministério Público estadual nos tribunais superiores, Didier adota esse posicionamento.
• O STF possui entendimento semelhante ao afirmar que “ O Ministério Público estadual tem legitimidade ativa autônoma para atuar originariamente neste Supremo Tribunal, no desempenho de suas prerrogativas institucionais relativamente a processos em que seja parte”.
INTERESSE
Para que o recurso seja admissível, é preciso que haja utilidade – o recorrente deve esperar, em tese, do julgamento do recurso, situação mais vantajosa, do ponto de vista prático, do que aquela em que o haja posto a decisão impugnada – e necessidade – que lhe seja preciso usar as vias recursais para alcançar este objetivo.
Apesar de se relacionar a sucumbência com interesse, atenção no embargos, pois não há necessidade de sucumbência necessariamente.
• o autor, vitorioso no pedido subsidiário (art. 326, caput, CPC), pode recorrer para obter o pedido principal.
INTERESSE RECURSAL EVENTUAL
Nem sempre o interesse recursal surge imediatamente após a intimação da decisão. Há caso em que, publicada a decisão, não tem a parte interesse de impugná-la, mas, com o recurso da parte contrária, o interesse pode vir a aparecer.
É o que acontece na apelação do vencedor para impugnar decisão interlocutória, (art. 1.009, §1º, CPC). Por ter sido vencedora, a parte não tem interesse de impugnar a sentença; mas a parte vencida impugnou a sentença e, sendo ela vitoriosa em seu recurso, surge o interesse da parte vencedora em discutir as decisões interlocutórias que haviam sido contraela. Nesse caso, o interesse recursal surge apenas depois de a parte vencida ter apresentado apelação; é, por isso, um interesse recursal eventual. 
◘INTERESSE RECURSAL E FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO RECORRIDA
A motivação não fica imutável pela coisa julgada material (art. 502 do CPC).
Didier fala que existe situação que infirmam essa premissa:
Embargos de declaração;
Recurso nos casos de coisa julgada secundum eventum probationis;]
Extensão da coisa julgada à questão prejudicial incidental;
Formação de precedente obrigatório.
PAREI NA PG. 119/120 DO LIVRO RECURSOS 3.
FALA SOBRE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E GENERALIDADE, BLABLA DO DIDIER.
INEXISTÊNCIA DE FATO IMPEDITIVO OU EXTINTIVO DO PODER DE RECORRER
Há requisitos de admissibilidade do recurso: fatos que não podem ocorrer para que o recurso seja admissível. São os fatos impeditivos e extintivos do direito de recorrer.
• é impeditivo do poder de recorrer o ato de que diretamente haja resultado a decisão desfavorável àquele que, depois, pretenda impugná-la. 
	Ex. da sentença que homologa a desistência, não pode recorrer a parte que desistiu. Opera preclusão lógica, ato incompatível com o respectivo exercício.
• a desistência, a renúncia, ao direito sobre o que se funda a ação e o reconhecimento da procedência do pedido são fatos impeditivos do direito de recorrer, salvo se o recorrente pretender discutir a validade de tais atos, o que redundaria na rescisão judicial que os tenha por fundamento.
• são extintivos do direito de recorrer a renúncia ou aceitação ao direito de recorrer e a aceitação.
TEMPESTIVIDADE
O recurso deve ser interposto dentro do prazo fixado em lei. O CPC/15 unificou os prazos recursas em 15 dias, ressalvado o prazo dos embargos (5 dias). Os prazos fixados em dias, contam-se em dias úteis.
Art. 219.  Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Parágrafo único.  O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.
• o termo inicial do prazo recursal é o da intimação da decisão.
Art. 1.003.  O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão.
§ 1o Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão intimados em audiência quando nesta for proferida a decisão.
§ 2o Aplica-se o disposto no art. 231, incisos I a VI, ao prazo de interposição de recurso pelo réu contra decisão proferida anteriormente à citação.
§ 3o No prazo para interposição de recurso, a petição será protocolada em cartório ou conforme as normas de organização judiciária, ressalvado o disposto em regra especial.
§ 4o Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada como data de interposição a data de postagem.
§ 5o Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias.
§ 6o O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de interposição do recurso.
• a intimação deve vir acompanhada do conteúdo da decisão; não basta a intimação com o mero resultado do julgamento, desacompanhada da íntegra do que se decidiu.
• se a decisão for proferida em audiência, os sujeitos serão considerados intimados nessa mesma audiência.
• em virtude do princípio da publicidade, os pronunciamentos judiciais devem ser veiculados do DJ eletrônico. A pública pode ter finalidade de intimação das partes.
Art. 231.  Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio;
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça;
III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria;
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por edital;
V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;
VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar em cumprimento de carta;
VII - a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico;
VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório ou da secretaria.
Art. 272.  Quando não realizadas por meio eletrônico, consideram-se feitas as intimações pela publicação dos atos no órgão oficial.
§ 1o Os advogados poderão requerer que, na intimação a eles dirigida, figure apenas o nome da sociedade a que pertençam, desde que devidamente registrada na Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 2o Sob pena de nulidade, é indispensável que da publicação constem os nomes das partes e de seus advogados, com o respectivo número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, ou, se assim requerido, da sociedade de advogados.
§ 3o A grafia dos nomes das partes não deve conter abreviaturas.
§ 4o A grafia dos nomes dos advogados deve corresponder ao nome completo e ser a mesma que constar da procuração ou que estiver registrada na Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 5o Constando dos autos pedido expresso para que as comunicações dos atos processuais sejam feitas em nome dos advogados indicados, o seu desatendimento implicará nulidade.
§ 6o A retirada dos autos do cartório ou da secretaria em carga pelo advogado, por pessoa credenciada a pedido do advogado ou da sociedade de advogados, pela Advocacia Pública, pela Defensoria Pública ou pelo Ministério Público implicará intimação de qualquer decisão contida no processo retirado, ainda que pendente de publicação.
§ 7o O advogado e a sociedade de advogados deverão requerer o respectivo credenciamento para a retirada de autos por preposto.
§ 8o A parte arguirá a nulidade da intimação em capítulo preliminar do próprio ato que lhe caiba praticar, o qual será tido por tempestivo se o vício for reconhecido.
§ 9o Não sendo possível a prática imediata do ato diante da necessidade de acesso prévio aos autos, a parte limitar-se-á a arguir a nulidade da intimação, caso em que o prazo será contado da intimação da decisão que a reconheça.
• a tempestividade do recurso é aferida pela data do protocolo. O Protocolo pode ser em cartório ou nos protocolos descentralizados
• para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada como data de interposição a data de postagem.
Art. 1.003.  O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão.
§ 1o Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão intimados em audiência quando nesta for proferida a decisão.
§ 2o Aplica-se o disposto no art. 231, incisos I a VI, ao prazo de interposição de recurso pelo réu contra decisão proferida anteriormente à citação.
§ 3o No prazo para interposição de recurso, a petição será protocolada em cartório ou conforme as normas de organização judiciária, ressalvado o disposto em regra especial.
§ 4o Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada como data de interposição a data de postagem.
§ 5o Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias.
§ 6o O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de interposição do recurso.
Art. 213.  A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia do prazo.
Parágrafo único.  O horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser praticado será considerado para fins de atendimento do prazo.Art. 932.  Incumbe ao relator:
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes;
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal;
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
IV - negar provimento a recurso que for contrário a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o tribunal;
VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso;
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal. 
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.
• caso haja dúvida deve o relator determinar ao recorrente que junte a comprovação da tempestividade do recurso, nos termos do parágrafo único do art. 932 do CPC. De todo modo, cabe ao recorrente comprovar a existência de feriado local no ato da interposição do recurso – nesse caso, é possível a comprovação posterior, se o recorrente alegar o feriado e afirmar não ter tido condições de obter a sua comprovação a tempo; se o recorrente nem mesmo alegar o feriado, não poderá comprovar posteriormente, em razão da boa-fé objetiva.
• recurso interposto antes do início do prazo é tempestivo.
• a intimação da União, Estados, Município e de suas respectivas autarquias e fundações será realizada perante órgão de Advocacia Pública responsável pela sua representação judicial.
• a intimação da Advocacia Pública, da Defensoria Pública e do Ministério Público será pessoal; considera-se pessoal a intimação feita por carga, remessa ou meio eletrônico.
INTIMAÇÃO VIDE ART. 269 A 275 CPC.
• Fazenda Pública e Ministério Público possuem prazo em dobro para recorrer. A regra vale inclusive quando qualquer um deles interpuser o recurso como terceiro. Em ambos os casos, a dobra não se aplica se houver prazo criado especificamente para um desses entes.
• O prazo em dobro é para qualquer manifestação processual, o que inclui as contrarrazões.
• as partes patrocinadas pela Defensoria Pública possuem prazo em dobro para recorrer – vale inclusive quando se tratar de recurso de terceiro. O benefício se estende àquele que esteja sendo patrocinado por núcleo de prática jurídica de instituição de ensino superior (pública ou privada) ou por entidade que presta serviço de assistência judiciária, em convênio com a Defensoria Pública.
• Litisconsortes com advogados diferentes têm direito a prazo em dobro para recorrer. Os advogados distintos devem pertencer a escritórios de advocacia diferentes. O benefício independe de requerimento e não se aplica nos casos de processo em autos eletrônicos.
“Não se conta em dobro o prazo para recorrer, quando só um dos litisconsortes haja sucumbido. ” Súmula 641 do STF.
• se a decisão recorrida for proferida liminarmente, o réu ainda não se encontra nos autos e, por isso, seu advogado não pode ser intimado. Assim, nesses caso, aplica-se o disposto no art. 231, I a VI, para a contagem o prazo para o réu recorrer da decisão.
Art. 231.  Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio;
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça;
III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria;
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por edital;
V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;
VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar em cumprimento de carta;
• o prazo para o recurso do terceiro é o mesmo de que dispõe a parte, iniciando-se no mesmo momento, inclusive: a data da intimação. Exatamente porque é terceiro, ele não é intimado; o prazo para o seu recurso conta-se da data em que a parte for intimada.
• se durante o prazo de interposição, sobrevier o falecimento da parte ou de seu advogado, ou ocorrer motivo de força maior que suspensa o curso do processo, devolve-se integralmente o prazo à parte.
Art. 1.004.  Se, durante o prazo para a interposição do recurso, sobrevier o falecimento da parte ou de seu advogado ou ocorrer motivo de força maior que suspenda o curso do processo, será tal prazo restituído em proveito da parte, do herdeiro ou do sucessor, contra quem começará a correr novamente depois da intimação.
REGULARIDADE FORMAL. A REGRA DA DIALETICICIDADE DOS RECURSOS.
• para que o recurso seja conhecido, é necessário, também, que preencha determinados requisitos formais que a lei exige; que observe “a forma segundo a qual o recurso deve revestir-se”. Nelson Nery Jr.
Tem que apresentar os documentos que a lei exige no recurso.
Ex.
Apresentar as suas razões, impugnando especificamente os fundamentos da decisão recorrida (art. 932, III, CPC);
Juntar as peças obrigatórias no agravo de instrumento, quando se tratar de processo em autos de papel;
Juntar, em caso de recurso especial fundando na divergência jurisprudencial, a prova da divergência, bem como demonstrar, com análise das circunstâncias da decisão recorrida e da decisão paradigma, a existência dessa divergência;
Afirmar a existência de repercussão geral do recurso extraordinário;
Formular o pedido recursal;
Respeitar a forma escrita para interposição do recurso (juizado especial cível tem exceção).
APELAÇÃO
• é o recurso cabível contra a sentença e as decisões interlocutórias não impugnáveis por agravo de instrumento (art. 1.009, §1º, CPC)
• o capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável na apelação. Ver art. 1013, CPC.
ATENÇÃO
Não cabe apelação das sentenças proferidas em execução fiscal de valor igual ou inferior a 50ORTN (R$328,27), cabe embargos infringentes de alçada, prazo de dez dias, sem preparo. Ou embargos de declaração.
Da decisão (sentença) que decreta falência cabe agravo de instrumento
APELAÇÃO CONTRA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Somente são agraváveis as decisões nos casos expressamente previstos em lei. As decisões não agraváveis devem ser atacadas na apelação.
• Tal sistemática restringe-se à fase de conhecimento, não se aplicando às fases de liquidação e de cumprimento de sentença, nem ao processo de execução de título extrajudicial. Nestes casos, toda e qualquer decisão interlocutória é passível de agravo de instrumento. Também caberá agravo de instrumento contra qualquer decisão interlocutória proferida em processo de inventário (art. 1015, pu, CPC).
• Na fase de conhecimento, as decisões agraváveis são sujeitas à preclusão,caso não se interponha o recurso. Aquelas não agraváveis, por sua vez, não se sujeitam à imediata preclusão, podem ser suscitadas em apelação ou contrarrazões, se não for feita neste momento, preclui.
MAIS BLABLA DO DIDIER. VERIFICAR ART. 1013, CPC.
REGULARIDADE FORMAL E PRAZO
A apelação deve ser interposta no prazo de quinze dias por meio de petição escrita dirigida ao juízo de primeira instância que proferiu sentença. Não se admite apelação oral.
Aplica-se as regras especiais de dobra de prazo, previstas para entes públicos, Ministério Público, Defensoria Pública e litisconsortes com advogados distintos e etc...
Na contagem de prazo fixados em dias, contam-se dias úteis.
◘No procedimento do ECA, o prazo é de dez dias, vale pro MP, pois é a lei que fixa. Art. 198, II, ECA.
A apelação pode ser interposta ou por petição de interposição que contenha, separadamente, as razões recursais. Tem que ser no mesmo tempo.
Se não tiver a assinatura do adv ou não estando habilitado, intima para regularizar o vício. Art. 932, pu do CPC.
Art. 1.010, CPC.
A apelação tem de conter, ainda, a exposição do fato e do direito aplicável e as razões que justificam o pedido recursal. 
A apelação deve dialogar com a sentença.
Não se pode indicar peça para servir de base, por ex. inicial, contestação.
É inadmissível o recurso que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida.
A apelação é um recurso de fundamentação livre.
A apelação deve conter o pedido de nova decisão.
Ao se demonstrar erro in procedendo, deve o apelante requerer a anulação da sentença.
Se for erro in iudicando, deverá requerer sua reforma.
◘Caso a sentença seja citra petita, por não ter examinado um pedido, cabem embargos de declaração; caso os embargos não sejam acolhidos, é possível apelar e pedir ao tribunal que proceda à integração da decisão, tal como, aliás, autoriza o inciso III § 3º do art. 1013, CPC.
EFEITO DEVOLUTIVO
A apelação, como qualquer outro recurso, produz efeito devolutivo.
Por força o efeito devolutivo, são transferidas ao órgão ad quem as questões suscitadas pelas partes no processo, com o objetivo de serem reexaminadas.
O efeito devolutivo pode ser analisado em relação à sua profundidade e à sua extensão.
Quando a extensão é definida pelo recorrente no pedido recursal. Trata-se do aforismo tantum devolutum quantum appellatum. Art. 1013, CPC.
A profundidade do efeito devolutivo é “medida pelo material jurídico e fático com que o órgão ad quem poderá trabalhar. Na verdade não é somente a matéria efetivamente abordada na sentença que poderá ser inserida no efeito devolutivo da apelação. Trata-se das questões de fatos e direito discutidas antes da sentença, no decorrer do processo, desde que sejam do capítulo impugnado. Art. 1013, CPC.
A devolução permitida pelo §1º do art. 515, CPC.
É por isso, que, “quando reformar sentença que reconheça a decadência ou prescrição, o tribunal, se possível julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau. 
QUESTÃO PREJUDICIAL INCIDENTAL RESOLVIDA E EFEITO DEVOLUTIVO NA APELAÇÃO
§1º do art. 503 do CPC estende a coisa julgada à solução da questão prejudicial incidental, observados alguns pressupostos.
•questão prejudicial incidental decidida e que não tenha sido impugnada é questão preclusa – não poderá o tribunal, no julgamento do recurso, que porventura tenha outro objeto examiná-lo.
ACORDO DE ORGANIZAZAÇÃO DO PROCESSO E PROFUNDIDADE DO EFEITUO DEVOLUTIVO DA APELAÇÃO
§2º do art. 357 permite que as partes levem ao juiz, para homologação uma organização consensual do processo.
• há um negócio bilateral – litescontestatio contemporânea.
As partes delimital consensualmente as questões jurídicas que reputam fundamentais para a solução do mérito. Podem, por exemplo, negociar qual direito aplicácel ao caso, ou negociar que eventual prescrição da pretensão ou da exceção não deve ser examinada pelo juiz, que restringirá ao exame do pedido.
Art. 190, CPC.
O juiz fica vinculado a delimitação, nos exatos termos em que vincula a decisão de saneamento e organização do processo proferida solitariamente pelo julgador.
O acordo de organização do processo é, portanto, um limitador da profundidade do efeito devolutivo da apelação.
APELAÇÃO NOS CASOS DE IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO
Proferida sentença com base no art. 332, CPC (improcedência liminar do pedido) e interposta apelação, poderá o juiz retratar-se, modificando sua sentença (art. 332. §3º, CPC). Mantida que seja a sentença pelo próprio juiz e admitida a apelação, o réu será citado para responder ao recurso, no prazo de quinze dias (art. 332, §4º).
EFEITO SUSPENSIVO

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