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FACULDADE DOM LUIZ DE ORLEANS E BRAGANÇA BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS WANDERLEI DOS SANTOS SANTANA CASO ERON Ribeira do Pombal - BA 2011 WANDERLEI DOS SANTOS SANTANA CASO ERON Pesquisa apresentado ao curso de Ciências Contábeis da Faculdade Dom Luiz de Orleans e Bragança, como requisito parcial para avaliação da Disciplina Teoria da Contabilidade. Professor: Darlan Sandro Ribeira do Pombal - BA 2011 O CASO ENRON Um breve enfoque baseado n o filme The Smartest Guys in the Room (os caras mais espertos da sala). A ENRON foi uma empresa fundada em 1931 e tinha como principal atividade a distribuição e transmissão de energia. Por muitos anos consagrados à empresa mais inovadora dos Estados Unidos. Isso tudo devido ao grande número de empreendimentos, diversificados do seu segmento principal de atuação, o da energia. Porém a empresa tão inovadora e à frente de seu tempo teve seu destino marcado pela atuação de maus administradores, ou melhor, administradores muito poderosos e com tamanha liberdade de atuação, que, em sendo assim usurparam de tal situação para lhes favorecerem. Tudo começou quando o presidente da ENRON, Jeff Skilling optou por usar um método contábil denominado de “marcações a mercado” (mark to market), ou seja, um método no qual lucros de operações de longo prazo são lançados nos balanços como se fossem correntes. O uso constante desta prática contábil fez com que a ENRON lançasse em seus balanços valores altíssimos para as suas receitas correntes sem que, necessariamente, estes números estivessem somando em seu patrimônio real. Isso fazia com que o mercado tivesse dificuldades para saber como a ENRON ganhava tanto, mas pela sua tradição e tamanho, como empresa, eram poucos os que tinham dúvidas sobre a legitimidade de suas demonstrações financeiras. Assim sendo a ENRON podia manipular o mercado. Cada nova aquisição lhe dava uma projeção de lucros extraordinários que eram contabilizados como receita corrente, fazendo assim com que seu valor de mercado chegasse a patamares elevadíssimos tornando-a a 7° maior empresa dos Estados Unidos. Além de utilizar em suas demonstrações as “marcações a mercado” os administradores também manipulavam o mercado criando várias empresas para o repasse de débitos, fazendo assim com que a ENRON não revelasse seu real endividamento. Todos esses métodos juntos faziam com que seus demonstrativos financeiros fossem “maquiados”, assim, mesmo com péssimos rendimentos anuais a empresa transpassava segurança e confiabilidade para os investidores. Era evidente a insustentabilidade de tal situação por muitos anos, uma vez que os negócios tidos como inovadores começaram a não dar certo e os lucros projetados não foram sendo concretizados, a ENRON entrou num ciclo vicioso e sem volta cujo destino já era certo. No caso em destaque os administradores usurparam do poder de controle à eles facultados, gerando o denominado antropomorfismo, no qual, a pessoa física personifica em si a própria empresa. Isso se deve a uma série de fatores que Fábio Konder Comparato bem suscita em seu livro “O Poder de Controle na Sociedade Anônima”. Um dos fatores para esse antropomorfismo e conseqüente abuso por parte dos administradores da ENRON foi a gigantesca diluição acionaria existente entre os sócios minoritários, essa dispersão afastou a massa acionista da vida empresarial, tal fato fez com que o detentor do poder de controle, ou seja, o grande investidor institucional, no caso o chefe-executivo Ken Lay, deliberasse dentro da empresa com alto grau de independência administrativa. Fábio Comparato destaca que tal independência faz negar o principio de que a “empresa está sempre subordinada à sociedade e a sua exploração constitui, propriamente, objeto social”, os administradores, detentores do núcleo real de poder, a partir de um determinado momento começaram a explorar a empresa para sua fruição própria e seus objetivos não comungavam mais com o objetivo social da empresa. Com a massa acionista deslocada do poder sem capacidade controladora, restou-lhes acreditar na manipulação feita pelos administradores. O caso ENRON nos mostra na pratica relevantes pontos suscitado pelo autor supracitado. Comparato descreve, em sua obra, a preocupação em como a dogmática clássica, que rege o direito comercial, não pode ser simplesmente transposta à uma realidade econômico-social marcada pela proliferação dos novos tipos societários hodiernos. Muitos dos fatores que levaram a ENRON a pedir sua concordata são abordados pelo autor como: o problema circunscrito à grande diluição acionária, em como a personificação do poder empresarial pode ter como conseqüência um abuso deste poder e em como deve ser bem estabelecido o conceito de propriedade dentro de uma empresa. Esses são alguns dos temas abordados por Comparato e que se não forem substancialmente abordados pelo direito, afim de que se evitem novos casos, como o da ENRON, podem causar ainda, principalmente no Brasil, um país com indústrias emergentes aonde o movimento financeiro no mercado acionário cresce a cada dia, muitas decepções. CONCLUSÃO: De acordo o que foi assistido e com o que pesquisei observei que a nossa contabilidade é muito frágil, porém, muito importante, pois, é através dela que obteremos informações que possam nos orientar a investir e tomar decisões que possam melhorar a vida das pessoas ou não, vai depender de que forma utilizaremos. Como podemos ver foi criado uma fachada onde demonstrava resultados que não existiam, porém, muitas pessoas tiveram prejuízos como aconteceu. Em relação a nossa região, observo que acontece coisa parecida no meu ponto de vista, onde empresas criadas e com certo tempo é fechada, pelo menos em documentos, pois a parte física continua a funcionar, porém, com outro nome. Acredito que eu para sonegar impostos ou coisa assim parecida. Fonte: http://academico.direito-rio.fgv.br/wiki/Andr%C3%A9_Sarian,_Resenha_Caso_Enron,_Cap%C3%ADtulo _4,_O_Poder_de_Controle_na_Sociedade_An%C3%B4nima,_Fabio_Konder_Comparato,_03_de_Mar%C3%A7o_de_2008. Acessado em 01 out 2011. �
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