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Tolerância e Autoimunidade

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TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
AUTOIMUNIDADE
DISTÚRBIOS DE HIPERSENSIBILIDADE
ELIZANGELA MAIRA DOS SANTOS
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA
- Mecanismo inibitório de 
regulação das respostas 
imunes específicas, 
induzida por antígenos 
próprios ou não;
- Inativação funcional ou 
inabilidade do sistema 
imune para responder a um 
estímulo antigênico
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
Antígenos não próprios podem ser imunógenos ou 
tolerógenos dependendo de:
• características físico-químicas;
• dose e rota de administração;
• características genéticas do hospedeiro
TOLERÓGENOS X IMUNÓGENOS
TOLERÓGENOS X IMUNÓGENOS
Reconhecimento 
específico de antígenos
pelos 
linfócitos 
Tolerância
imunológica
Resposta
imunológica
Tolerógenos
Imunógenos
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
IMPORTÂNCIA DOS MECANISMOS DE TOLERÂNCIA
• proteção contra reações autoimunes;
• proteção contra reações alérgicas;
• prevenção contra rejeição de transplantes;
• manutenção de infecções causadas por 
microorganismos patogênicos (exaustão clonal);
• equilíbrio da magnitude das respostas imunes 
específicas
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
MECANISMOS: TOLERÂNCIA CENTRAL E PERIFÉRICA
Tolerância Central 
dos Linfócitos T 
(durante maturação 
no timo):
• células T imaturas 
que reconhecem Ags 
próprios são 
eliminadas;
• células T imaturas 
reconhecem Ags 
próprios e se 
diferenciam em 
células T reguladoras 
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
MECANISMOS: TOLERÂNCIA CENTRAL E PERIFÉRICA
Tolerância Periférica dos Linfócitos T: 
células T maduras reconhecem Ags próprios nos tecidos 
periféricos e se tornam incapazes de responder a esses 
Ags
• Anergia – linfócitos T CD4+ maduras são expostas ao Ag na 
ausência de coestimuladores (ausência de resposta funcional);
• Supressão dos linfócitos T pelas células T reguladoras 
secretoras de IL-10 e TGF-β → ausência de resposta 
imunológica e manutenção da autotolerância;
• Apoptose – morte celular devido ao reconhecimento de Ags 
próprios sem inflamação, ou estímulo repetido pelos mesmos 
Ags
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
MECANISMOS: TOLERÂNCIA CENTRAL E PERIFÉRICA
Tolerância Periférica dos Linfócitos T: 
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
MECANISMOS: TOLERÂNCIA CENTRAL E PERIFÉRICA
Tolerância Central dos Linfócitos B (estágios iniciais de maturação na 
medula óssea):
• Edição de receptor: células B imaturas que reconhecem Ags próprios 
sofrem recombinação genética e expressam novo receptor de antígeno 
com nova especificidade 
(edição de receptores - região hipervariável do anticorpo antígeno-
específica é editada com diferente segmento gênico);
• Deleção: em casos de falhas na edição de receptores as células que 
continuam responsivas ao próprio morrem por apoptose;
•Anergia: linfócitos B em desenvolvimento reconhecem Ags próprios e 
respondem fracamente, tornando-se não responsivas (anérgicas)
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
TOLERÂNCIA CENTRAL E PERIFÉRICA DOS LINFÓCITOS B 
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA
TOLERÂNCIA INDUZIDA POR ANTÍGENOS ESTRANHOS
Fatores que promovem a tolerância do sistema imune:
• inóculo de altas doses de antígenos;
• persistência do antígeno no hospedeiro;
• indução oral ou intravenosa;
• ausência de adjuvantes;
• baixos níveis de co-estimuladores
- Antígenos protéicos administrados de forma subcutânea ou 
intradérmica com adjuvantes → Imunização (resposta imune)
- Altas doses administradas na corrente sanguínea sem 
adjuvantes → Tolerância
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
TOLERÂNCIA INDUZIDA POR ANTÍGENOS ESTRANHOS
Adjuvantes:
substâncias administradas junto com antígenos protéicos purificados para 
maximizar as respostas dos linfócitos T:
• produtos microbianos (micobactérias mortas, LPS);
• hidróxido de alumínio;
• adjuvante de Freud completo: óleo mineral e bacilos da tuberculose 
mortos
Funções:
- estimulam as respostas imunes inatas no sítio de exposição ao Ag;
- ativação de células dendríticas (↑ expressão MHC e apresentação do Ag); 
- induzem a expressão de coestimuladores pelas células;
-↑atividade de linfócitos T auxiliares e a secreção de citocinas;
- imunização/vacinação
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
TOLERÂNCIA INDUZIDA POR ANTÍGENOS ESTRANHOS
Tolerância Oral: tolerância imune adaptativa sistêmica 
aos antígenos que são ingeridos ou administrados por 
via oral
(é um tipo de tolerância periférica na qual os linfócitos 
maduros tornam-se não funcionais ou irresponsivos após 
administração de um antígeno por via oral)
• deleção clonal;
• anergia;
• células T supressoras (mucosa intestinal, placas de 
Peyer, linfonodos mesentéricos, baço);
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
Principais fatores para o desenvolvimento da tolerância 
oral:
• natureza dos Ags: 
Ags solúveis → tolerância
Ags particulados → imunização
• doses do Ag: 
administração única de altas doses → tolerância
exposição contínua ao Ag por ingestão de baixas doses → tolerância
• características genéticas do hospedeiro
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
TOLERÂNCIA INDUZIDA POR ANTÍGENOS ESTRANHOS
• A autoimunidade pode ser resultante da falha nos mecanismos de 
autotolerância em linfócitos B ou T:
- a perda da autotolerância pode ocorrer se os linfócitos autorreativos não 
forem eliminados ou inativados durante ou após a maturação;
- defeitos na deleção (seleção negativa) de células B ou T autorreativas 
nos órgãos linfóides centrais;
- defeitos na edição dos linfócitos B;
- baixa concentração, ou defeitos funcionais nas células T reguladoras;
- apoptose defeituosa de linfócitos autorreativos maduros;
- ativação de APC que supera mecanismos reguladores e resulta em 
ativação excessiva de linfócitos T
AUTOIMUNIDADE
PATOGÊNESE DA AUTOIMUNIDADE
• A autoimunidade pode ser 
resultante da susceptibilidade 
genética ou causas ambientais, 
como infecções e lesões teciduais 
locais:
- genes de susceptibilidade podem 
interromper a autotolerância;
- a infecção ou necrose nos tecidos 
promove a migração de células do 
sistema imune e a entrada de linfócitos 
autorreativos, resultando em lesões 
teciduais;
- infecções e lesões alteram a forma 
dos Ags próprios, e aumentam a 
exposição de Ags próprios que estavam 
ocultos;
AUTOIMUNIDADE
PATOGÊNESE DA AUTOIMUNIDADE
• Doenças autoimunes podem ser sistêmicas ou órgão-específicas, 
dependendo da distribuição dos Ags próprios reconhecidos;
• Doenças autoimunes tendem a ser crônicas e progressivas: 
- Ags próprios persistentes;
- as lesões podem gerar apresentação de novos Ags teciduais próprios e 
desencadear novas respostas autoimunes;
• Mecanismos efetores responsáveis pelas lesões teciduais em 
doenças autoimunes: imunocomplexos, autoanticorpos circulantes, 
linfócitos B e T autorreativos
AUTOIMUNIDADE
PATOGÊNESE DA AUTOIMUNIDADE
DOENÇAS AUTOIMUNES
• Hipotireoidismo: 
intensa produção de autoanticorpos direcionados para proteínas da 
tireóide e infiltração de células; 
• Anemias autoimunes: 
anemia hemolítica (autoanticorpos específicos para antígenos das 
Hms), 
anemia perniciosa (autoanticorpos específicos para proteínas da 
membrana das cels gástricas que facilitam absorção de vitamina B12);
• Diabetes melitos tipo 1:
ataque autoimune (celular e autoanticorpos) contra células beta do 
pâncreas;
• Lúpus eritematoso sistêmico: 
produção de autoanticorpos contra vários antígenos (DNA, histonas, 
Hms, plaquetas, leucócitos, fatores de coagulação);
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
DOENÇAS AUTOIMUNES
• Esclerose múltipla: 
células T autorreativas que formam lesões inflamatórias ao longo da 
bainha de mielina das fibras nervosas gerando disfunções 
neurológicas;
• Artrite reumatóide: 
causada por linfócitos B e T autorreativos, macrófagos e 
autoanticorpos IgM que se ligam à porçãoFc das IgGs circulantes 
formando imunocomplexos, que se depositam nas articulações das 
extremidades gerando inflamação;
• Miastenia grave:
autoanticorpos se ligam a receptores de acetilcolina na placa motora 
dos músculos gerando lise celular mediada pelo sistema do 
complemento.
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
DISTÚRBIOS DE HIPERSENSIBILIDADE - PRINCÍPIOS
- Respostas imunológicas causadoras de lesões teciduais e doenças 
(doenças de hipersensibilidade)
• Causas das doenças de hipersensibilidade:
- autoimunidade:
falha nos mecanismos de autotolerância geram doenças autoimunes;
- reações contra micro-organismos: 
respostas imunológicas contra antígenos microbianos podem causar doenças se 
as reações forem excessivas ou quando os micro-organismos são persistentes.
Ex: respostas dos linfócitos T contra patógenos persistentes, e a deposição de 
imunocomplexos Ac-Ag microbiano nos tecidos geram inflamações graves; 
resposta contra micro-organismos da flora bacteriana natural
- reações contra antígenos ambientais: 
indivíduos intolerantes aos antígenos ambientais produzem Acs IgE que causam 
doenças alérgicas
DISTÚRBIOS DE HIPERSENSIBILIDADE 
CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE
São classificadas de acordo com o tipo de resposta imune 
e o mecanismo efetor responsável pela lesão tecidual
• distúrbios de hipersensibilidade imediata (do tipo I) : 
causada por mastócitos e anticorpos IgE específicos para Ags 
ambientais (pólen, ácaros, poeira, alimentos, pelos de 
animais, toxinas de insetos, produtos químicos)
doenças de hipersensibilidade imediata = alergias →
causadas pela ativação da subpopulação TH2 dos linfócitos T 
auxiliares, estímulo para produção de IgE e inflamação
DISTÚRBIOS DE HIPERSENSIBILIDADE 
CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE
• distúrbios de hipersensibilidade do tipo II: 
anticorpos IgG e IgM se ligam aos antígenos da superfície 
celular ou da matriz extracelular (células próprias), causam 
lesão tecidual devido a ativação do sistema complemento, 
indução do recrutamento de células inflamatórias
• distúrbios de hipersensibilidade do tipo III: 
anticorpos IgG e IgM formam imunocomplexos que se 
depositam nos tecidos causando inflamação e lesão
• distúrbios de hipersensibilidade do tipo IV:
linfócitos T CD4+ e CD8+ (promovem inflamação, produção de 
Acs e citólise)
DISTÚRBIOS DE HIPERSENSIBILIDADE 
DOENÇAS CAUSADAS POR ANTICORPOS
Doenças mediadas 
pelos anticorpos são 
produzidas por: 
- Acs que se ligam a 
Ags em células ou 
tecidos
- Complexos Ag-Ac 
formados na circulação 
e se depositam nos 
tecidos
Ex: paredes dos vasos 
sanguíneos, 
glomérulos renais, 
articulações → 
vasculite, nefrite, artrite
DISTÚRBIOS DE HIPERSENSIBILIDADE 
DOENÇAS CAUSADAS POR ANTICORPOS
DISTÚRBIOS DE HIPERSENSIBILIDADE
- Acs se ligam aos Ags celulares → 
opsonização das células → ativação 
complemento → fagocitose;
- Acs depositados nos tecidos → 
ativação complemento → recrutamento 
de MØ e neutrófilos → lesão tecidual
- Acs ligantes de receptores celulares → 
interfêrencia nas funções normais 
(Hipertireoidismo; Miastenia grave)
DOENÇAS CAUSADAS POR ANTICORPOS
DISTÚRBIOS DE HIPERSENSIBILIDADE 
Doença Antígeno-alvo Mecanismos da 
doença
Manifestações 
clinicopatológicas
Anemia hemolítica 
autoimune
Proteínas da 
membrana de Hms 
(Ags ABO, Rh)
Opsonização e 
fagocitose de Hms, lise 
mediada pelo 
complemento
Hemólise, anemia
Púrpura 
trombocitopênica 
autoimune
Proteínas de 
membrana de 
plaquetas (integrinas)
Opsonização e 
fagocitose de plaquetas
Sangramento
Pênfigo vulgar Proteínas nas junções 
intercelulares de 
células epidérmicas
Ativação de proteases 
mediada por Acs, perda 
de adesão intercelular
Vesículas cutâneas
Vasculite causada por 
ANCA ( Acs 
citoplasmáticos 
antineutrófilos)
Proteínas granulares 
de neutrófilos 
(liberados durante a 
ativação)
Desgranulação de 
neutrófilos, inflamação
Vasculite
Síndrome de 
Goodpasture
Proteínas dos 
glomérulos e pulmões
Inflamação mediada 
por Acs e complemento
Nefrite, hemorragia 
pulmonar
DISTÚRBIOS DE HIPERSENSIBILIDADE 
Doença Antígeno-alvo Mecanismos da 
doença
Manifestações 
clinicopatológicas
Febre reumática aguda Ag da parede celular de 
estreptococos; Acs com 
reação cruzada com 
Ags do miocárdio
Inflamação, ativação de 
macrófagos
Miocardite, artrite
Miastenia grave Receptor de acetilcolina Anticorpos inibem a 
ligação da acetilcolina
Fraqueza muscular, 
paralisia
Doença de Graves 
(Hipertireoidismo)
Receptor TSH Estimulação dos 
receptores TSH por Acs
Hipertireoidismo
Diabetes resistente a 
insulina
Receptor de insulina Acs inibem a ligação da 
insulina
Hiperglicemia, 
cetoacidose
Anemia perniciosa Ags das células 
parietais gástricas
Neutralização do fator 
intrínseco, absorção da 
vitamina B12 diminuída
Eritropoiese anormal, 
anemia
DOENÇAS CAUSADAS POR ANTICORPOS
DISTÚRBIOS DE HIPERSENSIBILIDADE 
Doença Antígeno-alvo Manifestações 
clinicopatológicas
Lúpus eritematoso DNA, nucleoproteínas, etc Nefrite, artrite, vasculite
Poliarterite nodosa Ag de superfície do vírus 
da hepatite B
Vasculite
Glomerulonefrite pós-
estreptocócica
Ag da parede celular dos 
estreptococos
Nefrite
Doença do soro Proteínas Nefrite, artrite, vasculite
DOENÇAS CAUSADAS POR IMUNOCOMPLEXOS (AC-AG)
DOENÇAS CAUSADAS POR LINFÓCITOS T
Doenças mediadas 
pelos linfócitos T são 
desencadeadas por:
- inflamação → citocinas 
secretadas pelos 
linfócitos T auxiliares
Ex: artrite reumatóide, 
esclerose múltipla, diabetes 
tipo 1
- citólise → eliminação 
da célula alvo mediada 
pelos linfócitos T 
citotóxicos (CTL)
Ex: hepatócitos infectados 
pelo vírus da hepatite 
geram respostas e lesões 
causadas pelos CTL
DISTÚRBIOS DE HIPERSENSIBILIDADE 
DISTÚRBIOS DE HIPERSENSIBILIDADE 
Doença Antígeno-alvo Manifestações 
clinicopatológicas
Artrite reumatóide Cartilagens, ligamentos e tendões 
das articulações
Inflamação das articulações 
(dedos, ombros, cotovelos, 
joelhos, tornozelos) mediada por 
citocinas Th1, Th17, 
imunocomplexos e Acs
Esclerose múltipla Ags protéicos da bainha de 
mielina dos neurônios
Inflamação mediada por citocinas 
Th1 e Th17, destruição da mielina 
por MØ, Acs. Anormalidades na 
condução nervosa e defeitos 
neurológicos
Diabetes melito tipo 1 Ags das células β do pâncreas 
(produtoras de insulina), insulina
Citocinas secretadas pelas CD4+
ativam MØ, CTL e a produção de 
Acs anti-insulina e anti-Ag 
celulares. Hiperglicemia e 
cetoacidose
Doença intestinal; Miocardite 
autoimune
Bactérias entéricas naturais da 
flora; Miosina do músculo 
cardíaco
Inflamação mediada por citocinas 
Th1 e lesão da parede intestinal, 
úlceras na mucosa; Miocardite e 
morte de células por CTL
DOENÇAS CAUSADAS POR LINFÓCITOS T
DOENÇAS CAUSADAS POR LINFÓCITOS T
- As reações das células T contra micro-organismos ou outros 
antígenos estranhos pode gerar inflamação e lesão tecidual nos locais 
de infecção
Ex: Mycobacterium tuberculosis induz forte resposta de linf. T e MØ, 
resultando em inflamação e fibrose → destruição tecidual excessiva e 
problemas funcionais nos pulmões (tuberculose: doença infecciosa em que 
a lesão tecidual deve-se à resposta imune do hospedeiro)
- Sensibilidade de contato:
inflamação desencadeada pelas citocinas secretadas pelos linfócitos CD4+
e CD8+ geram doenças cutâneas, resultantes da exposição tópica a 
substâncias químicas e Ags ambientais (plantas, luvas de látex, substâncias 
químicas)
DISTÚRBIOSDE HIPERSENSIBILIDADE 
DOENÇAS CAUSADAS POR LINFÓCITOS T
Hipersensibilidade do tipo tardia (DTH): 
reação inflamatória lesiva mediada por citocinas que resultam da ativação 
de células T CD4+
Ex: humanos sensibilizados por infecções bacterianas, sensibilização de 
contato com substâncias químicas e Ags ambientais, ou por injeção 
subcutânea ou intradérmica de Ags protéicos → exposição subsequente 
(desafio) → reação
Prova tuberculínica: 
derivado protéico purificado do Mycobacterium tuberculosis injetado em 
indivíduo que foi exposto ao patógeno, gera resposta tuberculínica (DTH), 
indicando infecção ativa ou prévia do hospedeiro
DISTÚRBIOS DE HIPERSENSIBILIDADE 
HIPERSENSIBILIDADE 
DO TIPO TARDIA (DTH)
DISTÚRBIOS DE HIPERSENSIBILIDADE 
A resposta típica de DTH se desenvolve 
após 24 - 48 hs: 
4 hs após o inóculo – acúmulo de 
neutrófilos ao redor das vênulas no local 
da injeção
12 hs – acúmulo de linfócitos T e 
monócitos
ABORDAGENS TERAPÊUTICAS PARA AS DOENÇAS DE 
HIPERSENSIBILIDADE
- Anti-inflamatórios:
corticosteroides utilizados para controlar as inflamações e lesões teciduais
- Depleção de células e anticorpos:
uso de Acs monoclonais direcionados para componentes reativos do 
sistema imune; plasmaférese para eliminação de autoanticorpos e 
imunocomplexos
-Terapias anticitocinas:
uso de Acs monoclonais anti-citocinas e antagonistas bloqueadores
Ex.: TNF inibe migração de cels para o local da inflamação, IL-5 inibe 
ativação de eosinófilos
- Inibidores das interações intercelulares: 
Acs monoclonais anti-ligantes específicos em células
DISTÚRBIOS DE HIPERSENSIBILIDADE 
DOENÇAS ALÉRGICAS (HIPERSENSIBILIDADE IMEDIATA)
Doenças humanas causadas por respostas imunes a antígenos 
ambientais que envolvem células TH2, IgE, mastócitos, eosinófilos e 
basófilos:
DISTÚRBIOS DE HIPERSENSIBILIDADE 
Ags induzem células 
T CD4+ TH2
secreção 
de citocinas 
estimuladoras de IgE
IgE possui receptores Fc 
em 
mastócitos, eosinófilos
e basófilos
desgranulação e 
liberação 
de mediadores
↑ permeabilidade vascular,
vasodilatação,
contração dos músculos
lisos
brônquico e visceral
DOENÇAS ALÉRGICAS (HIPERSENSIBILIDADE IMEDIATA)
Doenças alérgicas (alergia) = doenças atópicas (atopia) = doenças de 
hipersensibilidade imediata
- Existe predisposição genética para o desenvolvimento de atopia (genes de 
susceptibilidade)
- Antígenos que provocam reações de hipersensibilidade imediata = 
alérgenos = proteínas ou substâncias químicas ligadas às proteínas às 
quais o indivíduo atópico é cronicamente exposto (exposições naturais 
múltiplas)
Ex: pólen, ácaro, pelos e penas de animais, alimentos, antibióticos, venenos 
ou toxinas de plantas e insetos, substâncias químicas, etc.
Indivíduos alérgicos (atópicos) produzem níveis elevados de IgE em 
resposta aos Ags ambientais, enquanto indivíduos normais produzem 
outros isótipos de Ig (IgM, IgG) e pequenas quantidades de IgE mediante 
estímulo por estes Ags.
DISTÚRBIOS DE HIPERSENSIBILIDADE 
DOENÇAS ALÉRGICAS (HIPERSENSIBILIDADE IMEDIATA)
Doenças alérgicas se manifestam de diferentes maneiras dependendo 
dos tecidos afetados:
- Erupções cutâneas;
- Sinusite;
- Constrição dos brônquios;
- Dor abdominal;
- Diarréia;
- Choque sistêmico
- Anafilaxia (casos sistêmicos extremos): mediadores secretados pelos 
mastócitos e basófilos podem restringir as vias aéreas causando asfixia e 
colapso cardiovascular, óbito
-Principais conteúdos dos grânulos citoplasmáticos:
• Mastócitos: histamina, heparina, sulfato de condroitina, proteases
• Basófilos: histamina, sulfato de condroitina, proteases
• Eosinófilos: proteínas catiônicas, peroxidases, hidrolases, lisofosfolipases 
(defesa contra helmintos e protozoários)
DISTÚRBIOS DE HIPERSENSIBILIDADE 
DOENÇAS ALÉRGICAS EM SERES HUMANOS: PATOGÊNESE E 
TERAPIA
- Anafilaxia sistêmica: 
edema em muitos tecidos, queda na pressão arterial secundária à 
vasodilatação
Ex: Ags introduzidos por injeção, picada de insetos
Tratamento: epinefrina (inversão dos efeitos broncoconstritores e 
vasodilatadores) e anti-histamínicos
- Asma brônquica: 
doença inflamatória provocada por repetidas reações alérgicas no pulmão, 
que gera obstrução reversível das vias aéreas, inflamação brônquica 
crônica
basófilos, eosinófilos e mastócitos secretam mediadores qua causam 
constrição da musculatura lisa das vias respiratórias em resposta aos 
alérgenos (vários tipos)
DISTÚRBIOS DE HIPERSENSIBILIDADE 
DOENÇAS ALÉRGICAS EM SERES HUMANOS: PATOGÊNESE E 
TERAPIA
Tratamento: 
• epinefrina (inversão dos efeitos broncoconstritores e vasodilatadores);
• anti-inflamatórios (corticosteróides inalados, injetados);
• terapias com Acs monoclonais anti-IgE
-Rinite arlégica:
sintomas desencadeados nas vias aéreas superiores em resposta à 
inalação de alérgenos comuns (edema da mucosa, infiltração de eosinófilos 
e basófilos, secreção de muco, tosse, espirros, dificuldade para respirar, 
coceira nos olhos)
Alérgenos: pólen de plantas, ácaros, fumaça, perfumes, etc.
Tratamento: anti-histamínicos
DISTÚRBIOS DE HIPERSENSIBILIDADE 
DOENÇAS ALÉRGICAS EM SERES HUMANOS: PATOGÊNESE E 
TERAPIA
- Alergias alimentares:
sintomas desencadeados após a ingestão de alimentos que levam à 
liberação de mediadores dos mastócitos na mucosa intestinal.
Sintomas: peristaltismo, aumento na secreção de muco, vômito, diarréia, 
urticária, podendo gerar anafilaxia
Alérgenos: amendoim, frutos do mar, etc.
Tratamento: 
• anti-histamínicos;
• corticosteróides: bloquear efeitos da secreções de citocinas e ativação 
celular
DISTÚRBIOS DE HIPERSENSIBILIDADE

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