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ASSOCIAÇÃO EDUCIONAL FREI NIVALDO LIEBEL FACULDADE DE CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS CELER FACULDADES CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO ÉTICA GERAL E JURÍDICA Franciele Fátima Giachini Xaxim 2015 Franciele Fátima Giachini ÉTICA GERAL E JURÍDICA Trabalho apresentado ao Curso de Direito da Associação Educacional Frei Nivaldo Liebel – Celer Faculdades – para obtenção de avaliação parcial na disciplina de Ética Geral e Jurídica Prof. Diego Parizotto Batista Xaxim 2015 1- Pesquise e disserte sobre a origem histórica do advogado, abordando seu papel atual no ordenamento jurídico brasileiro. É no Império Romano que se encontram as raízes do Direito e bem assim é nele que se localizam as origens da advocacia representada em duas figuras distintas: o advogado e o jurisconsulto. A palavra advogado deriva do latim ad-vocatus, ou seja, aquele que é chamado em defesa. Sob o prisma histórico, pode-se dizer que a advocacia tem sua origem na necessidade moral de defesa daqueles que por serem hipossuficientes e inocentes acabavam por serem vítimas de injustiças de todos os gêneros. Assim surgem cidadãos que, inconformados com as iniquidades, passaram a exercer, gratuitamente, a defesa daqueles que por serem fracos tinham seus direitos desprezados. Com base na verdade, direito e justiça, surgem homens justos dispostos a lutar por outrem e, assim, dar ensejo a uma profissão pautada na dignidade da pessoa humana. No Brasil, a advocacia deu seus primeiros passos com a criação de cursos jurídicos nos idos de 1827, sendo que o Instituto da Ordem dos Advogados do Brasil - IOAB (1843) e da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB (1930) foram os maiores marcos da profissão em território tupiniquim. Mais tarde, em 1994, a classe trabalhista até então desprovida de tutela específica, ganhou seu Estatuto que definiu os direitos básicos em relação ao empregador, teto salarial, sucumbência, honorários e jornada de trabalho. Hoje, o Estatuto da Advocacia é o disposto via Lei nº 8.906, de 04.07.2004, que tem sido sobriamente alterado de acordo com as necessidades de adequações. A responsabilidade profissional, hodiernamente, tem sido cada vez mais exigida. É cada vez mais corrente a ideia de que o advogado deve adotar uma postura ética, em concordância com os preceitos do Estatuto do Advogado e as demais leis esparsas. Dessa forma, os advogados que malferirem essas normas devem ser responsabilizados por eventuais danos que venham a causar a seus clientes. O papel que o advogado desempenha vai muito além de defender inocentes que estão sendo acusados ou representá-los em juízo. Devemos rebater a tese de que o advogado é um simples defensor daquele que está sofrendo uma injustiça. O papel do profissional, legalmente habilitado, vai muito além desta visão, pois tal profissão é baseada em fundamentos maiores que passam despercebidos aos olhos do homem comum, que não tem a visão que o advogado ao defender um direito particular, está defendendo também a própria ordem jurídica e a coletividade. A função do advogado é tida como essencial à justiça. E é tão imprescindível que própria Constituição Federal prevê, em seu Art. 133, que: “O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.” Assim, incumbe aos advogados a prestação de um serviço essencial à justiça, zelando pela boa aplicação das leis e pugnando pela imparcialidade nos julgamentos proferido pelo Judiciário, sempre na defesa do interesse dos seus constituintes. Devendo sempre ser preservados os preceitos éticos e morais, este profissional deve lutar para alcançar a harmonização da sociedade e o fim da litigiosidade, a fim de evitar-se as injustiças no corpo social. 2 - Porque a expressão “qualquer” contida no inciso I do Art. 1º do Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogado do Brasil, lei 8.906/94, foi julgada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (ADI 1.127-8)? Como a doutrina reage a esta decisão? — Art. 1º São atividades privativas de advocacia: I - a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais O STF, por maioria, julgou procedente o pedido para declarar a inconstitucionalidade da expressão “qualquer” contida no inciso I, vencidos os ministros Marco Aurélio, relator, e o ministro Carlos Ayres Britto. O ministro Marco Aurélio julgava improcedente o pedido com relação à expressão “qualquer” por entender que o artigo 133 da Constituição Federal não contempla exceção à indispensabilidade do advogado. A divergência, quanto a esse ponto, foi aberta pelo ministro Ricardo Lewandowski, que ressalvou apenas que não é possível proibir a presença do advogado. Lewandowski julgou procedente o pedido formulado quanto à expressão “qualquer” e foi acompanhado pelos ministros Eros Grau, Joaquim Barbosa, Cezar Peluso, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Sepúlveda Pertence. Pertence ainda afirmou que não é absoluta a vedação ao legislador de dispensar a participação do advogado em determinadas causas, sujeita essa dispensa aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS Disponível em http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1904 Acessado em 10 de dezembro de 2015 Disponível em http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7667 Acessado em 10 de dezembro de 2015 Disponível em http://www.capivarionline.com.br/origem-historica-do-advogado/ Acessado em 10 de dezembro de 2015 Disponível em http://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/direito/graduacao/tcc/tcc2/trabalhos2011_1/bolivar_telles.pdf Acessado em 10 de dezembro de 2015 Disponível em http://www.conjur.com.br/2006-mai-17/supremo_derruba_dispositivos_estatuto_advocacia Acessado em 10 de dezembro de 2015
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