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Genética Geral I Paula Angélica Roratto p.angelica21@gmail.com FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS NATURAIS GENÉTICA GERAL Paula A. Roratto Penetrância Herança Monogênica Um GENE Alelo R Alelo r Semente lisa Semente rugosa O FENÓTIPO de um indivíduo está diretamente relacionado ao seu GENÓTIPO. Um Fenótipo Um GENE Alelo N Alelo M* Porcentagem de indivíduos que expressam o fenótipo causado por uma mutação. Se há uma parcela de indivíduos portadores do genótipo mutante que apresentam fenótipo normal, a Penetrância do gene mutante é reduzida. Neste exemplo, a penetrância da mutação M* é de 70%. Penetrância 100%. Todas as ervilhas rr são rugosas. Penetrância 70%. GENÉTICA GERAL Paula A. Roratto Expressividade Variação da expressão do fenótipo mutante. Exemplo: indivíduos homozigotos para o alelo mutante M*M*, que causa ausência de pelos, podem apresentar uma variação de fenótipos que incluem desde ausência total, redução parcial de pelos, até o fenótipo idêntico ao do alelo normal (totalmente coberto por pelos). Alelo M* Herança Monogênica Um GENE Alelo N UM GENE UM ALELO MUTANTE GENÉTICA GERAL Paula A. Roratto Herança Monogênica Um GENE Alelo R Alelo r Semente lisa Semente rugosa VARIAÇÃO FENOTÍPICA DESCONTÍNUA As classes fenotípicas são categóricas, ou lisa, ou rugosa. Um Fenótipo Herança Poligênica Vários GENES Um Fenótipo VARIAÇÃO FENOTÍPICA CONTÍNUA Há uma variedade contínua de fenótipos que não podem ser classificados em categorias distintas. Exemplos em humanos: cor da pele, cor dos olhos, altura, peso. Em animais, muitas características de interesse agro econômico: peso, Nº de ovos, litros de leite, altura, teor de gordura... Herança Poligênica Herança Poligênica Vários GENES Um Fenótipo Em análises populacionais, os valores médios dos fenótipos são mais comuns. Os valores extremos são raros. Quando medidas de vários indivíduos em uma população são colocadas em um gráfico, o que se observa é uma curva de distribuição . GENÉTICA GERAL Paula A. Roratto GENÉTICA GERAL Paula A. Roratto Herança Poligênica EXEMPLO: Distribuição das frequências de produção de leite na primeira lactação em Frísias. FR EQ U ÊN C IA ( % V ac as ) 1000 2000 3000 4000 5000 Litros Análises de Herança quantitativa ❶Amostra Conjunto de indivíduos tomados aleatoriamente da população. ❷Gráfico de Frequências Os dados plotados em um histograma de frequência produzem uma curva normal. ❸Conceitos Estatísticos Cálculo da média, variância e desvio padrão. ❹Poligenes Cálculo do número de genes envolvidos. Diagnóstico de herança quantitativa. De que forma a variação contínua surge da ação de genes distintos? GENÉTICA GERAL Paula A. Roratto Herança Poligênica Cálculo do número de Poligenes FR EQ U ÊN C IA ( % V ac as ) Litros de leite ● Um gene A – produção de leite. → Alelo A – aumento de 1 L de leite → Alelo a – nenhum litro de leite aa Aa AA ● Um gene B – produção de leite. → Alelo B – aumento de 1 L de leite → Alelo b – nenhum litro de leite FR EQ U ÊN C IA ( % V ac as ) Litros de leite 1 gene 2 alelos 3 classes fenotípicas Com a ação aditiva dos dois genes, temos: 2 genes 4 alelos 5 classes fenotípicas A medida que aumenta o número de genes contribuintes para o traço quantitativo, aumentam as classes fenotípicas GENÉTICA GERAL Paula A. Roratto Herança Poligênica Cálculo do número de Poligenes FÓRMULA: (2n + 1) = Nº de classes fenotípicas observadas Exemplo da produção de leite: 2n + 1 = 5 categorias de litros de leite produzidos 2n = 4 n = 2 genes envolvidos na herança quantitativa Para um número pequeno de poligenes. Exemplo: comprimento da cauda de leitões ♂ Harvey 6 cm ♀ Ema 30 cm P: x Filhotes 18 cm F1: 6 10 14 18 22 26 30 cm F2: CRUZAMENTOS E FÓRMULA: 1 = Nº indivíduos da F2 com fenótipos parentais. 4n GENÉTICA GERAL Paula A. Roratto Herança Poligênica Cálculo do número de Poligenes Exemplo: comprimento da cauda de leitões ♂ Harvey 6 cm ♀ Ema 30 cm P: x Filhotes 18 cm F1: F2: → A maioria dos filhotes da F2 apresentaram comprimento de cauda em torno de 18cm (média). → 1/64 apresentaram cauda com 6cm → 1/64 apresentaram cauda com 30cm → Quantos poligenes estão envolvidos na herança quantitativa da cauda de leitões? 1 = 1 . 4n 64 n = 3 genes envolvidos na herança quantitativa 1/64 – Nº de descendentes da F2 que apresentaram o mesmo fenótipo dos parentais (P). O número de descendentes na F2 com fenótipo igual aos parentais é utilizado no cálculo para estimar o número de genes envolvidos na herança em questão (neste caso, o comprimento do rabo). GENÉTICA GERAL Paula A. Roratto Herança Poligênica Alelos Aditivos → As características fenotípicas que apresentam variação contínua podem ser mensuradas. → Dois ou mais locos gênicos contribuem para o fenótipo de com as regras de herança mendeliana (de forma individual), porém com um efeito aditivo final. → Cada loco pode ser ocupado por um alelo aditivo que contribui para o fenótipo de forma constante, ou por um alelo não aditivo que não contribui quantitativamente para o fenótipo. → A contribuição de cada alelo para o fenótipo é aproximadamente igual. → A expressão do fenótipo não é afetada por fatores ambientais. FATORES GENÉTICOS FATORES AMBIENTAIS Fenótipo desejado HERANÇA MULTIFATORIAL Quando há influência ambiental GENÉTICA GERAL Paula A. Roratto Herança Multifatorial Poligenes e Fatores Ambientais (não genético) FATORES GENÉTICOS FATORES AMBIENTAIS Fenótipo desejado → A presença de um fenótipo se deve ao somatório do genótipo (poligenes) do indivíduo e seus hábitos de vida (fator ambiental) Exemplo : Peso de um animal ● Combinação de locos gênicos que contribuem para o peso ● Ração, alimentação, suplementação fornecida ao animal LIMIAR MAIOR PRODUTIVIDADE RENDIMENTO NORMAL -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 FR EQ U ÊN C IA Efeito aditivo dos poligenes GENÉTICA GERAL Paula A. Roratto Herança Multifatorial Poligenes e Fatores Ambientais (não genético) Herdabilidade Proporção da variação fenotípica total em uma população que é devida a fatores genéticos. Exemplo em humanos: Altura ● Herdabilidade de 80 a 90% (devido aos poligenes) ● Uma parcela de 10 a 20% da altura vai depender das condições nutricionais Considerando além da Variância Genotípica (VG), existe um fator ambiental (Variância Ambiental - VE) que influencia na Variância Fenotípica Total (VP), temos: VP = VG + VE GENÉTICA GERAL Paula A. Roratto Herança Poligênica Conceitos Estatísticos Fazenda 1: média 18cm Fazenda 2: média 18cm FR EQ U ÊN C IA Comprimento da cauda (cm) Variância menor Variância maior O grau de dispersão das medidas em torno da média (Variância), em uma amostra, nos dá uma estimativa da Variância Fenotípica (VP) total da população. Considerando que toda a variação fenotípica observada (VP) deve-se somente ao efeito dos genótipos, a Variância Fenotípica é atribuída somente a Variância Genotípica (VG). GENÉTICA GERAL Paula A. Roratto Herança Poligênica ConceitosEstatísticos – Cálculo da Variância De uma amostra de comprimento (em cm) de 10 cães, determine a média, a variância e o desvio padrão. x (x-X) (x-X)2 104 (104 – 102) = 2 (2)2 = 4 106 4 16 103 1 1 105 3 9 100 -2 4 104 2 4 108 6 36 90 -12 144 101 -1 1 99 -3 9 Σx = 1020 Σ(x-X) = 0 Σ(x-X)2 = 228 MÉDIA: X = Σx = 1020 / 10 = 102 VARIÂNCIA: s2 = Σ(x - X)2 = 228 = 25,33 n – 1 9 DESVIO PADRÃO: S = s2 = 5,03 GENÉTICA GERAL Paula A. Roratto Herança Multifatorial Cálculo da Herdabilidade Proporção da variação fenotípica total (VP) em uma população que é devida a fatores genéticos (VG). H2 = VG VP H2 = 1 Toda variação fenotípica é atribuída à genética. H2 = 0 Toda variação fenotípica é atribuída ao ambiente. Herança monogênica ou poligênica Não é genético . . . Herança multifatorial Em humanos, o estudo da Gêmeos permite determinar valores de herdabilidade. Para numa dada característica, as diferenças fenotípicas (VP) entre pares de gêmeos monozigóticos são equivalentes às variações ambientais (VE), porque a variação genotípica (VG) entre eles é zero. GENÉTICA GERAL Paula A. Roratto Estudo Dirigido VI Herança Poligênica e Multifatorial
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