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EVOLUCIONISMO E POSITIVISMO Ciências sociais e humanidades Profa. Marluse O pensamento positivista de Augusto Comte (1798-1857) teve como inspiração a teoria da evolução das espécies de Charles Darwin. Assim como as espécies passam por um processo de evolução, os positivistas também entendiam que as sociedades evoluíam. Daí a concepção de que umas sociedades são mais evoluídas do que as outras. Este pensamento foi utilizado para justificar o processo de colonização de algumas regiões africanas pelos povos europeus, considerado por eles menos evoluídos. Segundo a teoria positivista de COMTE a evolução da humanidade está condicionada pelo progresso do conhecimento que acontece em três fases fundamentais: Estado teológico: os fenômenos são explicados através de causas divinas. Estado metafísico: as causas divinas são substituídas pelas mais gerais, como os acontecimentos da própria natureza. Princípio da causalidade. Estado positivo ou científico: compreensão das coisas por meio da observação científica e do raciocínio. O positivismo também estabeleceu o lema “ordem e progresso”, muito utilizado nos países capitalistas em desenvolvimento, como por exemplo o Brasil. Embora seja considerado o pai da sociologia, August Comte não é o único que participou do desenvolvimento desta ciência. ANOMIA (Conceito de Émile Durkheim) Anomia significa ausência de normas. O homem precisa de sentido para vida, precisa de regras e normas. Com os códigos morais em declínio, os conflitos se tornaram generalizados e a integração estava comprometida. Critica a luta de classes (patologia) e o socialismo como responsáveis pela anomia, pois o excesso de egoísmo tomava conta da sociedade. As corporações poderiam acabar com a anomia, pois difundiria a nova moral do culto ao individualismo e eliminariam o conflito de classes, assim dariam lugar para uma sociedade integrada e harmônica. TEORIAS DA CULTURA ANTROPOLOGIA 6 A antropologia dedicou (e dedica até hoje) seus estudos às chamadas sociedades “primitivas”. As teorias que serão apresentadas foram desenvolvidas neste cenário. A primeira corrente de pensamento antropológico também foi o EVOLUCIONISMO. 7 Evolucionismo é uma forma otimista de encarar a realidade humana. O que interessa não é provar a evolução ou o progresso, mas mostrar que como a sociedade muda de estágio. MORGAN Evidenciou três aspectos da cultura: equipamento técnico, organização social e equipamento simbólico. Principais temas estudados: cultura, sistema de parentesco, sobrevivência, aderências, evolução cultural, religião e magia. MODELO DE MORGAN Períodos Estágios Selvageria Superior ou Alto: desde a invenção do arco e flecha. Ex: Polinésios Médio: desde a dieta do peixe e o uso do fogo. Ex: Australianos Inferior ou Baixo: desde a infância da humanidade. Ex: Pré-hominídas Barbárie Superior ou Alto: desde a fundição do ferro como uso de ferramentas. Ex: Gregos Homéricos. Médio: desde a domesticação dos animais e culturas do milho e plantas, por meio da irrigação. Uso de tijolos, adobe e pedras. Ex: Zunis Inferior ou Baixo: desde a invenção a cerâmica. Civilização Desde a invenção do alfabeto fonético, com o uso da escrita, até os nossos dias. Ex: As Culturas modernas em todo seu desenvolvimento. “O evolucionismo, contudo, teve seu mérito de iniciar, embora timidamente, a aplicação do método comparativo de maneira correta quando passou a estudar povos contemporâneo primitivos, para, através das observações concretas, aumentar o conhecimento do fenômeno cultural universal”. (MARCONI, p. 211) Neo-evolucionismo A evolução social está intimamente ligada à evolução tecnológica. Também descrevem o processo da cultura tendo por base as etapas do desenvolvimento. Etnocentrismo É uma visão do mundo onde o “nosso grupo” é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos próprios valores e nossas definições do que é existência. Surge, então, o grupo do "eu" e o grupo do "outro", tendo o primeiro como real, absoluta e principal referência e a segunda como algo exótico, excêntrico, anormal, exuberante e primitivo. (Ideia de superioridade étnica). Relativismo cultural A relatividade cultural ensina que uma cultura deve ser compreendida e avaliada dentro dos seus próprios moldes e padrões, mesmo que estes pareçam estranhos e exóticos. Assegura ao antropólogo atitudes mais justas e humanas em situações de contato.
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