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DIREITO TRIBUTÁRIO.docx

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São Paulo, 08-08-2016
DIREITO FINANCEIRO, TRIBUTÁRIO E PROCESSO TRIBUTÁRIO I
Professor César
PROVAS – 03 DISSERTATIVAS E 04 ALTERNATIVAS
Livros – não obrigatórios, somente se aluno quiser: Sacha Calmon, Curso de Direito Tributário (tem na biblioteca da Uniesp); Curso de Direito Tributário Constitucional, Roque Carazza (TOP em Direito Tributário, caro e complexo); Direito Tributário Brasileiro, Luciano Amaro (tem na biblioteca), Ricardo Alexandre, Direito Tributário Esquematizado (recomendado pelo professor).
Trazer em aula Vade Mecum e Código Tributário Nacional. 
 Obs. Aleomar Baleeiro, Curso de Direito Tributário – outro livro recomendado.
O trabalho será em sala de aula (surpresa), talvez uma aula antes da prova.
Tributos – competência (União, Estados e Municipios).
Dentre essas competências, existem vários impostos: ISR, IOF, ISF, IPTR, II, IG, IPI (UNIÂO); ICMS, IPVA, ITCMD (ESTADOS), ISS, IPTU e ITBI (MUNICIPIOS).
Ou seja, a grosso modo, de treze tributos, em tese, a pessoa chega a recolher 11 tributos.
O que faz um advogado tributarista? 
Exemplo: GAFISA – tem uma CND (CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITOS), o mercado sugeriu a GAFISA, se tornar uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), seu propósito é construção (uma empresa com um CNPJ, com bem específico e constituição social. Seus sócios são: A GAFISA e um laranja – com 0,1% das ações). Essa empresa SPE, GAFISA não tem capital social. Para justificar à receita federal que, a empresa fez um empreendimento de 40 milhões de Reais, sendo que o laranja investiu 1000,00 Reais, a GAFISA capitaliza 20 Milhões de Reais através de APORTE (Decreto Lei 3099).
O APORTE é antecipação e investimento, o dinheiro já foi tributado, já pagou os impostos e, vai limpo para investir (deve sair da contabilidade de forma legal). Saí zero da GAFISA – CNPJ01, para o SPE com CNPJ02, através de contratos com APORTE e forma de devolução, lançado através de contabilidade.
Logo, entrou 20, de um total de 40 e devolve 20 a título de APORTE.
Assim, 20 Milhões – 6,5% de IR, sobram 18 milhões (esse é o lucro), somado com outros 20 milhões, totalizando 38 Milhões.
Conclusão – a empresa construtora, cria uma SPE com outro CNPJ, para que possa investir um capital limpo (sem tributação) e gerar lucro. 
OBS. SCP – sociedade em conta de participação – sociedade oculta que, era uma forma de legalizar um dinheiro ilícito (a Receita Federal não poderia solicitar tributação sobre o capital dessas sociedades).
Obs. Atualmente a Receita Federal, pode solicitar junto aos bancos o extrato dos clientes para comparar com o que foi declarado.
Voltando ao exemplo da GAFISA, os 20 Milhões que voltam “limpos”, torna-se capital de giro.
Porém, se esse valor for usado como APORTE e voltar como empréstimo, haverá problema na contabilidade e, haverá diferença entre a declaração enviada à receita.
Empréstimo é tributado entre 12 e 16%, já o APORTE não é tributado.
Se houver erro, usar o Recurso Administrativo (tem efeito de suspender o débito, suspender a execução), a RF não pode executar e a CND fica positiva. Esse RAdministrativo, dentro da própria Receita Federal (não devo, ou devo menos que o alegado), que é um processo em que a RF atua através de Petição Inicial, cujo recurso é contestação, dura no mínimo dois anos (2ª instância – Conselho Federal), se recorrer, demora mais dois anos (já são quatro anos).
Obs. O mandado de segurança demora entre 40 e 60 dias e, não pode deixar julgar.
Perdendo o RAdiministrativo, há outras opções (já se passaram 04 anos e 04 meses). Na Justiça Federal, a 1ª instância demora até dois anos (exemplo), sem recurso, com recurso, já são 04 anos.
Perdendo na 1ª instância, recorre-se ao TRF, soma-se mais 04 anos, nesse tempo, a demora chega entre 6,5 anos pelo menos.
Antes disso, a RF faz o refinanciamento da dívida, com até 50% de desconto. 
Logo, com uma certa “demora” no processo e os recursos certos, ainda assim, a empresa pode ter um lucro significante e não é um ato ilícito.
Há vantagens e desvantagens.
É preciso muito gabarito para realizar todos os recursos, sem utilizar-se de má fé. A vantagem do advogado tributarista é gastar uma hora por semana em cada processo e, a certeza que fazendo e cumprindo o que é solicitado em cada recurso, haverá o acordo, sendo que o advogado ganhará por hora prestada.
Claro, cada caso é um caso, deve-se analisar e verificar se vale a pena, talvez, dependendo do caso, vale a pena o Mandado de Segurança.
CND ----------- REFIS ----------- CND
 P1 
 PGTO P2 eXE
EXEMPLO: Empresa X tinha CND válido por seis meses como positivo, após 06 meses a RF solta um REFIS (benefício para pagamento, facilitador para pagamento), pode pagar à vista com redução, parcelar, etc; visa facilitar pagamentos e reduzir a quantidade de débitos.
 Sempre que a RF solta um REFIS, ela utiliza uma Portaria para esclarecer como e o que será (cada um deve calcular o valor do seu débito). Somente pode optar pelo REFIS uma vez e, não pode ser todo tipo de dívida, é algo específico.
No exemplo, a empresa X devia um valor e com opção do REFIS há redução de até 30% no valor do débito, logo ela paga, por exemplo, 10 mil. 
Perde-se o REFIS se deixar de pagar três prestações consecutivas ou cinco alternadas.
Quitando o débito, um mês antes de renovar a CND, a RF solta a portaria n.02, revogando a portaria n.01, dizendo que deve declarar algo em cada mês, por exemplo (10 e o código, 11 e o código, 12 e o código). A receita faz isso para que não tenha problema em ler os pagamentos de forma digital, ela unifica o formato e, entrega um problema para as empresas que, dessa forma não conseguem renovar o CND (mesmo com comprovantes, não há a adequação ao novo sistema das guias de arrecadação que levam à divergências no sistema).
A portaria n.01 falava que o débito de cada um dos cinco tributos pagos à vista servia para validar nova CND. Com a portaria n.02 isso não vale mais, deve pagar cada tributo e comprovar com as guias.
Logo, a empresa X procura apoio advocatício para solucionar o problema.
Temos duas coisas contraditórias da RF. Aí, abre de novo as três opções: Radmnistrativo não é interessante pelo tempo (prejudicial); ação judicial (anular, declarar, revogar), também demora; o único caminho é o Mandado de Segurança – cabe em ilegalidade ou abuso, não cabe conteúdo probatório durante o processo, a pessoa deve levar até o juiz – DARF, a portaria n.01 e a n.02, a CND (print da ausência), uma planilha com o que foi pago e o que deve (em excel), CNPJ, contrato social, procuração, a lei (aplicada ao caso concreto, nesse caso a Lei que define o REFIS) e a situação fiscal (SF) que é um extrato da empresa junto a Receita Federal (COMPROTE), contendo os valores, o que são e os números (dívidas e situação).
Houve rejeição da Liminar, pois a juíza alegou que na SF não foi comprovado o que dizia a DARF – deveria conter na DARF (o número do comprote), se incluísse esse número haveria rasura e, a DARF seria inválida. Logo, era algo impossível.
A solução para esse caso – ir até a RF e pedir a DARF com os números.
Com a expedição da CND, o processo deve ser extinto.
Conceito de Tributo (próxima aula) 
São Paulo, 15/08/2016
Tributário I
Tributo – Lei 5172/66 (Previsão Legal – CTN)
Artigo 3º CTN. – conceito está nesse artigo. 
STF dividiu em 05 partes para compreender o entendimento:
Tributo é: (conforme STF e CTN)
1 – Prestação Pecuniária Compulsória - tributo é a prestação em pecúnia (dinheiro) e obrigatória (não existe tributo facultativo, é obrigatório, deve ser recolhido, não sendo, torna-se dívida ativa) – contribuinte não pode escolher pagar ou não pagar, deve pagar, recolher o valor devido. Tributo é pago em dinheiro e é obrigatório, não é opcional pagar ou não, é regra, deve ser pago.
2 – Moeda ou Cujo Valor possa ser Expresso: em moeda (tributo deve ser recolhido em dinheiro, daí pecuniária) e tudo que não representar em moeda,precisa ser convertido (por exemplo, entregar a casa para pagar o valor do tributo, assim deve-se vender a casa e pagar com o valor pecuniário). Somente se paga o tributo em dinheiro nacional (caso contrário converter), se houver bens, deve vender e pagar em espécie.
In Labore e In nature eram ideias que não se aplicam mais aos dias atuais. Como a prestação é pecuniária (em dinheiro), essas modalidades não existem. O conceito é fechado e não há discussão nisso, embora existam doutrinadores que pensem de forma diferente. 
. In Labore – dedicar dias do trabalho para abater a carga tributária. 
. In Natura – produzir algo em benefício do recolhimento dos tributos
OBS. Ambos estão impraticáveis, violam o princípio da Isonomia.
PECUNIA NON OLET (O dinheiro não tem cheiro; não cheira) – independe de sua origem, o que não é provento (salário), deve ser pago o IR. Para a RF é irrelevante a origem do dinheiro, o que importa é pagar o imposto devido.
3 – Lei (instituída por Lei) 
Que não constitua:
4 – Sanção a Ato Ilícito: significa que do ato ilícito, não se cria um tributo (da ilicitude do ato, não se cria tributo), o pagamento do tributo não tem como objetivo ser uma pena ao ato ilícito. O indivíduo praticando ato ilícito, mesmo que recolha um tributo, estando ele previsto em Lei, não significa que o tributo é a pena dele, no caso de multa é complemento do valor principal; também, não é pena pelo ato ilícito (a multa complementa o valor do tributo). 
Uma Medida Provisória não é lei. É ato normativo e institui tributos.
5 – Atividade Adm. Vinculada (mediante): 
Ato Administrativo Discricionário é diferente de Ato Administrativo Vinculado (obrigatório, por exemplo, a emissão da CNH, a pessoa cumprindo as regras, sendo aprovada, não há como o Estado não entregar a CNH). Ato Discricionário – o administrador tem a opção (adota conveniência ou oportunidade como critério), por exemplo, a entrega do porte de arma, conveniência pública ou falta de requisitos; outro exemplo, liberação de passaporte (cabe ao órgão administrativo decidir se emite ou não, coma devida justificativa – conveniência ou oportunidade). A Lei confere ao administrador público determinar se é conveniência ou oportunidade.
Outro exemplo – negar pedido de um açougue – ato discricionário, pode negar ou aprovar, está determinado em Lei (conveniência ou oportunidade). Conveniência do momento público.
O tributo precisa ser cobrado em virtude de Lei.
Exemplo: Cafetão tem 06 funcionárias. A divisão é: 500 para o Cafetão, 300 para a funcionária e 200 para a casa. Por noite, o lucro do cafetão chega perto de 3000,00 em três noites chega em 15000,00 em quatro semanas chega em 60000,00. Em 12 meses, ele recebe 720000,00, se ele pagasse o IR, deveria deduzir 27,5% do valor total para pagamento. Fora multa, juros, multas isoladas, etc. 
O valor é devido, mesmo que decorra de ato ilícito? Do ato ilícito nasceu a obrigatoriedade do tributo, isso é legal? PECUNIA NON OLET (O dinheiro não cheira, não tem cheiro – vem do Direito Romano, vindo dos escravos, pessoas “sujas”), é irrelevante a origem do dinheiro, se é lícito ou ilícito, sujeito passivo do imposto sobre renda a pessoa é, logo, o que não é provento (salário) é renda e, assim é devido o pagamento do IR (27,5%). Ou seja, no exemplo, o cafetão deveria pagar o IR, independente da origem do seu dinheiro.
Conceito de Tributo:
Instituído pela Lei 5172/66 (CTN), o tributo está conceituado em seu artigo 3º, ou seja:
“Tributo é a prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.
O STF destrinchou o conceito do CTN em 05 pedaços:
1 – Prestação Pecuniária Compulsória: trata-se da previsão legal do tributo enquanto obrigatório e expresso através de valor (dinheiro). Não há possibilidade de tributo facultativo, de maneira que o tributo será sempre obrigatório.
2 – Em Moeda ou Cujo Valor Se Possa Exprimir: trata-se da ratificação (confirmação) de que o tributo é pecúnia e somente pode ser recolhido através de moeda corrente nacional. Não existe previsão do recolhimento através de bens. E bens móveis serão levados à hasta pública. E convertido em moeda.
Em que pese parte da doutrina entenda factível, a incidência dos tributos In Natura e In Labore, parte majoritária, inclusive jurisprudência dominante, veta essa possibilidade, ponderando que tributo é prestação pecuniária e se a Lei não permitiu o recolhimento de forma diferente não cabe ao intérprete escolher.
Tributo In Labore é aquela forma de recolhimento através do trabalho (o trabalho é correspondente ao valor do tributo devido).
Tributo In Natura é o tributo cujo valor correspondente em serviços básicos ligados a produção.
3 – Que não constitua Sanção a Ato Ilícito - o tributo não tem como objetivo apenar (punir) e sua origem decorre de algum ato previsto em lei (obrigação tributária). Ao contrário do Direito penal, a multa no Direito Tributário, não visa reprimir ou mesmo ressocializar, mas é um complemento do valor principal do tributo devido.
4 – Instituído Mediante Lei: é a pura aplicação do princípio da legalidade, na qual ninguém se sujeita a realizar algo se não houver expressa previsão legal. A doutrina em uníssono entende de que o termo “Lei” é sinônimo de ato normativo.
5 – Cobrada Mediante Atividade Administrativa Vinculada: tributo é ato vinculado, até mesmo por ser um ato compulsório (imposto, de imposição; ou obrigatório). Não cabe interpretação para sua incidência enquanto atividade administrativa, pois ocorrendo a previsão legal não cabe ao agente público discutir se cabe ou não o tributo, tratando-se conforme menciona a Lei de Ato Vinculado. 
São Paulo, 22/08/2016
MODALIDADE
TEORIA TRIBUTÁRIA
Contribuições para melhoria
Impostos
Taxas
ORDINÁRIA
Contribuições Especiais
Empréstimos compulsórios
1 – Contribuições Melhoria
Conceito – artigos 81/82 CTN; DECRETO LEI 195/67.
Elementos – Obra Pública; Individualização do valor total; valor individual, valorização.
Critérios.
Individualização 
1 – CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA 
Se é obra pública, é legal a cobrança; pois há previsão legal (em lei).
Obra para melhoria, somente as obras previstas no Decreto Lei 195/67.
. A valorização é um critério legal, não é subjetivo, por exemplo, se construir uma penitenciária, na lei está escrito que foi melhoria.
. Estádio não está previsto em lei como melhoria.
. A cobrança da contribuição deve ser feita antes da obra; foi feito o estádio e houve valorizou o entorno, mas a prefeitura não cobrou a melhoria do entorno, por opção, pois poderia cobrar.
. Não é um tributo que visa lucro, pois é um tributo de custo.
Exemplo:
	1
	2
	
	
- Fez o piscinão no 1 e alagou o 2, posso cobrar dos 02 entes, pois o tributo está previsto em lei. Para corrigir o defeito no 2 entro com ação judicial de obrigação de fazer correção na obra. 
O Estado pode gastar por ano 4% do seu orçamento para fazer os precatórios. Para vender os precatórios, deve ser através de cessão de créditos.
OBS. Contribuição de Melhoria: lembrar – é obra pública, está previsto em lei e, a cobrança é algo legal (devida).
Teorias: O advento do CTN em meados da década de 60, estabeleceu originariamente 03 tributos:
01 – Imposto; 02 – Taxas, 03 – contribuição de melhorias. 
Mais algumas situações não caracterizam ser nenhuma das 03 hipóteses, como exemplo as contribuições para a aposentadoria.
A doutrina e a jurisprudência não chegaram a um consenso, de maneira que não havia solução prática.
Com o advento da CF/88, institui-se 02 NOVOS TRIBUTOS: CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL e EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO.
Com a incidência da CF/88 e a fixação em 05 tributos, nasceu a teoria quinária substituindo a trinária.
ESPÉCIES DE TRIBUTOS
1 – Contribuição de melhoria – trata-se de modalidade tributária prevista nos artigos 31 e 32 do CTN, regulamentada pelo Decreto Lei 195/67. Esta modalidade tributária caracteriza-se em incidirsobre obra pública que traga ao imóvel uma valorização imobiliária.
A lei estabelece os requisitos para a instituição e cobrança regular do tributo.
Requisitos:
A – Realização se obra pública – para caracterizar a ocorrência deste tributo é necessário que a obra a ser realizada seja de ordem pública (União, Estados, DF e/ou Municípios).
Mesmo que a obra seja realizada por outros entes que não estes, somente justificará cobrança se suas naturezas jurídicas forem públicas (autarquias).
Há discussão na doutrina que somente a administração direta pode cobrar este tributo (majoritário).
B – Elementos – individualização do local da obra e preenchimento dos requisitos previstos no artigo 82 do CTN (Ex: projeto).
Não existe contribuição de melhoria se a região não for demarcada.
Se não houver individualização não é possível identificar o seu contribuinte.
C – Valorização imobiliária – é a principal característica para incidência deste tributo, e caracteriza-se por ser o acréscimo patrimonial que sofre a propriedade.
Trata-se de valor de mercado, substancial, inerente ao imóvel.
Não é necessário existir acréscimo de área, nem útil e nem construída, mas é plenamente possível de que na visita do fiscal se verifique irregularidade na construção.
D – Valor de Obra – na efetivação do tributo quem o institui deverá observar a fixação entre o valor total da obra e o valor individual relacionado a cada valorização. 
O valor total é fixado pela lei informando a totalidade da obra a ser realizada.
O valor individual é aferido com base na valorização de cada propriedade, sendo que ela seria proporcional ao que cada uma se valoriza.
Esse cálculo é aferido com base na área do imóvel e no retorno da melhoria realizada.
Ele é feito através de arbitramento (olho-metro calculado).
Obs1: É o chamado “tributo de custo” conforme nominou o Ministro Orozimbo Nonato, ex-Presidente do STF.
Não é possível que o valor da obra total caracterize a existência de “lucro” de sobra de caixa para o ente tributante.
Obs2: Do lançamento deste tributo nascem 02 situações correlatas:
- Aumento da Propriedade valorativa e consequente obrigação e lançamento no imposto sobre renda do exercício seguinte, e ainda;
- Possibilidade de aumento da área útil do imóvel, ou mesmo a sua valoração incidindo diretamente no IPTU.
Obs3: A previsão do Decreto lei 195/67 foi recepcionada pela CF/88 com determinadas observações relativas a própria evolução da infraestrutura das cidades. Ex. o decreto a incidência no caso de trem, mas o metrô surgiu na década de 70. O STF já entendeu que metrô tem a mesma natureza jurídica ou situação de fato que os trens (nos termos da Lei composição ferroviária).
Obs4: O valor estabelecido para o tributo será lançado no exercício seguinte ao término da obra e será recolhido pelo contribuinte em paralelo a outros tributos, inclusive outras contribuições de melhoria, sem que exista restrição.
Obs5: A Lei que instituir o tributo disporá sobre a correção, o prazo e os valores. Esta previsão é necessária para que o tributo seja líquido.
O lançamento sem que exista o pagamento acarretará nas consequências do Poder Contribuinte para a cobrança judicial da mesma.
Obs6: A contribuição de melhoria estabelece a incidência de tributo vinculado, pois somente se justifica a sua instituição e cobrança se a obra pública for realmente realizada.
Imposto é um tributo não vinculado, posso cobrar e não preciso fazer nada em retribuição.
Com a exceção do imposto, todos os demais tributos são vinculados a uma contraprestação estatal, de maneira que o tributo somente poderá ser exigido se houver essa contraprestação ou esta vinculação. 
São Paulo, 29/08/2016
TAXAS – requisitos da TAXA – ser específico e divisível.
Conceito.
Legislação – artigo 145, CF e 775 e seguintes do CTN.
Hipóteses:
1 – ER – PP (exercício regular do poder de polícia)
OU
2 – SP: (serviço público) – DEVE ter os dois critérios (sem um destes a cobrança é ilegal e inconstitucional).
Divisível (unidade autônoma – UA). 
Específico – QT (quantidade, quantitativo), necessário quantificar.
Obs. Inquantificável – que não se consegue chegar à um valor. 
Exemplo – três casas num único lote interligadas, é divisível? Sim. É específico? Sim (é possível quantificar e o que a única coisa utiliza).
Obs. Considerado uma coisa só, então é divisível, mas não é específico por que não é quantificável.
Obs. Uma coisa só: divisível. 01 (um) relógio – pois é quantificável.
Podendo identificar em unidades, é possível dividir; porém, não se pode quantificar o que cada um usa de serviço público (energia), o quanto cada um utiliza:
 
Exemplo 02:
	A
	B
	C
É divisível? Sim, unidades autônomas.
É específico? Não. Das UA é possível saber o que cada uma se beneficia do serviço público? Somente com essa resposta é possível saber se é ou não específico.
Obs. Taxa de coleta de lixo, por que caiu a cobrança? É possível dividir? Estabelecer Unidades Autônomas? A resposta é não. É possível saber o que cada unidade autônoma produz de lixo? Não, se não pode quantificar, não é específico. 
Dica – uma casa, um terreno e um relógio – analisar de forma separada para saber se é divisível e específico.
TAXA – PODER DE POLÍCIA – função dada ao Estado restringindo direitos, ações individuais.
TAXA – é um tributo vinculado, se eu enxergo meu poder de polícia, então cobro taxa.
Serviço Público – é específico – um não exclui o outro.
Conceito é – Serviço Público é divisível ou especifico (independente de usar ou não, se utiliza ou não). Exemplo: ter uma casa na paria e, indo ou não ao local, os serviços públicos estão à disposição; logo, haverá a cobrança da TAXA e será legal.
Exemplo:
	A (somente A, Divisível e específico)
	B (A e B – divisíveis e não específicos)
Para saber se é divisível ou não, é necessário saber identificar as unidades autônomas. 
Para saber se é quantificável ou não, tem que saber o que cada um utiliza.
Daí sabe-se o que é específico e divisível.
TAXAS – É a modalidade tributária prevista no artigo 77 e seguintes, CTN e, também, artigo 145, II, CF. Trata-se de tributo incidente sobre o exercício regular do poder de polícia ou serviço público específico e divisível efetivamente prestado ou colocado à disposição.
Hipóteses Legais:
1 – Exercício Regular do Poder de Polícia: trata-se do poder inerente ao Estado enquanto atividade administrativa, cujo conceito está previsto no artigo 178 do CTN. Trata-se da prerrogativa dada ao Estado para restringir, fiscalizar ou frenar as ações individualmente consideradas em detrimento de um interesse maior, qual seja o da coletividade, enquanto fiel depositário da segurança, saúde, bem-estar, etc.
Sempre que o Estado for atuar no sentido de garantir que ações públicas sejam realizadas (acesso à justiça, segurança pública, saúde, liberdade individual, etc.); ele vai se remunerar através da taxa. Exemplo: renovação de CNH ou expedição de CNH, solicitação de passaporte, emissão de licença de funcionamento, permissão de uso de bem público, entre outros.
Nas suas ações cotidianas o Estado se remunera sempre por meio da taxa (Pode o Estado, nos casos previstos em Lei, simplesmente não instituir a Taxa, desde que sejam hipóteses previstas em Lei).
2 – Serviço Público – Específico e Divisível efetivamente prestado ou colocado à disposição do contribuinte.
Considera-se divisível o serviço público quando verifica - se, a existência de unidades autônomas (UA). Além de divisível, o serviço público precisa ser também específico, ou seja, quantificável. Observa-se a existência do aditivo “E”, sem o qual não havendo a adição a incidência da TAXA sob esse aspecto é inviável (não divisível e nem específico, existe TAXA? Sob este aspecto, é INVIÁVEL).
OBS1. Na doutrina, existem doutrinadores que mudam os conceitos.
OBS2. Parte da doutrina menciona que, é divisível aquilo que é quantificável – divide-se em quantidades, e é específico aquilo que é visualizado em unidades autônomas. Aposição adotada é a do Ministro Orozimbo Nonato.
IMPOSTOS 
CTN – IMPOSTOS X TAXAS – CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA. A CF/ 88 TROUXE: CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL E EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS.
Tributo – somente se houver contraprestação (tributos vinculados, somente se o Estado entrega algo, senão é ilegal – tributo vinculado).
IMPOSTO – valor que ingressa no Estado, apenas para que este possa se manter (manter suas contas), serve para o custeio, para o Estado se manter. 
Impostos são verificados sob a ótica de quem pode instituir: União, Estados, Munícipios e DF (também pode ser os Territórios, se o território não tem Município, cabe a União instituir o imposto naquele local). Cada um destes entes tem um imposto.
União – 07; Estados – 03, Municípios – 03 e; o DF tem 06 tributos; enquanto que o território teria – 07+03= 10 (União e Município).
Impostos considerados espécie não entrarão nesse ciclo.
Somente o que são e o que justifica sua criação.
 Impostos – trata-se de modalidade tributária prevista no artigo 16 e seguintes do CTN, bem como no artigo 145, II da CF/88.
Imposto é a modalidade tributária caracterizada por não ter nenhuma contraprestação efetiva entre que cobra e o contribuinte. É o único tributo considerado não vinculado e o seu valor arrecadado, tem por objeto, custear as despesas do próprio Estado. Não sendo direcionadas a uma contraprestação efetiva (fornecer energia elétrica, por exemplo), salvo em previsão legal (A CF/88 prevê às contribuições, porém não atrela o que se fazer).
Existem 13 espécies de impostos:
1 – De competência da União: a. Imposto Sobre Rendas (IR) em proventos de qualquer natureza (salário e lucro); b. Imposto Sobre Importação (II); c. Imposto Sobre Exportação (IE); d. Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI); e. Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF); f. Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), g. Imposto Incidente Sobre Grandes Fortunas.
Obs. 1. Provento é salário e renda é o resto; 2. O que define se será ITR ou IPTU é o plano diretor municipal (sítio ou na cidade); 3. Imposto Sobre Grandes Fortunas não foi regulamentado, razão pela qual é inadmissível a sua cobrança, pois não há forma de viabilizar seu lançamento.
2 – De competência dos Estados: possuem competência para instituir os seguintes tributos: a. Imposto Sobre a Propriedade de Veículo Automotor (IPVA); b. Imposto Sobre a Transmissão de Bens Causas Mortis ou Sobre Doação (ITCND), c. Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
3 – De competência dos Municípios: a. Imposto Sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU); b. Imposto Sobre Serviços (ISS), c. Imposto Sobre a Transmissão Onerosa de Bens Imóveis (ITBI).
Obs. No caso do DF, incide competência para cobrar os tributos de competência dos Estados e dos Municípios.
Obs. No caso dos Territórios a competência é da União, salvo se os Territórios possuírem Municípios constituídos, hipótese na qual serão deles a competência para os seus próprios tributos. 
SÃO PAULO, 05/09/2016
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS (4ª MODALIDADE DE TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA) 
- CIDE – LEI 10336/01. 
O que é intervir no domínio econômico (ver artigo 170 CF – economia livre de mercado – vender pelo preço melhor e comprar pelo preço que entender melhor); Estado intervir o mínimo possível na economia (hipóteses previstas no artigo 170 da CF). Exemplo de intervenção: comprar dólar. O propósito é manter a economia equilibrada. Em algumas circunstâncias a UNIÃO deve ser enérgica para evitar o caos. Por exemplo, manter a cadeia produtiva em ordem, evitando que empresas estoquem algo específico para vender mais caro (Estado tem monopólio do metro cúbico estocado do álcool). Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (CIDE). Restringir a figura dos agentes econômicos, que causam distúrbios no mercado, criando monopólios, oligopólios, etc. Para subir o preço do produto ou causar a falta dele no mercado.
Desconcentração – relação direta sem atuação de órgãos específicos. 
Propósito de cada conselho: melhorar o exercício de cada profissão.
Deixei de recolher o tributo, deixei de pagar a OAB, posso ser executado? Não. O STF entendeu que este tipo de contribuição não é passível de execução; pois o propósito é melhorar a prestação desse serviço, isto é, sua execução. A consequência prática, por exemplo, para quem não paga a OAB é a suspensão. Só a UNIÃO pode instituir.
- CCP/E – LEI 8906/94. Quem é o dono do exercício das profissões? O Estado (qualquer tipo de profissão no território nacional, ele concede o direito de exercer). O Estado vendo que não consegue exercer o controle, descentraliza e concede aos conselhos federais (CREA< CRM, etc.). Cada Conselho federal pode ser subdividido em Conselhos Regionais, esse fenômeno é chamado de Desconcentração. Exemplo: União ----Administração Direta ou pode passar para um terceiro, ocorrendo a descentralização. Pode acontecer do Estado se descentralizar em outros órgãos: Superintendência da Polícia Federal, por exemplo. Assim o Estado se subdivide em órgãos e, cada órgão fica mais eficiente (cada um dos funcionários é um agente público, sem a necessidade da figura do terceiro, ver artigo 37, CF – princípio da Eficiência). Só UNIÃO pode instituir.
 
- COSIP: EC 3/93 – COSIP – Se não pode especificar o que cada um utiliza para quantificar, se coloca uma alíquota única para gerar o pagamento. A EC 3/93 instituiu a COSIP. Foi algo incomum, proposta pela manhã, discutiram e a tarde votaram as duas votações aprovando a EC 3/93. Essa emenda trazia a constituição da COSIP (essa contribuição só incide em iluminação pública). A UNIÃO, ESTADOS e MUNICÌPIOS podem instituir. 
Matéria Internas – não estão sujeitas ao controle de constitucionalidade. 
 ARTS. 149/149 ACF 
- C.S. - ARTIGO 195 C.F. Contribuição Social. Contribuição específica para auxílio em aposentadoria, etc.; para a seguridade social como um todo, de competência da UNIÂO. Mais alguém pode instituir? Pode apenas no caso do funcionalismo (art. 1º). 
Exemplo: IPREM (município) = INSS (União) = IPESP (Estado).
Não há artigo específico que trate do assunto, para cada contribuição há algo que descreva uma situação geral.
Outros exemplos de contribuições: CPMF, COFINS, CSLL.
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS: é modalidade tributária na qual o Estado estabelece forma de tributo devida em benefício do administrado. É, portanto, tributo de natureza vinculada. É o primeiro dos chamados “Tributos Constitucionais” (introduzidos pela CF/88). 
Existem diversas modalidades de contribuições, quais sejam:
 1 – Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (CIDE): é regulamentado pela Lei 10336/01. Tem por objetivo restringir as ações dos chamados Agentes Econômicos. Agente Econômico é aquele que causa distúrbio ou disfunção econômica, provocando na economia estatal desigualdade social, monopólio, oligopólio, bem como outras disfunções, alterando a boa lógica econômica. 
O Estado somente poderá atuar na economia somente nos casos previstos no artigo 170 e seguintes da CF/88. 
Nestas hipóteses sempre que houver um distúrbio econômico-social, o Estado tem por dever atuar para reestabelecer a Ordem (não se rata de punição, tributo não constitui sanção a ato ilícito).
A CIDE atua exclusivamente na ação do agente econômico, não alterando as demais relações econômicas. 
Exemplo: Se a indústria canavieira na produção do álcool apenas estocar causando falta do produto no mercado e consequentemente a alta do produto, e um distúrbio sócio - econômico nasçam dos consumidores, o Estado institui uma CIDE especificamente sobre o metro cúbico do álcool estocado, forçando o produtor a liberar o produto ou pagar o tributo.
Obs1. A CIDE é tributo de competência exclusiva da UNIÂO, pois somente ela poderá intervir na economia.
Obs2. Estados e Municípios não são competentes para instituir a CIDE, pois não possuem mecanismos jurídicos para intervir na economia, o que de fato apenas ocorre com a UNIÂO. 
2 – Contribuição das Categorias Profissionaisou Econômicas (CCP/E): foi instituída pela Lei 8906/94 e tem por objetivo regulamentar as contribuições utilizadas pelas categorias profissionais ou econômicas.
O Estado enquanto titular do exercício da profissão instituiu os chamados Conselhos Federais em observância ao Princípio da Eficiência (artigo 37 da CF/88 – LIMPE). Com este propósito a UNIÂO repassou aos Conselhos Federais a fiscalização, a melhoria da profissão, a administração da profissão e mesmo o propósito de cobrar a contribuição para a utilização na melhoria da própria profissão. São as contribuições cobradas pelos Conselhos Federais.
Obs1. É de competência exclusiva da UNIÃO, sendo que, somente ela, poderá instituir esta modalidade de contribuição.
Obs2. As contribuições sindicais se enquadram nessa modalidade, conforme previsão dos artigos 477 e 478 da CLT
Obs3. O STF já se manifestou de que a contribuição das categorias profissionais ou econômicas não estão sujeitas a constituição de dívida ativa e, portanto, não estão sujeitas a ação fiscal. 
3 - Contribuições Sociais (CS): está previsto no artigo 195/CF e está direcionado a sustentabilidade da seguridade social (Ver a matéria Direito Previdenciário).
É competência exclusiva da UNIÃO, salvo no caso do funcionalismo público que poderá ser instituído pelos Estados e pelos Municípios, especificamente, relacionados aos seus servidores (cada um na sua, se limita a aposentadoria). 
Obs1. As contribuições sociais são definidas na CF/88, mas regulamentadas nas Leis 8212 e 8213 ambas de 1991.
Obs2. Estados e Municípios poderão instituir as suas contribuições, delimitadas ao que a Lei permite, podendo inclusive majorar, reduzir, suspender ou até mesmo isentar (dispensa legal do pagamento).
4 – Contribuição Sobre Iluminação Pública (COSIP): instituída pelo artigo 195/CF. 
São Paulo, 12/09/2016
Trabalho em sala.
São Paulo, 19/09/2016
Foi introduzida pela EC 32 e pela EC 35. Trata-se de contribuição especial incidente sobre iluminação pública.
Durante alguns anos muito se discutiu sobre a natureza jurídica da Cosip, sendo que parte da doutrina entendia que esse tributo caracterizava-se por ser um imposto e a outra parte entendia que era uma taxa.
Imposto não pode ser, pois trata - se de tributo vinculado, cuja cobrança é vinculada a realização de um serviço estatal. O imposto é um tributo não vinculado.
Também não pode ser taxa em razão da característica desta de ser um tributo cujo fato gerador é a prestação de um serviço público específico e divisível. Ora, a iluminação pública não é especifica e muito menos divisível, pois; não há como identificar em unidade autônoma e nem mesmo o quanto cada unidade se beneficia.
Houve grande discussão em relação a aprovação da emenda, visto que o regimento interno do CN prevê que a votação e discussão da emenda não pode ocorrer no mesmo dia, ocorrendo em datas separadas a discussão, a votação, o primeiro turno e o segundo turno.
Não foi o que ocorreu, visto que a discussão e a votação em primeiro e segundo turnos, ocorreram no mesmo dia. Inconformado com a situação determinado partido político ingressou com ação direta de inconstitucionalidade (Adin), o que foi indeferido de plano pelo Ministro Relator, posicionando-se de que em matéria interna corpores (que regula o órgão, portaria, regulamento, etc.) não cabe controle de compatibilidade constitucional. Desta forma a EC entrou em vigor, acabando a discussão doutrinária sobre o tipo de tributo que é a iluminação pública.
A Cosip tem como contribuinte pessoa física ou jurídica que tem por benefício a iluminação pública e como sujeito ativo no tributo (quem pode cobrar) a União, que o cede aos municípios, permanecendo com uma parte do valor cobrado.
Obs. Gerais: 
1 – Existem outras modalidades de contribuições, em sua maioria de competência da União. Algumas introduzidas mediante fato certo e comprazo específico de validade, como foi o caso da CPMF. 
Outras contribuições podem ser o PIS, COFINS e CSLL (contribuição social sobre o lucro líquido).
2 – Somente nos casos em que a Contribuição for especifica para o funcionalismo público haverá alteração da competência, deslocando-se a competência da União para também, os Estados e Municípios (no caso dos municípios, é o IPREM e no caso dos Estados, IPESP). Nas demais contribuições a competência é privativa da União, menos nos casos em que ela delega a cobrança e utilização. Exemplo: OAB.
3 – Qualquer contribuição nova somente será possível, mediante Lei específica do titular do tributo, e havendo convênio entre eles é possível que eles alterem quem poderá cobrar ou mesmo quem poderá utilizar, parcial ou totalmente 
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO (ARTIGO 148, CTN): 
. Despesas extraordinárias (não estão previstas no orçamento da União); calamidade pública e guerra externa,
. Investimento Público – vigente + interesse nacional.
Calamidade pública: termo incerto (tenho que fazer agora ou daqui a pouco, fatos naturais).
Guerra Externa – se um Estado quer se separar de outro do Brasil, não justifica despesa extra; externa – com outro país que tiver soberania.
É um tributo/empréstimo.
1 – Calamidade Pública – eventos da natureza. Exemplo: Mariana, São Luís Paraitinga, Petrópolis. Algo que pode esperar (observar o objeto).
Guerra externa – guerra entre países (entre Estados, não se admite despesa extra).
2 – Investimento Público – urgente (ou faço agora, ou não vai ter objeto para proteger amanhã), ainda não aconteceu, mas está na iminência.
Deve ser de relevante interesse nacional – se for territorial, local, não pode criar tributo. Aqui entra patrimônio histórico, cultural, como Olinda, orla brasileira, índios.
. Extensão de algo – jurídico – o que abrange (guerra externa), para instituir o tributo é necessário que ocorra a guerra externa (com base neste fato), artigo 60, §4º, CF.
Qual o efeito jurídico (é o objeto)? De urgente, ou eu faço agora ou não terei o que proteger.
Qual é a controvérsia – de natureza jurídica – da Cosip? Se ela é taxa ou contribuição.
Taxa do lixo – não é taxa, pois não é especificamente nem divisível.
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
Efeito Jurídico do Empréstimo Compulsório: já aconteceu (dali em diante), é a cobrança e como vai devolver.
É tributo previsto no artigo 142 da CF/88, chamado de tributo constitucional.
Não há previsão no CTN.
A lei que institui o empréstimo compulsório deverá mencionar, sob pena de ilegalidade, as condições, o tempo e os mecanismos para a restituição do valor.
Na prática acaba sendo de fato um empréstimo custeado pelo contribuinte.
A competência deste tributo é privativa da União.
Hipóteses:
1 – Despesa extraordinária em decorrência de calamidade pública ou guerra externa. O termo despesa extraordinária é definido pela lei de Diretrizes Orçamentárias da União (LDO). Anualmente a União fecha o orçamento inserindo nele as despesas que até aquele momento eram previstas, recebendo o nome de Despesa Ordinária.
Aquilo se não constar nessa relação é chamada de despesa extraordinária.
Não é qualquer despesa extraordinária da União que justifica a constituição deste tributo, cabendo apenas quando ela for em decorrência de:
. Calamidade pública ou guerra externa.
 Calamidade pública é o acontecimento natural na qual a ação do Estado poderá ocorrer com razoável limite de tempo, sem que para tanto venha a ocorrer a perda total do objeto. Exemplo: acidentes naturais, como Mariana, Petrópolis ou São Luís do Paraitinga.
Guerra Externa faz alusão ao chamado Estado de beligerância (decretação de guerra a outro país). No Direito Brasileiro não se admite o chamado Direito de Secessão da Federação (desmembramento).
Somente se admite a instituição do empréstimo compulsório se a guerra for externa, não justificando em regra de “guerra externa”.
2 – Investimento Público – urgente e relevante interesse nacional.
É público todo investimento realizado pela União ou por quem lhe faça as vezes.
O termo “Urgente” recebe do STF uma conotação menos abrangente, pois só é urgente aquilo queprotege para proteger, se não for feito agora.
O critério do urgente é o urgentíssimo, ou é agora ou não precisa mais, pois não haverá mais o que proteger.
Relevante Interesse Nacional é o interesse ligado diretamente a República Federativa, não necessariamente a um maior número de pessoas.
 
 
São Paulo, 03/10/2016
Avaliação sobre a prova – professor tentando compreender por que a sala, em sua maioria, foi tão mal na prova.
Respostas das questões:
1 - Contribuições Especiais – as quatro contribuições COSIP – CCPE – CIDE - CS
2 – Contraprestação – só um não é vinculado 
3 – Extensão do termo pecúnia Non Olet e caráter de urgência – Dinheiro não tem cheiro, não importa se o ato é ilícito, ocorreu a incidência prevista em Lei, o tributo deve ser lançado; Caráter Urgente: Empréstimo Compulsório, para proteger o direito imediato, fazer agora, amanhã não terá o que proteger.
4 – Tributo é prestação pecuniária – alternativa e (não pode ser instituído através de ato ilícito)
5 – Alternativa d – o empréstimo compulsório é de competência da União. As taxas e as contribuições especiais são tributos de competência de todos os entes tributantes
6 – Alternativa E – não há correta
7 – Alternativa B - Duas Modalidades Constitucionais; diversas opções de contribuições especiais e uma prevista no art. 195 da CF.
São Paulo, 10/10/2016
Dia 14/11/2016 – ponte de feriado – professor não poderá nos dispensar, mas ...caso nenhum aluno venha para a aula.
Dia 21/11/2016 – trabalho em sala.
Dia 28/11/2016 – prova P2.
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
. Conceito
. Elementos: devem estar claros e definidos em lei (regulamenta), senão não pode exigir o tributo.
1 – SA – sujeito ativo (quem é o sujeito ativo do tributo? Dono do tributo, quem cobra ou quem institui). Quem institui, nos casos de EC é a União, logo, o sujeito ativo, nesse caso, é a União. No caso das Contribuições Especiais, mais precisamente, a CS quem institui são os entes públicos (a União institui, o INSS cobra e delega a outro a cobrança – ambos são Sujeitos Ativo). 
Obs. Quem pode instituir isenção, em regra, é o dono do tributo. Uma parte da doutrina fala “dono do tributo” é quem cria o tributo (no caso do INSS, seria a penas a União o sujeito ativo e, este autoriza de forma momentânea a cobrança pelo INSS, assim só a União poderia isentar a cobrança); a outra parte da doutrina não pensa assim, logo se a lei não fala nada, não cabe interpretações diferentes (se a lei não estabelece entendimento, não cabe interpretar de forma individual favorável para si).
Exemplo: as concessionárias e autarquias são prestadoras de serviço do Estado, não são donas de um “tributo específico”.
Taxa municipal – sujeito ativo é a Prefeitura. No caso do IPVA, é o Estado, no caso de IR, é a União, através da RF ou da fazenda federal.
Obs. ITR é de competência da União que repassa, em forma de convênio com os municípios que, arrecadam e repassam uma parte para a União (Município é o operador e a União o administrador). 
2 - SP – sujeito passivo – é o contribuinte (quem paga).
3 – Alíquota – é sempre em porcentagem (declaração de IR, em porcentagem).
4 – Base Cálculo – valor financeiro sobre a qual a alíquota recai. Exemplo: IR é 27,5% sobre a renda. Renda é X. Se a renda é 100, o IR é 27,5.
A base de cálculo é sobre o qual recai a alíquota. ITCMD é 4% (aplicar sobre o que se quer doar ou sobre o que estou recebendo em causa mortis). ITCMD está em aprovação para ir entre 8% e 9% (inviabilizar as doações).
Exemplo: II – para cada produto há uma alíquota de importação. Supondo que se importe peixe, qual a base de cálculo de peixes? Se paga através de toneladas (sobre cada tonelada uma alíquota X), quem traz essa alíquota e a base de cálculo é a lei de importação ou portaria da Receita federal. 
Exemplo II – para veículos verificar tabela de venda e compra.
Obs. Verificar quem é o contribuinte, quanto se paga, a quem se destina e o fato gerador do tributo. 
5 – Fato Gerador – FG + HI – é a somatória entre Fato Gerador e Hipótese de Incidência (são diferentes e são a mesma coisa). 
São iguais (FG e HI), por que são fato gerador.
São diferentes, por que são diferentes em seu gênero.
Fato Gerador – acontecimento da vida, algo prático. Exemplo: comparar um veículo, vendeu o veículo, teve renda; é o fato da vida, prático.
Hipótese de Incidência – previsão legal. Corpo e alma – Para instituir o tributo, deve decorrer de lei e, o fato da vida deve ocorrer (uma ação) para validar a cobrança. 
Para ocorrer o FG – deve ocorrer as duas subdivisões, senão não há FG. Exemplo – ser proprietário de veículo automotor, se não tem veículo automotor, não se paga IPVA. A alíquota e base de cálculo, a lei e a tabela definem, o Fato Gerador existe? Temos previsão legal; comprou um veículo (sim, comprou), logo, temos o fato gerador, caso não compre, não há fato gerador do tributo e não há obrigação tributária. 
(Tributo – começa no fato gerador e termina na ação fiscal / de cobrança. Ato fundamental que divide é o lançamento).
Para que um tributo exista, deve-se saber se a cobrança é lícita. Devemos saber qual é a obrigação (os elementos que formam a cobrança de um tributo, de forma clara em lei).
IR – previsto em Lei, SA é a União; SP são contribuintes, alíquota e base de cálculo a lei define, há o fato gerador. 
ISGF – Imposto Sobre Grandes Fortunas – ainda não está regulamentado em lei, logo, não há porque cobrar esse tributo.
Exemplo 1:
SA - Obra Pública Itaquera (contribuição de melhoria) = Município de SP.
SP – Contribuinte beneficiado pela obra de melhoria, aqueles que moram em Itaquera. 
AL – Deve ser a % (arbitrado pelo fiscal, baseado na valorização do imóvel).
BC – A valorização.
FG: FG – Sim e Hipótese da Incidência – Sim.
Logo, a obrigação tributária está completa.
Obs. A lei define se houve ou não valorização, em regra, com obra de melhoria, sempre haverá valorização.
Outro exemplo: importando 66 KG de peixes.
SA – União. 
SP – Importador (comprador).
AL – 6%.
BC – Valor do peso sobre alíquota = 66 KG X 6%. 
FG – Fato gerador previsto (FG = importação efetiva; HI = Lei).
FG = FG (Stricto Sensu) + HI (hipótese de incidência = previsão).
Obrigação Tributária = trata-se da previsão da obrigatoriedade da existência de um tributo quando decorrido a sua regulamentação.
Para o CTN, que foi instituído em meados da década de 60, obrigação tributária ou chamada regra matriz de incidência nada mais é do que o fato gerador (FG).
OBS. OT (Regra matriz de Incidência) = é o fato gerador (FG).
 O STF define obrigação tributária como aquele conjunto de elementos que tem por propósito verificar a existência do tributo em si.
Elementos
1 – Sujeito Ativo (SA) = trata-se da identificação daquele que possui por competência o direito de instituir um tributo ou de cobrá-lo.
Exemplo:
É competência da União o imposto sobre rendas (IR), cabendo a ela, instituir, majorar e utilizar o tributo.
Naquelas hipóteses em que quem institui é um órgão e quem cobra é outro, a maioria da doutrina entende que ambos são sujeitos ativos.
2 – Sujeito passivo (SP) = nada mais é do que o contribuinte que se enquadra na situação prevista na lei. A grosso modo é aquele responsável pelo pagamento.
3 – Alíquota = trata-se da porcentagem sobre a qual recai o cálculo para a incidência do tributo. É regra fixa e sempre será a porcentagem.
4 – Base de Cálculo = é o elemento de base para o cálculo do tributo. Ocorre uma variação geralmente definida na lei sobre qual será a base de cálculo em cada tipo de tributo.
Exemplo: a tonelada, o valor da renda, o valor da coisa, o valor atribuído ao direito, o valor da propriedade ou outro definido em lei. 
Sobre a base de cálculo aplica-se a alíquota para o cálculo do valor exato do tributo a ser recolhido. 
5 – Fato Gerador = a grosso modo, deve ser entendido como o fato que gera o tributo.
Por se tratar de um conceito que acompanha a instituição do CTN é necessário aplicar a ideia à previsão posicionada pelo STF, qual seja,dividir o conceito de FG entre fato gerador Stricto sensu e hipótese de incidência.
FATO GERADOR – FG 
Efetivamente ocorrido que não está contido na ideia genérica de presunção. Não se trata de um acontecimento virtual, mas tão especificamente, o acontecimento prático (a doutrina chama de corpo) 
 Fato Gerador em sua modalidade restritiva (strictu sensu) é um acontecimento da vida, ou seja, é a realização do acontecimento efetivamente ocorrido que não está contido na ideia genérica de presunção.
Não se trata de um acontecimento virtual, mas tão especificamente o acontecimento prático (a doutrina chama de corpo).
+ 
FATO GERADOR - HI = é o acontecimento de natureza abstrata contido na lei (a doutrina chama de alma). A HI é a previsão para a obrigatoriedade da cobrança do tributo.
Não há que se falar em tributo sem previsão legal, da mesma forma que não há que se falar em tributo se o fato concreto previsto na lei não ocorrer.
Obs1. A existência do chamado FG depende obrigatoriamente da previsão legal com a sua ocorrência prática. Se ocorrer apenas um dos elementos não há que se falar na existência do FG e automaticamente na existência da própria obrigação tributária. 
Obs2. Alíquota e base de cálculo são os únicos elementos de natureza quantitativa previstos na lei para o cálculo do valor do tributo. A lei deverá trazer, efetivamente, a porcentagem cabível e, a unidade sobre a qual recairá para o cálculo do tributo. Sem a existência de um destes dois elementos fica inviável o cálculo do tributo devido.
Obs3. Há discussão doutrinária sobre a inversão do conceito de FG e HI. Uma parcela da doutrina entende que FG é a previsão legal e que HI é o acontecimento da vida. Não erro na alteração dos conceitos pois a lei não os definiu (a lei simplesmente traz a ideia que obrigação tributária é a existência do FG).
Obs4. A ocorrência da obrigação tributária depende da existência concreta dos cinco elementos acima citados, sendo que a ausência de um deles na lei, tornará o tributo inexigível ou ainda ilíquido. Esta situação tornará o tributo ilegal, cabendo se o tributo já foi pago ação de repetição do indébito e se ainda não foi pago a contestação mediante recurso de natureza administrativa.
São Paulo, 17/10/2016
DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO, INTERPRETAÇÃO TRIBUTÁRIA E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA.
Obs. Teremos trabalho na próxima aula, dia 24/10/16 em trio, dupla ou sozinho. Serão duas perguntas. Trazer o CTN e poderá consultar a matéria.
. Obrigação Tributária – S.A + S.P +BC + FG = HI e FG _
Obrigação: 
	PRINCIPAL – recolher o tributo, multa e etc; cumulativa.
	
	ACESSÓRIA – são as obrigações, permitem a fazenda pública averiguar tudo. Exemplo: sujeito tem a obrigação e declarar o IR, a obrigação principal é o recolhimento na fonte, em folha de pagamento. Essa declaração, o ato de entregar é a obrigação acessória. 
	A obr. Acessória, também, é principal, porém diferente daquela (temos duas obrigações principais).
Obs. O que não é pagamento do tributo, mas que permite que através daquilo que se confirme o pagamento do tributo, é obrigação acessória (exemplo: livro contábil).
Obs. Se extinguir a obrigação principal, não se extingue a obrigação acessória.
Obs. Quando existia a necessidade de declarar que a pessoa era isenta, tratava-se de uma obrigação acessória (daí se vê que a pessoa é isenta). 
 Obs. Obrigação principal é tributo. Extinta uma obrigação, a outra perdura.
. Competência Tributária
Conceito: editar leis (direito que determinados entes têm de editar Leis sobre tributos). O direito que os entes União, Estados e Municípios têm de criar tributos, majorar ou reduzir tributos.
Delegação – o dono dessa prerrogativa, o dono da competência, pode delegar? A execução, não pode (a União não pode delegar ninguém para instituir imposto sobre renda), a delegação cabe sobre recebimento e execução. Exemplo: INSS, a contribuição de aposentadoria é da União e, funcionalismo cabe Estados e Municípios; quem cobre a pessoa é o INSS, então o ente pode delegar a utilização do tributo (a União delega) e os conselhos federais podem cobrar, arrecadar e utilizar o valor recolhido.
É possível delegação para utilização e cobrança; o direito é indelegável (sobre a instituição do tributo). O direito é do Ente Público, ele não pode delegar, por exemplo, a União não delega o direito sobre IR; mas, ela pode delegar a execução e cobrança desse tributo. 
Modalidades (alguns doutrinadores falam em doze). Legalmente, falamos em três.
1 – Privativa – quando cabe apenas um órgão (União, Estados, DF ou Municípios, a CF define isso). Exemplo: o Município não pode incidir sobre IR, a competência é privativa da União. 
2 – Residual – a União pode instituir novos tributos, desde que o fato gerador, não seja o mesmo que já garanta um tributo existente.
3 – Comum – mais de um tributo – difere um do outro o fato gerador (a razão de existência da taxa, deve ser distinto um do outro). Pode haver várias taxas. 
4 – Cumulativa – incidente sobre DF (a natureza jurídica do DF – o que ele é? Organização política societária e econômica. Não é uma autarquia. É uma organização política e administrativa.
Obs. O território cobra (tributo) – é uma autarquia, de competência da União, pode ter município no território? Depende, se tiver mais que 100.000 mil habitantes, pode sim. Os tributos de competência do Estado quem cobrava era a União, e os de competência da União, a União cobrava; se tinha município, cabia à ele cobrar o tributo. 
5 – Extraordinária – aquela cabível exclusivamente nos empréstimos compulsórios (despesas extraordinárias). Somente nesse caso, referente ao inciso I, do artigo 148 da CTN.
 Entende-se por obrigação principal, assim definido no artigo 114 do CTN, a obrigação de recolher o tributo.
Assevera-se que a obrigação principal é restrita ao recolhimento na carga tributária cumulado com as suas consequências, como é o caso dos juros e das correções. Exemplo: recolhimento efetuado a título de imposto sobre renda.
Por outro, lado obrigação acessória, conforme prevista pelo artigo 115 do CTN, é toda e qualquer obrigação do sujeito passivo que permite ao sujeito ativo verificar a ocorrência exata da obrigação principal, ou seja, da existência e do recolhimento do tributo.
Obs.1: Em que pese receba o nome de obrigação acessória, a doutrina trata como obrigação principal. 
Para o CTN é acessória por que a sua ocorrência somente existe com o surgimento da obrigação principal, de fato.
Esta parte da doutrina que a considera (a obrigação acessória), como obrigação principal, justifica o seu entendimento na ideia de que não há entre as modalidades de obrigações relação de dependência, pois a existência e o cumprimento de uma, não está relacionado de forma congênita ao cumprimento da segunda.
Obs.2: Em um caso relacionado ao imposto sobre renda, o pagamento do tributo é obrigação principal (não importa como se foi parcelado para pagamento ou é retido na fonte), e a entrega da obrigação física através do CPF é obrigação acessória. 
ICMS – o que é: obrigação principal é o tributo, recolhimento; a acessória é a nota fiscal.
ISS – tributo (OP) e nota (AO).
IPTU: recolhimento (OP), inscrição do imóvel (AO).
Obs.3: Não necessariamente é necessária a existência de obrigação acessória vinculada a existência de obrigação principal. Na maioria das vezes, a inexistência de obrigação acessória está relacionada a ausência de determinado fato ou correção do sujeito passivo.
Competência
Competência é a prerrogativa assim definida no CTN como sendo a faculdade de editar leis que instituem, em abstrato, tributos. A competência tributária é definida exclusivamente mediante lei, sendo que em alguns casos está definida na própria CF.
A delegação da competência é inviável e intransferível. Uma vez definida a competência por lei não é possível a sua transferência, razão pela qual a competência é indelegável.
Poderá, no entanto, delegar a cobrança ou a sua utilização, desde que o faça mediante lei (a competênciacontinua sendo indelegável e intransferível, mas poderá ser atribuído a um terceiro a prerrogativa da cobrança e da utilização).
MODALIDADES
A CTN e a CF (artigo 156 CF) estabelece em quatro modalidades, a doutrina identifica outras modalidades, o que dependerá do autor.
1 – Competência Privativa: trata-se de modalidade de competência onde o ente tributante é designado nominalmente e diretamente pela legislação. São os casos das competências previstas nos artigos 153 (União), 155 (Estado - DF) e 156 (Municípios). Nesses casos e em outros como no artigo 148, II e 195, caput a competência é privativa da PJ nominada. Exemplo: IR – União; IPTU – Município, IPVA – Estado. 
2 – Competência Comum – trata-se de modalidade de competência atribuída a qualquer ou a todos os entes tributantes, de maneira que juntos e ao mesmo tempo a União, DF, Município ou Estados poderão instituir o mesmo gênero de tributo. Exemplo: Taxas e contribuições de melhoria.
3 – Competência Cumulativa – trata-se de modalidade de competência atribuída ao ente tributante que poderá cumular mais de uma competência privativa, ou mesmo, comum. É o caso do DF que poderá cumular as competências privativas dos Estados e dos Municípios. 
4 – Competência Residual – trata-se de modalidade de competência atribuída a União, como detentor da possibilidade de instituir novos tributos que não estejam previstos especificamente ou nominalmente na legislação.
Obs1. É necessário observar a aplicabilidade do princípio constitucional da bitributação ou BIS INIDEM (duas coisas iguais), para que o novo tributo instituído não tenha o mesmo fato gerador que os tributos já existentes, o que caracterizaria inconstitucionalidade do segundo tributo instituído. 
Obs2. A obrigação residual de competência é exclusiva da União e somente ela poderá instituir novos tributos. 
5 – Competência Extraordinária – trata-se da modalidade de competência especificada doutrinariamente para se referir a competência existente àquela fixada no artigo 148, I da CF. Ao estabelecer: “para atender a despesas extraordinárias” a competência será da União, de forma exclusiva. É modalidade cabível diretamente a previsão constitucional do inciso I.
Obs. Geral:
1 – É relevante o entendimento de competência para analisar e definir a constitucionalidade dos tributos, pois nesse caso haverá a indicação do sujeito ativo da obrigação tributária, sem o qual não é possível falar na existência do tributo.
2 – A obrigação tributária tem por objetivo indicar o ente tributante correto para a incidência do tributo, inclusive, na hipótese da celebração de convênios entre os entes tributantes.

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