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Mod C Fase I

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
JEAN MARCEL BELIZÁRIO, 1148799, TURMA 2014
PORTFÓLIO
UTA – PRODUÇÃO DE MATERIAIS E ÁLGEBRA
AQUIDAUANA – MS
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
JEAN MARCEL BELIZÁRIO, 1148799, TURMA 2014
PORTFÓLIO
UTA – PRODUÇÃO DE MATERIAIS E ÁLGEBRA
	Relatório de Portfólio da UTA Meio 	Ambiente, Inovação e Sustentabilidade - 	Fase II apresentado ao curso de 	Licenciatura em matemática do Centro 	Universitário Internacional UNINTER. 
AQUIDAUANA – MS
2016
Centro Universitário Uninter
PORTFÓLIO DA UTA PRODUÇÃO DE MATERIAIS E ÁLGEBRA
Jean Marcel BELIZÁRIO
Resumo
Este trabalho visa mostrar, que existe relações muito forte e de muito tempo entre matemática e arte. Mostrar que em trabalhos realizados muito antes da nossa geração pode-se perceber conteúdos matemáticos utilizados em sua construção e que até mesmo o aprendizado da matemática muitas vezes se dá com o uso das artes. 
Palavras – chave: Interdisciplinaridade. Matemática. Antiguidade
Introdução
Este trabalho tem por finalidade apresentar uma breve associação entre matemática e arte, contendo alguns exemplos históricos e nomes de artistas de expressão que construíram suas obras de arte e hoje podemos perceber muitos conteúdos matemáticos nelas. Mostrar que a matemática pode ser associada sim a outras disciplinas e que essa associação não é dos dias atuais, e sim, uma relação que na verdade foi perdida com o passar do tempo, fazendo o tempo parecer algo fora do normal, ou até mesmo utópico.
Matemática e Arte, Realidade ou Utopia.
Através da história, percebe-se que Matemática e Arte andam juntas e, no decorrer dos tempos, essa união se apresentou de tal forma que, muitas vezes, estão implícitos conceitos matemáticos nas experiências artísticas ou vice-versa. Exemplificando, esses conceitos são aplicados na Arquitetura, nas estruturas de aço usadas em edificações, em monumentos como a pirâmide do Museu do Louvre, em outdoors, no enredo de filmes e livros, como o “Código Da Vinci”, e em muitos outros contextos.
Quem nunca ouviu falar na razão dourada? Também conhecida como proporção áurea que é uma constante obtida através da divisão de segmentos de retas. Pode até parecer complicado e alguns até dirão que nunca ouviram falar, mas como exemplo cito, para os matemáticos a sequência de Fibonacci, que resulta no “retângulo de ouro”. Lógico que temos exemplos mais consideráveis e que fogem da matemática e entram na arte, como o mistério das pirâmides egípcias, que sempre intrigam e todos, com certeza, conseguem visualizar as formas geométricas contidas nelas, a perfeição e alinhamento das suas paredes, entre tantas outras proporções que podemos citar. Muitos monumentos gregos também entram nessa intriga de como algo planejado com conteúdos que hoje são aprendidos na matemática, podem ser considerados obras de arte, como é o caso do Partenon, até por que a Grécia pode não ser o verdadeiro berço da matemática, mas, com certeza, foi o lugar onde houve o maior número de contribuições para essa ciência exata. E para aqueles que se convenceram ainda, temos também alguns pintores e escultores que fizeram algumas obras significativas para a história mundial, que usaram de alguns temas matemáticos, como é o caso do próprio Da Vinci que aplicou conceitos de proporções para confeccionar algumas de suas tão estimadas obras como “A Última Ceia”, o “Homem Vitruviano” e a tão conhecida “Mona Lisa”. Além de Da Vinci, outros artistas também usaram conceitos matemáticos para fazer suas obras, entre eles Michelangelo, Botticelli, Raphael e Salvador Dali, cujas obras não citarei nesse trabalho, por causa da sua extensão.
D’Ambrósio (2005) entende a Matemática como uma estratégia desenvolvida pela espécie humana ao longo de sua história para explicar, entender, manejar e conviver com a realidade dentro de um contexto natural e cultural. Sendo parte desse contexto as religiões, as ciências em geral e as artes. Segundo essa visão a Matemática é um instrumento utilizado em outras áreas do conhecimento, sendo mais natural associá-la a elas. 
Essa forma de ver a associação entre matemática e arte foi perdida com a fragmentação de conteúdos, que hoje vemos nas escolas. Até pouco tempo atrás não se estabelecia nenhum vínculo entre as disciplinas ensinadas nas instituições de ensino, criando nos alunos um espírito de separação total dos conteúdos, quando na realidade todos eles estão interligados. Esse processo se mostrou totalmente ineficaz, pois segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN): “O ensino de matemática, centrado em si mesmo, limitando-se à exploração de conteúdos meramente acadêmicos, de forma isolada, sem qualquer conexão entre seus próprios campos ou com outras áreas de conhecimento, pouco tem contribuído para a formação integral do aluno, com vistas à conquista da cidadania. (BRASIL, 1997, p.26). 
Se analisarmos nosso ensino escolar, desde a escola as primeiras experiências de um aluno com a geometria se dá através de desenhos e formas que compõem a Arte. Torna-se assim natural que esses dois conhecimentos sejam integrados e utilizados em prol de ambas as áreas.
Conclusão
Diante de todos os fatos apresentados acima, algumas pessoas até podem dizer que não temos como provar que realmente todas essas obras foram realizadas embasadas em padrões fornecidos por conteúdos matemáticos, pois não temos nada escrito desses autores afirmando tal procedimento, que tudo que foi citado é apenas uma interpretação tendenciosa. Realmente, nesse aspecto, concordo que não temos provas suficientes para afirmar que tais artistas se fizeram valer desses artifícios para elaborar suas obras, porém tente pensar pelo lado inverso, temos como negar o uso da matemática nessas obras de arte? Temos como afirmar com convicção que todos os conteúdos matemáticos que percebemos nessas obras são falsos?
São perguntas que nos fazem refletir que na verdade a interdisciplinaridade existe a muito mais tempo que imaginamos, não apenas entre matemática e arte, mas também com outras disciplinas.
Para terminar o trabalho, deixo uma frase de Descartes, que apesar de acreditar na interdisciplinaridade, sou um futuro professor de matemática e vou sempre puxar muito mais para o meu lado: “A Matemática apresenta invenções tão sutis que poderão servir não só para satisfazer os curiosos, como também, para auxiliar as artes e poupar trabalho aos homens.”
Referências
Livros:
– MUNHOZ, Maurício de Oliveira. Propostas metodológicas para o ensino da matemática. Curitiba, PR: Intersaberes, 2013.
– MARTINELLI, Líliam Maria Born; MARTINELLI, Paulo. Materiais concretos para o ensino de matemática nos anos finais do ensino fundamental. Curitiba, PR: Intersaberes, 2016.
– SANTOS, Gisele do Rocio Cordeiro Mugnol; MOLINA, Nilcemara Leal; DIAS, Vanda Fattori. Orientações e dicas práticas para trabalhos acadêmicos. Curitiba, PR: Ibpex, 2007.
Internet:
– BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais, disponível em <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro03.pdf>. Acesso em: 07 de novembro de 2016.
- MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Matemática em Toda Parte – Matemática na Arte, disponível em <http://tvescola.mec.gov.br/tve/video/matematica-em-toda-parte-matematica-na-arte>. Acesso em: 07 de novembro de 2016.
- MARIUZZO, Patrícia. Arte e Matemática – Criando pontes entre a razão e a sensibilidade, disponível em <http://pre.univesp.br/arte-e-matematica#.WCJ2dvkrLIU>. Acesso em: 07 de novembro de 2016.
- CHAVES, Diego Romeira Cigaran. A matemática é uma arte, disponível em <http://pre.univesp.br/arte-e-matematica#.WCJ2dvkrLIU>. Acesso em: 07 de novembro de 2016.

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