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CITOMEGALOVÍRUS (CMV) O CMV é um vírus de fácil transmissão, pois está presente em quase todos os fluidos, bastante importantes em primo-infecções em gestantes. Família: Herpesviridae. Gênero: Citomegalovirus. É um herpesvírus humano do tipo 5. Permanece em latência nos monócitos e linfócitos. Isto possibilita sua disseminação para todas as partes do corpo. São sensíveis a pH ácido, solventes lipídicos, detergentes e UV. Os alvos de ação de antivirais são as enzimas DNA polimerases. Uma característica marcante é a formação citomegalia. Forma inclusões nucleares características (células em olho de coruja). Observável em cultura de células. Possui afinidade especial para células das glândulas salivares e endócrinas – tanto que foi inicialmente isolado de glândulas salivares e rins de crianças com infecção congênita. Pode afetar pulmões, fígado, pâncreas, rins e cérebro. Transmissão: sexual, parenteral, transplacentária, saliva, urina, leite materno, transfusão de sangue e hemoderivados. Excreção do vírus: lágrima, urina, secreção cervical, sêmen, sangue. Possui fenômeno de latência (ou reativação)! Devido à característica de latência, geralmente ataca indivíduos imunodeprimidos Ultrapassa a barreira hematoencefálica vírus teratogênico. Epissoma: DNA viral circular, presente em linfócitos de forma latente. A expansão clonal garante que o genoma viral seja repassado indeterminadamente. Infecção lítica – infecção primária, com ou sem sintomas. Infecção persistente – latência em leucócitos na forma de genoma viral de latência (epissomas). Está associado à câncer de próstata, de útero e vitiligo. O vírus leva de 30 a 40 dias de incubação. Em adultos imunocompetentes, a infecção é semelhante à mononucleose infecciosa. Sintomas: quadros febris prolongados, astenia, hepato e/ou esplenomegalia, aumento da função hepática, linfocitose com atipia. Na infecção congênita ou perinatal apresenta petéquias, icterícia, hepatoesplenomegalia, microcefalia, coriorretinite (infiltração na conjuntiva fibrose cegueira) e calcificações cerebrais. Decorrente: surdez (primeiro sinal a observar), cegueira, retardo mental e paralisia espástica e flácida. A doença é também severa em pacientes imunocomprometidos. Diagnóstico Primeiro por ELISA identificação de anticorpos IgG e IgM. Isolamento em cultura de células obtido de urina, saliva, sangue ou biópsia de fibroblastos de pulmão humano (este realizado apenas em centros de pesquisa). Em recém-nascidos pode coletar do cordão umbilical. A pesquisa dos Acs também pode ser feita por IMF. O bom é confirmar por PCR. Geralmente só é necessário confirmar a presença do vírus em casos de pacientes imunossuprimidos. Exame + Resultado Interpretação IgM – IgG - Não possui(u) a doença IgM + IgG - Infecção aguda ou primo-infecção IgM – IgG + Vírus latente. Já tem anticorpo. IgM + IgG + fazer teste de avidez pra saber se o IgG é de infecção (menos ávido) ou de infecção pregressa/reativação (alta avidez). A baixa atividade indica soroconversão ou primo-infecção. Possivelmente não há carga viral suficiente para passar a placenta. Em casos de RN infectados assintomáticos, espera-se que até os 2 anos de idade desenvolvam manifestações tardias, tais como perda auditiva, paralisia espástica e retardo mental.
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