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RESUMO BACTERIOLOGIA CITOLOGIA E MORFOLOGIA TORTORA 10 ED

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RESUMO BACTERIOLOGIA – TORTORA 10ª ed. 
Dayara Machado Borges – Turma LXIII - FMUFG 
 
 Citologia e Morfologia Bacteriana 
 Tamanho das bactérias: 
- a maioria varia de 0,2 a 2 µm de diâmetro e de 2 a 8 µm de 
comprimento 
- tamanho pequeno = crescimento mais rápido 
- quanto menor a célula, maior a área de superfície em relação ao seu 
volume 
- determina a velocidade de entrada de nutrientes 
 Forma: 
- conhecer a forma ajuda a “funilar” o diagnóstico bacteriológico 
- Cocos: 
 Redondos, ovais, alongados, achatados 
 Diplococos 
 Estreptococos 
 Tétrades 
 Sarcinas (em forma de cubo, com 8 bactérias) 
 Estafilococos 
 - Bacilos/bastonetes: 
 Bacilo isolado 
 Diplobacilos 
 Estreptobacilos 
 Cocobacilos 
 - Vibriões 
 - Formas espiralada: 
 Espirilos 
 Espiroquetas 
 Geneticamente, a maioria das bactérias é monomórfica. Entretanto, 
condições ambientais podem alterar sua forma. Já outras são 
pleomórficas (morfologia não é constante). 
 Estruturas externas à parede celular: 
- Glicocálice: 
 “capa de açúcar” 
RESUMO BACTERIOLOGIA – TORTORA 10ª ed. 
Dayara Machado Borges – Turma LXIII - FMUFG 
 
 Polímero viscoso e gelatinoso (pode proteger contra 
desidratação), composto de polissacarídeo, polipeptídeo ou 
ambos. 
 Se for organizado e estiver firmemente aderido à parede 
celular, é descrito como uma cápsula (a cápsula pode 
contribuir para a virulência, ao proteger as bactérias da 
fagocitose pelo hospedeiro). Se for o contrário, é descrito 
como uma camada viscosa. 
 Importante para os biofilmes, onde passa a se chamar 
Substância Polimérica Extracelular (SPE). 
 - Flagelos: 
 Bactérias sem flagelo são chamadas de atríqueas 
 Elas podem alterar a velocidade e a direção de rotação dos 
flagelos. 
 São apêndices filamentosos proteicos que propulsionam as 
bactérias. 
 Resposta a estímulos químicos ou físicos, movendo-se na 
direção favorável (quimiotaxia, fototaxia) ou contrária do 
estímulo. 
 A proteína flagelar antígeno H é útil para diferenciar entre as 
variações dentro de uma espécie de bactérias gram negativas. 
 - Filamentos axiais (endoflagelos): 
 Exclusivo das espiroquetas. 
 Feixes de fibrilas que se originam nas extremidades das células 
e fazem uma espiral em torno da célula. Movimento espiral 
(tipo “saca-rolhas”). 
 Treponema pallidum, causador da sífilis. 
 - Fímbrias: 
 As fímbrias podem estar nos polos das células bacterianas ou 
homogeneamente em toda a superfície da célula. 
 Adesão às outras células ou às superfícies. Dependem de 
receptores (ex.: adesinas). 
 Envolvidas na formação de biofilmes e outros agregados. 
RESUMO BACTERIOLOGIA – TORTORA 10ª ed. 
Dayara Machado Borges – Turma LXIII - FMUFG 
 
 Neissera gonorrhoeae, causador da gonorreia; as fímbrias 
auxiliam o micróbio a colonizar as membranas mucosas. 
 Se as fímbrias estiverem ausentes, não é possível que aconteça 
a colonização, e, com isso, não acontece a doença. 
 - Pili: 
 Mais longos que as fímbrias e apenas um (1 pilus) ou dois (2 
pili) por célula. 
 Envolvidos na mobilidade bacteriana: 
o Translocação bacteriana: movimentos curtos, abruptos 
e intermitentes. Exemplo: Pseudomonas aeruginosa, 
Neisseria gonorrhoeae e em algumas E. coli. 
o Mobilidade por deslizamento: nas mixobactérias. 
 Transferência de material genético na conjugação (pili 
sexuais). A célula que transfere seu material para a outra 
célula é chamada de F+. 
 Parede celular: 
- Função: 
 Responsável pela forma da bactéria. 
 Previne a ruptura da bactéria quando a pressão da água dentro 
da célula é maior que fora dela. 
 Ponto de ancoragem para flagelos. 
 Contribui para a virulência e local de ação de alguns 
antibióticos. 
 Diferencia bactérias Gram + das Gram – 
 - Composição e características: 
 É composta por uma rede macromolecular chamada 
peptideoglicano (mureína), que pode estar sozinha ou em 
combinação com outras substâncias. 
 O peptideoglicano consiste em um dissacarídeo repetitivo 
ligado por polipeptideos, que formam uma rede que circunda 
toda a célula. 
 Os dissacarídeos são formados por monossacarídeos 
chamados: N-acetilglicosamina (NAG) e ácido N-
acetilmurâmico (NAM). 
RESUMO BACTERIOLOGIA – TORTORA 10ª ed. 
Dayara Machado Borges – Turma LXIII - FMUFG 
 
 Moléculas alternadas de NAM e NAG são ligadas em filas de 
10 a 65 açucares para formar um “esqueleto” de carboidratos. 
Filas adjacentes são ligadas por polipeptídeos (cadeias laterais 
de pentapeptídeos: aminoácidos ligados ao NAM no 
esqueleto). 
 Transpeptidase faz a ligação cruzada dos aminoácidos que 
ligam os pentapeptídeos. O tipo de ligação cruzada varia 
dentre as Gram + e as Gram -. 
 Lisozima desfaz a ligação NAG-NAM. 
 A penicilina interfere com a ligação final das filas de 
peptideoglicanos pelas ligações cruzdas peptídicas, o que 
resulta em uma parede celular enfraquecida, levando à lise. 
 - Gram – positivas: 
 Muitas camadas de peptideoglicano (estrutura espessa e 
rígida). 
 A parede celular contêm ácidos teicoicos (dois tipos: ácido 
lipoteicoico e ácido teicoico de parede), que são responsáveis 
por boa parte da especificidade antigênica da parede e, 
portanto, tornam possível identificar bactérias Gram + 
utilizando determinados testes laboratoriais. 
 Se coram em roxo. 
 Os cocos geralmente são Gram +. 
 - Gram – negativas: 
 Parede com uma ou poucas camadas de peptideoglicano e uma 
membrana externa (exclusiva das Gram -). 
 Não possuem ácidos teicoicos. 
 Membrana externa: formada por lipopolissacarídeos (LPS), 
lipoproteínas e fosfolipídeos. 
o LPS é formado por três componentes: 
 Lipídeo A: está embebido na parte superior da 
membrana externa. Quando bactérias Gram – 
morrem, elas liberam o Lipídeo A, que funciona 
como uma endotoxina. O Lipídeo A é responsável 
pelos sintomas, como: febre, vasodilatação, 
choque e formação de coágulos. 
RESUMO BACTERIOLOGIA – TORTORA 10ª ed. 
Dayara Machado Borges – Turma LXIII - FMUFG 
 
 Cerne polissacarídeo: papel estrutural, fornecer 
estabilidade. 
 Polissacarídeo O: funciona como um antígeno, 
sendo útil para diferenciar espécies de bactérias 
Gram – (identificação das cepas patogênicas das 
não patogênicas). 
o A membrana externa também fornece uma barreira para 
certos antibióticos, enzimas digestivas, detergentes, 
metais pesados, sais biliares e certos corantes. 
 O peptideoglicano se liga às lipoproteínas na membrana 
externa e está imerso no periplasma. 
 Periplasma: fluido semelhante a um gel com alta concentração 
de enzimas de degradação e proteínas de transporte, entre a 
membrana externa e a membrana plasmática. O espaço 
periplasmático pode ser um fator de virulência. 
 Bacilos geralmente são Gram -. 
 
 
 
 
RESUMO BACTERIOLOGIA – TORTORA 10ª ed. 
Dayara Machado Borges – Turma LXIII - FMUFG 
 
 
 - Paredes celulares atípicas: é o caso, por exemplo, dos membros do 
gênero Mycoplasma, que não possuem parede ou têm pouco material de 
parede. 
 - Dano à parede celular: 
 As substâncias que danificam a parede celular bacteriana ou 
interferem com sua síntese, não danificam as células animais 
do hospedeiro. 
 Por exposição à lisozima (presente nas lágrimas, muco, 
saliva), que catalisa a hidrólise das pontes entre os açúcares 
nos dissacarídeos repetitivos do “esqueleto” de 
peptideoglicano, removendo, assim, a parede celular. Oconteúdo celular que permanece circundado pela membrana 
plasmática pode ficar intacto se a lise não ocorrer, que passa 
a ser chamada de protoplasto (capaz de realizar 
metabolismo). 
 Para a lisozima exercer seu efeito nas Gram -, essas são 
tratadas primeiramente com EDTA (ácido 
RESUMO BACTERIOLOGIA – TORTORA 10ª ed. 
Dayara Machado Borges – Turma LXIII - FMUFG 
 
etilenodiaminatetracético), que enfraquece a membrana 
externa, fornecendo acesso para as lisozimas. 
 As Gram – são bastante suscetíveis a alguns antibióticos β-
Lactâmicos, que penetram na membrana externa. 
 Estruturas internas à parede celular: 
- Membrana Plasmática: 
 As proteínas de membrana tem como funções: síntese de 
lipídios, síntese de parede celular, transporte, transdução de 
sinal, secreção de proteínas, quimiotaxia, etc. 
 As glicoproteínas possuem um papel em certas doenças 
infecciosas. 
 Certos álcoois e compostos de amônio quartenário são usados 
como desinfetantes ao destruir a membrana plasmática. 
 Polimixinas (grupo de antibióticos) produzem o 
extravasamento do conteúdo intracelular. 
 - Citoplasma: 
 Constituído principalmente por DNA, ribossomos e inclusões 
(depósitos de reserva). 
 - Nucleoide: 
 Uma molécula longa e continua de DNA de fita dupla e 
circular (cromossomo bacteriano). 
 Além do DNA, também possuem plasmídeos (pequenas 
moléculas de DNA de fita dupla e circular). Os plasmídeos 
são extracromossômicos (se replicam independente do DNA 
cromossômico), podem ser adquiridos ou perdidos sem causar 
dano à célula. 
 Os plasmídeos podem transportar genes para atividades como 
resistência aos antibióticos, tolerância a metais tóxicos, 
produção de toxinas e síntese de enzimas. Utilizado para 
manipulação genética em biotecnologia. 
 - Ribossomos: 
 São constituídos de duas subunidades (proteína e rRNA). 
RESUMO BACTERIOLOGIA – TORTORA 10ª ed. 
Dayara Machado Borges – Turma LXIII - FMUFG 
 
 São chamados de ribossomos 80S (subunidade 50S + 
subunidade 30S). 
 Subunidade 30S: contém 1 molécula de rRNA. Antibióticos 
como a estreptomicina e a gentamicina fixam-se a essa 
subunidade e interferem com a síntese proteica. 
 Subunidade 50S: contém 2 moléculas de rRNA. Antibióticos 
como a eritromicina e o cloranfenicol fixam-se a essa 
subunidade e interferem na síntese proteica. 
 Devido às diferenças nos ribossomos procariotos e eucariotos, 
a bactéria pode ser morta pelo antibiótico enquanto a célula 
eucariótica do hospedeiro permanece intacta. 
 - Endosporos: 
 Quando os nutrientes essenciais se esgotam, algumas bactérias 
Gram + como as do gênero Clostridium (alguns membros são 
responsáveis pela gangrena, tétano, botulismo e intoxicação 
alimentar) e Bacillus (alguns membros são responsáveis pelo 
antraz e intoxicação alimentar) formam células especializadas 
de “repouso”, denominadas endósporos. 
 São células desidratadas altamente duráveis, com paredes 
espessas e camadas adicionais. Contém somente DNA, 
pequenas quantidades de RNA, ribossomos, enzimas e 
algumas moléculas pequenas importantes. São formados 
dentro da membrana celular bacteriana. 
 Podem sobreviver a temperaturas extremas, falta de agua e 
exposição a muitas substâncias químicas tóxicas e radiação. 
 A formação do esporo dentro de uma célula leva várias horas e 
é conhecido como esporulação ou esporogênese (NÃO é uma 
forma de reprodução). Ele retorna ao seu estado vegetativo por 
um processo chamado germinação, que é ativada por uma 
lesão física ou química no revestimento do endosporo. 
 Não realizam reações metabólicas. 
 Coloração de Gram: 
- Foi desenvolvida em 1884 pelo bacteriologista dinamarquês Hans 
Christian Gram. 
- Etapas: 
RESUMO BACTERIOLOGIA – TORTORA 10ª ed. 
Dayara Machado Borges – Turma LXIII - FMUFG 
 
 Um esfregaço fixado é recoberto com um corante básico 
púrpura, o cristal de violeta (coloração primária). 
 O corante purpura é lavado e o esfregaço é recoberto com o 
Lugol (à base de iodo). Quando o lugol é lavado, ambas as 
bactérias Gram + e Gram – aparecem em cor violeta escuro. O 
cristal violeta e o iodo se combinam no citoplasma formando o 
complexo cristal violeta-iodo (CV-I), que é maior que a 
molécula de cristal violeta. 
 A seguir, a lâmina é lavada com álcool (agente descolorante). 
Após essa lavagem, as bactérias que continuam com a cor 
violeta escuro são chamadas de Gram + (isso acontece porque 
o CV-I não consegue passar pela grande camada de 
peptideoglicano da parede celular) e as que perdem a 
coloração são chamadas de Gram – (nessas células a lavagem 
com álcool rompe a camada externa de lipopolissacarideo e o 
CV-I consegue ser removido através da camada delgada de 
peptideoglicano). 
 O álcool é lavado e a lâmina é corada com safranina, um 
corante básico vermelho. Como as bactérias Gram – são 
incolores após a lavagem com álcool, elas não são mais 
visíveis, então, é aplicado a safranina para que elas adquiram 
cor (cor rosa), e depois o esfregaço é lavado novamente. 
 
 
RESUMO BACTERIOLOGIA – TORTORA 10ª ed. 
Dayara Machado Borges – Turma LXIII - FMUFG

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