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RESUMO BACTERIOLOGIA – TORTORA 10ª ed. Dayara Machado Borges – Turma LXIII - FMUFG Genética Bacteriana Mutação: - É uma alteração na sequencia de bases de um gene. - Essa alteração do genótipo pode ser desvantajosa, ou mesmo letal, se a bactéria perder uma característica fenotípica que necessita. Ou pode ser benéfica, se a enzima alterada possuir uma atividade nova ou intensificada que beneficie a bactéria. - Muitas mutações simples são silenciosas (neutras); portanto, não causam alterações na atividade do produto codificado pelo gene mutante. - Podem ser selecionáveis (resistência à droga) ou não. - A maioria das bactérias mutantes possuem natureza bioquímica. Mutações bioquímicas são mutações que causam uma mudança na bioquímica da célula, causando frequentemente deficiência ou mesmo inativando uma via biossintética da bactéria, ou seja, é eliminada a capacidade da bactéria sintetizar uma macromolécula essencial, como aminoácidos ou nucleotídeos. - Tipos de mutações: Mutantes auxotróficos: são organismos que não são capazes de produzir determinado nutriente necessário para seu metabolismo, necessitando adquiri-lo de outro ser/meio (organismo prototrófico é o que consegue produzir todos os nutrientes que necessita). Substituição de bases (mutação de ponto): se essa substituição resultar em uma substituição de aminoácidos na proteína sintetizada, essa alteração é conhecida como mutação missense. Uma substituição de bases que resulta em um códon sem sentido é chamada mutação nonsense. Mutações de fase de leitura (frameshift): um ou alguns pares de nucleotídeos são removidos ou inseridos no DNA. Esse tipo de mutação quase sempre resulta em uma longa sequência de aminoácidos alterados e na produção de uma proteína inativa do gene que sofreu mutação. Mutantes incapazes de utilizar certas fontes de carbono e nitrogênio. RESUMO BACTERIOLOGIA – TORTORA 10ª ed. Dayara Machado Borges – Turma LXIII - FMUFG Mutantes resistentes a agentes inibidores. Mutantes morfológicos. Mutantes para produção de substâncias liberadas pelas células: são mutantes incapazes de liberar ou que liberam em excesso certos componentes (Exemplo: Penicillium = produção de penicilina). Mutantes para locomoção e comportamento. Mutantes para patogenicidade. Mutantes mais sensíveis a agentes inibidores. Reversões: mutação reversa pode ocasionar a volta das características originais. Mutantes em vírus. - Mutagênicos: Mutagênicos químicos: ácido nitroso, análogo de nucleosideo (algumas drogas antivirais e antitumorais, como por exemplo a azidotimina), mutagênico de troca de fase de leitura, etc. Radiação: Raios X e raios gama (podem levar a erros na replicação, no reparo do DNA), luz UV. Transferência genética e recombinação: - A recombinação genética refere-se à troca de genes entre duas moléculas de DNA, para formar novas combinações de genes. A recombinação contribui para a diversidade genética e provavelmente é mais benéfica que a mutação, pois a recombinação tem menos chance de destruir a função de um gene e pode unir combinações de genes que permitem realizar uma função nova importante. - Os três processos de transferência de material genético são: Transformação: o É a internalização de DNA livre no meio ambiente pela bactéria. o A célula receptora com essa nova combinação de genes é um tipo de hibrido, ou célula recombinante. o A transformação ocorre naturalmente entre poucos gêneros de bactérias, incluindo Bacillus, Hemophilus, Neisseria, Acinetobacter e algumas linhagens de Streptococcus e Staphylococcus. RESUMO BACTERIOLOGIA – TORTORA 10ª ed. Dayara Machado Borges – Turma LXIII - FMUFG o Quando uma célula receptora está em um estado fisiológico em que pode captar o DNA doador, é descrita como competente. A competência resulta de alterações na parede celular, tornando a bactéria permeável a moléculas de DNA. o A E. coli não é naturalmente competente para a transformação. Porém, através de um tratamento laboratorial com cálcio e choque térmico ela torna-se competente para a transformação. o Foi usado para provar que o princípio transformante é o DNA. Conjugação: o É o processo mais próximo do processo sexual das células eucarióticas. RESUMO BACTERIOLOGIA – TORTORA 10ª ed. Dayara Machado Borges – Turma LXIII - FMUFG o A conjugação é mediada por um plasmídeo, que é replicado durante a transferência de uma cópia do filamento simples do DNA do plasmídeo para o receptor, onde o filamento complementar é sintetizado. o Difere da transformação em dois aspectos: 1) a conjugação requer o contato direto entre as células (Em Gram – o plasmídeo transporta genes que codifica a síntese de pili sexuais; enquanto que as Gram + há produção de moléculas aderentes de superfície). 2) as células em conjugação devem ser de tipos opostos de acasalamento (as bactérias doadoras transportam o plasmídeo enquanto as bactérias receptoras normalmente não). o A habilidade de conjugar é conferida pelo plasmídeo F (Fator F = fator de fertilidade). As bactérias doadoras possuem o plasmídeo F, sendo chamadas de F+, e o transfere para as bactérias receptoras que não possuem o plasmídeo F(bactérias F-). o F+ possuem o pillus sexual. Quando uma F+ encontra uma F-, estas se unem pelo pillus, e uma cópia do plasmídeo F é transferida para a F-, que torna-se, então, F+. o Em algumas bactérias F+, o plasmídeo F integra ao cromossomo da bactéria, convertendo a bactéria F+ em uma bactéria Hfr (Alta frequência de recombinação, de High Frequency of recombination) → Conjugação Hfr. o Na conjugação entre uma bactéria Hfr e uma bactéria F- , além do plasmídeo F, também é transferido uma parte do cromossomo da bactéria doadora. RESUMO BACTERIOLOGIA – TORTORA 10ª ed. Dayara Machado Borges – Turma LXIII - FMUFG Transdução: o Forma pela qual o DNA bacteriano é transferido de uma bactéria doadora para uma bactéria receptora dentro de um vírus que infecta bactérias (bacteriófago ou fago). o Durante a reprodução dos fagos, o DNA e a proteína são sintetizados pela bactéria hospedeira. O DNA do fago deve ser empacotado dentro do capsídeo proteico que o recobre. Entretanto, o DNA bacteriano, plasmidial ou até mesmo o DNA de outro vírus podem ser empacotados dentro do capsídeo proteico. Posteriormente, a cápsula proteica se liga a uma superfície bacteriana e injeta seu material genético nela. RESUMO BACTERIOLOGIA – TORTORA 10ª ed. Dayara Machado Borges – Turma LXIII - FMUFG o Transdução generalizada: todos os genes de uma bactéria infectada por um fago transdutor generalizado tem probabilidades iguais de serem empacotados e transferidos. o Transdução especializada: somente certos genes bacterianos são transferidos. o Os bacteriófagos podem fazer dois tipos de ciclos após infectarem uma célula bacteriana: 1) Ciclo lítico: após o fago injetar seu material genético e ocorrer a replicação, transcrição e produção das proteínas virais, são formadas partículas virais e a bactéria é, então, lisada liberando tais partículas. 2) Ciclo lisogênico: o fago integra seu material em regiões específicas do genoma do hospedeiro (semelhante à formação de Hfr) e assim permanece enquanto as condições são apropriadas. Em condições de estresse, o fago se desintegra do genoma bacteriano reassumindo o ciclo lítico.RESUMO BACTERIOLOGIA – TORTORA 10ª ed. Dayara Machado Borges – Turma LXIII - FMUFG
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