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Jogo das cores proibidas - Psicologia SocioInteracionista

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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS- ICH
CURSO DE PSICOLOGIA
Karla Fernanda de Lima RA: C6430G-5
TEORIAS DA APRENDIZAGEM DE VYGOTSKY
“Jogo das Cores Proibidas”
Campus Vargas – Ribeirão Preto
Setembro de 2016
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS- ICH
CURSO DE PSICOLOGIA
Karla Fernanda de Lima RA: C6430G-5
TEORIAS DA APRENDIZAGEM DE VYGOTSKY
 “Jogo das Cores Proibidas”
 
Trabalho apresentado à disciplina Psicologia Sócio Interacionista, do Curso de Psicologia.
Campus Vargas – Ribeirão Preto
Setembro de 2016
INTRODUÇÃO
Abordando os aspectos e conteúdos compreendidos em Psicologia Sócio interacionista, os objetivos foram pesquisar, analisar e compreender as teorias da aprendizagem de Levy Vygotsky, bem como a aplicação do jogo das cores proibidas em uma criança de idade condizente à seis anos.
A atividade foi realizada a partir do conteúdo visto em sala de aula, aplicação do jogo, observação e coleta de dados e, através da realização de pesquisa virtual, tendo em base o conhecimento das bases teóricas de aprendizagem, direcionada à disciplina de Psicologia Sócio Interacionista.
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
O desenvolvimento e seus aspectos
De acordo com Bock, Furtado e Teixeira, o desenvolvimento infantil pode ser visto a partir de três aspectos: Instrumental, cultural e histórico. 
 Aspecto Instrumental
Ao tratar do aspecto instrumental, pode-se dizer que se refere à natureza basicamente mediadora das funções psicológicas complexas. 
Neste aspecto, o ser humano não apenas responde aos estímulos apresentados no ambiente, mas os altera, utilizando as modificações como um instrumento de seu comportamento. 
 Aspecto Cultural
Em um aspecto cultural, é possível dizer que está envolvido os meios socialmente estruturados pelos quais a sociedade organiza os tipos de tarefa que a criança em crescimento enfrenta, e os instrumentos mentais e físicos de que a criança necessita para aprender a tarefa. 
 Linguagem
Um dos principais instrumentos utilizados é a linguagem, e baseado nisso, Vygotsky baseou toda sua obra na linguagem e sua relação com o pensamento. 
Na obra de Oliveira, vê-se que “A linguagem humana tem para Vygotsky duas funções básicas: a de intercâmbio social e a de pensamento generalizante. Isto é, além de servir ao propósito de comunicação entre indivíduos, a linguagem simplifica e generaliza a experiência, ordenando as instâncias do mundo real em categorias conceituais cujo significado é compartilhado pelos usuários dessa linguagem”. 
 Aspecto Histórico
E o aspecto histórico se junta com o cultural, pois os instrumentos que o homem usa, para dominar seu ambiente e seu próprio comportamento, foram criados e modificados ao longo da história social da civilização. Para Vygotsky, a história da sociedade e o desenvolvimento do homem estão totalmente ligados, de forma que não seria possível separá-los. 
Desde o nascimento, as crianças têm constante interação com os adultos, pois estes, naturalmente procuram passar para as crianças sua maneira de se relacionar e sua cultura. E é através deste contato com os adultos que os processos psicológicos mais complexos vão tomando forma. 
A fala e a aprendizagem
Segundo os estudos realizados por Vygotsky, em um primeiro momento os aspectos motores e verbais do comportamento estão misturados. “A fala envolve os elementos referenciais, a conversação orientada pelo objeto, as expressões emocionais e outros tipos de fala social”. 
Após algum tempo, a criança, fazendo distinções para os outros com o auxilio da fala, começa a fazer distinções para si mesmas. “E a fala vai deixando de ser um meio para dirigir o comportamento dos outros e vai adquirindo a função de auto direção”. 
Desenvolvimento por intermédio das relações
Para Vygotsky, a aprendizagem sempre inclui relações entre pessoas. Ele defende a ideia de que não há um desenvolvimento pronto e previsto dentro de nós que vai se atualizando conforme o tempo passa. 
O desenvolvimento é pensado como um processo, onde estão presentes a maturação do organismo, o contato com a cultura produzida pela humanidade e as relações sociais que permitem a aprendizagem. Ou seja, o desenvolvimento é um processo que se da de dentro para fora. 
ZONA DE DESENVOLVIMENTO
Aprendizagem e desenvolvimento
Tendo em vista que é a aprendizagem quem determina o desenvolvimento, Vygotsky formula o conceito de zona do desenvolvimento proximal para explicar como há essa influência entre aprendizagem de desenvolvimento. 
Para clarear esse conceito Vygotsky afirma que devemos considerar dois níveis de desenvolvimento: 
1º - o desenvolvimento efetivo, que é o já realizado (zona de desenvolvimento real), e que podemos medir, por exemplo, através de testes psicológicos; 
2º - a zona de desenvolvimento potencial, que é o desenvolvimento que está em via de se efetivar, ou seja, que ainda não é parte do repertório próprio da criança, mas está voltado para seu futuro. 
A ampliação da zona de desenvolvimento potencial ocorre à medida que acontece uma intencionalidade para realizá-la, ou seja, através da aprendizagem. 
Desenvolvimento e o meio social
O desenvolvimento só se efetiva no meio social e é nele que a criança realiza a apropriação dos comportamentos humanos. Assim, a aprendizagem na escola ou vida cotidiana, atua no sentido de favorecer o desenvolvimento da zona do desenvolvimento potencial.
O processo de apropriação do conhecimento se dá nas relações reais do sujeito com o mundo. Vygotsky distingue dois tipos de conceitos: o primeiro é o cotidiano e prático, desenvolvidos nas práticas das crianças no cotidiano, nas interações sociais; o segundo é o cientifico, adquiridos por meio de ensino, pelos processos deliberados de instrução escolar.
FORMAÇÃO DE CONCEITOS
De acordo com Oliveira, “Vygotsky afirma que a questão principal quanto ao processo de formação de conceitos é a questão dos meios pelos quais essa operação é realizada...”, “... a linguagem do grupo cultural onde a criança se desenvolve dirige o processo de formação de conceitos: a trajetória de desenvolvimento de um conceito já está predeterminada pelo significado que a palavra que o designa tem na linguagem dos adultos”.
O processo de formação de conceitos discutidos até então se refere aos conceitos cotidianos ou espontâneos, ou seja, desenvolvidos no decorrer da atividade prática da criança, de suas interações sociais imediatas. 
Segundo “Oliveira, “Vygotsky distingue esse tipo de conceitos dos chamados” conceitos científicos”, como parte de um sistema organizado de conhecimentos, particularmente relevantes nas sociedades letradas, onde as crianças são submetidas a processos deliberados de instrução escolar”. 
Porém, apesar disso, os conceitos científicos também passam por um processo de desenvolvimento, ou seja, não são aprendidos em sua forma final. 
Os conceitos científicos e espontâneos da criança se desenvolvem em direções contrárias: inicialmente afastados, mas, a sua evolução faz com que terminem por se encontrar.
De acordo com a obra de Oliveira, “Essa longa citação de Vygotsky”, selecionada por sintetizar claramente sua concepção acerca do desenvolvimento dos conceitos científicos, apresenta as ideias que fundamentam sua posição de que os conceitos científicos, diferentemente dos cotidianos, estão organizados em sistemas consistentes de inter-relações. 
Por sua inclusão num sistema e por envolver uma atitude mediada desde o inicio de sua construção, os conceitos científicos implicam uma atitude metacognitiva, isto é, de consciência e controle deliberado por parte do individuo, que domina seu conteúdo no nível de sua definição e de sua relação com outros conceitos”.
SOBRE A TEORIA DE VYGOTSKY
Pontos a ressaltar
Segundo Vygotsky, o desenvolvimentocognitivo do aluno se dá por meio da interação social, ou seja, de sua interação com outros indivíduos e com o meio.
Para substancialidade, no mínimo duas pessoas devem estar envolvidas ativamente trocando experiência e ideias.
A interação entre os indivíduos possibilita a geração de novas experiências e conhecimento.
A aprendizagem é uma experiência social, mediada pela utilização de instrumentos e signos, de acordo com os conceitos utilizados pelo próprio autor.
Um signo, dessa forma, seria algo que significaria alguma coisa para o indivíduo, como a linguagem falada e a escrita.
A aprendizagem é uma experiência social, a qual é mediada pela interação entre a linguagem e a ação.
Para ocorrer a aprendizagem, a interação social deve acontecer dentro da zona de desenvolvimento proximal (ZDP), que seria a distância existente entre aquilo que o sujeito já sabe, seu conhecimento real, e aquilo que o sujeito possui potencialidade para aprender, seu conhecimento potencial.
Dessa forma, a aprendizagem ocorre no intervalo da ZDP, onde o conhecimento real é aquele que o sujeito é capaz de aplicar sozinho, e o potencial é aquele que ele necessita do auxílio de outros para aplicar.
O professor deve mediar a aprendizagem utilizando estratégias que levem o aluno a tornar-se independente e estimule o conhecimento potencial, de modo a criar uma nova ZDP a todo momento.
O professor pode fazer isso estimulando o trabalho com grupos e utilizando técnicas para motivar, facilitar a aprendizagem e diminuir a sensação de solidão do aluno.
Mas este professor também deve estar atento para permitir que este aluno construa seu conhecimento em grupo com participação ativa e a cooperação de todos os envolvidos
Sua orientação deve possibilitar a criação de ambientes de participação, colaboração e constantes desafios.
Essa teoria mostra-se adequada para atividades colaborativas e troca de ideias, como os modelos atuais de fóruns e chats.
Linguagem Egocêntrica Segundo Vygotsky
Para Vygotsky, a linguagem egocêntrica, corresponde a um momento da vida da criança em que ela tem a ilusão de estar sendo compreendida pelo outro.
Esta interpretação de Vygotsky se relaciona com sua compreensão de que a linguagem egocêntrica deriva da falta de diferenciação entre a fala endereçada para si mesmo e a fala endereçada ao outro. 
Seu desaparecimento acontece quando a criança vai perdendo esta ilusão de que o outro a compreende. Neste ponto, a teoria de Vygotsky contribui para a compreensão da importância das relações de grupo, pois estas relações promovem uma necessidade de “ajuste” da criança ao outro. 
Vygotsky afirma que o papel da fala egocêntrica vai além deste de organização do pensamento, esta antecede a fala interior, ou seja, o próprio pensamento. As pesquisas desenvolvidas por Vygotsky com crianças na fase pré-escolar e escolar entraram em conflito com as conclusões de Piaget, pois ambas levaram a diferentes funções para a fala egocêntrica.
No pensamento de Vygotsky a linguagem egocêntrica seria sim um estágio transitório, mas entre a fala exterior e a fala interior, fazendo inclusive um paralelo com a fala interior no adulto. 
A linguagem egocêntrica não desaparecia com o desenvolvimento da linguagem social e sim sofre um processo de internalizarão se tornando a linguagem interior do adulto.
JOGO DAS CORES PROIBIDAS
Objetivos
Verificar a habilidade da criança na utilização de instrumentos e signos culturais como auxiliares na lembrança (memória) de instruções em situações de jogos;
Observar a existência e a frequência da fala egocêntrica usada pela criança na tentativa de dirigir e organizar suas ações;
Observar como a capacidade das crianças de memorizar instruções, oferecidas em três situações de jogo, vai se construindo no decorrer de seu desenvolvimento físico e intelectual.
Critério para seleção dos sujeitos
Crianças: Idade de 05 a 08 anos
Compreender as regras do jogo
Conhecer as cores propostas no jogo
Material e Método
Material: Oito cartões nas cores (tamanho aproximado 2,5 cm X 5,0 cm) - azul, vermelho, verde, amarelo, alaranjado, marrom, branco, preto; roteiro com as perguntas.
Regras do Jogo: O jogo consiste em pedir à criança que responda a um conjunto de questões relativas a cores, seguindo dois tipos de instruções: não mencionar duas cores estabelecidas no início como proibidas; não repetir cores que já tenham sido mencionadas no decorrer da tarefa. Vence o jogo quem obedecer rigorosamente as duas regras acima: responder as 18 questões sem falar as cores proibidas e sem repetir as cores já faladas. A criança deve ser orientada a responder “eu não posso falar essa cor”, para as situações em que ela seja proibida ou repetida. As três tarefas devem ser aplicadas individualmente numa única vez.
Etapas do Jogo
TAREFA 1 - Jogo sem cartões auxiliares e sem ajuda dos pesquisadores: Responder a um total de 18 questões sem repetir cores e nem falar as duas cores proibidas.
TAREFA 2 - Jogo com cartões auxiliares e sem ajuda dos pesquisadores: As regras são as mesmas da tarefa 1; no entanto, fornecer à criança 8 cartões coloridos que pode ser utilizado da forma que desejar. Sinalizar para a criança que os cartões podem ajudá-la a ganhar o jogo.
TAREFA 3 - Jogo com cartões auxiliares e com ajuda dos pesquisadores: Os pesquisadores sugerem o uso dos cartões com o objetivo de ganhar o jogo e mostram à criança, por exemplo, como virar o cartão da cor correspondente na medida em que cada uma é mencionada. Entre uma questão e outra, são feitas outras questões para não “cansar” a criança.
MÉTODOS
Sujeito 
O sujeito tem seis anos completos e é do sexo masculino, está matriculado no primeiro ano do ensino fundamental, não possui irmãos, vive com ambos os pais e é pertencente ao nível socioeconômico de classe média baixa. 
Instrumentos
Sobre os instrumentos necessários para a realização do trabalho, utilizou-se o método da aplicação, bem como o da observação, de modo que durante este processo foram realizados questionamentos para a coleta de dados.
Aparatos de Pesquisa
Os aparatos utilizados para a realização desta pesquisa foram papel, cartões de oito cores distintas, lápis de grafite preto e lápis de cores diversificadas, canetinhas coloridas, brinquedos.
Procedimentos
O contato com a criança se deu através de um dos observadores, que é conhecido da família. O observador forneceu informações ao responsável da criança sobre o processo de observação e coleta do desenho, entregando-lhe, também, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), para sua devida análise e concordância, visando permissão para que esta pesquisa ocorresse. 
A observação foi realizada na residência da aplicadora/observadora, a aluna Karla Fernanda de Lima, localizada na cidade de Monte Alto, estado de São Paulo, onde a observadora utilizou o espaço correspondente à cozinha, por durante o tempo de uma hora, das 18:30, às 19:30, para a aplicação do jogo das cores proibidas, bem como observação e coleta de dados.
Neste ambiente, o observador e aplicador dispôs dos aparatos para que o jogo pudesse ser aplicado. Após a coleta dos resultados, prosseguimos à produção e transcrição da análise.
ANÁLISE DOS RESULTADOS
O jogo das cores proibidas foi aplicado em uma criança de seis anos de idade, sexo masculino, matriculado no primeiro ano do ensino fundamental, na residência da aplicadora/observadora. 
Após receber o consentimento do responsável mediante assinatura do termo, preparou-se o ambiente para que a aplicação do jogo das cores proibidas fosse iniciada.
Na residência da aplicadora, foi explicado à criança que ela jogaria o jogo das cores proibidas, onde relatou-se que esta jogaria três vezes respondendo à 18 questões em cada partida.
A aplicadora explicou as regras e orientou a criança que, na primeira rodada, seria proibido repetir quaisquer cores já respondidas e que as cores proibidas seriam o amarelo eo verde, sem o auxílio de ajuda e uso dos cartões.
Assim se sucederam as duas rodadas seguintes, orientando que na segunda rodada, as cores proibidas agora eram o vermelho e o azul, seguida de indicação de que, agora, a criança poderia utilizar os cartões coloridos. Na terceira rodada, especificou-se de que as cores proibidas eram o marrom e o alaranjado, e nesta rodada, a aplicadora pode oferecer ajuda e explicar como utilizar os cartões para ganhar o jogo.
Na primeira e segunda rodadas, foi possível perceber certa dificuldade na memorização, a princípio, das cores já respondidas, o que causou alguns erros de repetição, bem como o uso de uma cor proibida para responder a um dos questionamentos.
Na segunda rodada, ao disponibilizar os cartões coloridos sobre a mesa a frente da criança, a aplicadora indicou para a criança com a mão, que esta poderia fazer uso dos cartões, para ganhar o jogo, porém a criança não esboçou reação com a presença dos papéis, podendo afirmar que ao invés de ajudar, eles acabaram que por atrapalhar um pouco o andamento do jogo.
A terceira rodada, nesta dispostos cartões e auxílio da aplicadora para especificar à acriança como fazer uso dos instrumentos para ganhar o jogo das cores proibidas, obtivemos resultados satisfatórios, com ausência de erros ou repetições de cores.
Resultados
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	TOTAL
	18
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	C
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	TOTAL
	18
	100%
DISCUSSÃO
Devido aos procedimentos adotados, foi possível analisar os aspectos propostos pela atividade, sendo estes a capacidade de assimilação cor/objeto, detecção de cores dos objetos dispostos à frente da criança, fala egocêntrica e capacidade de memorização das cores.
É possível notar, no que se trata de assimilação cor/objeto, bem como detecção de cor, que a criança analisada, com idade correspondente à seis anos, possui esta capacidade já firmada, visto que por durante a aplicação do jogo, não cometeu erros relacionados à assimilação de forma oral, nem visual, dos objetos descritos nas questões.
Ao se falar em capacidade de memorização, a criança se mostrou capaz, porém não com livre de erro, de lembrar as cores proibidas em cada uma das três rodadas, bem como as cores já repetidas, visto que durante a primeira rodada a criança pronunciou uma das cores proibidas e, na segunda rodada, a criança repetiu três cores já respondidas.
A disponibilização dos cartões coloridos na segunda rodada sem a explicação oral de como a criança poderia fazer uso dos instrumentos, parece ter ocasionado confusão, ou até mesmo uma distração, visto que logo após a aplicadora posicionar os cartões na mesa e iniciar o questionário, a criança, por alguns instantes, mantinha seu foco nas cores dos cartões.
A criança então começou a admirá-los ao invés de tentar arquitetar uma maneira de utilizar os cartões para não repetir as cores. Tendo em vista este fato, pode-se dizer que a capacidade de planejamento de estratégias mediante uma dada situação ainda não está completa na criança.
O uso da fala egocêntrica para responder à questão extra, numerada dezenove, na qual questionava-se a criança se havia ganhado ou perdido e o que lhe era permitido falar, acabou que chamando a atenção da aplicadora.
Na primeira rodada, a criança respondeu que ganhara mais ou menos pois errara algumas questões. Na segunda rodada, respondera ter ganho por achar não ter cometido erro, mesmo cometendo-os. 
Na terceira rodada, portadora da resposta mais intrigante, a criança relatou ter ganho mais ou menos, ou melhor, ter perdido pois achara que errou todas as questões, mesmo tendo acertado o questionário todo e ter feito uso dos cartões.
É possível notar, portanto, que durante a terceira rodada do jogo, o uso dos cartões e de explicação de como utilizá-los, apesar de eficaz para a resolução do jogo e apresentação de resultados perfeitos, acabou por confundir a criança, pois na interiorização de seu pensamento, todos os acertos se tornaram erros.
CONCLUSÃO
Neste trabalho abordamos as teorias da aprendizagem de Vygotsky, bem como sua visão de egocentrismo, correlação de signos, cores e instrumentos, visando realizar aplicação do jogo das cores proibidas, observação e coleta de dados para sua conseguinte análise.
Através da realização de pesquisa bibliográfica foi possível adquirir e aprofundar nossos conhecimentos em Psicologia Sócio Interacionista por meio das teorias de Levy Vygotsky, na aprendizagem da criança, os meios que esta ocorre, e compreender as capacidades de memorização e assimilação de instrumentos e signos.
No que diz respeito ao desempenho da criança nas tarefas que envolveram memorização apenas das instruções que lhe foram oferecidas, regras de proibição de cores e de não repetição, a criança obteve resultados satisfatórios, visto que na primeira etapa do jogo, ela parece ter compreendido perfeitamente as instruções, porém havendo presença de apenas um erro de pronúncia de cor proibida.
Na avaliação de desempenho de memória da segunda rodada do jogo, que envolveu além das instruções oferecidas o uso de recursos externos, que consistiam em cartões coloridos, pareceu comprometer, de certa maneira, a capacidade de memorização, visto que o colorido dos cartões distraiu a criança, que focou não mais em resgatar em seu consciente as cores já ditas, mas apenas observar os cartões.
No que se refere à terceira rodada, onde além das instruções oferecidas estava disponível a ajuda da aplicadora e o uso dos cartões coloridos, o desempenho da memória se mostra perfeitamente concreto, visto que, munida de todos estes artifícios, a criança respondeu à todas as questões de maneira correta.
Nota-se, portanto variação de desempenho nas três etapas de aplicação do jogo, onde a primeira etapa, utilizou-se de maior concentração por parte da criança; a segunda, a partir da disposição dos cartões sem auxílio, ocasionou distração; e a terceira, munida de todos os artifícios de ajuda, fez com que a criança pudesse relacionar instrumentos e respostas para acertar aos questionamentos com precisão.
Durante a aplicação a criança utilizou-se de estratégias verbais, tais como a pronúncia dirigida a si própria das cores restantes para resposta; dos recursos não verbais utilizou as mãos e pontas dos dedos para apontar e virar os cartões de cores já utilizadas.
Falando em interação com o adulto que aplicou o jogo das cores proibidas, a criança se mostrou acanhada, de poucas palavras, respondendo, necessariamente, somente aquilo que lhe era questionado, prestando atenção às dicas, porém sem requisitar, por muitas vezes, ajuda da aplicadora. 
Tendo em vista este fato, a idade em que se pode observar atuação mais eficiente, seria a de crianças superiores a 7 anos de idade, onde o uso da linguagem egocêntrica vai desaparecendo, ou já desapareceu.
Chegou-se ao consenso de que a criança analisada dispõe de funcionais capacidades cognitivas no que se refere à memória e assimilação, fazendo uso, ainda, de linguagem egocêntrica para organização de seu pensamento, não arquitetando, também, estratégias para resolução de problemas.
REFERÊNCIAS
Apostila de Psicologia Sócio Interacionista. Bock, Furtado e Teixeira. 2005, p.109.
Ebah, Psicologia Cognitiva de Vygotsky. Disponível em: < http://www.ebah.com.br/content/ABAAABsCYAH/debate-sobre-psicologia-cognitiva-vygotsky-piaget > Acesso em 20 de setembro de 2016.
Ebook Brasil, Pensamento e Linguagem. Disponível em: < http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/vigo.html > Acesso em 20 de setembro de 2016.
Luso Capixaba, Compreendendo a linguagem entre Piaget e Vygotsky. Disponível em: < http://www.lusocapixaba.edu.br/reieduc/Edicao-03/artigo-33-compreendendo-a-linguagem-entre-piaget-e-vygotsky-jair-adriano-pereira-de-abreu-p.-310-a-323.pdf> Acesso em 20 de setembro de 2016.
MOREIRA, Marco Antônio. Teorias de Aprendizagens, EPU, São Paulo, 1995
UFMS – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Pedagogia. Disponível em: < http://www.dfi.ccet.ufms.br/prrosa/Pedagogia/Capitulo_5.pdf > Acesso em 20 de setembro de 2016.
ANEXOS
ROTEIRO DE PERGUNTAS E RESPOSTAS DA CRIANÇA
TAREFA 1 – SEM cartões e SEM ajuda
Primeira regra: cores proibidas – amarelo e verde
Segunda regra: não repetir as cores
Qual é a cor deste brinquedo? (azul) – azul (acertou);
Qual é a cor do sangue? – vermelho (acertou);
Qual é a cor deste lápis? (amarelo) – não posso falar;
Qual é a cor da terra? – marrom (acertou);
Qual é a cor do sol? – não posso falar;
Qual é a cor das folhas das árvores? – não posso falar;
Qual é a cor da banana? – não posso falar;
Qual é a cor da maçã? – vermelha (acertou);
Qual é a cor desta bolsa (marrom)? – marrom (acertou);
Qual é a cor da grama? – não posso falar;
Qual é a cor deste lápis? (verde)? – não posso falar;
Qual é a cor da Coca-Cola? – preta (acertou);
Qual é a cor deste lenço? (branco) – branco (acertou);
Qual é a cor da laranja? – alaranjado (acertou);
Qual é a cor desta bexiga? (verde)? – respondeu verde (proibida);
Qual é a cor desta caneta? (preta) – preta (acertou);
Qual é a cor do leite? – branco (acertou);
Qual é a cor do céu? – azul (acertou); 
Você acha que ganhou ou perdeu? O que não podia falar? O que mais? – Ganhei mais ou menos, porque eu errei umas e outras não. Eu podia falar as cores não proibidas.
TAREFA 2 – COM cartões e SEM ajuda
Primeira regra: cores proibidas – azul e vermelho
Segunda Regra: não repetir as cores
Qual é a cor desta bexiga? (azul) – Não pode;
Qual é a cor deste brinquedo? (verde) – Verde (acertou);
Qual é a cor do algodão? – Branco (acertou);
Qual é a cor do tronco das árvores? – Marrom (acertou);
Qual é a cor do morango? – Não pode;
Qual é a cor desta folha de papel? – Branco (repetiu);
Qual é a cor do café? – Preto (acertou);
Qual é a cor desta caixa? (vermelha) – Não pode;
Qual é a cor deste lápis? (preto) – Preto (repetiu);
Qual é a cor da casca da maçã? – Não pode;
Qual é a cor deste lápis? (azul) - Não pode;
Qual é a cor deste brinquedo? (alaranjado) – Alaranjado (acertou);
Qual é a cor da grama? – verde (repetiu);
Qual é a cor da terra? – Não pode;
Qual é a cor da piscina? – Não pode;
Qual é a cor da laranja? – Não pode;
Qual é a cor deste brinquedo? (amarelo) – Amarelo (acertou);
Qual é a cor do cabelo loiro? – Não pode;
Você acha que ganhou ou perdeu? O que não podia falar? O que mais? – Dessa vez eu ganhei porque eu acho que não errei nenhuma. Podia falar o que não repetiu e não proibiu.
TAREFA 3 – COM cartões e COM ajuda
Primeira regra: cores proibidas – marrom e alaranjado
Segunda Regra: não repetir as cores
Qual é a cor da melancia por dentro? – Vermelha (acertou);
Qual é a cor deste lenço? (branco) – Branco (acertou);
Qual é a cor desta pasta? (vermelha) – Não pode;
Qual é a cor deste lápis? (laranja) – Não pode;
Qual é a cor desta borracha? (azul) – Azul (acertou);
Qual é a cor do abacate? – Verde (acertou);
Qual é a cor desta bolsa? (marrom) – Não pode (acertou);
Qual é a cor das nuvens? – Branco (acertou);
Qual é a cor deste brinquedo? (verde) – Não pode (acertou);
Qual é a cor deste outro brinquedo? (alaranjado) – Não pode;
Qual é a cor do ouro? – Amarelo (acertou);
Qual é a cor do céu? – Não pode;
Qual é a cor deste brinquedo? (marrom) – Não pode;
Qual é a cor da terra? – Não pode;
Qual é a cor do urubu? - Preto (acertou);
Qual é a cor deste brinquedo? (amarelo) – Amarelo (acertou);
Qual é a cor da mexerica? – Não pode;
Qual é a cor do chocolate? – Não pode;
Você acha que ganhou ou perdeu? O que podia falar? O que mais? Eu acho que dessa vez ganhei mais ou menos, ou não, eu perdi, porque eu acho que errei todas as perguntas. Eu podia falar essas cores (apontando para os cartões não proibidos), e não podia falar estas (marrom e alaranjado) que eram proibidas.
Resultados
	TAREFAS / RESPOSTAS
	Frequência simples
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	17
	
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	D
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	TOTAL
	18
	100%
	III
	A
	0
	0
	
	B
	0
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	0
	
	TOTAL
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