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RUSSIA E OS BRICS

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AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM-AVA
DESENVOLVIMENTO DOS PAÍSES DO BRICS - RÚSSIA
Aluna- Luzia de Paula Santos Carvalho
RA- 8244970947
ATIVIDADE DE AUTODESENVOLVIMENTO
ANHAGUERA 
2015
DESENVOLVIMENTO DOS PAÍSES DO BRICS- RÚSSIA
INTRODUÇÃO			
No início do século XX, a Rússia era um país com incríveis desigualdades econômicas e sociais, sobretudo para os padrões europeus da época. Com uma economia extremamente dependente da agricultura ‒ cerca de 80% dela era concentrada na produção de gêneros agrícolas ‒ possuía uma massa de trabalhadores rurais, recém-liberada da servidão, vivendo sob o peso da miséria, do analfabetismo e do jugo de uma elite. Essa elite era formada pelos nobres proprietários de terra, que davam sustentação ao czar Nicolau II e à sua monarquia absolutista.
PRINCIPAIS ASPECTOS DA ECONOMIA NA ERA SOVIETICA
O colapso do mundo soviético adveio de uma série de fatores que se acumularam ao longo das décadas, tais como o centralismo burocrático, a baixa capacidade de inovação tecnológica, as pressões econômicas causadas pelo choque do petróleo dos anos 1970 e o envolvimento militar no Afeganistão, mas, em sua fase final, deveu-se ao fracasso das medidas reformistas implantadas pelo último dirigente comunista: Mikhail Gorbachev, que esteve à frente do país entre os anos 1985 e 1991.
DEFINIÇÃO DA PERESTROIKA E OS PRINCIPAIS ASPECTOS DA ECONIMIA NA ERA SOVIÉTICA
Em uma tentativa de modernizar o regime, ele introduziu reformas que ficaram conhecidas como perestroika e glasnot. A primeira previa uma redução do papel do Estado na economia, enquanto a segunda projetava reformas na estrutura política. Os vícios políticos no interior do Estado soviético estavam disseminados de tal maneira que a burocracia o impedia de oxigenar-se. Por seu turno, a economia estava arruinada pelos choques do petróleo dos anos 1970, que afundaram a nação em dívidas, e pela longeva guerra travada no Afeganistão (1979-1989) contra os guerrilheiros locais (HOBSBAWM, 1995).
O FIM DA URSS E A TRANSIÇÃO PARA O CAPITALISMO
Na qualidade de primeiro presidente da Federação Russa, Boris Yeltsin procurou transformar o país em uma democracia capitalista do tipo anglo-saxão. Influenciado por jovens liberais convocados para o governo, aplicou de forma violenta o receituário neoliberal propagado pelo FMI e pelo Banco Mundial. [...] Os riscos inerentes à aplicação de medidas neoliberais em um país sem qualquer tradição capitalista, cuja população não possuía o traço cultural de individualismo exacerbado do Ocidente, e que usufruía de uma ampla gama de serviços sociais no período soviético, foram negligenciados pelo Kremlin (ADAM, 2013, p. 45).
 Simultaneamente a devastação social causada pelas medidas de austeridade, a corrupção, que já fazia parte do cotidiano da antiga União Soviética, alastrou-se por vários setores da nova economia. Com o surgimento de grupos mafiosos, houve aumento da violência e do tráfico de drogas.
Além disso, em meio às transformações, surgiram grupos de novos-ricos, os chamados oligarcas, pessoas que em grande parte pertenciam ao antigo Partido Comunista e conheciam quais ramos da economia possuíam maiores possibilidades de sucesso econômico, adquirindo ou constituindo empresas nesses setores e tornando-se rapidamente milionários. Esses milionários possuíam como base de sustentação as mesmas gangues de mafiosos citadas anteriormente, que tomaram de assalto diversos setores da vida russa. Desde o gerenciamento dos antigos apartamentos estatais até a revenda do espólio militar dos anos de Guerra Fria para quem quer que se apresente, para comprá-los (GLENNY, 2008). Durante os anos de Boris Yeltsin à frente da presidência (1991-1999), a Federação Russa flertou perigosamente com a ausência social.
RECUPERAÇÃO DA ECONOMIA
Apenas em 1999, com a ascensão de Vladimir Putin ao poder, a situação de caos social, político e econômico começou a mudar no interior da Federação Russa. Ex-agente do serviço secreto russo, Putin levou ao governo um espírito nacionalista ferrenho. Uma de suas primeiras medidas foi o afastamento dos oligarcas com prisões e recompra de ativos de empresas estratégicas que se encontravam nas mãos desses empresários. Por outro lado, inibiu a atuação das gangues e teria reprimido até com eliminação física, segundo especulações, seus críticos e adversários mais implacáveis (HERITAGE, 2011). Seja como for, basicamente, seu projeto desde o início era restituir ao Estado um papel central na vida social e econômica do país.
A Rússia é um Estado altamente privilegiado no mercado da energia. É rico em matérias-primas energéticas, controla a exploração destas riquezas naturais e dada a sua dimensão territorial domina os principais gasodutos que abastecem a Europa. Esta riqueza, aliada ao fato da Rússia ser o principal fornecedor de gás natural de muitos países europeus, confere-lhe um estatuto especial na economia internacional e nas relações internacionais, atribuindo-lhe poder de negociação na arena internacional e possibilitando-a de utilizar a energia como instrumento de força se for essa a escolha dos líderes políticos. Esta situação tem levado muitos Estados a procurar estratégias de modo a diminuir a sua dependência da Rússia em termos de importação de gás natural (RAFAEL, 2013, p. 81).
A Federação Russa, país localizado parte no norte da Eurásia (Europa e Ásia em conjunto), é o maior país do mundo em extensão territorial e vem se destacando em um crescimento econômico acelerado, indicando tornar-se em breve uma das maiores economias mundial. É a oitava ou nona maior economia do mundo por PIB nominal e a sexta maior economia do mundo em paridade do poder de compra, com o quinto maior orçamento militar nominal e o terceiro maior em PPC. É um dos cinco Estados reconhecidos com armas nucleares do mundo, além de possuir o maior arsenal de armas de destruição em massa do planeta. A Rússia é membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, membro do G8, G20, APEC, OCX, EurAsEC, além de ser um destacado membro da Comunidade dos Estados Independentes. O povo russo pode se orgulhar de uma longa tradição de excelência em todos os aspectos das artes e das ciências, bem como uma forte tradição em tecnologia, incluindo importantes realizações como o primeiro vôo espacial humano. O seu desenvolvimento tornou-se mais evidente, após a mudança em seu sistema de governo, com a dissolução da URSS, deixando de ser socialista e tornando-se capitalista, possibilitando laços econômicos com outros países, através do BRICS, fortalecendo a sua economia através da exportação de petróleo e seus derivados para diversas partes do mundo. A Rússia é destaque também em educação, pois herdou do socialismo um sistema educacional sólido e acessível, com uma das taxas de analfabetismo mais baixas do mundo
PIB PERCAPITA E IDH
	A Rússia tem a sétima maior população do mundo, com cerca de 142 milhões de habitantes. O PIB da Rússia é de US$ 2.260 bilhões. O PIB per capita é consideravelmente superior ao demais BRICs, mas inferior ao dos EUA. O índice de desenvolvimento Humano (IDH) chega a 0, 817.
Concentração de Renda
A concentração de renda esta em seus produtos:
 Agrícolas: batata, trigo, cevada, outros cereais. 
Pecuária: suínos, bovinos, ovinos, aves. 
Mineração: cobre minério de ferro, níquel, turfa, alumínio, carvão, gás natural, petróleo. 
Indústria: alimentícia, máquinas, siderúrgica, equipamentos de transporte, química.
CONDIÇÕES DE TRABALHO
	O expediente de trabalho é de 40 horas semanais, com intervalo de 1hora e meia, de segunda-feira aos sábados, somente as lojas abrem aos domingos. Os estudos profissionais se tornaram uma das formas de luta contra o crescente desemprego. Algumas pessoas adquiriram profissões novas, outros utilizaram o preparo para entrar no programa governamental de autonomia e abrir negócio próprio com os subsídios do governo. 
Em assistência para os desempregados na Rússia, funcionam mais de dois mil centrosde ocupação para a população.
EDUCAÇÃO
 	A Rússia possui um dos níveis de analfabetismo mais baixos do mundo, é obrigatório o ensino secundário, este é gratuito e dura-se 11 anos. O ensino superior dura quatro anos. Os estudantes, após terminarem estes quatro anos, ainda podem seguir uma pós-graduação que dura cerca de dois anos. Com grande ênfase à Ciência e à Tecnologia, quase todos os estudantes acabavam os cursos com diplomas de altas referências e qualidade.
HÁBITOS DE CONSUMO
 	A Rússia tem hábitos próximos dos de seus pares na Europa e nos Estados Unidos. Um exemplo é a explosão do consumo de cerveja, bebida preferida dos americanos, mas ainda a tradicional vodka e o vinho são as principais bebidas de consumo. Também tomou gosto por produtos de áudio e vídeo, artigos de moda e grifes. Moscou tem hoje uma serie de estabelecimentos luxuosos e verdadeiros templos da gastronomia
CONCLUSÃO
	Hoje, a Rússia está sendo afetada por várias crises. Em primeiro lugar, há uma crise na estrutura global, que provoca mudanças profundas nas economias e no curso político de países desenvolvidos. Também há uma crise do modelo de crescimento econômico da Rússia dos anos 2000, que se baseou no aumento da demanda e do consumo. Além disso, a situação geopolítica se deteriorou muito, a economia russa está sofrendo com as sanções setoriais, principalmente na área financeira. A queda dos preços do petróleo só intensificou ainda mais a situação. A liberalização da economia é uma opção mais comum em todo o mundo. O melhor e maior exemplo é a China, que começou a liberalizar a economia em 1978. Mas na Rússia, a palavra presente em todas as previsões ainda é “recessão”.  O motivo são as sanções econômicas impostas pelos países ocidentais e a queda no preço do petróleo, que também deve abalar economias como a do Equador e Venezuela. Estados Unidos e Reino Unido devem manter um crescimento estável, já que estão mais recuperados da crise de 2008. No entanto, isto não significa dizer que teremos em 2016 um ano de crise mundial. Para entender o que vem pela frente, é fundamental compreender temas como equilíbrio nas contas públicas, austeridade, juros e inflação e o papel da dívida pública na organização das finanças do governo. No mais poderemos com certeza esperar ações inteligentes as quais poderão em um futuro em longo prazo ver a recuperação da Rússia e de outros países alcançados pela crise.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A EUROPA conseguiria viver sem o gás russo? BBC Brasil, 28 mar. 2014. Disponível em: http://goo.gl/j1xvLe. Acesso em: 4 nov. 2014.
ADAM, Gabriel P. et al. BRICS: as potências emergentes. China, Rússia, Índia, Brasil e África do Sul. Petrópolis: Vozes, 2013.
EIA – Energy Information Administration. Proved Reserves. Disponível em: http://goo.gl/3e4Mqx. Acesso em: 7 out. 2014.
GLENNY, Misha. McMáfia. Crime sem fronteiras. São Paulo: Cia das Letras, 2008.
HERITAGE, Timothy. Journalist's murder a test case for Russia's Putin. Reuters, 6 out. 2011. Disponível em: http://goo.gl/zxhSDG. Acesso em: 3 nov. 2014.
HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos. O breve século XX: 194-1991. São Paulo: Cia das Letras, 1995.
KLEIN, Naomi. A doutrina do choque. A ascensão do capitalismo de desastre. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.
RAFAEL, João M. Chaves. A estratégia energética da Rússia. O caso do gás natural nas relações com a Europa. Lusíada. Política Internacional e Segurança, n. 9, 2013. Disponível em: http://goo.gl/q3AD7N. Acesso em: 8 out. 2014.
SCHLIESS Gero. Rússia fecha acordo bilionário para fornecimento de gás à China. Deutsche Wells, 21 maio 2014. Disponível em: http://goo.gl/pGGnWh. Acesso em: 9 out. 2014.

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