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Biofísica da Circulação Prof. Dr. Fabiano G. Novaes Invertebrados Nos animais mais simples não ocorre um sistema circulatório, já que seu sistema é feito por difusão (célula a célula) Exemplo: Filo Poríferos Filo Cnidários. Filo Platelmintos e Nematelmintos Poríferos Circulação de água pelo átrio Cnidários Cavidade gastrovascular Platelmintos Cavidade digestiva ramificada (cavidade gastrovascular). Sistema Circulatório lacunar ou aberto O líquido (hemolinfa) bombeado por um vaso dorsal e cai em lacunas corporais. E depois retorna devagar ao coração, que novamente o bombeia para os tecidos. Ocorre: em artrópodes e em moluscos (exceção Cefalopodes ). Fator limitante ao tamanho dos animais. O Sistema Cardiovascular É formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos. O coração é a bomba propulsora do sangue e os vasos sanguíneos são as vias de transporte. Vertebrados Circulação fechada O sangue nunca abandona os vasos. O líquido circulante fica constantemente em movimento, a circulação é rápida. Sangue pode alcançar grandes distâncias. O tamanho dos animais pode ser maior. Ocorre: em anelídeos, cefalópodes e em todos os vertebrados. E pode ser : Simples Dupla (incompleta ou completa) Circulação fechada simples Só existe um tipo de sangue, o venoso. Ocorre em vertebrados de respiração branquial – os peixes. O sangue realiza trocas gasosas nas brânquias e retorna ao coração. Circulação fechada dupla Neste tipo de circulação há dois tipos de sangue: o sangue venoso e o sangue arterial, pois há circulação pulmonar e circulação sistêmica. Pode ser dividida em : completa incompleta Circulação dupla incompleta Quando há mistura dos dois tipos de sangue porque o coração possui menos de quatro câmaras ou a separação destas é incompleta. Ocorre nos anfíbios e répteis Circulação dupla completa Quando não ocorre a mistura dos dois tipos de sangue, ela é dita completa. Ocorre : nas aves e mamíferos. Anatomia do Coração Humano Tamanho: aproximadamente do tamanho do punho Peso: 400g Localização: entre os pulmões, superfície superior do diafragma, anterior a coluna vertebral e posterior ao esterno. Epicárdio: camada externa do coração (delgada lâmina de tecido seroso) Miocárdio: camada média e a mais espessa do coração (composto de músculo estriado cardíaco) Endocárdio: camada mais interna do coração (composto por epitélio pavimentoso simples sobre uma camada de tecido conjuntivo) Ciclo da Sístole e Diástole Campo Eletromagnético Eletrocardiograma Equipamentos: Eletrodos; Amplificador; Registrador. Sequência de ativação do eletrocardiograma Onda P Onda P é originada a partir da despolarização dos átrios. Uma onda P excessivamente alta e/ou alargada é característica de hipertrofia atrial. Segmento PR Intervalo entre o início da onda P e do complexo QRS, indica a velocidade de condução entre os átrios e ventrículos. O espaço entre a onda P e o complexo QRS é provocado pela dificuldade imposta pelo tecido fibroso entre o átrio e o ventrículo. Complexo QRS Despolarização ventricular. Segmento ST Início da repolarização ventricular. Onda T Repolarização ventricular Sua inversão indica processo isquêmico Onda U Repolarização atrial. Muitas vezes ela não é registrada por ser concomitante a despolarização dos ventrículos. Eletrocardiograma Curiosidade John Deering (Voluntário em experimento de monitoramento cardíaco durante fuzilamento) Campo gravitacional e a circulação “ A circulação sanguínea é um sistema fechado, com o volume circulatório em regime estacionário” Nota-se que acima do coração o campo G é contra a circulação arterial e a favor da venosa. Abaixo do coração inverte a relação: o campo G é a favor a circulação arterial e a contra a venosa. V-G A+G V+G A-G Sistema fechado Regime estacionário Sistema de bomba hidráulica e vasos condutores Manutenção do fluxo: volume que sai é igual ao que entra na pequena e grande circulação. Estado ou Regime Estacionário (RE) A quantidade de sangue movimentada a cada impulso do coração é a mesma, na grande e na pequena circulação. O volume de sangue ejetado do coração a cada sístole é cerca de 165 ml. Volume sanguíneo de 5L: ¼ na pequena circulação ou pulmonar (3,5 L) ¾ na grande circulação ou sistêmica (1,25 L) 36 Propriedades de um Fluxo em Regime Estacionário Regime estacionário: o fluido que entra é igual ao que sai ENTRA = SAI Fluxo: a quantidade de líquido é a mesma em qualquer segmento. O fluxo total é igual ao parcial F = f1 = f2 = f3 Energética: a velocidade de circulação diminui á medida que o diâmetro aumento. A Energia cinética ↓. V1> V2> V3 Energia potencial (Ep): a Ep cresce às custas da energia cinética (Ec), pois essa diminui devido ao atrito. Ep1 < Ep2 < Ep3 Equação do Fluxo (RE) F = V X A Fluxo = velocidade X Área Fluxo – a quantidade de líquido total é igual a cada fluxo parcial Relação entre a velocidade e o diâmetro dos vasos: Constância do Fluxo Parâmetro Circulatório da Aorta, Capilares e Cava. Valores Médios e Aproximados Aorta Capilares Cava Diâmetro 2,0 cm 8µm 2,4 cm Número 1 2 bilhões 1 Área 3,0 cm2 2.200 cm2 4,5 cm2 Velocidade 28cm.s-1 0,04cm.s-1 19cm.s-1 Fluxo 28 x3,0 = 84ml.s-1 0,04 x 2.200 =88ml.s-1 19 x4,5 = 86ml.s-1 Variações da área são acompanhadas de variações de velocidade, o fluxo permanece constante. ( fluxo sanguíneo é cerca de 85 a 90ml.s-1) Quebra do Regime Estacionário Edema Pulmonar: a quantidade de sangue que entra na pequena circulação é maior que a quantidade que sai. Hemorragia: Alteração no fluxo e pressão Energética de Fluxos em Regime Estacionário A energia total (ET) do fluido é calculada por 4 termos, que compõe a equação de Bernouilli. ET = EP + EC + ED + EG Onde: ET = energia total EP = energia potencial EC = energia cinética ED = energia dissipada (atrito) EG = energia gravitacional EC EP EG ED Relação entre Energética do Fluxo e Pressão Lateral Anomalias do Fluxo Estenose (estreitamento) Aneurisma (dilatação) Onda de Pulso e Velocidade de Circulação “A onda de pulso é a energia da contração cardíaca que se propaga pelo sangue” “A corrente sanguínea é o deslocamento da massa de sangue, medida pelo movimento de hemácias. É matéria” Onda de pulso ≠ Corrente sanguínea Energética da Sístole e da Diástole Em nenhum momento o ciclo: o fluxo se interrompe e nem a pressão se anula Sístole – Contração com esvaziamento do coração. Os átrios ejetam sangue nos ventrículos, e esses nas artérias aorta (coração esquerdo) e artéria pulmonar (coração direito). Diástole – Relaxamento com entrada de sangue nas cavidades cardíacas, e fechamento das válvulas arteriais. Tipos de Fluxo Laminar: velocidade constante e silencioso, entropia adequada. O líquido é escoado lentamente, dispondo-se em camadas concêntricas. Turbilhonar: sons audíveis e velocidade crítica, entropia exagerada. O escoamento é rápido, distribuindo-se de forma irregular. Experimento vista superior vista lateral Número de Reynolds e Velocidade crítica O número de Reynolds é um valor que indica o limite entre o fluxo laminar e o fluxo turbilhonar: Em condutores retilíneos, o valor é de 2.000 no SI Consegui calcular a Velocidade Crítica Re = Vc.d.r η Velocidade do sangue da aorta, em repouso = entre 25 a 37 cm.s-1, fluxo é laminar. Se a velocidade do sangue da aorta passar de37 cm.s-1, o fluxo é turbilhonar, e consequente ruído. A equação se aplica em outros fluídos e condutores ∆P = Diferença de pressão ∆L = Comprimento do vaso. η = Viscosidade do sangue. r = raio do vaso. Lei de Poiseuille Fatores que condicionam o fluxo F = π ∆P r4 8 ∆L η ∆P = Diferença de pressão ( ↑P, ↑ F) e ( ↓P, ↓ F) η = Viscosidade do sangue ( ↑ η, ↓ F) e ( ↓η, ↑ F) Resistência Periférica r = raio do vaso ( ↑ r, ↓ F) e ( ↓r, ↑ F) R = P F Lei de Laplace Relação entre pressão e tensão Equação de Laplace P = 2 T (Coração) R P = T (Vasos) R - Pressão = Força/Área - Tensão = Força/ Raio Pressão acima dos valores esperados Vários tipos Arteriosclerose Hipertensão Capilares: única parte do sistema cardiovascular acessível a trocas metabólicas com os tecidos Pressão nos capilares forças envolvidas Diminuição da pressão osmótica intracapilar por hipoproteinemia Consequência: escape de fluido para o CEC Aumento de sais no CEC Consequência: retenção de líquido Alterações na pressão osmótica Dilatação arteriolar ou constrição venular Consequência: aumento do vetor de saída e diminuição do vetor de entrada do fluido Aumento da pressão venosa Consequência: maior saída e menor entrada de fluido Ação do campo gravitacional Alterações na pressão hidrostática Há substâncias que aumentam a permeabilidade do capilar, permitindo o vazamento de macromoléculas Especialmente albumina Alterações na permeabilidade do capilar Patologias Deficiência ou uma anomalia da hemoglobina Hemoglobina: proteína da hemácia (eritrócito) que transporta oxigênio Concentrações adequadas segundo a OMS: 13 g/dL para homens 12 g/dL para mulheres 11 g/dL para gestantes e crianças Anemia Há 4 tipos principais de anemia Deficiência de uma ou mais substâncias essenciais Anemia ferropriva Rápida destruição dos eritrócitos (hemólise) Anemia hemolítica Incapacidade da medula óssea de produção Anemia aplástica Anomalias herdadas da produção de hemoglobina Anemia falciforme Hemácia normal / Hemácia falciforme Pode ser valvular ou vascular Estreitamento de um vaso ou de um orifício de uma válvula Alteração de fluxo Estenose Estenose mitral Estenose arterial – artéria femoral Acumulo de colesterol e outras substâncias adiposas nas paredes das artérias Origina um estreitamento Aterosclerose Variação brusca do diâmetro de um vaso ou cavidade cardíaca Rotura Aneurisma É uma coagulação de sangue no interior do vaso sanguíneo Trombose: formação ou desenvolvimento de um trombo Vasos superficiais ou profundos Trombos 68 Restrição de irrigação sanguínea ao cérebro, causando lesão celular e danos nas funções neurológicas As causas mais comuns são os trombos, a embolia e a hemorragia. AVC Diagnóstico: Tomografia computadorizada Ressonância magnética Angiografia Falta de irrigação sanguínea a uma parte do músculo cardíaco Bloqueio de uma artéria coronária Diagnóstico: Eletrocardiograma Amostras de sangue Infarto do miocárdio
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