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Direito Penal 2 Semestre

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DAS ESPÉCIES DE PENA
Art. 32 - As penas são: 
I - privativas de liberdade;
Espécies:
Reclusão 
Detenção
II - restritivas de direitos; (substitutivas)
III - de multa. (cumulativas ou alternativa a PPL)
Penas que são proibidas na CF: morte, trabalhos forçados, cruéis e 
O CP na parte especial só tratam das PPL.
Regimes de cumprimento das penas
Reclusão: Admite os três regimes, é a pena mais grave que existe.
Detenção: Admite aberto e semi aberto
	REGIME
	ARTIGO
	REGIME INICIAL
	Fechado
	Art. 34
	> 8 anos
	Semi Aberto
	Art. 35
	Não reincidente
> 4 e < 8 anos
	Aberto
	Art. 36
	Não reincidente
> ou = 4 anos
Progressão da Pena:
Requisito Temporal: Cumpre 1/6 da pena
Subjetivo: Tem que ter mérito, precisa ser exigido o exame criminológico.
Crimes Hediondos Lei: 8072/90 Art. 2º
Latrocínio, estupro, 
Nestes crimes o prazo temporal são diferentes:
- 2/5 da pena para réu primário
- 3/5 para reincidente
Não existe progressão por salto, sair do fechado direto para o aberto, o sujeito precisa passar por todas as fases (fechado, semi aberto e aberto).
REGRESSÃO
Volta para o regime mais grave, nesse permite-se a regressão por salto, vai do aberto para o fechado direto.
Quando: 
- Comete falta grave (desobedecer diretor, sem disciplina, pego com dinheiro, celular, ) falta administrativa grave (lei 7210/84).
- Comete crime doloso durante o cumprimento da pena.
- Não paga a multa, tendo condições para pagar.
- Está cumprindo a pena, e sobrevêm uma nova pena de uma condenação anterior.
Regras do regime fechado 
Art. 34 - O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame criminológico de classificação para individualização da execução. 
§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante o repouso noturno. 
§ 2º - O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, na conformidade das aptidões ou ocupações anteriores do condenado, compatíveis com a execução da pena.
§ 3º - O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou obras públicas. (trabalho interno obrigatório, dentro da penitenciaria, da direito a remição da pena, a cada três dias trabalhados reduz um dia na pena, poderá fazer trabalho externo desde que seja para instituições governamentais e mediante a vigilância desde que tenha bom comportamento)
Permissão de Saída: Dada pelo próprio diretor, mediante escolta e serve somente para tratamento medico e odontológico ou para visita a funeral de algum parente próximo)
Regras do regime semi-aberto
Art. 35 - Aplica-se a norma do art. 34 deste Código, caput, ao condenado que inicie o cumprimento da pena em regime semi-aberto. 
§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho em comum durante o período diurno, em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. 
§ 2º - O trabalho externo é admissível, bem como a freqüência a cursos supletivos profissionalizantes, de instrução de segundo grau ou superior. 
Também exige teste criminológico.
Durante o dia trabalho interno obrigatório e a noite recolhimento, não é cela, são dormitórios.
Trabalho externo + cursos profissionalizantes ou universitário durante o dia sem vigilância.
Permissão de Saída + a saída temporária (possibilidade do preso em 5 x por ano obter uma permissão judicial, sem vigilância)
Regras do regime aberto
Art. 36 - O regime aberto baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado. 
§ 1º - O condenado deverá, fora do estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou exercer outra atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga. 
§ 2º - O condenado será transferido do regime aberto, se praticar fato definido como crime doloso, se frustrar os fins da execução ou se, podendo, não pagar a multa cumulativamente aplicada. 
Casa do albergado (prisão apropriada para regime aberto) não existe. Por decisão jurisprudencial o condenado fica albergado no seu próprio domicilio.
29/08/13
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO Arts. 43 a 48
Quais são as penas RD:
Penas restritivas de direitos
Art. 43. As penas restritivas de direitos são: 
I – prestação pecuniária; 
II – perda de bens e valores; 
III – (VETADO) Prestação Inominada
IV – prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; 
V – interdição temporária de direitos;
VI – limitação de fim de semana. 
Não tem na parte especial do CP, devemos fazer uma interpretação do Art. 44
Caput do Art.44
Elas substituem as Penas Privativas de Liberdade.
REQUISITOS:
- Crime sem violência ou grave ameaça (dolosa), não cabe pena alternativa
Ex: acidente de transito.
Lesão corporal leve, ameaça e constrangimento ilegal, estes crimes em tese não caberia a substituição, cabe a substituição por causa dos institutos da transação penal (processo)porém a uma exceção:
Arrependimento Posterior = esses crimes são considerados infração menor potencial ofensivo (juizado de pequenas causas)
- Pena < 4 anos se doloso
- Crime culposo qualquer pena aplicada, não tem limitação
- Não reincidente em crime doloso
- Reincidente (exceção):
Quando for socialmente recomendável, e que ele não seja reincidente pelo mesmo crime. (conceito jurídico indeterminado, o juiz vai determinar)
- Requisitos Subjetivos (culpabilidade, antecedentes não podem ser desfavoráveis, conduta social, ele é perigoso)
O juiz irá aplicar a pena de reclusão (art.155), mas ele substitui pela PRD pelo mesmo devido aos requisitos existentes para PRL.
O tempo de substituição é o mesmo da PPL
= ou – 1 ano: Multa ou PRD
> 1 ano: multa e PRD ou 2 PRD
Se ele não cumprir a PRD será convertida a pena principal (PPL)
Se houver a conversão o réu irá cumprir apenas o restante da pena que sobrou.
OBS: Respeitado o período , mínimo de 30 dias.
Causas da conversão
Descumprimento injustificado da medida imposta
Pratica de crime doloso durante o cumprimento da pena
Nova condenação por PPL 	 
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: 
I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; 
II – o réu não for reincidente em crime doloso; 
III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente.
§ 1o (VETADO) 
§ 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos.
§ 3o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime.
§ 4o A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão. 
§ 5o Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior. 
Conversão das penas restritivas de direitos
Art. 45. Na aplicação da substituição prevista no artigo anterior, proceder-se-á na forma deste e dos arts. 46, 47 e 48. 
§ 1o A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentesou a entidade pública ou privada com destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo nem superior a 360 (trezentos e sessenta) salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários. 
§ 2o No caso do parágrafo anterior, se houver aceitação do beneficiário, a prestação pecuniária pode consistir em prestação de outra natureza.
§ 3o A perda de bens e valores pertencentes aos condenados dar-se-á, ressalvada a legislação especial, em favor do Fundo Penitenciário Nacional, e seu valor terá como teto – o que for maior – o montante do prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em conseqüência da prática do crime. 
§ 4o (VETADO) 
Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas
Art. 46. A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável às condenações superiores a seis meses de privação da liberdade. 
§ 1o A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado. 
§ 2o A prestação de serviço à comunidade dar-se-á em entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou estatais. 
§ 3o As tarefas a que se refere o § 1o serão atribuídas conforme as aptidões do condenado, devendo ser cumpridas à razão de uma hora de tarefa por dia de condenação, fixadas de modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho. 
§ 4o Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada. 
Interdição temporária de direitos
Art. 47 - As penas de interdição temporária de direitos são: 
I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo; 
II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do poder público;
III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo. 
IV – proibição de freqüentar determinados lugares. 
Limitação de fim de semana
Art. 48 - A limitação de fim de semana consiste na obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por 5 (cinco) horas diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado.
Parágrafo único - Durante a permanência poderão ser ministrados ao condenado cursos e
palestras ou atribuídas atividades educativas.
PENA DE MULTA
Não existe isoladamente no CP, nunca é atribuída sozinha, ela e atribuída cumulativamente (ex: furto. Pena: PPL e multa), outras ela e aplicada alternativamente (PPL ou multa).
Art. 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. 
§ 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário. 
§ 2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices de correção monetária. 
O sistema do CP e o sistema do dias-multa de 10 a 360, multiplicando-os pelo estabelecimento no §1 de 1/30 a 5 salários mínimos.
Art. 60 - Na fixação da pena de multa o juiz deve atender, principalmente, à situação econômica do réu. 
§ 1º - A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo.
Ex: Dias__________multa
 0 a 360 1/30 sob o salário mínimo
10 dias x 1/30 s.s.m = R$207,30
 20 dias multa x ¼ s.s.m. = R$3110,00
Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois de transitada em julgado a sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir que o pagamento se realize em parcelas mensais. 
§ 1º - A cobrança da multa pode efetuar-se mediante desconto no vencimento ou salário do condenado quando: 
a) aplicada isoladamente;
b) aplicada cumulativamente com pena restritiva de direitos;
c) concedida a suspensão condicional da pena.
§ 2º - O desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao sustento do condenado e de sua família.
Modo de Conversão da Multa
Art. 51 - Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada dívida de valor, aplicando-se-lhes as normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição. 
O não pagamento da multa:
Antigamente o não pagamento convertia em Pena Privativa de Liberdade (tendo condições para o pagamento)
*Lei de execução fiscal 6830/80 – o juiz manda uma certidão da divida e manda para a fazenda publica (procuradoria do estado) ela entra como se fosse imposto normal.
75% das multas ficam aguardando a prescrição 5 anos(Código Civil), pois não são cobradas.
Antes dessa divida ser inscrita na divida ativa ela tem a prescrição de 2 anos (código penal).
Para cobrar a multa o fiscal deverá entrar com uma ação de execução fiscal, o réu será intimado para efetuar o pagamento em 24 horas senão terá seus bens penhorados. Se não tiver nenhum bem a ser penhorado a certidão negativa volta dali 1 ano, ate dar 5 anos e prescrever.
Leilão: Penhora de bens moveis
Praça: Penhora de bens imóveis
CONCURSO DE CRIMES
Reunião de vários crimes
Três espécies:
Concurso Material 
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que
haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executase
primeiro aquela.
§ 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será incabível a substituição de que trata o art. 44 deste Código. 
§ 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá simultaneamente as que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais
Ele é a regra do concurso de crimes, teremos o concurso material quando tivermos 3 condutas distintas que promovem crimes distintos.
Ex: Estupro+ roubo+ homicídio
Somatória das penas.
Exceção:
 2- Concurso formal
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69
deste Código. 
Ex: Atiro contra João e acerto Maria e José.
Aplica-se a pena de um único crime aumentada de 1/6 a metade.
Exceção:
1- Se o sujeito agiu com dolo eventual, somam-se as penas.
2- Concurso material benéfico:
Ex: tenho um homicídio e causa-se lesão corporal.
Exceção do Concurso material
 3- Crime continuado
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
Se um agente comete vários crimes , idênticos ou da mesma espécie, deve-se aplicar a pena correspondente a um único crime. Não se soma as penasde todos, pois entende-se que não há concorrência.
Os crimes subseqüentes são considerados extensão do primeiro.
Crimes da mesma espécies:
1º Corrente: Aquele que ofendem o mesmo bem jurídico (patrimônio) 
Ex: Furto, receptação, estelionato, roubo, latrocínio (roubo- violência com resultado morte), doloso+homicídio
2º Corrente (majoritária): Crimes com a mesma nomenclatura (furto+furto+furto, roubo+roubo+roubo...)
Para que se tenha crime continuado é preciso estar presentes os seguintes requisitos:
Crimes da mesma espécies
Condições: 
Tempo, para que haja crime continuado deve prevalecer o bom senso, sendo a media para o calculo o período de 30 dias, mesmo que o ultimo crime praticado seja superior a esse tempo. 
Lugar, a doutrina e a jurisprudência consideram que devem haver as mesmas condições sócio geográficas que haja crime continuado. (proximidade)
Modo de execução “Modus Operandi”, forma que o crime foi praticado, deve haver uma semelhança.
A jurisprudência fala que comparsas diferentes não caracteriza o mesmo “Modus”
Outras semelhantes, o agente deve se aproveitar das mesmas oportunidades, outras condições semelhantes.
Ex: ele sempre rouba casas de garçons pq sabe que ele sabe que não tem ninguém.
É uma espécie de limitador do crime continuado, a defesa é quem deve prova que esta sendo cometido o crime continuado.
Crime continuado impróprio
Aquele que envolve violência contra a pessoa.
Ex: Estupro em serie com vitimas diferentes.
Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.
O réu subjetivamente “deve merecer” o reconhecimento disso, (a sua culpabilidade, sua conduta social os antecedentes e a personalidade do agente) são favoráveis.
Os motivos e as circunstancias devem ser favoráveis a ele:
Ex: matar 5 pessoas diferentes, a não ser que eles eram todos ladrões e estavam invadindo a casa dele
QUESTÕES
Quais os requisitos do concurso de agente? Explique.
Quais os participantes de um crime?
Explique as teorias sobre a autorias.
O que é participação e quais as suas espécies?
O que é autoria colateral e incerta?
A autoria colateral é quando duas pessoas tentar o mesmo crime sem ter relação nenhuma entre si. E a Autoria Incerta é a mesma que a colateral, mas quando não consegue se identificar o agente que causou o dano a vitima, culpando os dois pelo mesmo crime.
O que é participação de menor importância?
Explique a cooperação dolosamente distinta.
O que é conflito aparente de normas? E quais são os requisitos?
 Explique os princípios aparente das normas.
O que é pena e quais os princípios que a regem?
Quais as espécies de penas previstas no CP?
Explique os regimes das penas privativas de liberdade.
Quais os requisitos para as penas restritivas de direito?
Como se aplica a pena de prestação pecuniária?w
Qual o sistema adotado para pena de multa?
 As espécies de concurso de crimes?
Explique o concurso material benéfico.
Quais os requisitos para o concurso continuado?
APLICAÇÃO DA PENA
Dosimetria da Pena
Método Trifásico:
1ª Fase: pena-base -art. 59 (circunstâncias judiciais);
Art. 59 O juiz, atendendo à Culpabilidade, Aos antecedentes, À conduta social, À personalidade do agente, Aos motivos, às circunstâncias e Conseqüências do crime, bem como ao Comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime:
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade;
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível. 
Culpabilidade
A menção do artigo 59 ao que se refere à culpabilidade não se refere à pressuposto de aplicação de pena, mas sim a um juízo de aprovação de conduta. 
Ela deve ser entendida aqui como grau de censurabilidade da conduta. Num primeiro momento, o juiz vai verificar se houve culpabilidade, através da existência dos seus elementos. A partir do momento em que ele analisa a existência de culpabilidade como pressuposto de aplicação da pena, agora ela deverá ser encarada como critério de censurabilidade da conduta do agente. Isto significa que a partir de então será considerada como gravidade concreta do fato. Assim, quanto mais reprovável a conduta do agente, maior deverá ser sua pena-base.
Ex: dois estupros, um com obrigação de coito anal e outro com toques nos seios e partes íntimas da vítima (ato libidinoso), obviamente a primeira conduta é mais grave, assim o juiz avaliará que esta tem uma censurabilidade maior do que a segunda, devendo ter a pena mais grave.
Antecedentes
Compreendem todos os dados favoráveis ou desfavoráveis da vida pregressa do réu.
Somente as condenações anteriores ao fato, com trânsito em julgado, serão consideradas maus antecedentes.
Conduta Social
Diz respeito ao comportamento do agente no meio em que vive, em todos os aspectos: trabalho, lar, lazer, escola, etc. O juiz poderá aumentar a pena se o sujeito tiver uma péssima conduta social. 
Ex.: o juiz pode considerar má a conduta social do agente que agride verbalmente colegas de trabalho quando condená-lo por ameaça praticada neste ambiente. 
Assim, só pode ser considerada a conduta social quando tiver relação com o ato praticado.
Personalidade do Agente
Questão psíquica. Trata-se de seu perfil psicológico. Deve considerar aqui também a gravidade do fato praticado pelo agente em comparação ao seu perfil psicológico. A personalidade deve guardar uma relação contínua com o crime praticado. 
Ex.: Perfil violento e prática de crimes violentos.
Motivos e 
São os antecedentes da conduta do crime. Os motivos que levaram o sujeito à prática do crime. Devem ser considerados quando a lei não os considerar agravantes, atenuantes, causas de aumento ou de diminuição de pena.
Ex.: o motivo fútil já está estabelecido em lei.
Circunstancias do crime
São os meios e os modos de execução do crime. São os dados acidentais como o lugar da infração, o instrumento do crime, eventual brutalidade revelada, a duração da execução do ilícito. Assim como os motivos, só serão considerados se não forem agravantes, atenuante, causas de aumento ou de diminuição.
Ex.: o veneno no homicídio já é considerado por lei.
Conseqüências do Crime
Significa a intensidade da lesão ou o nível de ameaça provocado pela conduta do agente ao bem jurídico tutelado pela norma penal. Significa também o reflexo do crime em relação a terceiros. O exaurimento, por exemplo, pode ser considerado nesta fase. Na tentativa, por exemplo, quanto mais próximo da consumação, maior será a pena.
Comportamento da Vitima
Se houver determinação do comportamento da vítima na realização do crime, esta deverá ser considerada na fixação da pena. Entretanto, a violenta emoção logo após injusta provocação da vítima deve ser considerada atenuante genérica ou causa de diminuição da pena no homicídio.
2ª Fase: circunstâncias atenuantes e agravantes -arts. 61 a 66;
São de caráter obrigatório, o juiz deve obrigatoriamente aumentar a pena.
Exceção: desde que não constituem ou qualifiquem o crime. 
Reincidência
Circunstancia agravante da pena.
A reincidência compreende circunstância agravante genérica, considerada na segunda fase da aplicação da pena.
A condenação proferida no exterior também gera reincidência, independentemente de homologação pelo STJ, isto porque ela só é exigida para gerar efeitos civil ou medida de segurança (art. 105,I, i, CF). A única exigência é que a conduta deve ser considerada crime também no Brasil.
Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. 
Ex.:
____|________________|________________|________________|___________________|__________________|_____________|________
31/8/03 15/10/05 19/4/04 31/7/07 5/5/08 4/4/09 6/6/10 
Crime A Sentença Crime A Crime B Transito em julgado Sentença do crime B Crime C Sentença do Crime B
 do Crime A
Quando pratica o crime B o sujeito ainda é primário, pois não houve transito em julgado do crime A que havia praticado, quando comete o crime C, o sujeito é considerado reincidente, pois o fato se deu após o julgamento do crime A.
*Contravenções Penais (Decreto Lei 3688/41)
Espécie de crime anão, um mini crime, a sua gravidade é ínfima (ex: arremesso de material, porte de arma branca, jogo do bicho, perturbação da tranqüilidade,...) 
Quando a pena for de prisão simples (outra modalidade de PPL, só admite regime aberto) ou multa.
Decreto Lei 3688/41
Art. 7º Verifica-se a reincidência quando o agente pratica uma contravenção depois de passar em julgado a sentença que o tenha condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por qualquer crime, ou, no Brasil, por motivo de contravenção.
O sujeito será considerado reincidente, se cometer:
Crime + Contravenção 
Contravenção + Contravenção
Contravenção + Crime = PRIMARIO
Não consta nada na lei sobre isso. 
	
	Condenação Anterior
	Nova Infração
	Reincidência
	CP Art. 63
	Crime
	Crime
	Sim
	Lei 3.688/41 -art. 7º
	Crime
	Contravenção
	Sim
	Lei 3.688/41 -art. 7º
	Contravenção
	Contravenção
	Sim
	Não tem fundamento legal
	Contravenção
	Crime
	Primário
Ex: Crime na China e cometeu uma contravenção no Brasil, ele é reincidente.
Se cometer uma contravenção na China, nada acontece, pois só existe Contravenção no Brasil.
Exceção (Não há reincidência)
Art. 64 - Para efeito de reincidência:
I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação; 
II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos.
Para efeito de reincidência, não importa qual a pena anteriormente imposta. 
No entanto, existem algumas condenações anteriores que não geram reincidência.
São elas: 
 Condenação cuja pena foi extinta ou cumprida há mais de cinco anos; 
 Período Depurador(prescrição da reincidência).
Após 5 anos do cumprimento ou extinção da pena.
Ex: Condenado a 10 anos, cumpri os 10 e após 5 anos ele volta a ser primário e a ter bons antecedentes.
 Condenação anterior por crime propriamente militar; 
Código Penal Militar
- Próprio, somente praticado por militar (motim, triação, dormir no posto de trabalho, pederastia (pratica de sexo dentro da unidade militar) 
-Impróprio, aqueles que podem ser praticados por qualquer pessoa, mas dentro de unidade militar.
 Condenação anterior por crime político; 
Estão na lei 7170/83 (lei de segurança nacional) ex. espionagem, traição,...
Transitado em julgado esse crime, não será considerado reincidente.
Condenação anterior por contravenção penal.
Primariedade x Reincidência: 
Primariedade: o conceito não é definido pelo CP. Esta é entendida a contrário sensu, ou seja, será primário aquele que não for reincidente. Costuma-se afirmar que aquele que possui condenação anterior incapaz de gerar reincidência (não transitada em julgado) é considerado "tecnicamente primário". Este conceito é apenas didático, porque para os efeitos penais ele é primário, com maus antecedentes. 
Não é possível o sujeito ser considerado reincidente e, ao mesmo tempo, para o mesmo fato, ter maus antecedentes (a reincidência é considerada na segunda fase, enquanto os maus antecedentes são considerados na primeira fase), pois incidiria no "bis in idem" (STJ, Súmula 241).
STJ Súmula nº 241-23/08/2000 -DJ 15.09.2000
Reincidência -Circunstância Agravante -Circunstância Judicial 
A reincidência penal não pode ser considerada como circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial.
Efeitos da Reincidência:
Constitui circunstância agravante genérica;
Inicia sua pena em regime mais rigoroso;
Se for reincidente em crime doloso, em regra não pode ter sua pena substituída por pena alternativa;
Se for reincidente em crime doloso, não pode obter sursis (suspensão ou livramento condicional), salvo se a primeira condenação seja por multa;
Se reincidente em crime doloso, deverá cumprir metade da pena para pleitear livramento condicional. Se for em crime hediondo, não poderá obter o livramento;
A reincidência aumenta em 1/3 o prazo da prescrição da pretensão executória.
Concurso de Agentes
A reincidência não se comunica ao participante, tendo em vista seu caráter pessoal.
Deve ser comprovada documentalmente por certidão do processo.
A sentença que concede o perdão judicial não induz reincidência, nos termos do art. 120.
Circunstâncias agravantes
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
I - a reincidência; 
II - ter o agente cometido o crime: 
a) por motivo fútil ou torpe; (agravantes genéricas) constitui o antecedente psicológico do crime, a razão pela qual o agente está cometendo o crime. 
Os motivos são: 
a) Torpe: abjeto, repugnante, vil, causa nojo;
b) Fútil: insignificante, pequeno, mínimo, banal, desproporcional.
Trata-se de condição pessoal. Portanto, não se comunica ao participante, nos termos do art. 30 do CP (circunstância incomunicável em concurso de agentes).
Na hipótese de crime de homicídio causado por motivo torpe ou fútil, será circunstância qualificadora do homicídio, não podendo o juiz considerá-la nesta fase. O juiz não pode ser valer de um motivo para aumentar a pena 2 vezes (o "bis in idem" é proibido pelo ordenamento brasileiro).
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;
Conexão: sempre estará relacionado a outro crime
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;
A traição pode ser física (ataque sorrateiro) ou moral (quebra de confiança). 
A emboscada é a tocaia.
Dissimulação é esconder o objetivo pretendido.
Ainda há a fórmula genérica: outro recurso que impossibilite a defesa do ofendido.
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;
Meio insidioso é aquele que tem sua eficácia dissimulada, por exemplo, armadilha.
Meio cruel é aquele que provoca sofrimento desnecessário na vítima. 
Meio comum é aquele que provoca risco a um número indeterminado de pessoas. Ex: Sair atirando no metro as 7:00 da manhã.
e) contra ascendente (pai, avô, tataravô), descendente (filho, neto, bisneto), irmão ou cônjuge;
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica; 
Abuso de autoridade, possui determinada profissão e tem ascendência entre os outros (policiais, fiscais,juiz, promotor...)
Relação domestica, quando existe convivência, (empregada, enteado, sogra)
Cuidado com a lei própria (Maria da Penha) que também configura violência domestica, 
As hipóteses de violência contra a mulher estão inseridasno art. 5º da Lei Maria da Penha. Desde que não se caracterize nela, se utiliza no art.61 como agravante genérica.
Lei 11.340/06, 
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
I -no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II -no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III -em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único.As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.
g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;
Não é relação de hierarquia, crime que se prevalece de cargo, profissão
Ex: medico ginecologista que se utiliza para estuprar uma mulher.
h) contra criança (menor de 12 anos), maior de 60 (sessenta) anos, enfermo (doença que diminua a capacidade de resistência da vitima) ou mulher grávida; 
i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;
Entende-se que haverá ofensa não só à vítima, mas também à autoridade. 
Ex.: ameaça a quem está preso, testemunha protegida (não se enquadra, desde que a vitima tenha sido ofendido por alguma autoridade), etc.
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido;
Aproveita-se o agente da situação de fragilidade da vítima. Assim inclui circunstâncias coletivas ou particulares.
Ex. Furto a lojas de comida após algum terremoto, tsunami, (Calamidade Publica)
l) em estado de embriaguez preordenada.
Ocorre na hipótese em que o agente se coloca numa situação de incapacidade de entendimento para liberar o instinto criminoso. O indivíduo se embriaga para se colocar em hipótese de imputabilidade frente ao crime que pretende cometer.
Agravantes no caso de concurso de pessoas
Duas ou mais pessoas que se reúnem para cometer determinado crime.
Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que: 
I- a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes;
Autor intelectual do delito.
II - coage ou induz outrem à execução material do crime; 
Co-autor. Abrange a coação física ou moral, pouco importando se ela foi irresistível ou resistível.
Pois trata do co-autor e não do coagido. Pune-se com maior rigor, também, aquele que induz outrem à prática do crime.
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não punível em virtude de condição ou qualidade pessoal;
Instigação: Reforçar a idéia já existente
Incitação: Criar a vontade delituosa
Qualquer espécie de autoridade (pai e filho, padrinho, padrasto,...) ou pessoa que não tem condição pessoal de discernimento (bêbado a roubar, maluco a matar)
IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa.
Crime mercenário, pagante e o que recebeu o dinheiro.
Circunstâncias atenuantes
Conforme já estudado, estas atenuantes não fazem com que a pena seja inferior ao mínimo legal (Súmula 231 do 
STJ).
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; 
Constituem atenuante o fato do agente ter menos de 21 anos (e não 18, como na maioridade civil) na data do fato ou maior de 70 anos (e não 65 como no Estatuto do Idoso, pois levou em conta a idade e não o status de idoso) na data da sentença.
II - o desconhecimento da lei; 
A ignorância da lei não isenta o agente da pena (art. 21, CP), mas pode atenuá-la, se ficar comprovado que ele efetivamente não tinha conhecimento daquele fato, não podendo ser confundida com o erro.
III - ter o agente:
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
Dizem respeito ao relevante valor moral (interesse pessoal) e ao relevante valor social (interesse coletivo), devendo ser analisado segundo o senso comum. 
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
Diferencia-se do arrependimento eficaz e da desistência voluntária, posto que nestas hipóteses o agente impede que o resultado ocorra. Aqui ele simplesmente minora seus efeitos, 
Ex. O sujeito atirou na vitima, e a levou para o hospital, mas ela não resistiu.
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;
Coação:Aqui estamos diante da coação resistível, haja vista que se houver coação irresistível haverá exclusão da culpabilidade. Quanto ao co-autor há incidência de agravante.
Obediência Hierárquica: Autor deve ser funcionário e deve ter cumprido a ordem de superior hierárquico. Aqui a ordem deve ser manifestamente ILEGAL.
Violenta Emoção: atenua-se a pena quando o sujeito agir sob influência de violenta emoção (o sujeito não consegue se controlar) decorrente de ato injusto da vítima.
São requisitos da atenuante:
- Violenta emoção, entendida como forte e transitória perturbação da afetividade;
- Provocação do ofendido;
- Ato injusto da vítima.
A atenuante não se confunde com o privilégio do homicídio, o qual exige DOMÍNIO e não INFLUÊNCIA de violenta emoção. Além disso, lá se exige, também, a imediata reação da vítima.
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
Esta confissão deve ser praticada perante autoridade policial ou judiciária, não valendo documento anexado aos autos. Não se exige arrependimento, nem que traga algo novo ao processo. Entretanto, a confissão deve ser verdadeira e sua valoração para o caso concreto dependerá da sua influência na verdade real. Será apurado conforme o grau da confissão (parcial ou total).
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
Atenuante ocorrerá desde que o autor não tenha sido o provocador do tumulto. Nesta circunstância o agente está mais suscetível a influências.
Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei. 
A pena poderá ser reduzida em razão de circunstância relevante. Deve ser interpretada no sentido de não colidir com os dispositivos do próprio art. 65. 
Ex.: pessoa com 22 anos não pode ser atenuante, porque a lei exige que tenha menos de 21 anos.
Ponderação entre atenuantes e agravantes
O juiz pode se deparar com as seguintes hipóteses:
Não há atenuantes ou agravantes: deve ser mantida a pena-base;
Só existem atenuantes: a pena provisória deverá ser reduzida. Entretanto, nunca aquém do mínimo legal.
Normalmente o critério de diminuição ou até mesmo aumento é de 1/6 para cada circunstância, isto porque é o menor critério utilizado pelo CP.
Só existem agravantes: aqui também o juiz promove o aumento da pena, também com base no critério de 1/6 para cada circunstância.
Existem atenuantes e agravantes: aqui se recomenda que se promova uma ponderação qualitativa, verificando qual deve receber maior importância. Valem dispor que o art. 67 determina quais são as circunstâncias preponderantes, indicando os motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência.
Concurso de circunstâncias agravantes e atenuantes
Art. 67 -No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantesdo crime, da personalidade do agente e da reincidência.
3ª Fase: Causas de Aumento ou Diminuição de pena 
Após a fixação da pena-base e da verificação das circunstâncias atenuantes e agravantes (parte geral do CP), o juiz parte para a terceira fase da aplicação da pena, visando estabelecer a chamada pena definitiva. Aqui ele considera as chamadas causas de aumento ou de diminuição de pena.
Estas causas estão espalhadas por todo o código Penal (parte geral e especial). 
São identificadas pelas expressões: "a pena será reduzida..." e "a pena será aumentada...". 
Possuem um montante já prefixado pelo legislador (o que não ocorre nas agravantes ou atenuantes). 
Ex.: tentativa.
Nesta fase a pena poderá ser fixada abaixo do mínimo ou acima do máximo, ao contrário das circunstâncias atenuantes e agravantes.
1° - O juiz deve verificar quais as causas são obrigatórias. 
A contrário sensu o art. 68, parágrafo único, responde a questão. 
Cálculo da pena
Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento.  
Parágrafo único - No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua.
Isto porque ele fala em causas de aumento ou de diminuição previstas na parte especial. Nestas o juiz deve optar entre a maior. Em relação à parte especial, só serão obrigatórias se incidirem apenas uma causa de aumento ou uma causa de diminuição. Havendo mais de uma, o juiz escolhe sempre a maior, seja de aumento ou de diminuição.
2°- O juiz deve determinar qual deve ser a primeira a incidir, isto no caso de existirem múltiplas. A doutrina indica alguns caminhos, mas o melhor, deve ser aquele da especialidade, ou seja, aplica-se primeiro a causa específica da parte especial e depois a da parte geral.
3°- Quanto a forma de cálculo. Existe o princípio da incidência simples e o princípio da incidência cumulada. A melhor solução é a da incidência cumulada, onde o juiz calcula a primeira causa à luz da pena provisória, encontra o resultado e depois aplica a próxima causa.
Ex.: pena provisória de 6 anos, com privilégio e tentativa. 
Primeiro aplica o privilégio (1/3), resultando 4 anos.
Depois aplica a tentativa (1/3), resultando uma pena definitiva de 2 anos e 8 meses.
Questões
João pratica um crime de homicídio por motivo torpe (art.121 Parágrafo II, inciso I), tal fato ocorreu em 28/10/2003. Já era portador de outros processos em andamento, nenhum deles com transito em julgado. Possui fama de violento e maldoso. O crime foi praticado contra a dona da pensão onde ele morava. Ele confessou o crime para o delegado. Aplique a pena correspondente.
Homicídio por motivo torpe -28/10/2003: 
Homicídio qualificado
Art. 121, § 2° Se o homicídio é cometido:
I -mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;....
Pena -reclusão, de doze a trinta anos.
1ª Fase -Pena-base:
a)Antecedentes:Não há.
Outros processos, sem trânsito em julgado= Bons antecedentes (Súmula STJ).
b)Conduta social: Há.
 Outros processos.
c) Personalidade: Há.
Fama de violento e maldoso.
Não há parâmetro de aplicação da pena fixado em lei.
Pena Mínima = 12 anos.
*Circunstância judicial = 4 anos.
Pena-base = 12 anos + 1/6 por 2 circunstâncias judiciais.
Pena-base = Reclusão por 14 anos.
2ª Fase -Circunstâncias agravantes e atenuantes:
a)Agravante -Motivo do crime: Não há.
O motivo torpe não pode ser aplicado nesta fase, pois já foi considerado na 1ª fase e assim caracterizaria o "bis in idem".
b)Agravante -CP, Art. 61, II, f: com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica. Há.
Crime contra dona da pensão em que morava: embora o inciso tenha nova redação (2006), o caso se enquadra na redação anterior.
c)Agravante -Reincidência: Não há, pois não há condenação anterior.
d)Agravante -modo de execução -traição: Não há.
Houve quebra de confiança, pois a vítima era do da pensão em que o agente morava. Mas não impossibilitou a defesa do ofendido. Não é traição moral.
e) Atenuante -CP, art. 65, III, d: confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;Há.
Confissão espontânea perante autoridade.
Há uma atenuante e uma agravante, não há circunstância preponderante, assim nenhuma será aplicada.
Pena-base = 14 anos.
Pena Provisória = 14 anos.
3ª Fase -Causas de aumento e de diminuição de pena: Não há.
Pena definitiva = Reclusão por 14 anos.
 O crime anterior teve a sentença lançada em 28/11/2010. Transitou em julgado em 07/10/2012. Quando cumpria a pena preventivamente, em 10/08/2011, João comete novo homicídio na cadeia. Trata-se de motivação fútil e com recurso que dificultou a defesa da vitima (art.121 Parágrafo II, inciso II e IV). Em 10/11/2012 ele é levado a júri e você deve aplicar sua pena.
Crime anterior: 28/11/2010
Novo homicídio: 10/08/2011 (Cumpria a pena)
Transito em julgado: 07/10/2012
Art. 121, § 2° Se o homicídio é cometido
II - por motivo fútil
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido;
 Pena -reclusão, de doze a trinta anos.
Pena: 14 anos
1ª Fase -Pena-base:
a)Antecedentes:Não há.
Outros processos, sem trânsito em julgado= Bons antecedentes (Súmula STJ).
b)Conduta social: Há.
 Outros processos.
c) Personalidade: Há.
Fama de maldoso e violento
Durante o cumprimento da pena dos crimes anteriores, João vem a cometer um crime de estupro (Art.213). O crime foi motivado por uma banal discussão. Ele confessou o crime ao delegado, mas alegou violenta emoção. Aplique a pena correspondente.
Carlos, por vingança, pretende matar seu desafeto. Com intuito de criar coragem ele se embriaga no bar. É conhecido no bar como pessoa tranquila, embora possua um processo que já cumpriu a pena a 3 anos. No dia do crime, fica atrás de uma arvore e com a chegada da vitima, atira contra suas costas, matando-a (art.121, parágrafo II, Inciso IV). O disparo, entretanto, acerta uma pessoa que passava pelo local, que fica paraplégica (art. 129 parágrafo II, inciso III), aplique a pena correspondente.
SURSIS
Sursis=> Suspensão condicional da execução da pena. (Privativa de Liberdade) suspende a reclusão ou a detenção.
Presentes determinados itens, o juiz ao invés de determinar o cumprimento da pena ele promove a suspensão condicional da execução da pena;
O sujeito é condenado, mas ao invés de cumprir a pena se estiver presentes determinados requisitos o juiz concede ao condenado suspensão da pena mediante condições, se ele cumprir essas condições ao final de determinado tempo, o juiz declara extinta a pena; 
Requisitos da suspensão da pena:
Não pode ser superior a 2 anos, 
Não ser reincidente em crime doloso,
Condições judiciais favoráveis
Não for possível a substituição por pena restritiva de direito
Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: 
I - o condenado não seja reincidente em crime doloso; 
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício;
III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código.
§ 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício.
§ 2o A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde justifiquema suspensão. 
*Só caberá o Sursis se o crime for cometido por violência e grave ameaça.
	Artigo 44 PRD
	Artigo 77 (SURSIS)
	Pena maios que 4 anos
	Pena maios que 2 anos
	Crime sem grave ameaça e violência
	For praticado com violência e grave ameaça 
	Não reincidência de crime doloso
	Idem 
	
	Não possibilidade do Art.44
O período de prova (neste período ele estará cumprindo algumas condições) irá de 2 a 4 anos. Porem temos uma exceção (parágrafo II art 77)
Condições
Sursis Simples
No primeiro ano no período de prova o condenado fica obrigado a prestar:
Prestação de serviços a comunidade ou limitação de fim de semana.
Sursis Legal (Especial)
Se o agente reparar o dano ou restituir a coisa ele esta liberado da obrigação de limitação de fim de semana ou serviços a comunidade.
Condições estabelecidas pelo art. 78 § 2º, a, b e c, salvo impossibilidade de fazê-lo.
Art. 78 - Durante o prazo da suspensão, o condenado ficará sujeito à observação e ao cumprimento das condições estabelecidas pelo juiz. 
§ 1º - No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar serviços à comunidade (art. 46) ou submeter-se à limitação de fim de semana (art. 48). 
§ 2° Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo, e se as circunstâncias do art. 59 deste Código lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo anterior pelas seguintes condições, aplicadas cumulativamente: 
a) proibição de freqüentar determinados lugares; 
b) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz; 
c) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. 
Sursis Etário: quando o réu for maior de 70 anos da data da sentença. 
Sursis Humanitário: quando o sujeito possui uma doença incurável.
Condições Judiciais
O juiz pode estabelecer outras condições (Art 79), diferentes das que já existem, não pode acumular as mesmas condições, diferentes do art. 78.
Art. 79 - A sentença poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do condenado. 
Art. 80 - A suspensão não se estende às penas restritivas de direitos nem à multa.
Revogação obrigatória
O não cumprimento das condições:
Hipóteses de revogação:
Art. 81 - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário: 
I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso; 
II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem motivo
justificado, a reparação do dano;
III - descumpre a condição do § 1º do art. 78 deste Código. 
Quando ele e condenado irrecorrivelmente por crime doloso;
Quando não paga a multa tendo condições de faze-lo;
Quando ele não promove a reparação do dano ou restituição da coisa tendo condição para tanto;
Quando ele não cumpri a prestação de serviços a comunidade ou limitação de fim de semana do Art. 78.
*Perde todo o período de prova que ele cumpriu e volta do inicio para cumprir tudo novamente.
Revogação Facultativa 
§ 1º - A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer outra condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos. 
Quando ele não cumpri as condições do parágrafo I do art. 78
Quando ele é condenado por crime culposo e contravenção.
Prorrogação do período de prova
O juiz não esta obrigado a revogar, mas para ele não revogar pode prorrogar o período de prova ate o máximo (4 anos) 
§ 2º - Se o beneficiário está sendo processado por outro crime ou contravenção, considera-se prorrogado o prazo da suspensão até o julgamento definitivo. 
§ 3º - Quando facultativa a revogação, o juiz pode, ao invés de decretá-la, prorrogar o período de prova até o máximo, se este não foi o fixado.
Cumprimento das condições
Art. 82 - Expirado o prazo sem que tenha havido revogação, considera-se extinta a pena privativa de liberdade. 
Se o agente deixa de cumprir as condições do período de prova, ele perde todo o período de prova tempo cumprido e cumprira a pena integral.
Revogação obrigatória
Prorrogação obrigatória ate transitar em julgado, condenado irrecorrivelmente.
Sursis é um direito do acusado, audiência admonitória, o juiz explicará para ele que ele ira suspender a pena de “2anos” e que nesse período ele
LIVRAMENTO CONDICIONAL (Art.83 a 90)
O sujeito cumpre um pedaço da pena e presentes determinados requisitos, é colocado em liberdade (livramento) para o cumprimento de determinadas condições por um determinado período de provas.
Período de Prova: O restante da pena.
Requisitos do livramento condicional
Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: 
Objetivos: 
Natureza da Pena: Pena privativa de Liberdade (Reclusão, detenção e prisão simples)
Quantidade: Pena igual ou superior a 2 anos
Cumprimento de parte da pena:
 I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes; 
 II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso;  
V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo (lei 8072/90), prática 
da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente 
específico em crimes dessa natureza. 
Ex: homicídio x homicídio, trafico x trafico, estupro x estupro.
Reparação do Dano, salvo impossibilidade de fazer.
IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração;  
Subjetivos:
Bom comportamento carcerário, durante o cumprimento da pena ele deve ter um comportamento satisfatório. Se durante 6 meses ele não tiver falta grave o diretor deverá fazer um atestado de bom comportamento.
III - comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho honesto;  
Bom desempenho aos trabalhos atribuídos;
Demonstrar que ele tem condições de manter sua vida com uma ocupação licita;
A lei não proíbe que crime com violência e grave ameaça obtenham o livramento, porem eles estão sujeitos a mais dois requisitos:
Exame de Cessação de periculosidade, exame multi disciplinar (medico, diretores, psiquiatra, psicólogo)
Parecer do Conselho Penitenciário Estadual nos termos do art.70 Inciso I da Lei de execução Penal)
Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinqüir.  
Presente esses requisitos o juiz concede o livramento ao condenado mediante a algumas condições:
Especificações das condições
Art. 85 - A sentença especificará as condições a que fica subordinado o livramento.
O artigo não diz nada.
A Lei 7.210/84 (Lei de Execução Penal) regula quais são essas condições no art. 132.
LEP, Art. 132.Deferido o pedido, o Juiz especificará as condições a que fica subordinado o livramento.
Condições Obrigatórias 
Art. 132. Deferido o pedido, o Juiz especificará as condições a que fica subordinado o livramento.
§ 1º Serão sempre impostas ao liberado condicional as obrigações seguintes:
a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o trabalho;
Antigamente exigia-se um atestado de trabalho, mas este era muitas vezes falso. Hoje exige-se na prática uma declaração, que demonstre tais condições. A ocupação licita não exige vínculo empregatício ou trabalho formal (ex.: estudo, pastor em igreja, etc.).
OBS.: A lei nãoproíbe que crimes praticados com violência ou grave ameaça à pessoa tenham livramento condicional, mas estes estão sujeitos à dois requisitos extras.
b) comunicar periodicamente ao Juiz sua ocupação;
Comparecer em juízo e prestar contas do que ele está fazendo. (1° segunda feira do mês, dia que eles batem carteirinha no fórum).
c) não mudar do território da comarca do Juízo da execução, sem prévia autorização deste.
Condições Facultativas (art. 132 Parágrafo II) são meramente exemplificativas
§ 2° Poderão ainda ser impostas ao liberado condicional, entre outras obrigações, as seguintes:
a) não mudar de residência sem comunicação ao Juiz e à autoridade incumbida da observação cautelar e de proteção;
Não pode mudar de residência.
b) recolher-se à habitação em hora fixada;
Horário determinado pelo juiz ele precisa recolher-se a sua casa.
c) não frequentar determinados lugares.
Bares, baladas, ou algum lugar em que ele tenha cometido algum crime.
Extinção
Se tais condições forem cumpridas, aplicar-se-á o art. 90 do CP.
Art. 90 - Se até o seu término o livramento não é revogado, considera-se extinta a pena privativa de liberdade.
Causas de Revogação 
Revogação obrigatórias:
Art. 86 - Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado a pena privativa de liberdade, em sentença irrecorrível:  
I - por crime cometido durante a vigência do benefício;  
Crime durante o período de provas.
II - por crime anterior, observado o disposto no art. 84 deste Código.
Crime anterior ao período de provas.
Haverá revogação obrigatória quando houver condenação irrecorrível (durante o período de prova) à PPL, por crime cometido durante o período de prova ou anterior ao período de prova.
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05/05/2005 03/04/2006 04/05/2007 04/05/2011
Início da Pena Crime B Início Livramento Prorrogação
Crime A Crime A Período de Prova
6 anos Até Trânsito
Revogação facultativa
Art. 87 - O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, ou for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, a pena que não seja privativa de liberdade (detenção ou reclusão). 
O juiz não é obrigado a revogar quando houver o descumprimento de outras condições, desde que não sejam as legais, ou quando houver condenação por crime ou contravenção, a uma Pena Restritiva de Direito ou multa.
Falha no dispositivo: relativamente à revogação temos uma falha no dispositivo legal. Veja que a condenação por CRIME será hipótese de revogação. 
Se for por crime com imposição de pena privativa de liberdade (reclusão ou detenção) será obrigatória a revogação. 
Se for condenado a pena restritiva de direitos ou multa será facultativa a revogação.
 Entretanto, houve falha do legislador no que concerne às contravenções. Diz a Lei que se o sujeito for condenado à contravenção à pena restritiva de direitos ou multa haverá revogação facultativa. Mas, se o sujeito for condenado por contravenção à pena privativa de liberdade? Sim: a contravenção também está sujeito à pena privativa de liberdade: é a pena de prisão simples.
 Assim, falha no dispositivo legal: se o sujeito for condenado por contravenção com imposição de prisão simples, não será hipótese de revogação obrigatória nem facultativa. 
*Há uma falha legislativa, pois neste caso não haveria revogação, mesmo se tratando de hipótese mais grave que as mencionadas.
A lei não menciona a hipótese em que o sujeito é condenado por contravenção a uma pena privativa de liberdade de prisão simples. 
Efeitos da revogação
Art. 88 - Revogado o livramento, não poderá ser novamente concedido, e, salvo quando a revogação resulta de condenação por outro crime anterior àquele benefício, não se desconta na pena o tempo em que esteve solto o condenado. 
a) crime cometido durante o período de provas: se o liberado cometer um crime durante o período de provas haverá as seguintes consequências: 
          1) revogação do livramento condicional;
          2) perda de todo  o período de prova;
          3) o sujeito deve cumprir todo o restante da pena desde o momento em que iniciou o período de prova;
          4) impossibilidade de obtenção de novo livramento condicional durante o cumprimento do restante desta 
 pena.
     b) crime cometido antes do período de provas: se o liberado cometer um crime antes do período de provas haverá as seguintes consequências:
          1) revogação do livramento condicional;
          2) não ocorre a perda do período de prova, sendo este considerado período de cumprimento de pena;
          3) possibilidade de somar-se o restante do tempo de cumprimento de pena com a nova condenação;
          4) com a somatória constante do item anterior, há possibilidade de obtenção de novo livramento condicional após o cumprimento do requisito temporal, considerando-se primário ou reincidente, dependendo do caso concreto.
Prorrogação: é importante destacar que na hipótese de revogação, enquanto não transitada em julgado a decisão condenatória, o juiz prorroga o período de prova. Assim, quando transitar em julgado ele vai decidir: se o sujeito foi condenado, ele revoga o livramento; se foi absolvido, ele declara extinta a pena.
Extinção
Art. 89 - O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em julgado a sentença em processo a que responde o liberado, por crime cometido na vigência do livramento. 
Soma de penas
Art. 84 - As penas que correspondem a infrações diversas devem somar-se para efeito do livramento. 
EFEITOS DA CONDENAÇÃO
Quando se fala em efeitos da condenação, afirma-se a respeito dos efeitos decorrentes de uma sentença penal condenatória. Portanto, questão prejudicial é o trânsito em julgado da decisão condenatória.
Espécies: duas são as espécies de efeitos da condenação:
     1) efeitos penais: são os efeitos naturais da condenação penal transitada em julgado. São efeitos penais da sentença condenatória: a própria pena, a reincidência (art. 63, do CP), a revogação do sursis e do livramento condicional, entre outros.
    2) efeitos extrapenais: são efeitos que fogem à esfera penal, ou, em outros termos, produzem efeitos que não sejam necessariamente penais. São efeitos extrapenais da sentença penal condenatória:
      a) efeitos extrapenais genéricos: presentes no art. 91 do Código Penal. São genéricos porque quaisquer condenações penais produzem estes feitos, quaisquer que sejam os crimes praticados. Além disso, possuem efeito automático, independentemente de motivação na sentença. Assim, uma vez transitada em julgado a sentença penal condenatória, independentemente de qualquer motivação, produzirão efeitos no âmbito extrapenal.
 São efeitos extrapenais genéricos da condenação (art. 91):
inciso I: tornar certa a obrigação de reparar os danos causados. Toda vez que o crime produzir um dano a um bem jurídico haverá a possibilidade de reparação deste dano. A sentença penal condenatória transitada em julgado poderá ser utilizada como título executivo judicial no âmbito cível. Isto significa que a vítima, ou seus dependentes, poderão executar diretamente esta sentença penal condenatória na jurisdição civil, sendo desnecessária a comprovação de culpa nesta justiça, já que isto ocorreu no âmbito penal. Assim, no âmbito civil discutir-se-á unicamente o valor da indenização, já que o mérito já foi discutido e resolvido, com trânsito em julgado, no âmbito penal. A ação que é utilizada para esta finalidadechama-se ação civil ex delicto e o Ministério Público, inclusive, possui legitimidade para propô-la.
inciso II: confisco, caracterizado pela perda, em favor da União, do seguinte:
dos instrumentos crime, ou seja, dos meios que foram utilizados pelo agente para a prática do delito. Entretanto, nem todos os instrumentos serão objeto de confisco, mas apenas aqueles cuja fabricação, alienação, porte ou detenção sejam ilícitos. Assim, por exemplo, uma picareta que foi utilizada num furto mediante arrombamento, não será objeto de confisco, haja vista que não é ilícita sua fabricação, alienação, porte ou detenção. O porte da arma sem registro ou autorização utilizado num roubo, entretanto, será objeto de confisco, posto que seu porte, neste caso, é ilícito.
do produto do crime: aqui diz-se respeito ao produto do crime ou dos bens auferidos pela prática delituosa. Assim, o dinheiro havido na lavagem de dinheiro será objeto de confisco.
Observação importante: nas duas hipóteses de confisco anteriormente descritas é importante destacar que ficam ressalvados os direitos de terceiros de boa-fé. Assim, por exemplo, o veículo fruto de roubo. Ora, embora seja produto do crime, ele não será objeto de confisco, posto que há o interesse da vítima, terceiro de boa-fé, que deve ser respeitado, devolvendo-se a ele, legítimo proprietário.
          b) efeitos extrapenais específicos da sentença penal condenatória: são específicos porque se aplicam apenas a algumas espécies de delitos. Além disso, ao contrário dos genéricos, dependem expressamente de motivação na sentença condenatória. Portanto, caso não tenha sido reconhecido na sentença, não será aplicado.
 São efeitos extrapenais específicos da sentença condenatória:
A perda do cargo, emprego ou função pública, além do mandato eletivo, em duas hipóteses:
Condenação a pena privativa de liberdade por prazo superior a um ano, desde que o crime tenha sido praticado contra a Administração Pública.
Condenação a pena privativa de liberdade por prazo superior a quatro anos. Aqui independe do crime praticado pelo agente.
A perda do poder familiar, tutela ou curatela, desde que o agente tenha cometido crime doloso contra filho, tutelado ou curatelado. O poder familiar é o antigo pátrio poder, instituto do Direito Civil relacionado ao poder-dever que é dado aos pais na educação de seus filhos. A tutela e curatela são institutos do Direito Civil e do Estatuto da Criança e do Adolescente. Nestes casos, é hipótese de perda o crime doloso (e não culposo) praticado contra estas pessoas.
inabilitação para dirigir veículos automotores: este dispositivo encontra-se revogado pelo Código de Trânsito Nacional. Isto ocorre porque aqui ele figura como hipótese de efeito extrapenal específico, dependente de motivação na sentença. Entretanto, o CTN traz a inabilitação como pena principal. Assim, se o sujeito comete um crime culposo na direção de veículo automotor, por exemplo, terá a pena corporal, além da inabilitação para dirigir veículo automotor.
PRESCRIÇÃO
Conceito: a prescrição é a perda do direito de punir do Estado em decorrência do decurso do tempo. É causa extintiva punibilidade do Estado.
Espécies: duas são as espécies de prescrição.
          1) prescrição da pretensão punitiva: também conhecida como prescrição da ação. Aqui o Estado ainda não promoveu a ação penal respectiva. Portanto, a prescrição da pretensão punitiva regula-se pelo máximo da pena abstratamente cominada ao crime, nos termos do caput do art. 109, do Código Penal. São os seguintes os prazos prescricionais, nos termos do mencionado dispositivo:
          I – em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
        II – em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze;
        III – em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;
        IV – em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;
        V – em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;
        VI – em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. 
 Na hipótese do inc. VI, ou seja, quando a pena for inferior a um ano, esta prescrição de três anos só é válida para crimes ocorridos posteriormente a 05 de maio de 2010, data da entrada em vigor da Lei 12.234. Isto se dá porque a prescrição, antes desta alteração, era de dois anos. Portanto, por ser mais rigorosa a alteração, ela não retroage.
          A prescrição da pretensão punitiva pode ser de três ordens:
         a) prescrição da pretensão punitiva em abstrato: é aquela que ocorre entre a data do fato (termo inicial) e o recebimento da denúncia (termo final). Considera-se aqui, como afirmado no caput do art. 109 o máximo da pena abstratamente cominada. Se houver causa de aumento ou de diminuição da pena, deve ser considerado sempre o seu máximo (aumento ou diminuição) para fixar-se o lapso prescricional.
          b) prescrição da pretensão punitiva intercorrente: é aquela que impede o conhecimento do mérito do recurso. Ela ocorre entre a sentença recorrida e o julgamento do recurso. Está prevista no art. 11o, §1º, do Código Penal. Este dispositivo inova ao afirmar que a prescrição, nesta hipótese, opera-se com base na pena concretamente imposta ao sentenciado. A Lei 12.234, de 05 de maio de 2010 alterou o dispositivo original proibindo que tenha como causa data anterior ao recebimento da denúncia ou queixa. Como dissemos anteriormente, este dispositivo só se aplica a fatos posteriores à entrada em vigor da lei, posto ser mais gravoso, não retroagindo, portanto.
         c) prescrição da pretensão punitiva retroativa: era prevista no art. 110, §2º, do Código Penal. A mesma Lei 12.234, de 05 de maio de 2010, revogou este dispositivo, fazendo com que não mais exista esta espécie de prescrição. Por se tratar de norma penal in pejus, ela não retroage. Portanto, para fatos anteriores a 05 de maio de 2010 ainda existe esta modalidade de prescrição. Ela se opera da decisão de 1ª ou 2ª instância à data em que foi recebida a denúncia ou queixa ou desta aos fatos. O termo é a data do trânsito em julgado para a acusação ou o improvimento de seu recurso.
          2) prescrição da pretensão executória: é também chamada de prescrição da pena. Tem como termo inicial o trânsito em julgado para a defesa e se opera pelo quantum de pena fixado na sentença, levando-se em conta a tabela do art. 109 acima mencionado. Entretanto, se o sujeito for reincidente haverá um aumento daquele montante em 1/3. Aqui o Estado perde o direito de punir, ou seja, de executar a sentença.
Termos iniciais: para a análise da prescrição devemos fixar primeiramente o chamado termo inicial, ou seja, a data em que inicia a contagem do lapso prescrional. Nos termos do art. 111 do Código Penal, estes são os termos iniciais:
          I – do dia em que o crime se consumou;
        II – no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; 
        III – nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; 
        IV – nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido.
        V – nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste Código ou em legislação especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação penal.
Causas Interruptivas da prescrição: a prescrição, antes do trânsito em julgado, será interrompida nas seguintes hipóteses:
        I – pelo recebimento da denúncia ou da queixa;
        II – pela pronúncia; 
        III – pela decisão confirmatória da pronúncia; 
        IV – pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;
        V – pelo início ou continuação do cumprimento da pena;
        VI – pela reincidência.
         Veja que a rejeição da denúncia ou queixa,bem como a impronúncia ou desclassificação, bem como a absolvição sumária (hipóteses de sentenças processuais no rito dos crimes de competência do júri), não interrompem a prescrição. Se o Ministério Público recorrer destas decisões e o Tribunal der provimento, considera-se como interrupção da prescrição a data da publicação dos respectivos acórdãos.
         A prescrição, depois do trânsito em julgado, será interrompida pela evasão do sentenciado e pela revogação do sursis ou do livramento condicional, nos termos do art. 112.  
Redução do prazo prescricional: os prazos prescricionais do art. 109 serão reduzidos pela metade quando o sentenciado tiver menos de 21 anos de idade na época dos fatos ou mais de 70 anos de idade na data da sentença. (art. 115)
Prescrição da multa: se a multa foi a única imposta na sentença, ela prescreverá em dois anos. Entretanto, se foi aplicada cumulativa ou alternativamente ela prescreve no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena privativa de liberdade. (art. 114)
Prescrição da pena restritiva de direitos: a pena restritiva de direitos imposta prescreve no mesmo prazo da pena privativa de liberdade anteriormente imposta. (art. 109, par. único)

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