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Coulanges resumo 2

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Resumo – Seminário de Teoria e Metodologia da História II
Nota Parcial (valor 01 pontos) na Avaliação 01 da disciplina
Seminário 08: Coulanges
Acadêmicos: Nome dos acadêmicos do grupo Claudemar, Julia e Marco
CEZAR, Temístocles. Fustel de Coulanges. IN: MALERBA, Jurandir. Lições de História: o caminho da ciência no longo do século XIX. RJ: ED FGV, 2010. p. 307-322
O resumo deve conter 3 partes essencialmente:
Apresentação do historiador 
Numa-Denis Fustel de Coulanges nasceu em Paris no dia 18 de março de 1830. Em 1850, ingressa na prestigiosa Escola Normal Superior para estudar história, influenciado petas aulas do historiador François Guizot. Três anos depois, parte para a Escola Francesa de Atenas, onde redige uma monografia sobre a ilha de Quio, em que procura reconstituir a história das suas supostas origens à atualidade. Retorna para a França e assume, em 1855, o cargo de professor do liceu de Amiens e, em seguida, do liceu Saint-Louis em Paris, onde fica de 1858 a 1860. Ainda em 1858, na capital francesa, defende suas teses de doutorado: a latina, sobre o culto de Vesta, e a francesa, intitulada Políbio ou a Grécia conquistada pelos romanos. Entre ambas é que se gesta A cidade antiga.[1: ][2: ][3: ][4: ][5: ]
Apesar do reconhecimento de A cidade antiga, Fustel de Coulanges não foi somente um historiador do mundo antigo. Ele transitou da Grécia à França e da Antiguidade à Idade Média e à moderna. Pesquisador erudito, além da investigação do passado nas fontes antigas e nos arquivos, também se dedicou à reflexão acerca do método do fazer histórico com tal empenho que, mais que uma simples preocupação, para ele isso tornou-se, com o transcorrer do tempo, uma verdadeira ruminação ou mesmo uma obsessão. Ou seja, Fustel de Coulanges também refletiu sobre a história, suas possibilidades, seus limites, sobre o que ela deveria ser — uma ciência — e o que ela não poderia ser — arte. [6: ]
Pouco tempo depois, em 1862, Fustel de Coulanges inicia sua carreira de professor universitário na Faculdade de Estrasburgo. Sua aula inaugural, sobretudo o fragmento relativo à teoria histórica, encontra-se traduzida neste capítulo. Em 28 de fevereiro de 1870, volta a Paris, nomeado mestre de conferências na Escola Normal Superior em função, segundo ele explica, da "natureza de seu trabalho e seu gosto pela ciência pura". No entanto, não fica muito tempo na instituição, pois em 1875 assume a cátedra de história antiga na Sorbonne e, três anos depois, a de história medieval, na mesma instituição. Finalmente, em 1880. Fustel de Coulanges retorna à Escola Normal para assumir sua direção, uma tarefa, segundo ele, árdua, que exerce até 1883, quando retorna à Sorbonne. Doente, morre, aos 59 anos, no dia 12 de setembro de 1889.[7: ]
Apresentação do texto resumido (pontos relevantes do texto)
AULA INAUGURAL DO CURSO DE HISTÓRIA DA FACULDADE DE ESTRASBURGO (1862)
A história: ciência do homem
Para Fustel de Coulanges a História é e deve ser uma ciência e seu objeto é o próprio trabalho do homem, suas relações e interações na história. Devido à variabilidade da natureza humana, a única maneira de conhecê-la completamente, segundo Coulanges é observa-la em todos os períodos de sua existência, e com o auxilio de outras ciências, como a fisiologia, que estuda o corpo e a psicologia, que estuda a alma.
A História deve voltar-se a estudar a Antiguidade, conhecer a vida e as tradições dos povos que não existem mais, a partir dos vestígios que deles temos. Para Coulanges é fundamental o estudo das fabulas e mitos para descobrir as crenças dessas civilizações.
“Onde o homem passou, onde deixou algum frágil vestígio de sua vida e de sua inteligência, aqui está à história. Ela deve abraçar todos os séculos, posto que é o livro tradicional onde a alma humana inscreve suas variações e seus progressos.” (CEZAR, 2010, p. 318) 
REGRAS DE UMA HISTÓRIA IMPARCIAL
Cabe a História conhecer as instituições, as crenças, os costumes, a vida inteira de uma sociedade, sua maneira de pensar, seus interesses e ideias. Para tal realização o historiador deve desprender-se de toda e qualquer visão do presente e estudar o passado em si mesmo, sem nenhuma comparação contemporânea. 
“O melhor historiador da Antiguidade será aquele que melhor conseguir abstrair-se de si mesmo, de suas ideias pessoais e das ideias de seu tempo, para estudar a Antiguidade.” (CEZAR, 2010, p.319)
Coulanges aponta que somente com os textos antigos obteremos a verdade, que a História pode ser demonstrada, são neles que o historiador deve manter o foco e utilizar os modernos como apoio. Quanto aos textos antigos, argumenta que devemos leva-los ao pé da letra o máximo possível, observando não se o fato narrado é verídico ou possível, mas sim sua importância e influencia na crença e vida daquela sociedade. 
A compreensão retrospectiva
Segundo Coulanges, a visão que temos dos acontecimentos do presente é sempre embaraçosa e confusa, pois é guiada por interesses próprios e paixões. Por outro lado, quando se trata do passado, temos uma visão mais clara, pois podemos observar as causas, efeitos, começo e fim dos fatos.
A História, portanto, nos ensina a examinar esses fatos humanos. A partir de seu estudo somos capazes de distinguir aquilo que é aparente daquilo que é real e do que é ilusão dos contemporâneos daquilo que de fato é verdade.
Comentários e opiniões do grupo.
Fustel de Coulanges em sua teoria da História aspectos importantes para a historiografia, que perduram ate os dias de hoje, como a valorização da fonte, o objeto da história ser o homem e suas relações e o estudo da vida, costume e crença das sociedades. 
Como um historiador do século XIX, sua produção é marcada por uma história total, progressiva, totalmente imparcial e desvinculada do presente. Conceitos estes não mais utilizados na historiografia contemporânea, mas que de maneira alguma diminui a importância e contribuição de Coulanges para a afirmação da história como ciência e comunidade de historiadores em geral. 
Problemáticas:
O texto parece muitas vezes repetitivo, trazendo uma ideia ou conceito mais de uma vez. 
Fustel de Coulanges aponta ao estudar a História não devemos ter ideias contemporâneas, mas analisar o texto em si, na sua realidade histórica, mas em alguns momentos do texto, o autor apresenta uma visão contemporânea sobre um fato. Por exemplo, quando fala dos mitos e fabulas, aponta que o devesse focar no que eles representavam para aquelas sociedades e não em analisar se a narrativa exposta ali era verídica ou possível, mas o próprio Coulanges afirma que eram “velhas falsidades”. 
“[...] É fundamental escrutar as fábulas, os mitos, os sonhos da imaginação, todas estas velhas falsidades sob as quais ela deve descobrir alguma coisa de muito real: as crenças humanas. [...]” (CEZAR, 2010, p.318).

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