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3. PERGUNTAS EFEITOS TD

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QUAIS OS EFEITOS DOS RECURSOS?
Os recursos podem ter, em princípio, dois efeitos básicos: o devolutivo e o suspensivo. Quanto ao primeiro, reabre-se a oportunidade de reapreciar e novamente julgar questão já decidida; e, quanto ao segundo, impede-se ao decisório impugnado produzir seus naturais efeitos enquanto não solucionada o recurso interposto. 
Todo recurso tem efeito devolutivo?
Sim, pois, trata-se do “poder” que todo recurso possui de impedir a ocorrência da preclusão, permitindo, dessa forma, a reapreciação da mesma questão, pelo mesmo órgão judicial que a decidiu ou outro hierarquicamente superior.
Por força do efeito devolutivo, em regra o recurso transfere o conhecimento da causa para o juízo recursal nos limites da impugnação formulada pelo recorrente, uma vez que se admite o ataque à decisão “no todo ou em parte” (NCPC, art. 1.002), e que o julgamento do tribunal deva substituir a decisão impugnada “no que tiver sido objeto do recurso” (art. 1.008).
Todo recurso tem efeito suspensivo?
Não, pois, trata-se de uma exceção à regra geral, de que o ato decisório pode ter sua execução iniciada, seja provisoriamente ou definitivamente. Tanto é, que o art. 995 do NCPC dispõe que “os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou judicial em sentido diverso. Assim, excepcionalmente a decisão será suspensa, “se dá imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso” (parágrafo único do art. 995). Isto, todavia, dependerá sempre de decisão do relator, caso a caso.
O que é o efeito substitutivo? Sempre ocorre?
Consiste na força do julgamento de qualquer recurso de substituir, para todos os efeitos, a decisão recorrida, nos limites da impugnação. Para que a substituição ocorra, é necessário o cumprimento de alguns requisitos: 
- O recurso deverá ter sido conhecido e julgado pelo mérito; se o caso for de não admissão do recurso, por questão preliminar, ou se o julgamento for de anulação do julgado recorrido, não haverá como o decidido no recurso substituir a decisão originária;
- Deverá o novo julgamento compreender todo o tema que foi objeto da decisão recorrida; se a impugnação tiver sido parcial, a substituição operará nos limites da devolução apenas.
O que é o efeito translativo? Todo recurso possui?
Está relacionado a questão de ordem pública, como aquelas ligadas às condições da ação e aos pressupostos processuais, e outras que, por força de lei, os tribunais tem de apreciar e resolver ex officio, a qualquer tempo e grau de jurisdição. 
A afetação de tais temas à cognição do tribunal “ad quem” recebe da doutrina a denominação de efeito translativo do recurso, para diferenciar do efeito devolutivo provocado pela vontade do recorrente. Enquanto o efeito devolutivo emana do princípio dispositivo (que impera enquanto se acha em jogo interesses disponíveis da parte), o efeito translativo (que de certa forma conecta-se com o efeito devolutivo) é uma decorrência direta do princípio inquisitivo, que atua no direito processual nos domínios do interesse coletivo, ultrapassando a esfera dos interesses individuais em conflito no processo.
Essa eficácia recursal, é comum a todos os recursos, inclusive o extraordinário e o especial, e faz com que, uma vez conhecido o recurso, o tribunal superior, constatando a ausência de algum pressuposto processual, de alguma condição da ação, possa apreciá-la de ofício.
O que é efeito expansivo?
O efeito em questão, que delimita a área de cognição e decisão dos Tribunais Superiores, na espécie, consiste em reconhecer que a devolução operada pelo recurso “não se restringe às questões resolvidas na sentença, compreendendo também as que poderiam ter sido decididas, seja porque não foram suscitadas pelas partes, seja porque conhecíveis de ofício.

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