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6. PERGUNTAS AGRAVO INTERNO TD

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O que é agravo interno?
É o recurso cabível contra decisão monocrática proferida pelo relator, que será manejada para o respectivo colegiado. O agravo preserva o princípio da colegialidade, garantindo que decisões singulares sejam revistas pelo órgão colegiado a quem toca o recurso. 
Qual o procedimento geral?
- Ao interpor o recurso, o recorrente deverá impugnar, especificamente, os fundamentos da decisão agravada. Não se admite, todavia, impugnações genéricas, que dificultem a defesa ou decisão pelo tribunal. 
- O agravo será dirigido ao relator que, intimará o agravado para manifestar-se no prazo de 15 dias, a fim de cumprir o contraditório e a ampla defesa. 
- Após a resposta do recorrido, ao relator é dado retratar-se. Se não ocorrer a retratação, o relator o levará a julgamento pelo órgão colegiado, incluindo o recurso em pauta.
- O julgamento do agravo interno, pelo colegiado, dependerá da prévia inclusão do recurso em pauta (art. 934 c/c art. 1.021, § 2º), com intimação das partes na pessoa de seus advogados, por meio do Diário da Justiça, observada a antecedência mínima de cinco dias úteis (art. 212 c/c art. 935); 
O que acontece se o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente?
Nesse caso, condenará o agravante a pagar ao agravado, multa fixada entre um e cinco por cento do valor da atualizado da causa. A decisão deverá ser fundamentada (art. 1.021, § 4º). Fixada a multa, a interposição pela parte de qualquer outro recurso estará condicionada ao deposito prévio do valor estipulado pelo órgão colegiado. Entretanto, estão dispensados do pagamento prévio a Fazenda Pública e o beneficiário de gratuidade da justiça, cujo pagamento será feito somente ao final (art. 1.021, § 5º).
Quais os efeitos do agravo interno?
A regra geral é de que, salvo apelação, os recursos não tenham efeito suspensivo, permitindo, pois, a imediata execução do decisório impugnado. No entanto, há um aspecto particular a ser considerado:
O agravo interno, normalmente, incide sobre o julgamento de outro recurso, o qual podemos chama-lo de principal, assim, se este suspendeu a eficácia do julgado primitivamente impugnado, não poderia o agravo interno gerar efeito diverso. Dessa forma, se o recurso julgado pelo relator já detinha efeito suspensivo, o agravo interno apenas prolongará esse efeito, diversamente, se não detinha, não será o agravo interno que o conferirá. Se for de interesse da parte suspender os efeitos que o recurso principal não gerou, nem o agravo interno, deverá manejar pedido cautelar para obtê-lo. 
É permitido a sustentação oral?
Na sessão de julgamento do colegiado do agravo interno, em regra, não se admite a sustentação oral dos advogados e do membro do Ministério Público, nos casos de sua intervenção (NCPC, art. 937). Quando, porém, o recurso for interposto contra decisão singular do relator que extinga a ação rescisória, o mandado de segurança ou a reclamação, o NCPC permite, excepcionalmente, a sustentação oral (art. 937, § 3º)
É possível a aplicação do princípio da fungibilidade recursal desse recurso com algum outro?
Sim, entre os embargos de declaração e o agravo interno, é permitido a aplicação da fungibilidade recursal. Assim, caso o órgão julgador entenda que os embargos de declaração opostos pela parte não são o meio impugnativo adequado, poderá conhece-los como agravo interno. Nesse caso, deverá determinar previamente a intimação do recorrente para que, no prazo de cinco dias, complemente as razões recursais, a fim de que adequá-las ao art. 1.021, § 1º, ou seja, para que impugne especificadamente os argumentos da decisão recorrida.

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