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8. PERGUNTAS TUTELAS PROVISORIAS TD

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O que são tutelas provisórias?
Muitas das vezes, a espera pelo curso normal do processo pode gerar graves danos ao interessado. Assim, surgem as chamadas tutelas provisórias, instrumento pelo qual a parte que se sente lesada, pode pleitear ao judiciário, a antecipação dos efeitos da decisão final, com o fim de proteger o seu direito, ou mesmo, satisfazê-lo. 
Como se classificam as tutelas provisórias?
A tutela provisória pode ser:
- Cautelares, quando visam assegurar a proteção de determinado direito, sem necessariamente satisfaze-lo. Por exemplo, assegurar a proteção de bens, para futuramente fazer uma execução forçada, ou para assegurar pessoas, compreendendo as providencias relativas à guarda provisória.
- Antecipatórias, quando antes mesmo de ajuizada a ação, o direito pretendido pelo interessado é antecipado e satisfeito. 
O que são tutelas cautelares e tutelas antecipadas? São satisfatórias ou conservatórias? 
A tutela cautelar está associada a uma medida conservativa, pois, tem a sua subsistência sempre dependente do procedimento que, afinal, deverá compor o litigio que se pode chama-lo de principal ou de mérito. A tutela antecipada, por sua vez, associa-se a uma medida satisfativa, pois, por conveniência das partes, poderá se estabilizar, dispensando o prosseguimento do procedimento para alcançar o julgamento de mérito ou do transito em julgado. Em outras palavras, a tutela antecipada, satisfaz, tão logo a pretensão da parte, enquanto a cautelar está submetida ao julgamento final. 
Quais os fundamentos para da tutela provisória?
O direito à tutela provisória pode ser invocado em caráter de urgência ou evidência. 
Quais os requisitos da tutela provisória de urgência?
As tutelas de urgência – cautelares e satisfativas – fundam-se nos requisitos comuns do fumus boni iuris e do periculum in mora. Não há mais exigências particulares para obtenção da antecipação de efeitos da tutela definitiva (de mérito).
Os requisitos, portanto, para alcançar-se uma providência de urgência de natureza cautelar ou satisfativa são, basicamente, dois: 
- Um dano potencial, um risco que corre o processo de não ser útil ao interesse demonstrado pela parte, em razão do periculum in mora, risco esse que deve ser objetivamente apurável.
- A probabilidade do direito substancial invocado por quem pretenda segurança, ou seja, o fumus boni iuris.
Em qual hipótese, a tutela de urgência não poderá ser concedida?
Não poderá ser concedida, quando tiver natureza antecipatória, e, houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão. Assim, para que seja concedida, deverá ser reversível, em outras palavras, trazer às partes, o status a quo. 
Qual o momento para se pleitear a tutela de urgência?
As tutelas podem ser pleiteadas em caráter antecedente ou incidente.
Tutelas de caráter antecedente, são as que precedem o pedido principal. O autor irá indicar, na petição inicial, a lide, seu fundamento e a exposição sumária do direito que se visa assegurar e o perigo na demora da prestação da tutela jurisdicional. Apenas após efetivada a tutela, é que o pedido principal deverá ser formulado, nos mesmos autos em que veiculado o pedido cautelar.
As de caráter incidente, são as que surgem no curso do processo, como incidentes dele. Podem ser requeridas por simples petição nos autos, a qualquer tempo.
Temos, ainda, a tutela antecipada antecedente, a qual, o sistema permite que, antes mesmo de ser ajuizada a ação, o seu direito seja garantido antecipadamente, “prometendo” mover ação em momento futuro. Ex: cirurgia em que falta uma pequena peça para ser executada.
De quem é a iniciativa da tutela de urgência?
Em regra, a tutela de urgência, cautelar ou antecipatória, deverá ser requerida pela parte, mesmo porque, a respectiva execução corre por sua conta e risco, configurando hipótese legal de responsabilidade civil processual objetiva. 
A tutela de urgência antecipada pode se estabilizar?
Sim, pois, o art. 304 dispõe que a tutela antecipada satisfativa “torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso”. E o art. 304, § 1º, completa que, nesse caso, o processo será extinto e a tutela de urgência continuará a produzir seus efeitos concretos.
Vale observar que, a estabilização dessa tutela não fará coisa julgada, pois, o interessado poderá demandar na via judicial para invalida-la, reformá-la ou revê-la. Ainda assim, esse direito poderá só ser exercido se for realizado dentro do prazo de dois anos, contados da data em que se extinguiu o processo. 
Quais sãos os traços comuns da tutela de evidencia e urgência?
As tutelas de urgência e da evidência, são caracterizadas pela provisoriedade, no sentido de que não se revestem de caráter definitivo, e, ao contrário, destinam-se a durar por um espaço de tempo delimitado. 
O recorrente tem o dever de responsabilidade civil pela tutela de urgência? 
Sim, pois, o recorrente é responsável pela efetivação da tutela. Desse modo, o requerente deverá responder pelos prejuízos causados a parte adversária, quando:
- A sentença de mérito lhe for desfavorável;
- Se obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de cinco dias;
- Se ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;
- Se o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor;
*o juiz poderá exigir caução para que, caso a decisão venha ser cassada, as partes possam retornar ao estado anterior.
O que é tutela de evidência?
A tutela de evidencia não se funda no fato da situação geradora do perigo de dano, mas no fato de a pretensão da tutela imediata se apoiar em comprovação suficiente do direito material da parte. Em outras palavras, no estágio inicial do processo, já se reúnem elementos de convicção suficientes para o juízo de mérito em favor da parte que requer. 
Qual o momento de deferimento da tutela de evidência?
A tutela da evidência pressupõe, por sua própria natureza, demanda principal já ajuizada, pois é por meio da dedução da pretensão em juízo, com todos os seus fundamentos e suas provas disponíveis que se pode avaliar a evidência do direito da parte sobre o qual a medida provisória irá recair. Assim, pode ser deferida, tanto em liminar, como em decisão incidental. 
Quais as hipóteses de cabimento da tutela de evidência?
I - Ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável;

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