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PAREDE ABDOMINAL, DIAFRAGMA E PERITÔNIO - Moore

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ANATOMIA P2 – PAREDE ABDOMINAL | THAÍS FERRAZ – MEDPUCPR 77 
 
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PAREDE ABDOMINAL 
 
ABDOME  parte do tronco entre o tórax e a pelve. 
 Receptáculo esplênico 
 Contenção anterolateral de órgãos abdominais: paredes musculoaponeuróticas 
 Contenção superior de órgãos abdominais: diafragma 
 Contenção inferior de órgãos abdominais: músculos da pelve 
Os músculos conseguem aumentar a pressão interna (intra-abdominal), facilitando a expulsão 
de ar da cavidade torácica, de líquidos, flatos, fezes ou fetos. 
Parede abdominal se contrai para aumentar a pressão interna e se distende para acomodar 
expansões. É subdividida em paredes anterior, laterais direita e esquerda e posterior. 
Cavidade abdominal: 
 Forma a parte superior e principal da cavidade abdominopélvica 
 Não tem assoalho próprio, contínua com a cavidade pélvica 
 Estende-se até o 4º espaço intercostal da caixa torácica 
 Localização da maioria dos órgãos do sistema digestório, partes do sistema urinário e baço 
 
PAREDE ANTEROLATERAL DO ABDOME: 
 LIMITE SUPERIOR: cartilagens das VII a X costelas e o processo xifoide 
 LIMITE INFERIOR: ligamento inguinal e margens superior das faces anterolaterais do cíngulo 
do membro inferior 
Formada por pele e tela subcutânea. A pele está frouxamente fixa à tela subcutânea, exceto 
no umbigo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FÁSCIA DA PAREDE ANTEROLATERAL: 
 Tela subcutânea contém quantidade variável de gordura, sendo um importante depósito. 
 Superiormente ao umbigo  tela subcutânea é igual à encontrada nas outras regiões. 
 Inferiormente ao umbigo  a parte mais profunda é reforçada por muitas fibras, formando 
duas camadas: 
 FÁSCIA DE CAMPER: panículo adiposo do abdome 
 FÁSCIA DE SCARPA: estrato membranáceo da tela subcutânea do abdome. Continua 
inferiormente na região perineal como o estrato membranáceo do períneo, a fáscia de Colles. 
 
 
Camadas superficial, intermediária e 
profunda da fáscia de revestimento cobrem as 
faces externas das três camadas musculares da 
parede anterolateral do abdome e suas 
aponeuroses. 
EPIMÍSIO  camada externa de tecido 
conjuntivo fibroso que circunda os músculos. 
A face interna da parede é revestida por 
lâminas membranáceas e areolares de 
espessura variável formando a fáscia parietal do 
abdome (endoabdominal). 
 
 
MÚSCULOS DA PAREDE ANTEROLATERAL: 
 São cindo pares bilaterais de músculos: três músculos planos e dois músculos verticais. 
 Três planos: oblíquo externo do abdome, oblíquo interno do abdome e transverso do abdome. 
Os três possuem fibras musculares em diferentes direções. 
Anteriormente e medialmente continuam como aponeuroses que formam a bainha do 
músculo reto do abdome. 
As aponeuroses se juntam e formam a rafe mediana, linha alba, que se estende do processo 
xifoide até a sínfise púbica. 
 Dois verticais: reto do abdome e piramidal do abdome 
 
MÚSCULO INERVAÇÃO PRINCIPAL AÇÃO 
Oblíquo externo do abdome Nervos toracoabdominais (T7-T11) 
e nervo subcostal 
Comprime e sustenta as vísceras, 
flexiona, roda o tronco para o lado 
oposto e auxilia na inspiração 
forçada 
Oblíquo interno do abdome Nervos toracoabdominais (ramos 
anteriores de T6-T12) e primeiros 
nervos lombares 
Comprime e sustenta as vísceras, 
flexiona, roda o tronco para o 
mesmo lado e auxilia na 
inspiração forçada 
Transverso do abdome Nervos toracoabdominais (ramos 
anteriores de T6-T12) e primeiros 
nervos lombares 
Comprime e sustenta as vísceras 
abdominais, auxilia na inspiração 
forçada 
Reto do abdome Nervos toracoabdominais (ramos 
anteriores de T6-T12) 
Flexiona o tronco (vértebras 
lombares) e comprime as vísceras; 
estabiliza e controla a inclinação 
da pelve (antilordose) 
 
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1. MÚSCULO OBLÍQUO EXTERNO DO ABDOME 
Maior e mais superficial dos três músculos. 
Parte carnosa contribui para 
a parte lateral do abdome e a 
aponeurose contribui para a 
parte anterior do abdome. 
FIBRAS  mesma direção 
dos dedos quando se colocam 
as mãos nos bolsos laterais. 
 Se tornam aponeuróticas 
na LMC medialmente e na 
linha espinoumbilical (umbigo - 
EIAS) inferiormente, formando 
uma lâmina de fibras tendíneas 
que se cruzam na linha alba. 
 A margem inferior da 
aponeurose é espessa como 
uma faixa fibrosa e segue entre 
a EIAS e o tubérculo púbico 
como o ligamento inguinal 
(ligamento de Poupart). 
 
2. MÚSCULO OBLÍQUO INTERNO DO ABDOME 
Músculo intermediário dos três 
planos. 
É uma lâmina fina que se abre 
em leque anteromedialmente. 
FIBRAS  direção dos dedos ao 
colocar a mão sobre o tórax. 
 Se tornam aponeuróticas 
na LMC e participam da formação 
da bainha do músculo reto do 
abdome. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. MÚSCULO TRANSVERSO DO ABDOME 
Mais interno dos três planos. 
Suas FIBRAS seguem em direção mais ou menos transversal. 
A orientação circunferencial e transversal é ideal para comprimir o conteúdo abdominal 
e aumentar a pressão intra-abdominal. 
Terminam em uma aponeurose que contribui para a bainha do músculo reto do abdome. 
 
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 PLANO NEUROVASCULAR  entre os músculos oblíquo interno e transverso do abdome. 
Contém os nervos e artérias que suprem a parede anterolateral do abdome, na parte anterior eles 
situam-se principalmente na tela subcutânea. 
 
4. MÚSCULO RETO DO ABDOME 
Músculo longo, largo e semelhante a uma tira. É o principal músculo vertical da parede 
anterior. 
Os dois músculos retos são separados pela linha alba e aproximam-se na parte inferior. 
A maior parte está contida na bainha do músculo reto do abdome. 
É sustentado transversalmente por fixação à lâmina anterior da bainha em três ou mais 
intersecções tendíneas. 
 
5. MÚSCULO PIRAMIDAL 
Músculo triangular e pequeno. Não é encontrado em cerca de 20% das pessoas. 
Se localiza anteriormente à parte inferior do músculo reto do abdome, se fixa à face anterior 
do púbis e ao ligamento púbico anterior e termina na linha alba. É responsável por tensionar a 
linha alba. 
 
BAINHA DO MÚSCULO RETO DO ABDOME, LINHA ALBA E UMBIGO 
 BAINHA DO MÚSCULO RETO DO ABDOME  compartimento fibroso incompleto e forte dos 
músculos reto do abdome e piramidal. Nessa bainha são encontradas as artérias e veias epigástricas 
superiores e inferiores, e as partes distais dos nervos toracoabdominais. 
 É formada pela junção das aponeuroses dos músculos planos do abdome. 
 
LINHA ARQUEADA (DE DOUGLAS)  transição entre a parede posterior aponeuróticas da 
bainha que reveste os ¾ superiores do m. reto do abdome e a fáscia transversal que reveste o terço 
inferior. Localizada cerca de 2cm abaixo do umbigo. 
 
 
 
 
 Acima da linha arqueada: a lâmina anterior da bainha do músculo reto abdominal é 
formada pela aponeurose do oblíquo externo e parte da aponeurose do oblíquo interno; a 
lâmina posterior da bainha é formada pela outra parte da aponeurose do oblíquo interno e 
pela aponeurose do transverso. 
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 Abaixo da linha arqueada: a lâmina anterior é formada pela aponeurose dos três 
músculos planos; a lâmina posterior é formada apenas pela fáscia transversa. 
 
LINHA ALBA  segue verticalmente por toda a extensão da parede anterior do abdome e 
separa as bainhas do músculo reto do abdome bilateralmente.Em pessoas magras há um sulco visível na pele sobre a linha alba. 
 Durante a gravidez, essa linha escurece e podem surgir pelos, sendo chamada de “linha 
nigra”. Essa linha escurece porque o excesso de estrogênio leva a produção HME, que leva 
a maior produção de melanina, que se acumula nessa região. 
 Em sua porção média, contém o anel umbilical, um defeito através do qual os vasos 
umbilicais fetais entravam e saiam do cordão umbilical e placenta. 
 
 Existe, também, a linha semilunar (ou de Spiegel), mais vertical, lateral e paralela à linha alba. 
 
NERVOS DA PAREDE ANTEROLATERAL: 
NERVOS ORIGEM TRAJETO DISTRIBUIÇÃO 
Toracoabdominais (T7-T11) Continuação dos 
nervos intercostais 
inferiores (7º a 11º) 
distais à margem 
costal 
Seguem entre a segunda 
e a terceira camadas de 
músculos abdominais 
Músculos da parede 
anterolateral do abdome 
e pele sobrejacente 
R. cutâneos laterais (7º e 9º) 7º a 9º nervos 
intercostais (ramos 
anteriores dos nervos 
espinais T7–T9) 
Divisões anteriores 
continuam através da 
margem costal na tela 
subcutânea 
Pele dos hipocôndrios 
direito e esquerdo 
Subcostal (ramo da T12) Nervo espinal T12 Margem inferior da 
costela XII; depois para a 
parede do abdome 
subumbilical entre a 
segunda e a terceira 
camadas de músculos 
abdominais 
Músculos da parede 
anterolateral do abdome 
e a pele sobrejacente, 
superior à crista ilíaca e 
inferior ao umbigo 
Ílio-hipogástrico Como ramo terminal 
superior do ramo 
Perfura o músculo 
transverso do abdome 
para seguir entre a 
Pele sobre a crista ilíaca, 
região inguinal superior e 
hipogástrio; músculos 
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anterior do nervo 
espinal L1 
segunda e a terceira 
camada de músculos 
abdominais; os ramos 
perfuram as aponeuroses 
do músculo oblíquo 
externo do abdome da 
parte inferior da parede 
do abdome 
oblíquo interno e 
transverso do abdome 
Ilioinguinal Como ramo terminal 
superior do ramo 
anterior do nervo 
espinal L1 
Passa entre a segunda e 
a terceira camadas dos 
músculos abdominais; a 
seguir, atravessa o canal 
inguinal 
Pele da região inguinal 
inferior, monte do púbis, 
parte anterior do escroto 
ou lábio maior do 
pudendo e face medial 
adjacente da coxa; 
parte inferior dos 
músculos oblíquo interno 
e transverso do abdome 
 
VASOS DA PAREDE ANTEROLATERAL: 
PLEXO VENOSO SUBCUTÂNEO COMPLEXO: 
 Drenagem superior: veia torácica interna (tributária da veia 
subclávia) medialmente e veia torácica lateral (tributária da veia 
axilar) lateralmente. 
 Drenagem inferior: veia epigástrica superficial (tributária da veia 
femoral) e epigástrica inferior (tributária da veia ilíaca externa). 
 
Veias cutâneas que circundam o umbigo se anastomosam 
com as veias paraumbilicais (tributarias da veia porta), paralelas à 
veia umbilical obliterada (ligamento redondo do fígado). 
 
 Veia toracoepigástrica: anastomose entre a v. epigástrica 
superficial e a v. torácica lateral 
 Anastomose venosa medial profunda: entre a v. epigástrica 
inferior e as vv. epigástrica superior/torácica interna. 
 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL: 
 
ARTÉRIA ORIGEM TRAJETO DISTRIBUIÇÃO 
Musculofrênica Artéria torácica interna Desce ao longo da 
margem costal 
Paredes superficial e 
profunda do abdome no 
hipocôndrio; diafragma 
anterolateral 
Epigástrica superior Artéria torácica interna Desce na bainha do M. 
reto do abdome 
profundamente ao M. 
reto do abdome 
M. reto do abdome; 
paredes superficial e 
profunda do abdome no 
epigástrio e na região 
umbilical superior 
10a e 11a artérias 
intercostais posteriores 
Aorta Artérias continuam além 
das costelas para descer 
Paredes superficial e 
profunda do abdome na 
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na parede do abdome 
entre os Mm. oblíquo 
interno e transverso do 
abdome 
região lateral (lombar ou 
flanco) 
Subcostal Aorta Artérias continuam além 
das costelas para descer 
na parede do abdome 
entre os Mm. oblíquo 
interno e transverso do 
abdome 
Paredes superficial e 
profunda do abdome na 
região lateral (lombar ou 
flanco) 
Epigástrica inferior Artéria ilíaca externa Segue superiormente e 
entra na bainha do M. 
reto do abdome; segue 
profundamente ao M. 
reto do abdome 
M. reto do abdome; 
parede profunda do 
abdome nas regiões 
púbica e umbilical inferior 
Circunflexa ilíaca 
profunda 
Artéria ilíaca externa Segue na face profunda 
da parede anterior do 
abdome, paralela ao 
ligamento inguinal 
M. ilíaco e parede 
profunda do abdome na 
região inguinal; fossa 
ilíaca 
Circunflexa ilíaca 
superficial 
Artéria femoral Segue na tela 
subcutânea ao longo do 
ligamento inguinal 
Parede superficial do 
abdome na região 
inguinal e na face 
anterior adjacente da 
coxa 
Epigástrica superficial Artéria femoral Segue na tela 
subcutânea em direção 
ao umbigo 
Parede superficial do 
abdome nas regiões 
púbica e umbilical inferior 
 
FACE INTERNA DA PAREDE ANTEROLATERAL: 
Essa face é coberta por uma fáscia transversal, gordura extraperitoneal e peritônio parietal. 
Parte infraumbilical apresenta cinco pregas: 
 Prega umbilical mediana: do ápice da bexiga até o umbigo. Cobre o ligamento umbilical 
mediano (remanescente do úraco). 
 Duas pregas umbilicais mediais: laterais à prega umbilical mediana. Cobrem os l. umbilicais 
mediais (partes ocluídas das artérias umbilicais). 
 Duas pregas umbilicais laterais: laterais às pregas umbilicais mediais. Cobrem os vasos 
epigástricos inferiores. 
 
Laterais às pregas umbilicais existem depressões, as fossas peritoneais, possíveis locais de hérnias. 
 Fossas supravesicais: entre as pregas umbilical mediana e mediais formadas quando o 
peritônio se reflete da parede anterior sobre a bexiga. 
 Fossas inguinais mediais: entre as pregas umbilicais mediais e laterais. São os trígonos inguinais 
(triângulo de Hesselbach). Possíveis locais de hérnias inguinais diretas. 
 Fossas inguinais laterais: laterais às pregas umbilicais laterais. Incluem os anéis inguinais 
profundos. Possíveis locais de hérnias inguinais indiretas (mais comuns). 
 
A parte supraumbilical tem uma reflexão peritoneal com orientação sagital, o ligamento 
falciforme (parede anterossuperior – fígado). Contém o ligamento redondo do fígado e veias 
paraumbilicais. 
Tríade abdominal: fáscia transversal (está por baixo do transverso do abdome), tela pré-
peritoneal (camada gordurosa) e peritônio 
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REGIÃO INGUINAL: 
Estende-se entre a EIAS e o tubérculo púbico. É uma região onde as estruturas entram e saem da 
cavidade abdominal. 
LIGAMENTO INGUINAL e TRATO ILIOPÚBICO formam um retináculo anterior bilaminar da 
articulação do quadril. Esse retináculo cobre o espaço subinguinal, pelo qual passam os músculos 
flexores do quadril e estruturas neurovasculares. Essas duas faixas fibrosas reforçam o óstio 
miopectíneo, área fraca e local de hérnias. 
Ligamento inguinal faixa densa da parte inferior da aponeurose do m. oblíquo externo do 
abdome. Maioria das fibras se ligam ao tubérculo púbico (algumas irão formar o ligamento lacunar 
– de Gimbernat – outras o ligamento pectíneo – de Cooper- e o ligamento inguinal reflexo). 
Trato iliopúbico é a margem inferior espessa da fáscia transversal. É uma faixa fibrosaque segue 
profundamente ao ligamento inguinal. Reforça a parede posterior e o assoalho do canal inguinal. 
CANAL INGUINAL: 
Passagem obliqua com cerca de 4cm que segue em sentido inferomedial através da parte 
inferior da parede anterolateral do abdome. É paralela e superior a metade medial do ligamento 
inguinal. 
O principal conteúdo são o funículo espermático nos homens e o ligamento redondo do útero 
nas mulheres. O canal também contém vasos sanguíneos, linfáticos e o nervo Ilioinguinal. 
Possui uma abertura em cada extremidade: 
 Anel inguinal profundo (interno): entrada do canal inguinal. Localizado superiormente à região 
intermediaria do ligamento inguinal e lateralmente à artéria epigástrica inferior. Início de uma 
evaginação na fáscia transversal que forma a abertura, a própria fáscia continua até o canal, 
formando o revestimento interno. 
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 Anel inguinal ou superficial (externo): por onde o funículo espermático (homens) ou ligamento 
redondo (mulheres) saem do canal. Região súperolateral ao tubérculo púbico. As partes da 
aponeurose situadas lateral e mediamente ao anel superficial são os pilares (pilar lateral e pilar 
medial). 
Os limites do canal inguinal são: 
 Parede anterior: aponeurose do m. oblíquo externo do abdome; a parte lateral é reforçada 
por fibras do m. oblíquo interno do abdome. 
 Parede posterior: fáscia transversal. 
 Teto: arcos musculoaponeuróticas dos mm, oblíquo interno e transverso do abdome, que 
frequentemente se juntam para formar um tendão comum, a foice inguinal, e o ligamento 
reflexo. 
 Assoalho: trato iliopúbico, lateralmente, sulco formado pelo ligamento inguinal invaginado, 
centralmente, e ligamento lacunar, medialmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PAREDE POSTERIOR DO ABDOME: 
É formado por: cinco vértebras lombares e discos intervertebrais associados, músculos da 
parede posterior do abdome, diafragma, fáscia, plexo lombar, gordura, nervos, vasos e linfonodos. 
FÁSCIA DA PAREDE POSTERIOR: 
 FÁSCIA ENDOABDOMINAL cobre a parede posterior, fica entre o peritônio parietal e os 
músculos. Contínua com a fáscia transversal. 
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 Fáscia do músculo psoas, recobre o músculo psoas maior e é espessa superiormente para 
formar o ligamento arqueado medial. Essa fáscia funde-se lateralmente com a fáscia do músculo 
quadrado do lombo e aponeurose toracolombar. 
 APONEUROSE TORACOLOMBAR é um complexo fascial fixado à coluna vertebral, na região 
lombar. Possui lâminas posterior, média e anterior com músculos inseridos entre elas. Fina e 
transparente na região que cobre os músculos profundos da parte torácica e espessa e forte na 
região lombar. Essa aponeurose se fixa ao músculo latíssimo do dorso. A lâmina anterior reveste a 
face anterior do m. quadrado do lombo e é espessa superiormente para formar o ligamento 
arqueado lateral e, inferiormente, está aderida aos ligamentos iliolombares. 
 
MÚSCULOS DA PAREDE POSTERIOR: 
MÚSCULO INVERVAÇÃO PRINCIPAL AÇÃO 
Psoas maior Ramos anteriores dos nervos L1, 
L2, L3 
Agindo inferiormente com o M. 
ilíaco, flete a coxa; agindo 
superiormente, flete a coluna 
vertebral lateralmente; é usado 
para equilibrar o tronco; na 
posição sentada, atua 
inferiormente com o M. ilíaco para 
fletir o tronco 
Ilíaco Nervo femoral 
(L2–L4) 
Flete a coxa e estabiliza a 
articulação do quadril; atua com 
o músculo psoas maior 
Quadrado do lombo Ramos anteriores dos nervos T12 
e L1–L4 
Estende e flete lateralmente a 
coluna vertebral; fixa a costela XII 
durante a inspiração 
 
 
 
 
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1. MÚSCULO PSOAS MAIOR: 
Músculo longo, espesso e fusiforme. Lateral às vértebras lombares, segue em sentido 
inferolateral, profundamente ao ligamento inguinal, até o trocante menos do fêmur. O plexo 
lombar insere-se na parte posterior do músculo. É o filé mignon dos animais. 
2. MÚSCULO ILÍACO: 
Músculo grande e triangular, inferior e lateral ao m. psoas maior. Une-se ao músculo psoas, 
formando o m. iliopsoas, principal flexor da coxa. 
3. MÚSCULO QUADRADO DO LOMBO: 
Forma uma lâmina muscular espessa na parede posterior do abdome. Adjacente aos processos 
transversos lombares. Próximo à costela XII é cruzado pelo ligamento arqueado lateral. O nervo 
subcostal passa posteriormente a esse ligamento, passando sobre o músculo. Os ramos do plexo 
lombar seguem inferiormente à face anterior. 
 
NERVOS DA PAREDE POSTERIOR: 
NERVOS SUBCOSTAIS (ramos anteriores de T2): originam-se no tórax, seguem inferolateralmente 
ao m. quadrado do lombo, atravessam o transverso e oblíquo interno do abdome para inervar o 
oblíquo externo do abdome e a pele da parede anterolateral. 
NERVOS ESPINAIS LOMBARES (L1-L5): saem da medula espinal através dos forames 
intervertebrais e se dividem em ramos anterior e posterior, cada ramo tem fibras sensitivas e motoras. 
Ramos posteriores inervam músculos do dorso e pele sobrejacente, ramos anteriores inervam pele e 
músculos da parte inferior do tronco e membros inferiores. 
 
PLEXO NERVOSO LOMBAR: forma-se anteriormente aos processos transversos lombares, dentro 
da fixação proximal do músculo psoas maior. Formada pelos ramos anteriores dos nervos L1 a L4. 
 Nervo femoral (L2-L4): inerva o músculo ilíaco e passa profundamente ao ligamento 
inguinal/trato iliopúbico até a face anterior da coxa, suprindo os músculos da região. 
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 Nervo obturatório (L2-L4): passa inferiormente ao ramo superior do púbis, através do forame 
obturado, até a face medial da coxa, suprindo os músculos adutores. 
 Tronco lombossacral (L4, L5): passa sobre a asa do sacro e desce até a pelve, formando o 
plexo sacral juntamente com os ramos anteriores dos nervos S1-S4. 
 Nervos Ilioinguinal e ílio-hipogástrico (L1): entram no abdome posteriormente ao ligamento 
arqueado medial e seguem inferolateralmente, anterior ao músculo quadrado do lombo. 
Próximo à EIAS, perfura o músculo transverso do abdome, depois perfuram os músculos oblíquo 
interno e externo do abdome para suprir os músculos abdominais e peles das regiões inguinal 
e púbica. 
 Nervo genitofemoral (L1, L2): perfura o músculo psoas maior e segue inferiormente sobre sua 
face anterior. Divide-se em ramos femoral e genital. 
 Nervo cutâneo femoral lateral da coxa (L2, L3): segue inferolateralmente sobre o músculo 
ilíaco e entra na coxa profundamente ao ligamento inguinal/trato iliopúbico, inervando a pele 
na face anterolateral da coxa. 
 Nervo obturatório acessório (L3, L4): encontrado em quase 10% das pessoas. 
VASOS DA PAREDE POSTERIOR: 
PARTE ABDOMINAL DA AORTA: tem cerca de 13 cm, começa no hiato aórtico no diafragma, no nível 
da vértebra T12 e termia no nível da L4, onde divide-se em artérias ilíacas comuns direita e esquerda. 
 As artérias ilíacas comuns seguem em sentido inferolateral, acompanhando a margem medial 
dos músculos psoas até a margem da pelve, onde dividem-se em artérias ilíacas interna e externa. A 
interna entra na pelve e a externa segue o músculo iliopsoas, antes de sair do abdome dá origem 
aos ramos artérias epigástrica inferior e circunflexa ilíaca profunda. 
VEIAS DA PAREDE POSTERIOR: são tributárias da veia cava inferior (com exceção da veia testicular ou 
ovárica esquerda). A VCI é a maior veia do corpo e não possui válvulas. VCI conduz o sangue mal 
oxigenado dos membros inferiores,maior parte do dorso, paredes abdominais e vísceras 
abdominopélvicas. O sangue das vísceras abdominais atravessa o sistema venoso porta e o fígado 
antes de entrar na VCI através das veias hepáticas. 
 A VCI deixa o abdome através do forame da veia cava no diafragma. 
 
DIAFRAGMA: 
 Divisória musculotendínea com dupla cúpula que separa as cavidades torácica e abdominal. 
 É o principal músculo da inspiração; apenas a parte central se movimenta, a periferia está 
fixada à margem inferior da caixa torácica às vértebras lombares superiores. 
 Na parte central encontra-se o pericárdio, deprimindo levemente o diafragma. Ele curva-se 
em cúpula direita (mais alta por causa do fígado) e esquerda. O nível das cúpulas varia de acordo 
com a fase da respiração, postura e tamanho e grau de distensão das vísceras abdominais. 
A parte muscular do diafragma está na periferia com fibras que convergem radialmente para 
a parte aponeuróticas central trilaminar, o centro tendíneo que não possui fixações ósseas e fica mais 
próximo da parte anterior, além disso ele é perfurado pela parte terminal da VCI. 
Além do centro tendíneo, o diafragma tem outras três partes: 
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 Parte esternal: duas alças musculares que se fixam à face posterior do processo xifoide. 
 Parte costal: alças musculares largas que se fixam às faces internas das seis cartilagens 
costais inferiores e suas costelas adjacentes; formam as cúpulas 
 Parte lombar: originadas de arcos aponeuróticos, ligamentos arqueados medial e lateral, 
e das três vértebras lombares superiores. 
 
ESTRUTURAS NEUROVASCULARES DO DIAFRAGMA: 
VASOS E NERVOS FACE SUPERIOR (TORÁCICA) FACE INFERIOR ABDOMINAL 
Irrigação arterial Aa. frênicas superiores (ramos da 
parte torácica da aorta) e aa. 
musculofrênicas e 
pericardicofrênicas (ramos da 
artéria torácica Interna) 
Aa. frênicas inferiores (ramos da 
parte abdominal da aorta, 
podendo serem originadas do 
tronco celíaco) 
Drenagem venosa Vv. musculofrênicas e 
pericardicofrênicas drenam para 
as Vv. torácicas internas; a V. 
frênica superior (lado direito) 
drena para a VCI 
Vv. frênicas inferiores; a veia 
direita drena para a VCI; a veia 
esquerda é duplicada e drena 
para a VCI e veia suprarrenal; as 
veias frênicas direita e esquerda 
podem se anastomosar entre si 
Inervação Inervação motora: nervos frênicos 
(C3– C5) 
 
 
Inervação sensitiva: central por 
nervos frênicos (C3–C5), periférica 
por nervos intercostais (T5–T11) e 
nervos subcostais (T12) 
 
 
 
 
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ABERTURAS DO DIAFRAGMA: 
 FORAME DA VEIA CAVA: abertura no centro tendíneo. Atravessam a VCI, ramos terminais do 
nervo frênico direito e vasos linfáticos. Está localizado à direita do plano mediano na junção das 
lâminas do centro tendíneo, é a mais superior das aberturas. Quando o diafragma se contrai, 
alarga a abertura e facilita o fluxo sanguíneo para o coração. 
 HIATO ESOFÁGICO: abertura oval para o esôfago 
no músculo pilar direito do diafragma. Além do 
esôfago, dá passagem aos troncos vagais anterior e 
posterior, ramos esofágicos dos vasos gástricos 
esquerdos e vasos linfáticos. Um esfíncter muscular 
esofágico é formado pelo cruzamento das fibras do 
pilar direito. Está situado superiormente e à esquerda 
do hiato aórtico. 
 HIATO AÓRTICO: abertura posterior ao diafragma para a aorta descendente. A aorta não 
perfura o diafragma, então seus movimentos não afetam o fluxo. Aorta passa entre os pilares, 
posteriormente ao ligamento arqueado mediano. Além da aorta, dá passagem ao ducto 
torácico e, algumas vezes, às veias ázigo e hemiázigo. 
AÇÕES DO DIAFRAGMA: 
 Na contração do diafragma, as cúpulas são puxadas inferiormente, achatando a 
convexidade, e a periferia permanece fixada. Ao descer, o diafragma empurra as vísceras 
abdominais, aumentando a cavidade torácica e reduzindo a pressão intratorácica (o ar entra). Além 
disso, a cavidade abdominal diminui e a pressão intra-abdominal aumenta um pouco. 
 A redução da pressão intratorácica e o aumento da pressão abdominal auxiliam no retorno 
do sangue venoso para o coração. 
 Em decúbito dorsal, o diafragma atinge seu nível superior máximo porque as vísceras 
abdominais o empurram superiormente para a cavidade torácica. Em decúbito lateral, o 
hemidiafragma alcança um nível superior porque as vísceras o empurram mais naquele lado. 
Quando a pessoa está sentada ou de pé o nível do diafragma é o menor. 
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PERITÔNIO: 
 
Parte interna da cavidade abdominal. É uma membrana serosa transparente, contínua, 
brilhante e escorregadia. 
Consiste em duas lâminas contínuas: o peritônio parietal, que reveste a face interna da parede 
abdominopélvicas, e o peritônio visceral, que reveste vísceras. Entre as duas lâminas há uma 
cavidade peritoneal que contém um liquido lubrificante. Nos homens a cavidade é completamente 
fechada, já nas mulheres existe uma comunicação da cavidade com as tubas uterinas para a 
captação do óvulo. 
Sua função é diminuir o atrito visceral, proteger e sustentar as vísceras, resistência às infecções 
e armazenar gordura. 
Os órgãos abdominais podem ser classificados em: 
 INTRAPERITONEAIS: vísceras que estão totalmente ou quase totalmente revestidas pelo peritônio. 
Ex: estômago, fígado e intestino delgado (jejuno e ílio). 
 RETROPERITONEAIS: vísceras que não são revestidas pelo peritônio ou são muito pouco 
revestidas. Localizadas na parte posterior da cavidade abdominal. Ex: rim, pâncreas e duodeno. 
 EXTRAPERITONEAIS ou SUBPERITONEAIS: vísceras que estão abaixo do peritônio. Ex: bexiga e final 
do intestino grosso. 
BOLSA OMENTAL é um pequeno saco de revestimento do peritônio, um recesso dele que 
reveste o fígado e tem uma comunicação com o grande saco pelo hiato omental. Localizado 
exatamente atrás do estomago. 
Nos homens o peritônio apresenta o recesso retovesical, abaixo da cavidade peritoneal, entre 
a bexiga e o reto. Nas mulheres há dois recessos: vesicouterino e retouterino, o mais baixo da 
cavidade peritoneal feminina, que recebe o nome de fundo de saco de Douglas. Tanto nos homens 
quanto nas mulheres existe o recesso vesico-púbico (de Retzius). 
Ligando o peritônio às vísceras preenchidas = LIGAMENTO. 
Ligando o peritônio posterior às vísceras ocas = MESENTÉRIO ou MESOCÓLON. 
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1. LIGAMENTOS QUE LIGAM AS VÍSCERAS PREENCHIDAS AO PERITÔNIO: 
No fígado há o ligamento falciforme, que vai do umbigo até a sua face superior; na borda inferior 
há o ligamento redondo do fígado (vai à altura da veia umbilical) e ligamentos coronários (unem o 
fígado ao diafragma). 
Entre o fígado e o estômago há o omento menor, ligando o fígado ao estomago e ao duodeno; 
fazem parte do omento menor os ligamentos hepatogástrico e hepatoduodenal. 
O omento maior fica entre o estomago e o intestino grosso e tem uma parte que desce como se 
fosse um avental, parte livre do omento maior . Entre o estomago e o colo é chamado de ligamento 
gastro-cólico. Abrindo esse ligamento cai-se na bolsa omentual. A parte que se estende entre o 
estomago e o baço é o ligamento gastro-esplênico. 
2. LIGAMENTOS QUE LIGAM AS VÍSCERAS OCAS AO PERITÔNIO: 
MESENTÉRIO: vem da parte posterior do peritônio e vai até o intestino delgado. 
No intestino grosso há duas partes peritoneais: colo transverso e colo sigmoide. Estão ligados 
ao peritônio pelo ligamento mesocólon. 
COMPARTIMENTOS PERITONEAIS:o que está acima do colo transverso é chamado de supra-
mesocólico e abaixo dele, infra-mesocólico – este último contém a flexura de Treitz, também 
chamada de duodenojejunal, com a veia mesentérica inferior, que identificam o início do intestino 
delgado. 
Os sulcos paracólicos estão entre o colo ascendente e o descendente do intestino grosso. O 
compartimento infra-mesocólico é subdividido em partes: superior (ou direita) e inferior (ou esquerda) 
pela raiz do mesentério e contém as alças jejunais e ileais, emolduradas pelos colos ascendente, 
transverso e descendente. Lateralmente aos colos ascendente e descendente existem duas 
depressões longitudinais, os sulcos paracólicos. 
Estes compartimentos e sulcos da cavidade peritoneal determinam como e onde materiais 
(líquido peritoneal, sangue, pus, etc) contidos na cavidade peritoneal devem se acumular ou 
deslocar. Também as curvaturas da coluna vertebral contribuem na determinação destes pontos de 
acúmulo, criando vertentes naturais para o escoamento. Os sulcos paracólicos e a divisão esquerda 
do compartimento infra-mesocólico drenam para a pelve. Além disto, os sulcos paracólicos também 
drenam para o recesso hépato-renal e recebem, especialmente o direito, o conteúdo da bolsa 
omental, através do forame epiplóico. 
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REGIÕES E PLANOS: 
 São nove regiões delimitadas por quatro planos: dois sagitais e dois transversos. 
PLANOS SAGITAIS  planos medioclaviculares (ponto médio das clavículas até os pontos medioinguinais). 
PLANOS TRANSVERSOS  plano subcostal (margem inferior da 10º cartilagem costal) e plano intertubercular 
(atravessa os tubérculos ilíacos). 
 Nas descrições clinicas mais gerais a cavidade abdominal é dividida em quatro quadrantes 
delimitados pelo plano transumbilical e plano mediano vertical. 
 
 
CORRELAÇÕES CLÍNICAS: 
TRÍGONO INGUINAL OU DE HASSELBACH: é formado pela artéria epigástrica inferior, pela borda 
lateral do m. reto abdominal e pelo ligamento inguinal. Importante para localização de hérnias em 
procedimentos cirúrgicos – o cirurgião localiza o trígono e sabe se precisa operar a hérnia medial ou 
lateralmente a ele. 
A HÉRNIA INGUINAL é formada pela saída do conteúdo da cavidade através de um orifício 
natural da região. Causa oclusão intestinal (seu estrangulamento). 
 Pode ser: 
 HÉRNIA INGUINAL DIRETA: localizada medial aos vasos epigástricos, no trígono inguinal (de 
Hesselbach). Não atravessam todo o canal inguinal e emergem próximo ao tendão conjunto. 
Ocorre devido a fraqueza muscular abdominal do paciente, pode estar associado ao 
tabagismo, idade avançada, defeitos de produção de colágeno ou atividade física intensa 
 HÉRNIA INGUINAL INDIRETA: mais comum das hérnias inguinais (75%), normalmente em homens. 
Ocorre lateral aos vasos epigástricos inferiores. As hérnias indiretas congênitas são decorrentes 
a falhas do fechamento do conduto peritônio-vaginal (ligamento de Cloquet no homem; Canal 
de Nuck na mulher). Isso permite o aparecimento de hérnia inguinal indireta, hidrocele do 
cordão e hidrocele comunicante. Porém podem ser hérnias adquiridas por esforço. 
 
	PAREDE ABDOMINAL

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