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UNIÃO EDUCACIONAL DO NORTE – UNINORTE FACULDADE BARÃO DO RIO BRANCO – FAB ADRIELY ANDRADE DA SILVA ANANDA KATRINE DE SOUZA BRENDHA LOUISE RODRIGUES DE OLIVEIRA BRUNA LALINNY MAGALHÃES DA SILVA EDUARDA DE ANDRADE REZENDE HELEN THAIS SANTOS MESQUITA JULIANNA DE MEDEIROS BORGES MIRIAN LENTZ DA COSTA SILVA PEDRO RODRIGUES DE SANTANA JUNIOR DEFICIÊNCIA FÍSICA RIO BRANCO ACRE 2016 ADRIELY ANDRADE DA SILVA ANANDA KATRINE DE SOUZA BRENDHA LOUISE RODRIGUES DE OLIVEIRA BRUNA LALINNY MAGALHÃES DA SILVA EDUARDA DE ANDRADE REZENDE HELEN THAIS SANTOS MESQUITA JULIANNA DE MEDEIROS BORGES MIRIAN LENTZ DA COSTA SILVA PEDRO RODRIGUES DE SANTANA JUNIOR DEFICIÊNCIA FÍSICA Trabalho apresentado como requisito para obtenção de nota parcial referente a avaliação de B2 da disciplina Psicologia e Necessidades Especiais do curso de psicologia da Uninorte do profª Daniele Sampaio RIO BRANCO ACRE 2016 1.1 DEFICIÊNCIA FÍSICA CONCEITO Segundo Bersch (2006), a organização básica do sistema nervoso tem como principal papel a organização e controle de nosso corpo, sendo responsável por diversos órgãos sensoriais que englobam a execução da fala, do comportamento motor, da mente, do sono entre outros. Em alguns casos o sistema nervoso não opera corretamente desencadeando a chamada deficiência, seja ela motora ou sensorial.De acordo com a classificação nacional de deficiências, incapacidades e desvantagens (CIDID), A deficiência é entendida como uma manifestação corporal ou como a perda de uma estrutura ou função do corpo. Já a legislação brasileira cita no decreto de nº 3.298 de 1999 que deficiência física seria: Art. 3: - Para os efeitos deste Decreto, considera-se: I - Deficiência – toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano; Art. 4: - Deficiência Física – alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções. O comprometimento da função física poderá acontecer quando existe a falta de um membro (amputação), sua má-formação ou deformação (alterações que acometem o sistema muscular e esquelético). A deficiência física se refere ao comprometimento do aparelho locomotor que compreende o sistema Osteoarticular, o Sistema Muscular e o Sistema Nervoso. As doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em conjunto, podem produzir grande limitações físicas de grau e gravidades variáveis, segundo os segmentos corporais afetados e o tipo de lesão ocorrida. (BRASIL, 2006, p. 28) Sabemos também que nem sempre a deficiência física aparece isolada e em muitos casos encontraremos associações com privações sensoriais (visuais ou auditivas), deficiência mental, autismo etc. e, por isso, o conhecimento destas outras áreas também auxiliará o professor responsável pelo atendimento desse aluno a entender melhor e propor o Atendimento Educacional Especializado – AEE necessário. 1.2.1 DEFICENCIE FÍSICA PODE SER: Temporária: quando tratada, permite que o indivíduo volte às suas condições anteriores. Recuperável: quando permite melhora diante do tratamento, ou suplência por outras áreas não atingidas. Definitiva: quando apesar do tratamento, o indivíduo não apresenta possibilidade de cura, substituição ou suplência. Compensável: é a que permite melhora por substituição de órgãos. Por exemplo, a amputação compensável pelo uso da prótese. 2.1 CAUSAS Hereditária: quando resulta de doenças transmitidas por genes, podendo manifestar-se desde o nascimento, ou aparecer posteriormente. Congênita: quando existe no indivíduo ao nascer e, mais comumente, antes de nascer, isto é, durante a fase intra-uterina. Adquirida: quando ocorre depois do nascimento, em virtude de infecções, traumatismos, intoxicações. 2.2 POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO Quanto as possíveis intervenções acerca da deficiência física temos, o Atendimento Educacional Especializado e o uso da Tecnologia Assistiva nno Ambiente Escolar: A Tecnologia Assistiva, segundo Bersch (2006, p. 2), deve ser entendida como um auxílio que promoverá a ampliação de uma habilidade funcional deficitária ou possibilitará a realização da função desejada e que se encontra impedida por circunstância de deficiência. Assim, o Atendimento Educacional Especializado pode fazer uso das seguintes modalidades da Tecnologia Assistiva, visando à realização de tarefas acadêmicas e a adequação do espaço escolar. a) Uso da Comunicação Aumentativa e Alternativa, para atender as necessidades dos educandos com dificuldades de fala e de escrita. b) Adequação dos materiais didático pedagógicos às necessidades dos educandos, tais como engrossadores de lápis, quadro magnético com letras com ímã fixado, tesouras adaptadas, entre outros. c) Desenvolvimento de projetos em parceria com profissionais da arquitetura, engenharia, técnicos em edificações para promover a acessibilidade arquitetônica. Não é uma categoria exclusivamente de responsabilidade dos professores especializados que atuam no AEE. No entanto, são os professores especializados, apoiados pelos diretores escolares, que levantam as necessidades de acessibilidade arquitetônica do prédio escolar. d) Adequação de recursos da informática: teclado, mouse, ponteira de cabeça, programas especiais, acionadores, entre outros. e) Uso de mobiliário adequado: os professores especializados devem solicitar à Secretaria de Educação adequações de mobiliário escolar, conforme especificações de especialistas na área: mesas, cadeiras, quadro, entre outros, bem como os recursos de auxílio à mobilidade: cadeiras de rodas, andadores, entre outros. 3.1 QUE RECURSOS HUMANOS SÃO NECESSÁRIOS PARA O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO ? No que se refere aos recursos necessários para o bom desenvolvimento das habilidades deste publico, temos os professores especializados os responsáveis pelo Atendimento Educacional Especializado, tendo por função a provisão de recursos para acesso ao conhecimento e ambiente escolar. Proporcionam, ao educando com deficiência, maior qualidade na vida escolar, independência na realização de suas tarefas, ampliação de sua mobilidade, comunicação e habilidades de seu aprendizado. Esses professores, apoiados pelos diretores escolares, estabelecem parcerias com outras áreas do conhecimento tais como: arquitetura, engenharia, terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia, entre outras, para que desenvolvam serviços e recursos adequados a esses educandos. No caso de educandos com graves comprometimentos motores, que necessitam de cuidados na alimentação, na locomoção e no uso de aparelhos ou equipamentos médicos, faz-se necessário a presença de um acompanhante no período em que freqüenta a classe comum. São esses recursos humanos que possibilitam aos alunos com deficiência física a autonomia, a segurança e a comunicação, para que eles possamser inseridos em turmas do ensino regular. 3.2 DEFICIÊNCIA E INCLUSÃO NA ESCOLA A inclusão escolar de alunos com deficiência em escolas regulares é um direito garantido Pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n. 9.934/96), que afirma a oferta da educação especial enquanto dever constitucional do Estado deve ter início na Educação Infantil, na idade de zero a cinco anos. (BRASIL, 1996). Estamos convivendo com o movimento chamado Inclusão de pessoas com deficiência na rede regular de ensino. Mas existem muitas adaptações a serem feitas para favorecer as crianças com deficiência física na educação infantil, onde a realidade é que muitas escolas brasileiras e as famílias não estão preparados para garantir o desenvolvimento pleno e escolar dessas crianças. Na busca de uma sociedade mais interativa nos deparamos com a acessibilidade um fator integrante do processo inclusivo constituindo um desafio a ser superado, pois são muitas dificuldades e barreiras encontradas no acesso e nas práticas pedagógica dos professores. Figueiredo (2009, p.121), afirma que a Educação Infantil é a porta de entrada pra inclusão escolar, sendo “este nível de ensino marcado pelo desenvolvimento das aquisições linguísticas, atitudinais, afetivas, sociais e psicomotoras, em que as crianças interagem com muito mais liberdade.” O ambiente escolar é para qualquer criança o espaço por natureza de interação de uns com os outros. É nesse espaço que vemos estabelecer a comunicação e sentir a necessidade de se locomover. O aprendizado de habilidades ganha muito mais sentido quando a criança está imersa em um ambiente compartilhado que permite o convívio e a participação. A inclusão escolar é a oportunidade para que de fato a criança com deficiência física não esteja à parte, realizando atividades meramente condicionadas e sem sentido. O aluno da educação especial é aquele que por apresentar necessidades diferentes dos demais alunos no domínio da aprendizagem requer recursos pedagógicos e metodológicos educacionais específicos. 3.3 O CUIDAR DA CRIANÇA NO AMBIENTE ESCOLAR Na ação do cuidar é necessário considerar, principalmente, as necessidades das crianças, que, quando observadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre a qualidade do que estão recebendo. Os procedimentos de cuidado também precisam seguir os princípios de promoção da saúde. Para se atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o desenvolvimento das capacidades humanas é necessário que as atitudes e procedimentos estejam baseados em conhecimentos específicos sobre desenvolvimento biológico, emocional e intelectual das crianças, levando em conta as diferentes realidades socioculturais (BRASIL, 1998). Campos (1994) afirma que o cuidar envolve todas as atividades ligadas ao cotidiano da criança como: alimentar, lavar, trocar, proteger, consolar, entre outras. Demanda, portanto, conhecimentos da área biológica e humana que expressa uma relação entre a saúde e a educação. Dessa forma, urge que os profissionais da saúde estabeleçam uma parceria com os professores, dando orientação e contribuindo, no que for necessário para a inclusão escolar das crianças com deficiência. Em se tratando das crianças com deficiência física decorrente de lesão neurológica, os cuidados a serem tomados podem se tornar mais complexos, na medida em que os transtornos de controle do movimento e da postura e complicações associadas (vesicais, intestinais, musculoesquelético, entre outras) poderão interferir diretamente na independência e autonomia das mesmas. Além desses aspectos ligados diretamente a condição da criança com deficiência física, o ambiente escolar dependendo de como se encontre estruturado (acessibilidade física) e organizado pedagogicamente (materiais escolares, recursos pedagógicos e mobiliários adaptados), poderá dificultar ainda mais a participação dessas crianças na sua relação com o meio. Tais aspectos também são determinantes para que a permanência dessas crianças se dê de maneira mais harmônica e produtiva, promovendo o desenvolvimento dentro do ritmo e possibilidades delas (AMORIM; YAZLLE; ROSSETI-FERREIRA, 1999). Portanto, o cuidar da criança com deficiência física assume importância vital na Educação Infantil, tendo em vista que a faixa etária das crianças nesse nível de ensino se caracteriza pela dependência na realização de várias atividades cotidianas, como também requer maior atenção, pois, devido à curiosidade própria da idade, muitas vezes encontram-se em situações de risco, necessitando que as professoras estejam todo tempo zelando por sua segurança. REFERÊNCIAS SCHIRMER, Carolina R.; BROWNING, Nádia; BERSCH, Rita. Deficiência Física: Formação Continuada a Distância de Professores para o Atendimento Educacional Especializado. Brasília: Gráfi Ca e Editora Cromos, 2007. 129 p. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_df.pdf>. Acesso em: 24 out. 2016. INCLUSÃO ESCOLAR DE ALUNOS COM DEFICIêNCIA FÍSICA: CONQUISTAS E DESAFIOS. Bebedouro: Cadernos de Educação: Ensino e Sociedade, v. 2, 10 dez. 2014. Semanal. Disponível em: <http://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/cadernodeeducacao/sumario/31/0 4042014073755.pdf>. Acesso em: 24 out. 2016. MARTINS E. ACESSIBILIDADE DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA FÍSICA NA ESCOLA1. VOL 2 REVISTA CATOLICA, Jul./dez. 2009. http://catolicaonline.com.br/revistadacatolica2/artigosn4v2/19-pedagogia.pdf acesso em 24 de outubro de 2016 MELO, Francisco Ricardo Lins Vieira de and FERREIRA, Caline Cristine de Araújo. O cuidar do aluno com deficiência física na educação infantil sob a ótica das professoras. Rev. bras. educ. espec. [online]. 2009, vol.15, n.1, pp.121-140. ISSN 1413-6538. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-65382009000100009. DISTRITO FEDERAL. Ministério da Educação Secretaria de Educação Especial. A inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais DEFICIÊNCIA FÍSICA. Brasília. 2006
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