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Lesões Precursoras e Câncer de Colo Uterino

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Lesões Precursoras e Câncer de Colo Uterino
Não é a mais incidente nas mulheres, já que o primeiro lugar é ocupado pelo câncer de mama, mas é o câncer que mais provoca mortes entre as mulheres
Possui uma longa fase pré-invasiva, o que torna possível sua detecção precoce, especialmente através do exame de Papanicolau, que reduzem 80% as mortes por câncer de colo de útero
O principal fator associado é a infecção pelo HPV, transmitida especialmente através de contato com o condiloma => HPV tem 100% de relação com o câncer de colo de útero
Os principais desafios são a intensa sintomatologia associada e as inúmeras morbidades envolvidas no câncer de colo de útero
Muitas vezes é detectado tardiamente porque muitas mulheres ainda não fazem o CP de colo uterino
A vacina contra o HPV, feita antes do início da vida sexual dos adolescentes, tem uma taxa de prevenção de 99%
471.000 casos no mundo, sendo que 230.000 evoluem para o óbito (80% em países em desenvolvimento)
É a 4ª neoplasia mais frequente nas mulheres, atingindo a ectocérvice, endocérvice (entre o orifício interno e o externo, em área glandular é mais escuro) e o epitélio (metaplásico que, a partir de adaptação provocada pelo HPV, torna-se displásico => há eversão desse epitélio, expondo a Zt, constituído de epitélio glandular que sai e sofre ação do Ph vaginal)
ZT: área de metaplasia, é o principal alvo do HPV (não é a JEC), sendo mais externo que a JEC
HPV atua na fase de repouso e reparação da divisão celular
Ectopia ocorre pelo aumento do nível de estrogênio, sendo maior na gestação. É fisiológico, vai aumentando, sendo um epitélio glandular evertido, aparentando ser uma úlcera. Não coro com o iodo ou cloro, e é ausente na fase pré-pubere e a menopausa
As displasias são classificadas pelo anatomopatológico em NICs: NIC I indica LSIL (displasia leve), NIC II e III indicam HSIL (displasia moderada ou grave), e o NIC III pode ainda ser classificado como carcinoma in situ (HSIL ou AIS)
AGUS: atipia de significado indeterminado do epitélio glandular, sendo que a maioria regride
ASCUS: atipia de significado indeterminado do epitélio escamoso, sendo que a maioria regride
ASC-H: não se pode excluir LIEAG, sendo que a maioria regride 
LIEBG/LSIL
LIEAG/HSIL
O exame de CP de colo uterino tem 40% de falsos negativos, sendo assim importante aplicar lugol
O rastreio é feito de 3 em 3 anos porque a evolução é lenta
Na colposcopia, também se usa ácido acético e lugol, além de se aproximar a visão do colo
No RS, quase 100% das mulheres são infectadas pelo HPV
Fatores de risco: é multifatorial, entre eles menarca antes dos 16 anos, tabagismo, imunossupressão, infecção pelo HPV (e sua carga viral), DSTs, uso de ACO, baixo nível socioeconômico, múltiplas parceiras
Em nova infecção por HPV, há novo risco de desenvolvimento de lesão
DSTs: interferem na maturação epitelial, especialmente clamídia e gonorreia
ACO: provoca alteração no Ph, além de serem relacionados a menos uso de preservativo
História natural: evolução lenta, normalmente mais de 10 anos
NIC I e II demoram de 3 a 8 anos para evoluir para NIC III, o qual demora de 10 a 15 anos para evoluir para carcinoma microinvasor, que novamente demora de 10 a 15 anos para evoluir para a carcinoma invasor
A infecção pelo HPV demora em média 58 meses para atingir o estágio de NIC I, e mais 38 meses para chegar a NIC II. 12 meses depois, pode se apresentar como NIC III e, em 10 anos sem tratamento, pode originar um carcinoma invasor
CP: coloração de Papanicolau, sensibilidade é média, baixo custo
Exame híbrido de captura para detecção do HPV de baixo risco: é repetido de 10 em 10 anos, iniciando 10 anos após a vacina
Cisto de Naboth: metaplasia, retenção de muco no colo do útero, é fisiológico
Achados Colposcópicos: são importantes por determinar a região de biópsia, podendo ser encontrados epitélio acetobranco plano, epitélio acetobranco denso/grosseiro, mosaico fino, pontilhado grosseiro
LSIL: o CP deve ser refeito em 6 meses
ASCUS/AGUS: CP deve ser repetido em 6 meses, e se novo LSIL for confirmado, deve ser feita a colposcopia
Quando for constatada HSIL, deve ser feita a colposcopia imediatamente
NIC I: se o diagnóstico for confirmado pela colposcopia, deve ser feita a destruição local => mais de 1 ano com NIC I deve ser feito o CAF (excisão ampla e canonização) com alça de tungstênio, a qual hidrolisa a célula, sendo semelhante ao eletrocautério, cortando e cauterizando. Se a colposcopia for negativa, deve ser refeito o CP e, após 2 CPs em 2 anos negativos, um novo CP só precisa ser feito em 3 anos. Acredita-se que seja importante a aplicação de ácido acético para a involução da lesão
NIC II e NIC III: deve ser feita a excisão completa com margem da ZT, da JEC e do epitélio glandular. Os principais métodos utilizados são a excisão com bisturi a frio e laser
Conforme a Febrasgo, o primeiro CP de colo de útero deve ser feito 3 anos após a primeira relação sexual, devendo ser feito anualmente por 3 anos. Se todos forem negativos, sem nenhuma alteração, o CP deverá ser repetido a cada 3 anos. A realização de CP deverá ser interrompida se for feita histerectomia, mais de 70 anos, sem atividade sexual, 3 negativos em 10 anos
Conforme o INCA, o primeiro CP deve ser feito aos 25 anos, sendo o intervalo entre eles de 3 anos após 2 exames anuais serem negativos. Não deve mais ser feito se > 64 anos com 2 CPs negativos nos últimos 5 anos
Câncer de Colo de Útero:
Muito sintomático, com invasão rápida local da pelve, podendo também invadir o paramétrio, ureter e rim
Alta morbidade
Tratamento é de alto custo, sendo mais eficaz se o estadiamento for até Ia
Os casos são mais frequentes entre 50 e 60 anos, mas podem ocorrer a partir dos 30 anos
95% são de células escamosas, e 5% é adenocarcinoma
Cofatores para o câncer de colo de útero são a infecção pelo HIV, doenças de colágeno e LES
O risco oncogênico é mais relacionado com os HPVs 16, 18 e 31, que aumentam em 60X o risco de câncer de colo de útero. São os tipos de HPV englobados na vacina
HPV atua em várias fases do ciclo celular
A maioria das infecções pelo HPV é transitória (80%) e se resolvem em 12 – 18 meses. Risco é a reinfecção
Na clínica, notam-se vegetações e úlceras, hemorragia intermenstrual, pós-coito e sinusorragia, que pode indicar cervicite, corrimento seroso purulento e excessivo e fétido, cervicite recorrentes, sintomas urinários, hidronefrose por dilatação dos cálices renais pós obstrução de ureter, dor nas costas, urgências miccionais, dor abdominal, fístula e invasão de reto
Se o câncer estiver no início, há hiperemia e sangramento ao toque. Se já for avançado, é exocítico e endocítico
Invasão de vagina, bexiga, paramétrio, indicando metástase
No estágio I, há 75% de sobrevida em 5 anos
No estágio Ib, a invasão é maior que a de um carcinoma microinvasor (Ia), sendo importante a retirada de gânglios linfáticos, útero e vagina
O tratamento é semelhante quando reconhecido em estágio inicial, englobando a RT e o tratamento cirúrgico

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