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CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL FACILITADORA: PROFESSORA SOCORRO PORCIÚNCULA CURSO DE PORTUGUÊS INSTRUMENTAL E ATUALIZACÃO REDACIONAL EM DOCUMENTOS ADMINISTRATIVOS MACEIÓ-AL JUSTIFICATIVA "Uma nova civilização está emergindo em nossas vidas e por toda parte há cegos tentando suprimi- la. Esta nova civilização traz consigo novos estilos de família, modos de trabalhar, amar e viver diferentes; uma nova economia, novos conflitos políticos; e, além de tudo isso, igualmente uma consciência alterada. Fragmentos desta civilização já existem. Milhões de pessoas já estão sintonizando suas vidas com o ritmo de amanhã. Outros, aterrados diante do futuro, estão empenhados numa fuga inútil para o passado e tentam restaurar o mundo moribundo que lhes deu o Ser." (TOFFLER, Alvin. A Terceira Onda. Rio de Janeiro. Record, 1980). Conforme o que foi dito por Toffler, ainda na década de oitenta, viveu-se a instalação de uma fase de novos valores no processo comunicativo. Com a chegada do século XXI, ampliaram-se as formas de comunicação, a tecnologia representa uma realidade em que tempo e espaço já não contam mais, porém diante de tantas inovações, pode-se afirmar que a linguagem verbal continua com seu valor intocável, pois ela representa, organiza e transmite o pensamento é, portanto, elemento fundamental para a comunicação e para se manter a interação social, faz-se necessário o acompanhamento das mudanças dentro do processo linguístico, que representa não só uma forma de conhecimento, expressa, acima de tudo, qualificação social, continuidade e fechamento do canal de comunicação. Quanto à elaboração de um documento administrativo, ter domínio dessa linguagem verbal representa elemento essencial para que a imagem do emissor não seja comprometida. Aula de Filosofia Paulo Cisneires - Aprender com os erros, crescer com os acertos Numa aula de Filosofia, o Professor queria demonstrar um conceito aos seus alunos. Para tanto, ele pegou um vaso de boca larga e dentro colocou, primeiramente, algumas pedras grandes. Então perguntou para a classe: — Está cheio? Pelo que viam, o vaso estava repleto, por isso, os alunos, unanimemente responderam: — Sim! O professor então pegou um balde de pedregulhos e virou dentro do vaso. Os pequenos pedregulhos se alojaram nos espaços entre as pedras grandes. Então ele perguntou aos alunos: - E agora, está cheio? Desta vez, alguns estavam hesitantes, mas a maioria respondeu: - Sim! Continuando, o professor levantou uma lata de areia e começou a derramar a areia dentro do vaso. A areia preencheu os espaços entre as pedras e os pedregulhos. E, pela terceira vez, o professor perguntou: — Então, está cheio? Agora, a maioria dos alunos estava receosa, mas, novamente muitos responderam: — Sim! Finalmente, o professor pegou um jarro com água e despejou o líquido dentro do vaso. A água encharcou e saturou a areia. Neste ponto, o professor perguntou para a classe: - Qual o objetivo desta demonstração? Um jovem e "brilhante" aluno levantou a mão e respondeu: — Não importa quanto a "agenda" da vida de alguém esteja cheia, ele sempre conseguirá "espremer" dentro, mais coisas! — Não exatamente! - Respondeu o professor. — O ponto é o seguinte: A menos que você, em primeiro lugar, coloque as pedras grandes dentro do vaso, nunca mais conseguirá colocá-las lá dentro. -Vamos! Experimente! - disse o professor ao aluno, entregando-lhe outro vaso igual ao primeiro, com a mesma quantidade de pedras grandes, de pedregulhos, de areia e de água. O aluno começou a experiência, colocando a água, depois a areia, depois os pedregulhos e, por último, tentou colocar as pedras grandes. Verificou surpreso, que elas não couberam no vaso. Ele já estava repleto com as coisas menores. Então, o professor explicou para o rapaz: - As pedras grandes são as coisas realmente importantes de sua vida: seu crescimento pessoal e espiritual. Quando você dá prioridade a isso e mantém-se "aberto" para o novo, as demais coisas se ajustarão por si só: seus relacionamentos (família, amigos), suas obrigações (profissão, afazeres), seus bens e direitos materiais e todas as demais coisas menores que completam a vida. Mas, se você preencher sua vida somente com as coisas pequenas, então aquelas que são realmente importantes, nunca terão espaço em sua vida. Recomece. É uma boa sugestão. Esvazie seus vasos (mental, emocional) e comece a preenchê-los com as pedras grandes. "Ainda há tempo. Sempre é tempo de mudar as coisas." Aspectos ortográficos Quando nos comunicamos por meio da escrita, um dos primeiros cuidados que devemos ter é escrever corretamente as palavras. Todos nós temos dúvidas quanto à escrita de determinadas palavras. Essas dúvidas só podem ser minimizadas quando se ler bastante, exercita-se a redação e, acima de tudo, ao utilizar o dicionário. Pequenas diferenças na escrita podem causar grandes transtornos para a comunicação. Observe o caso dos verbos soar (emitir som) e suar (transpirar). O sino suou. (O sino transpirou). No calor, ele soa muito. (No calor ele emite muito som). A troca dos verbos nas frases acima resultou em expressões inadequadas, não foram transmitidas as mensagens pretendidas. Veja outro exemplo com as palavras despensa (lugar onde se guardam mantimentos) e dispensa (licença): Paulo sentiu-se mal e solicitou uma despensa ao diretor. ou seja: Paulo sentiu-se mal e solicitou um lugar onde se guardam mantimentos ao diretor. Coloque o saco de feijão na dispensa. ou seja: Coloque o saco de feijão na licença. Para não ocorrer o risco de se expressar de forma inadequada, observe sempre, com bastante atenção, como as palavras são escritas e, em caso de dúvida, não deixe de consultar o dicionário. Às vezes, é difícil estabelecer regras pelas quais se possa saber se uma palavra é escrita desta ou daquela maneira. Uso do H Como o H não é pronunciado, só com a prática e o dicionário você poderá se certificar se a palavra tem h inicial ou não. 1. O H aparece no início de certas palavras, mas desaparece nas que se formam a partir delas. humano desumano honrado desonrado habilitado desabilitado herdar deserdar homem lobisomem haver reaver 2. Nas palavras compostas, ligadas por hífen, em que o segundo elemento seja iniciado por H, este permanece. super-homem pré -história super-herói anti-higiênico mal-humor sobre-humano X ou CH? A letra X representa diversos sons: 1. xícara, abacaxi, caixa, enxugar, eixo, mexerica 2. texto, sexto, têxtil 3. próximo, auxílio 4. complexo, táxi, oxigênio 5. exame, exato, exercer É difícil estabelecer uma regra para o uso do X. Entretanto, pode-se dizer que, em geral, o X segue os ditongos ai, ei, au e as sílabas iniciais me ou en . Uso do S Verbos com radicais terminados em D, ND, RG, RT, PEL, CORR apresentam forma substantiva com S. Iludir – ilusão Evadir – evasão Decidir – decisão Distender – distensão Expandir – expansãoSuspender – suspensão Estender - extensão Pretender – pretensão Emergir – emersão Convergir - conversão Divertir – diversão Reverter – reversão Expelir – expulsão Repelir – repulsão Impelir – impulso Discorrer – discurso Percorrer – percurso Recorrer - recurso Uso do SS Também o dígrafo SS pode deixá-lo em dúvida. Não se esqueça de que ele só aparece entre vogais. Verbos com radicais terminados em CED, GRED, PRIM, METER, TIR apresentam forma substantiva com SS. Aceder – acesso Conceder – concessão Interceder – intercessão Ceder – cessão Exceder – excesso; excessivo Regredir – regressão Progredir – progresso Agredir – agressão Oprimir – opressão Suprimir – supressão Imprimir – impressão Exprimir – expressão Submeter – submissão Remeter – remessa Discutir – discussão Admitir – admissão Emitir - emissão Uso da Ç A correlação gráfica ter/tenção na formação de substantivos a partir de verbos: Abster – abstenção Conter – contenção Reter – retenção Ater – atenção Deter - detenção Emprego do hífen com prefixos – Regra básica - Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem. Outros casos: 1. Prefixo terminado em vogal: • Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo. • Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo. • Sem hífen diante de r e s, dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom. • Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas. 2. Prefixo terminado em consoante: • Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário. • Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico. • Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante. Observações: 1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade. 2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc. 3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc. 4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc. 5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc. 6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular. Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa Alfabeto Nova Regra Regra Antiga Como Será O alfabeto é agora formado por 26 letras O ‘K’, ‘W’ e ‘Y' não eram consideradas letras do nosso alfabeto Essas letras serão usadas em siglas, símbolos, nomes próprios, palavras estrangeiras e seus derivados. Exemplos: km, watt, Byron, byroniano Trema Nova Regra Regra Antiga Como Será Não existe mais o trema em língua portuguesa. Apenas em casos de nomes próprios e seus derivados, por exemplo: Müller, mülleriano agüentar, conseqüência, cinqüenta, qüinqüênio, freqüência, freqüente, eloqüência, eloqüente, argüição, delinqüir, pingüim, tranqüilo, lingüiça aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência, frequente. eloquência, eloquente, arguição, delinquir. pinguim, tranquilo, linguiça Acentuação Nova Regra Regra Antiga Como Será Ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados em palavras paroxítonas assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, panacéia, Coréia, hebréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico, paranóico assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia. panaceia, Coreia, hebreia, boia. paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranoico Obs. 1: nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis. Obs. 2: o acento no ditongo aberto 'eu' continua: chapéu, véu, céu, ilhéu. Nova Regra Regra Antiga Como Será O hiato 'oo' não é mais acentuado enjôo, vôo, corôo, perdôo, côo, rnôo, abençôo, povôo enjoo, voo, coroo, perdoo, coo. moo, abençoo, povoo O hiato 'ee' não é mais acentuado crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, revêem creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem Nova Regra Regra Antiga Como Será Não existe mais o acento diferencial em algumas palavras homógrafas pára (verbo), péla (substantivo e verbo). pêlo (substantivo), pêra (substantivo). péra (substantivo), pólo substantivo) para (verbo), pela (substantivo e verbo), pelo (substantivo), pera (substantivo), pera (substantivo), polo (substantivo) Obs.: 1:o acento diferencial ainda permanece no verbo 'poder’ (3* pessoa do pretérito perfeito do indicativo - 'pôde') e no verbo 'pôr' para diferenciar da preposição 'por’ ___________________________________________________________________________________ Obs.: 2: uso do acento agudo, para diferenciar a primeira pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação, da primeira primeira pessoa do presente tais como "louvámos" em oposição a "louvamos" e "amámos" em oposição a "amamos", Nova Regra Regra Antiga Como Será Não se acentua mais a letra 'u' nas formas verbais rizotônicas, quando precedido de 'g' ou 'q' e antes de 'e' ou ‘i’ (gue, que, gui, qui) argúi, apazigúe, averígúe, enxagúe, enxagúemos, obliqúe argui, apazigue, averigue, enxague, enxaguemos, oblique Não se acentua mais ‘i’ e 'u' tônicos em paroxítonas quando precedidos de ditongo baiúca, boiúna, cheiínho, saiínha, feiúra, feiúme baiuca, boiuna, cheiinho, saiinha. feiura, feiume Hífen Nova Regra Palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por ‘r’ ou ‘s’, sendo que essas devem ser dobrados. Regra Antiga Arqui-rivalidade, auto-sugestão, auto-regulamentação, contra-senso, contra-regra, contra-senha, extra-regimento, extra-sístole, extra-seco, infra-som, ultra-sonografia, semi-real, semi-sinético, supra-real, supra-sensível Como Será Arquirrivalidade, autossugestão, autorregulamentação, contrassenso, contrarregra, contrassenha, extrarregimento, extrassístole, extrasseco, infrassom, ultrassonografia, semirreal, semissinético, suprarreal, suprassensível Obs.: em prefixos terminados em ’r’, permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra. Ex.: hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente Nova Regra Regra Antiga Como Será O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por outra vogal auto-afirmação,auto-ajuda, auto-aprendizagem. auto-escola, auto-estrada. auto-instruçáo, conta-exemplo, contra-indicação, contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo- imperialista, semi-aberto, semi-árído semi-automático semi-embriagado, semi- obscuridade, supra-ocular, ultra-elevado autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrucâo, contraexemplo contraindicação. contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura. intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto,semiautomático, semiárido, semiembriagado, semiobscuridade, supraocular, ultraelevado Obs. 1: essa nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: antiaéreo, antiamericano, socioeconômico etc. Obs. 2: essa regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por ‘h’: - anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo etc. Nova Regra Regra Antiga Como Será Agora, utiliza-se hífen quando a palavra é formada por um prefixo (ou falso prefixo) terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal. antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário, antiimpenaiista, arquiinimigo, arquiirmandade, microondas, microônibus, microorgânico anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-inflacionário, anti- imperialista, arqui-inimigo, arqui-irmandade, micro-ondas, micro-orgânico Obs. 1: essa regra foi alterada por conta da regra anterior prefixo termina com vogal + palavra iniciada com vogal diferente - não tem hífen; prefixo terminado com vogal + palavra iniciada com mesma vogal - com hífen Obs. 2: uma exceção é o prefixo 'co'. Mesmo se a outra palavra inicia-se com a vogal 'o', NÃO se utiliza hífen. Nova Regra Regra Antiga Como Será Não usamos mais hífen em compostos que, pelo uso, perdeu-se a noção de composição manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista, pára-lama, pára-brisa, pára-choque, pára-vento mandachuva, paraquedas, paraquedista, paralama, parabrisa. parachoque, paravento Obs: o uso do hífen permanece em palavras compostas que não contém elemento de ligação e constitui unidade sintagmática e semântica, mantendo o acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi etc. Observações Gerais: O uso do hífen permanece Exemplos Em palavras formadas por prefixos 'ex', ‘vice', 'soto' ex-marido, vice-presidente, soto-mestre Em palavras formadas por prefixos 'circum' e 'pan' +palavras iniciadas em vogal, M ou N pan-americano, circum-navegação Em palavras formadas com prefixos 'pré', 'pró' e 'pós' + palavra que tem significado próprio pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação Em vocábulos formados pelas palavras 'além', 'aquém', ‘recém', 'sem' além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-nascidos, recém-casados, sem-número, sem-teto Não existe mais hífen Exemplos Exceções Em locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais) cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel, sala de jantar, cartão de visita, cor de vinho, à vontade, abaixo de, acerca de etc. água-de-colônia, arco-da-velha. cor-de-rosa, mais-que-perfeito. pé-de-meia, ao - deus-dará, à queima-roupa Existem várias transgressões no uso da língua portuguesa que são cometidas sem que as pessoas percebam. Conheça cinco pecados frequentes. Se você fala assim Fica melhor assim Por quê? 1- Ë um problema que deve ser resolvido a nível de família. É um problema que deve ser resolvido em família. A expressão a nível de não existe. A palavra nível deve ser usada para indicar altitude ou capacitação. 2- Gostaria de fazer uma colocação sobre o assunto. Gostaria de fazer uma observação. Você faz observações ou afirmações. 3- João será nosso elo de ligação com os novos clientes. Maria é minha amiga pessoal. João será nosso elo com os novos clientes. Maria é minha amiga. Elo só pode ser de ligação. assim como amiga só pode ser pessoal. 4-Você precisa ser respeitado enquanto cidadão. Você precisa ser respeitado como cidadão. Enquanto diz respeito a tempo. 5 - A medida anunciada pelo governo é perfeitamente legal. A medida anunciada pelo governo é legal. É ou não é. E o mesmo que dizer perfeitamente grávida. GUIA ORTOGRÁFICO • A nível de – expressão desgastada, mesmo nos casos em que cabe em nível de,recomenda-se evitar. Prefira: Isso só acontece em instância estadual. • Ao contrário/ diferentemente – ao contrário significa ao invés; exige oposição entre dois termos. Diferentemente não requer oposição entre termos. • Assistir – no sentido de presenciar, ver, é transitivo indireto: Muitas pessoas assistirão ao jogo. No sentido de prestar assistência, auxiliar, é transitivo direto: O governo assistiu os desabrigados. • Através – segundo os dicionários, o significado de através é físico ou temporal; O ladrão escapou através de um túnel. Estudou a literatura através dos séculos. Não use de maneira imprópria: A solicitação foi feita através de ofício. Prefira: A solicitação foi feita por intermédio de ofício. • Barato/ caro – O preço é baixo, e não barato; é alto, e não caro. Baratas ou caras são as mercadorias. Não variam quando advérbio, equivalentes a pouco/ muito. A prefeitura pagou um preço alto pela obra. O viaduto Ib Gato custou caro. • Dia a dia/ dia-a-dia – o primeiro significa diariamente; o segundo é substantivo e significa o correr dos dias, o cotidiano. • Colocação/ observação - colocação é preenchimento de vaga. Não diga: Vou fazer uma colocação. Prefira: Vou fazer uma observação. • Enquanto/ como - enquanto sugere idéia de tempo, é passageiro. Eu, enquanto servidor, cumpro minhas obrigações. Prefira: Eu, como servidor, cumpro minhas obrigações. • Este/ esse/ aquele – 1) Este - indica o que é da pessoa que fala ou que se encontra perto dela Ex.: Esta sala é arejada. Indica tempo presente. Ex.: Neste mês recebemos aumento. Indica o anúncio do que será dito ou explicado. Ex.: A proposta do governo é esta: liberar os precatórios urgentemente. Por fim, quando se citam dois elementos, usa-se este ou esta para retomar o último. A televisão e a internet são meios de comunicação, esta é mais recente e aquela mais abrangente. 2) Esse – indica o que é da pessoa com quem se fala ou que se encontra perto dela. Ex.: Esse livro é muito bom. Indica tempo passado. Ex.: Nesse mês não se registraram temperaturas elevadas. Indica retomada do que já foi dito. Ex.: O diretor solicitou o documento. Esse apresenta informações sigilosas. 3) Aquele – indica o que está distante tanto de quem fala como de com quem se fala. Ex.: De quem é aquele carro? Indica tempo muito distante. Naqueles dias, imaginava-se que a terra era quadrada. Quando se citam dois elementos, usa-se aquele ou aquela para retomar o primeiro. Ex.: O delegado interrogou Fulano e Sicrano. Este negou a participação no crime; aquele confirmou. • Infinitivo – Não há regras inequívocas. Leve em conta harmonia, clareza e eufonia. 1) Infinitivo pessoal com sujeitos diferentes. A flexão é obrigatória. Ex.: O governo fez o possível para os funcionários voltarem as suas atividades. 2) Infinitivo pessoal com sujeito igual. A flexão é facultativa, recomenda-se não flexionar. Eles preparam relatórios para esclarecer o fato. 3) Infinitivo regido por preposição e que funciona como complemento de substantivo, adjetivo ou verbo. Não se faz a flexão. Ex.: Foram proibidos de entrar./ Foram incumbidos de abrir a exposição./ Ele convenceu a população a mudar de opinião. 4) Verbo passivo, reflexivo ou pronominal. A flexão é obrigatória. Viviam juntos sem se reconhecerem. 5) Deixar, fazer, mandar, ouvir, sentir ou ver mais infinitivo. A flexão é facultativa. Ex.: Ouvi os pássaros cantar/ cantarem. Caso esses verbos apareçamacompanhados com pronome oblíquo, não flexione o infinitivo. Ex.: Deixe-os ficar. 6) Locução verbal. Não flexione o infinitivo. Ex.: Os governos querem investir no funcionalismo. • Intervir – conjuga-se como vir. Ex.: Eu intervim; A polícia interveio; Se nós interviéssemos. • Junto à – Não escreva: Ele entrou com recurso junto ao Tribunal de Justiça. Escreva: Ele entrou com recurso no Tribunal de Justiça. • Lesa/ leso – adjetivo que concorda em gênero e número com o substantivo ligado por hífen. Ex.: lesa-gramática. • Negar- esse verbo exige uso do subjuntivo na oração que o complementa. Ex.: O candidato negou que estivesse envolvido no caso/ nega que esteja envolvido... • Nenhum/ Nem um – nenhum é contrário de algum, de pelo menos um: Nenhum documento apresentava a verdadeira prestação de contas. Nem um equivale a nem um sequer, nem um único: Nem um recibo era autêntico. • Pleonasmo – é o uso de termos redundantes. Não escreva: elo de ligação; criar novas oportunidades; acabamento final; há dez anos atrás; conviver juntos; erário público; ganhe grátis; planos para o futuro; inaugurar novas ...; habitat natural; todos são unânimes; já não funciona mais; lançar um novo modelo etc. • Tempos verbais – é fundamental levar em conta as regras de correlação: 1) Só na hora de entregar o relatório, ele percebeu que não o assinou. A forma assinou está errada deveria ser trocada por assinara. A assinatura é anterior à percepção. 2) O que o senhor faria se ela desistir do projeto? O futuro do pretérito exige o pretérito imperfeito do subjuntivo. Para empregar desistir – futuro do subjuntivo, é necessário anteriormente usar fará (futuro do presente do indicativo). 3) O fabricante anunciou que todos os produtos seriam recolhidos. Essa frase pode significar que: a) há recolhimento dos produtos após o anúncio; b) não houve recolhimento. Se há ação de recolher, prefira o futuro do presente. • Todo/ todos – sem artigo posposto significa qualquer. Ex.: Todo homem é mortal. Seguido de artigo, significa inteiro. Haverá auditoria em todas as secretarias. Pontuação Conta-se que viveu, em época bastante remota, uma mulher que se especializou em prever o sucesso ou insucesso dos soldados que partiram para as guerras, tão frequentes naquele país. Em pouco tempo enriqueceu, pois cobrava a bom preço as consultas. Mesmo rica, nunca deixou de atender às enormes filas que se formavam diante de sua casa tão logo se ouvia a notícia de uma guerra. Cada cliente era levado por vez a uma sala de pouca luz, onde havia uma bola de cristal bem no centro de uma mesa redonda. A mulher, depois de receber pela consulta, fechava os olhos já concentrada, passava as mãos demoradamente na superfície da bola e minutos depois dava ao angustiado cliente a resposta que lhe foi inspirada. Essa resposta, porém, não era falada. Consistia num pedaço de papel dobrado que só poderia ser aberto ao meio-dia e à luz direta do Sol. O guerreiro tinha, portanto, que aguardar por mais tempo a tão desejada resposta. Ao desdobrar o papel, encontrava esta mensagem: IRÁS VOLTARÁS NUNCA PERECERÁS Passada a guerra, muitos voltavam à casa da adivinha para elogiar a previsão e agradecer. A estes ela dizia: _ Não há o que agradecer. O sucesso foi revelado pela bola de cristal nesta resposta: Irás. Voltarás. Nunca perecerás. Outros sucumbiam na guerra, e os familiares chorosos vinham reclamar o erro da previsão. A mulher lhes dizia: _ Não há o que reclamar. O insucesso foi revelado pela bola de cristal nesta resposta: Irás. Voltarás nunca. Perecerás. E assim a mulher provava que as previsões estavam sempre certas, não lhe cabendo culpa se os clientes entendiam mal o bilhete. Essa história é um exemplo claro de que a pontuação é um assunto muito importante, pois sua ausência ou o mau emprego pode tornar a frase sem sentido ou dar-lhe sentido diferente do que pretendemos dar. SOBRE PERÍODOS 1. Diferença entre oração causal e oração explicativa A grande diferença entre as orações causais e as orações explicativas está em que aquelas indicam a causa de um efeito exposto na oração principal; estas não exprimem tal relação, ou seja o de causa e efeito. Ex.: O gestor foi exonerado porque cometeu algumas irregularidades. As notas fiscais não estavam de acordo com os serviços, porque as máquinas continuavam sem funcionar. Na primeira frase temos oração causal: primeiro ele cometeu irregularidades (causa); depois vem o efeito: ele é exonerado. Na segunda frase, temos oração explicativa: o fato de as máquinas continuarem sem funcionar jamais será causa de as notas fiscais não estarem de acordo com os serviços, porque não ocorre primeiro um fato que o outro, necessariamente. 2. A conjunção e se presta, às vezes numa mesma frase, há duas interpretações. Foi realizada a investigação e cumpridos os trâmites da lei. Se a intenção é afirmar a realização e o cumprimento dos trâmites da lei, temos uma conjunção aditiva, a exemplo de Saí e diverti-me. Se, por outro lado, o propósito é afirmar que o fato de se investigar é essencial para a ocorrência do fato enunciado na segunda oração, a conjunção se reveste de caráter conclusivo, equivalendo a logo, por isso, por conseguinte: Foi realizada a investigação, logo cumpridos os trâmites da lei. SOBRE CONCORDÂNCIA 1) Um milhão, um bilhão, um trilhão etc. exigem o verbo no singular, como nomes coletivos que são. Ex.: Um milhão de reais foi gasto à toa nessa obra. Um bilhão de pessoas vive na Índia. Usada a conjunção, seguida de número determinado e inteiro, contudo, o verbo vai para o plural. Ex.: Um milhão e quinhentos mil reais foram gastos à toa nessa obra. Mais de um bilhão e cem mil pessoas vivem na Índia. Muitos usam o verbo no plural com milhão, bilhão, trilhão etc., ao levar em consideração a ideia que tais nomes representam sem atentarem para o número em que se encontram (singular). Um nome coletivo apenas dá ideia de pluralidade, sem necessariamente exigir o plural. Ex.: O exército alemão é brioso. A fauna brasileira é riquíssima. Tonelada, também nome coletivo, exige verbo no singular: Uma tonelada de grãos foi perdida. Uma tonelada de caixas de manga foi exportada. Se no sujeito aparece a conjunção e, não seguida de número determinado e inteiro, o verbo continua no singular: Uma tonelada e meia de grãos foi perdida. Uma tonelada e pouco de grãos foi perdida. Se os números são determinados e inteiros, porém, o verbo no plural é obrigatório: Uma tonelada e duzentos quilos de grãos foram perdidos. Uma tonelada e cem quilos de papel estão estragados. 2) Quando um coletivo seguido de nome no plural antecede o pronome relativo que, faculta-se a concordância (com o coletivo ou com o nome). Ex.: O diretor fez referência à série de irregularidades que aconteceu (aconteceram) ali. Foi um bando de cafajestes que depredou (ou depredaram) a casa. Ninguém sabia dar resposta a uma série de perguntas que foi feita (ou foram feitas). 3) Mais de um exige o plural quando o verbo exprime reciprocidade de ação ou, então, quando se lhe segue um coletivo com nome no plural. Ex.: Mais de um jogador se cumprimentaram após o jogo. Mais de uma pessoa se abraçaram emocionadas. Mais de um bilhão de pessoas no mundo não sabem ler. Mais de um cardume de piranhas nos atacaram. 4) Quando a tais expressões se segue um número percentual, a concordância com este é obrigatória. Ex.: Mais de 1% da produção foi perdido. Menos de 80% da produção foram perdidos. 5) O uso do verbo no singular com a expressão pura e simples um dos que é, na língua contemporânea, absolutamente inaceitável. Quando a expressão um dos que vem entremeadade substantivo, o verbo pode: 1) ficar no singular obrigatoriamente. Ex.: O Tietê é um dos rios paulistas que atravessa o Estado de São Paulo. Neste caso, o uso do singular é de rigor, porque o verbo se refere a um só ser, e não a mais do que um: dos rios paulistas, o Tietê é um que atravessa o Estado de São Paulo, aliás, o único, já que não existe outro que o faça. Outro exemplo: O Sol é um dos astros que dá luz e calor à Terra. Também aqui só cabe o uso do verbo no singular, porque a referência verbal se faz a um se ser: dos astros, o Sol é um (o único) que dá luz e calor à Terra; nenhum outro astro o faz. 2) ir ao plural. Ex.: O Tietê é um dos rios paulistas que estão poluídos. Aqui cabe o uso do plural, porque a referência verbal se faz a dois ou mais seres, e não apenas a um; dos rios paulistas que estão poluídos, o Tietê é um deles, não o único Outro exemplo: 3) ficar no singular, ou ir ao plural, dependendo do sentido que se queira dar à frase. Ex.: Contrato é um dos itens que merece/merecem maior atenção. O verbo ficará no singular se, dos itens, contrato for o que mais merece atenção; se, porém, dos itens, contrato foi apenas um, o verbo irá ao plural. Este é um caso, como se vê, opinativo. Regência verbal Deve-se ter cuidado especial ao empregar alguns verbos, pois dependendo da regência, eles podem até apresentar significados diferentes. Confira algumas situações: atender • transitivo direto ou indireto — acolher com atenção, acatar: A recepcionista atendeu o cliente. Ela atendeu ao meu pedido. • transitivo indireto — considerar, servir, dar atendimento: O secretário atendeu aos pedidos dos servidores. Este computador não atende às necessidades do setor. chamar • transitivo direto — convocar: O juiz chamou o réu. • transitivo direto ou transitivo indireto — denominar, apelidar [admite mais de uma construção: geralmente vem acompanhado de predicativo do objeto, preposicionado ou não]: Chamou-o covarde, [transitivo direto] Chamou-lhe covarde, [transitivo indireto] Chamou-o de covarde, [transitivo direto] Chamou-lhe de covarde, [transitivo indireto] • transitivo indireto — invocar [seguido da preposição por]: Chamou por Deus naquele momento difícil. chegar • intransitivo e transitivo indireto — atingir data ou local: Chegou poucos minutos adiantada, [intransitivo] Chegou ao aeroporto atrasada, [transitivo indireto] • transitivo direto e indireto — aproximar; Cheguei-me a ele. esquecer • transitivo direto [não pronominal] ou transitivo indireto [pronominal] — não ter lembrança ou memória [admite as duas regências]: Ele esqueceu o dinheiro, [transitivo direto] Ele esqueceu-se do dinheiro, [transitivo indireto] • Atenção • O pronome pessoal átono se, conjugado com o verbo, não tem função de objeto. informar • transitivo direto e indireto — dar esclarecimentos [pode ser transitivo direto para pessoa e transitivo indireto para coisa, ou vice-versa]: Informei-o sobre o curso, [objeto direto pessoa, objeto indireto coisa] Informei-lhe o curso, [objeto direto coisa, objeto indireto pessoa] • transitivo indireto [pronominal] — inteirar-se, pôr a par: Informou-se das mudanças logo cedo. precisar • transitivo direto — indicar com certeza: Ele precisou o lugar do encontro. • transitivo indireto — ter necessidade: Os presos precisam de melhores condições de tratamento. preferir • transitivo direto — ter preferência [sem sugerir a escolha]: O menino preferia chocolate. • transitivo direto e indireto — ter preferência [sugerindo a escolha]: O menino prefere chocolate a doce de leite. •Atenção • O verbo preferir não admite este tipo de construção: preferia mais vinho do que cerveja. O correto é: preferia vinho à cerveja. visar • transitivo direto — apontar ou pôr o visto: O homem visou o pássaro. A professora visa os cadernos. • transitivo indireto — desejar, pretender: Todos visam ao reconhecimento de seus esforços. Leila Lauar Sarmento – Gramática em Textos - 2005 CUIDADOS ESPECÍFICOS NA CONTRUÇÃO DO TEXTO 1. Frases fragmentadas – consiste em pontuar inadequadamente a frase. Nunca interrompa seu pensamento antes de pronomes relativos, gerúndio, conjunções subordinativas. Ex.: Os profissionais passam a produzir mais. Depois da realização de treinamento. 2. Vícios de raciocínio – ocorre devido à falta de coerência discursiva. 2.1 – Tautologia: há repetição informativa, embora de forma diferente. Ex.: O medicamento não fez efeito porque não ela continua febril. 2.2 – Conclusão não decorrente. Ex.: O acidente ocorreu devido às fortes chuvas que caíram na noite anterior. 2.3 – Generalização falsa. Ex.: Como a rodovia se encontra em péssimo estado de conservação, esse tipo de acidente acontece com todos os usuários que trafegam pela mesma. 3. Paralelismo – consiste em apresentar ideias similares numa forma gramatical idêntica. 3.1 – Verbo no infinitivo + verbo flexionado. Ex.: O diretor pediu para analisar o documento e que o encaminhassem aos demais setores. 3.2 – Substantivos + orações Ex.: O funcionário demonstrou determinação e ser hábil em suas atribuições. 4. Ambigüidade – consiste na possibilidade de mais de uma interpretação. Ex.: O Ministro comunicou a seu secretariado que ele seria exonerado. Certo: O Ministro comunicou a exoneração dele ao seu secretariado. 5. Exatidão de ideias – proveniente da substituição de termos genéricos por formas mais específicas. Ex.: Há servidores que fazem coisas imperdoáveis. (apresentam atitudes) 6. Locuções verbais – prefira concentrar-se no verbo principal. Ex.: Os diretores haviam concebido autorização para realizar o evento. (conceberam) 7. Gerundismo – o gerúndio indica continuidade, evite usá-lo de forma desnecessária. Ex.: O prefeito deve estar promovendo capacitação para todos os funcionários. (promoverá) 8. Ausência de opiniões particulares – o texto administrativo deve apresentar caráter impessoal, evite seu julgamento. Ex.: Sugiro que o processo seja encaminhado ao Ministério Público. (Encaminhe- se o processo ao Ministério Público) 9. Uso de conectores – empregar corretamente conjunções, pronomes relativos e demonstrativos como retomadores textuais. Ex.: O Município em que moro fica próximo da capital. (onde) ELEMENTOS DE COESÃO TEXTUAL IDEIAS PALAVRAS EXPRESSÕES Adição e, nem e não, não só...mas também, tanto...como, não apenas...como Alternância ou ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja Causa porque, pois, porquanto, que dado, visto, por, como devido a, graças a, por causa de, em vista de, em face de, já que, visto que, uma vez que, em razão de, em virtude de, dado que Comparação como, qual tal como, assim como, do mesmo modo que, como se Condição se, caso, sem, salvo, mediante a menos que, contanto que, exceto se, a não ser que Conformidade como, conforme, consoante segundo em conformidade com, de acordo com Consequência imprevista tão, tal, tanto, tamanho... que de modo que, de forma que, de sorte que, de maneira que, tanto que Consequência lógica assim, logo, pois, portanto por seguinte, assim sendo Finalidade para, porque, que para que, a fim de que, a fim de, com o fito de, com intenção de, com o propósito de, com o intuito de Oposição embora, conquanto muito embora, apesar de, não obstante, a despeito de, sem embargo de, mesmo que, ainda que, em que pese, posto que, se bem que, por muito que, por mais que Oposição/Adversidademas, porém, contudo, todavia, entretanto no entanto Proporção à proporção que, à medida que Restrição que (pronome relativo) Tempo quando, enquanto, apenas, ao, mal antes que, logo que, sempre que, assim que, depois que, desde que, toda vez que, cada vez que Características do Bom Redator 1- Seguro: pois precisa manipular bem os dados disponíveis para expor as ideias de forma adequada com clareza e correção. 2- Eficiente: pois precisa expressar o objetivo estabelecido e obter como resposta a ação pretendida. 3- Criativo: pois precisa encontrar fórmulas que diferenciem seu trabalho de outros para ser recebido e analisado com maior interesse. Características Gerais da Redação Oficial � Impessoalidade O tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos próprios das comunicações oficiais decorre: a) da necessária ausência de impressões individuais de quem comunica: é sempre em nome do Serviço Público que é feita a comunicação; b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação: o destinatário deve ser concebido, geralmente, de forma homogênea e impessoal; c) do caráter impessoal do assunto tratado: o tema as comunicações oficiais é, basicamente, assunto relativo às atribuições do órgão de onde parte a comunicação. � Clareza Deve ser a qualidade básica de todo o texto oficial, busca possibilitar imediata compreensão pelo leitor. Um texto claro depende da organização do pensamento e do processo de redação. Consequentemente, o autor deve expressar a totalidade de sua ideia a partir da mensagem central do documento, mediante encadeamento lógico. � Concisão É a característica de transmitir o máximo de informações com um mínimo de palavras, fazendo desaparecer do texto os excessos linguísticos que nada acrescentam a essas informações. Para se produzir um texto conciso é necessário: • ter o conhecimento do assunto sobre o qual se escreve; • eliminar palavras inúteis, redundâncias e passagens que nada acrescentam ao que foi dito; • manter o emprego cuidadoso de adjetivos, sem exageros; • evitar construções longas de frases e parágrafos; e • revisar o texto para eliminar o que há de prolixo, corrigir eventuais erros e cortar palavras desnecessárias, � Padrão Culto da Língua Além do caráter impessoal e da importância da clareza e concisão, o texto oficial requer também o uso de um vocabulário adequado e acessível a todos, além do emprego das regras da gramática formal, em respeito ao padrão culto da língua. Sugestões de simplificação 1. Levamos ao seu conhecimento Prefira: Comunica-se Verifique, porém, se você precisa, mesmo, utilizar o verbo comunicar. Veja: O Setor de Recursos Humanos leva ao seu conhecimento que a partir de 3-1- Comunica-se que, a partir de 3-1- A partir de 3-1- 2. Limitados ao exposto Se você está limitado, não avise seu leitor: termine, simplesmente, com um atenciosamente ou respeitosamente. 3. O corrente mês Coloque o nome do mês ou dia com a data. 4. Outrossim Você diz, outrossim? Então, não escreva. Outrossim, é um advérbio que significa igualmente. Por que você não usa ainda, também? São mais comuns e dão o significado que você quer. 5. Passo às suas mãos Expressão desnecessária! 6. Pedimos Prefira: Solicita-se é um verbo mais expressivo. 7. Pela presente Só pode ser pela presente. 8. Por oportuno julgamos Evite o seu julgamento. Seja mais impessoal. 9. Seguem anexos Prefira: Seguem ou anexos. 10. Com o propósito de Prefira: Para/a fim de. 11. Conforme foi dito acima Se já dissemos, por que repetir e ainda avisar que estamos repetindo? 12. Conforme acordado Substitua por: de acordo com/segundo 13. Diante do exposto Expressão desnecessária 14. Conforme assunto em epígrafe Você fala em epígrafe? É um termo muito antigo! Prefira: em referência, acima etc. 15. Em anexo A construção é errada. A palavra anexo é um adjetivo: portanto, concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere. Veja: Anexo: Recibo n.° 3.450 para seu controle e arquivo. Anexa: Certidão de casamento, solicitada por V.Sas. É errada, portanto, a expressão Em anexo. Anexo vem do latim annexu que quer dizer junto com. Quando você utiliza em anexo está dizendo "em junto com". O que é Redação Oficial? É o modo uniforme de redigir atos normativos e comunicações oficiais em que o comunicador é sempre o Serviço Público e o destinatário é o público, o cidadão ou outro órgão público, de forma interna ou externa. Quais são as partes do documento no Padrão Ofício? a) Tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede. Ex.: Ofício 12/2008 – Iteral Memo 15/2008 – RH b) Local e data, por extenso, com alinhamento à direita. c) Assunto – de forma substantivada, é o resumo do documento. Ex.: Análise do Novo Acordo Ortográfico. d) Destinatário – nome e cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação. No ofício, deve ser incluído o endereço. e) Texto – deverá apresentar impessoalidade, clareza, concisão e linguagem padrão culta; o expediente deve conter a seguinte estrutura: • Introdução – justificativa do expediente. • Desenvolvimento – detalhamento do assunto. • Conclusão – reafirma ou apresenta o posicionamento diante do assunto. Obs.: Os parágrafos devem ser numerados, exceto em casos em que estes estejam organizados em itens. Como diagramar o documento? a) campo destinado à margem lateral esquerda – 3,0 cm; b) campo destinado à margem lateral direita – 1,5 cm; c) o brasão, de forma centralizada, a 1,5 cm da borda superior da folha – seguido do cabeçalho; d) nome, número e setor do expediente a 5,0 cm da borda superior da folha alinhados à esquerda; e) local e data à direita a 6,0 cm da borda superior da folha; f) início de parágrafo – 5,5 cm da borda esquerda da folha; g) caso haja necessidade de usar mais de uma página, a última linha deve estar a 2,0 cm da borda inferior. Porém, não deixe uma folha apenas com o fecho, leve o último parágrafo; h) a partir da segunda página, o texto deverá iniciar a 3,5 cm da borda superior da folha; a numeração da página, o nome, número e setor do expediente devem estar alinhados à direita a 1,0 cm da borda superior da folha (Fl. 2 do Ofício 12/2008 – Iteral ). i) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto geral, 11 nas citações e 10 nas notas de rodapé, de forma justificada; j) do nome do expediente para o destinatário – 3,0 cm; l) do destinatário para o assunto – 2,0 cm; m) do assunto para o vocativo – 1,5 cm; n) do vocativo para o início do texto – 1,5 cm; o) no corpo do texto deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor de texto não comportar tal recurso, de uma linha em branco; p) a assinatura deverá ficar – 1,5 cm do fecho. EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO Vossa Excelência, para as seguintes autoridades: a) do Poder Executivo; Presidente da República; Vice-Presidente da República; Ministros de Estado; Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais-Generais das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Prefeitos Municipais. b) do Poder Legislativo: Deputados Federais e Senadores; Ministro do Tribunal de Contas da União; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. c) do Poder Judiciário: Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais; Juízes; e, Auditores da Justiça Militar. QUADRO DE EXPEDIENTES USADOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FLUXO HIERÁRQUICO DEFINIÇÃO CARACTERÍSTICASOFÍCIO Correspondência oficial de caráter externo, com fins de informação diversos sobre assuntos oficiais da competência de quem a envia. Correspondência externa utilizada entre órgãos públicos de administração direta ou indireta. MEMORANDO OU CI Comunicação interna utilizada para situações simples e frequentes da atividade administrativa em geral. Correspondência interna. Linguagem simples e breve usada em órgãos públicos e empresas privadas. CIRCULAR Informação de circulação interna destinada aos setores interessados. Constitui um aviso, porém com responsabilidade, quanto ao cumprimento. O desconhecimento implica responsabilidade. Correspondência interna multidirecional: mesma mensagem, vários destinatários, subordinados ao remetente. RELATÓRIO Histórico ou relato de assunto específico, ocorrências ou serviços executados. Relatórios podem ser periódicos ou eventuais e podem conter anexos, constando de gráficos, quadros, mapas. CARTA Documento semi-oficial que serve para se responder a uma cortesia, fazer uma solicitação, convite, agradecimento. Tem caráter impessoal (quem assina, responde pela firma ou órgão.) Correspondência externa. Linguagem formal usada, entre empresas privadas ou de órgãos públicos para empresas privadas. 1,5 cm 1,5 cm 5,5 cm 3 cm 3 cm 1,5 cm Ofício nº XX/2008 – Seplan/IC Maceió, XX de maio de 2008. A Sua Excelência o Senhor XXXXXXXXXXXXXXXXXXX Prefeito de tal lugar Rua XXXXXXXX, nº XX 57000-000 XXXXXXXX-AL Assunto: Treinamento e capacitação de servidores. Senhor Prefeito, 1. O Governo do Estado de Alagoas, por intermédio da Secretaria Executiva de Planejamento e Orçamento e em parceria com o Instituto Brasileiro de Municipalismo, Cidadania e Gestão realizará nos dias XX, XX e XX do mês XXXXXXX de XXXX, na cidade de XXXXXX, o XXX Módulo do Projeto Escola de Administração Municipal, o qual tem como objetivo treinar e aperfeiçoar servidores das prefeituras e câmaras de vereadores. 2. Na ocasião serão realizados treinamentos nas áreas de licitações e contratos, convênios e consórcios, e redação oficial para os poderes municipais, que obedecerão à programação anexa. Serão destinadas duas vagas, em cada curso, para os servidores dessa prefeitura, os quais deverão preencher as fichas de inscrição também anexas. 3. É importante ressaltar que a participação nesse evento contribuirá para o melhor preparo técnico-profissional das equipes das prefeituras e Câmaras Municipais e, assim, melhorar a qualidade dos serviços prestados à comunidade em geral. Atenciosamente, Márcio Pinto de Araújo Secretário de Planejamento e Orçamento 1,5 cm 1,5 cm 5 cm 1,5 cm 3 cm 2 cm 1,5 cm 1,5 cm 1,5 cm 5,5 cm 3 cm 3 cm 1,5 cm Memo nº XX/2008 / RH Maceió, XX de maio de 2008. Ao Senhor Presidente do Iteral Assunto: Treinamento e capacitação de servidores. 1. O Setor de Recursos Humanos solicita de vossa senhoria que seja realizado um treinamento com os servidores deste Instituto com o objetivo de reestruturar as atividades executadas por esse Órgão, assim como elaborar um projeto estratégico que possa contribuir de forma significativa para fazer fluir as atividades administrativas, o evento acontecerá no dia 16 de maio de 2008, visto que se encontram na ocasião todos os diretores setoriais na sede. 2. Na ocasião serão realizadas palestras nas áreas de: Relacionamento Interpessoal; Redação Administrativa; Fundamentos Técnico-agrícolas. 3. O envolvimento de toda equipe proporcionará mais eficácia e objetividade nos trabalhos realizados pelo Órgão, assim como, ampliará a qualidade dos serviços prestados à comunidade em geral. Atenciosamente, Nome do gestor Diretora de Recursos Humanos 1,5 cm 1,5 cm 3 cm 2 cm
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