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PROJETO DE ENSINO 2016

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nome do(s) autor(es) em ordem alfabética
AURENIVIA ALMEIDA DE JESUS DO CARMO
construindo a alfabetização a PArtir do brincar
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Pedagogo.
Orientador: Prof. Okçana Battini
CARMO, Aurenivia Almeida de Jesus do. Construindo a Alfabetização a partir do Brincar. 2015. Número total de folhas 24. Projeto de Ensino (Graduação em Pedagogia) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Ibotirama, 2015.
RESUMO
A pesquisa realizada tem como objetivo refletir sobre a utilização de jogos no processo de alfabetização. Assim, foi destacada a presença dos jogos e brincadeiras em diferentes épocas analisando-os no contexto social e cultural de cada sociedade. Será elencada também a importância da interação por meio das brincadeiras bem como do desenvolvimento cognitivo de nossos alunos que vivem brincando por natureza. É reforçada a ideia de que os educadores devem conceber essa ferramenta para melhor trabalho em sala desde que se tenha um conhecimento do efeito que determinado brinquedo trará para os educandos. A alfabetização neste presente instrumento é fundamental a partir dos jogos que impõem regras, ensina a se organizar e viver melhor em sociedade. Então a contribuição de autores como Piaget, Vygotsky, Pestalozzi, Kramer serão de grande importância para nortear o projeto. 
Palavras-chave: Educação Infantil. Jogos. Brincadeiras. Conhecimento. Transformação.
SUMÁRIO
1. Introdução.....................................................................................................05
2 Revisão Bibliográfica ....................................................................................07
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino....................................16
3.1Tema e linha de pesquisa............................................................................16
3.2 Justificativa.................................................................................................16
3.3 Problematização.........................................................................................16
3.4 Objetivos.....................................................................................................17
3.5 Conteúdos...................................................................................................18
3.6 Processo de desenvolvimento....................................................................18
3.7 Tempo para a realização do projeto...........................................................19
3.8 Recursos humanos e materiais..................................................................20
3.9 Avaliação....................................................................................................20
4 Considerações Finais....................................................................................21
5 Referências...................................................................................................23
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INTRODUÇÃO
O objetivo de falar sobre a importância do brincar na educação infantil foi pelo fato de perceber que na grande maioria das escolas esta prática não é utilizada, sendo que o universo infantil é feito a partir do brincar. As crianças a todo tempo estão exercendo esta atividade, seja em casa, na rua, e inclusive na escola, mas apenas nos horários de recreio ou como algo que deve ser para o fim da aula.
Dessa forma, demonstrar a relevância das atividades lúdicas nos espaços de educação infantil é fundamental para ajudar na construção da alfabetização de nossas crianças, pois elas adoram o momento em que o professor conta uma historinha, quando as leva para o pátio da escola para brincar, quando cantam músicas, jogos, etc.
Então, o presente instrumento tem como meta incentivar os profissionais de educação a utilizarem as atividades lúdicas nas salas de aula como ferramenta para o processo de alfabetização, onde o aluno é visto como um ser que tem seu mundo diferente do adulto que precisa ser dada atenção da parte daqueles que os rodeiam.
Assim, serão trabalhados conteúdos com diversos tipos de jogos e brincadeiras a fim de despertar nas crianças o interesse pelo aprender, pela leitura e escrita, bem como da promoção de laços afetivos de amizade e respeito com os demais.
As atividades serão desenvolvidas primordialmente a partir da análise do professor acerca da riqueza dos jogos e brincadeiras para os educandos. Em seguida com os alunos haverá a utilização de estratégias lúdicas que devem discutidas previamente com os alunos para em seguida atingir os objetivos propostos.
O projeto terá a duração de uma semana, sendo que em cada dia serão utilizadas diversas atividades (jogos da cultura local- que os alunos praticam em casa ou na rua, jogos criados por eles, levados por o professor, jogos ou brincadeiras que envolvem musicalidade). Contará com a utilização de brinquedos da escola, e também de recursos como televisão, data show, pen drive, além de contar com a participação ativa de toda e equipe escolar. Assim a avaliação será de acordo o desenvolvimento das crianças nas atividades e todo o projeto terá como referência as ideias de grandes autores como Vygotsky, Ângela Borba, Sônia Kramer, entre outros, que compreendem que o brincar faz parte do modo de viver infantil e que se pode trabalhar com este recurso para que nossas crianças se desenvolvam significativamente exercendo assim, sua cidadania. 
 Ao longo dos anos, muitas dificuldades surgiram na educação brasileira, assim, os educadores foram levados a promover meios e técnicas diferentes de ensino e cada vez mais ousadas no sentido de incentivar a aprendizagem do aluno.
 A dificuldade de aprendizado não esta relacionada a uma única classe social: ela esta presente nos mais variados níveis sociais e econômicos e em todo o país. Não é um problema que atinge a uma determinada pessoa, é uma dificuldade que aflige a todos, e, portanto, algo que deve ser constantemente estudado no sentido de amenizar as dificuldades enfrentadas pelos educadores. Desta maneira, os professores buscam promover a maior satisfação dos educandos e o interesse pela aprendizagem através de jogos e brincadeiras educativas, pois, a aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo conteúdo é incorporado às estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significado para ele a partir da relação com seu conhecimento prévio para não se tornar mecânica ou repetitiva. Assim, abordaremos o processo de aprendizagem, relatando de forma breve sobre a ludicidade como uma proposta facilitadora de aprendizagem, apresentando sua importância e sua colaboração no processo de aprendizagem do aluno, bem como, para o desenvolvimento geral dos seres humanos.
 
Revisão Bibliográfica
O BRINCAR: ANÁLISE HISTÓRICA
Analisando historicamente a prática do Brincar é possível perceber que está relacionada ao contexto infantil desde os primórdios transformando-se histórica, cultural e socialmente no decorrer dos tempos até se acentuar hoje como fundamental na educação.
De acordo os estudos de Wajskop (2007), a brincadeira, desde a antiguidade, eram utilizados como um instrumento para o ensino, contudo, somente depois que se rompeu o pensamento românico passou-se a valorizar a importância do brincar. Antigamente as brincadeiras eram vistas como insignificantes relacionadas ao desinteresse pelo trabalho e por tudo que fosse produtivo. Na Idade Média, a igreja considerava o jogo como algo profano e por esse motivo na educação aconteceu um retrocesso, em relação ao lúdico. As crianças nesse período eram vistas como adulto em miniatura, pois executavam as mesmas atividades dos adultos e assim a criança não tinha um tratamento diferenciadode acordo a sua condição, elas deviam estar preparadas para exercer sua condição de trabalhadoras naquela sociedade. 
No Egito e na Grécia, até mesmo os adultos brincavam, isto é, toda a família fazia parte desse ato de brincar, na educação, no fato de ensinar os ofícios e as artes para as crianças. O primeiro a demonstrar interesse pelo estudo do lúdico foi Platão, que aponta a importância dos jogos no desenvolvimento da aprendizagem das crianças, principalmente nas áreas exatas. 
Foi aproximadamente entre os séculos XVII e XVIII que se fez uma diferenciação entre a fase adulta e a fase da infância. Apareceram então novos conceitos a respeito do crescimento da criança, valorizando as características essenciais da infância. 
Alguns teóricos como Pestalozzi, Dewey, Rousseau, Fröebel e Montessori, trouxeram muitas contribuições para a educação em relação ao uso do jogo para as crianças em idade escolar. 
Na contemporaneidade, a partir dos estudos de Philippe Ariès e Bernard Charlot, a ideia de infância passa a ser entendida de maneira histórica ideológica e cultural, demonstrando a importância das brincadeiras.
Podemos citar também duas interferências importantes para a educação, que são Vygotsky e Piaget com novas contribuições científicas, dando muito mais ênfase na aprendizagem. Vygotsky acredita em uma função importantíssima do faz-de-conta, do jogo que é a parte pedagógica. Já Piaget dá um sentido mais amplo para o jogo em seus estudos. 
Segundo Kramer (2007, p.15):
“Crianças são sujeitos sociais e históricos, marcadas, portanto, pelas contradições das sociedades em que estão inseridas. A criança não se resume a ser alguém que não é, mas que se tornará (adulto, no dia em que deixar de ser criança). Reconhecemos o que é específico da infância: seu poder de imaginação, a fantasia, a criação, a brincadeira entendida como experiência de cultura. Crianças são cidadãs, pessoas detentoras de direitos, que produzem cultura e são nela produzidas. Esse modo de ver as crianças favorece entendê-las e também ver o mundo a partir do seu ponto de vista. A infância, mais que estágio, é categoria da história: existe uma história humana porque o homem tem infância”.
Sendo assim, percebemos que as brincadeiras estão presentes na vida das crianças de diferentes formas em diferentes épocas fazendo parte da cultura de diferentes povos. O ato de brincar surge da relação da criança com o adulto desde o seu nascimento e sua interação no contexto familiar desenvolvendo experiência social, cultural, histórica e cognitiva predominante na fase infantil como aponta Sarmento (2003, apud CARVALHO, 2007), a pesquisa do contexto infantil nos faz perceber que as crianças desenvolvem suas habilidades e conhecimentos a partir da sua vivência com os outros e com os objetos ao seu redor.
Segundo Carvalho (2007, p.3):
As culturas infantis são constituídas por um conjunto de formas, significados, objetos, artefatos que conferem modos de compreensão simbólica sobre o mundo. Ou seja, brinquedos, brincadeiras, músicas e histórias que expressam o olhar infantil, olhar construído no processo histórico de diferenciação do adulto. Os brinquedos e brincadeiras elaborados e vivenciados pelas crianças ao longo da história da humanidade são, portanto, objeto de estudo que surgem à medida que entendemos a infância como categoria geracional sociologicamente instituída e produtora de uma cultura própria.
De acordo essa ideia fica claro que tratar nossas crianças como cidadãs, de acordo seu mundo particular com seus desejos e anseios diferentes dos adultos, é favorável para que se construa adultos pensantes e livres. Lembrando que todas as crianças, independente de sua classe, devem usufruir destes direitos, pois é muito comum em nossa sociedade assistirmos situações onde os pequenos (principalmente os menos favorecidos) são vítimas da exploração sexual, do trabalho, da falta de educação familiar e escolar, etc. o que acaba impedindo que elas exerçam sua condição de cidadão infantil.
Segundo Kramer (2007, p.15):
“Numa sociedade desigual, as crianças desempenham, nos diversos contextos, papéis diferentes. A ideia de infância moderna foi universalizada com base em um padrão de crianças das classes médias, a partir de critérios de idade e de dependência do adulto, característicos de sua inserção no interior dessas classes. No entanto, é preciso considerar a diversidade de aspectos sociais, culturais e políticos: no Brasil, as nações indígenas, suas línguas e seus costumes; a escravidão das populações negras; a opressão e a pobreza de expressiva parte da população; o colonialismo e o imperialismo que deixaram marcas diferenciadas no processo de socialização de crianças e adultos”.
2.2 O PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Aprender é um processo em que cada individuo adquire novos conhecimentos, habilidades, valores diversos e, principalmente, desenvolve a capacidade de pensar, julgar e empregar conceitos que direcionem à mudanças de atitudes e de comportamentos no cotidiano frente a sociedade.
Segundo Vygotsky (In: ALVES & MAGALHÃES, 2006, p. 17):
A aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo podem ser compreendidos como a transformação de processos básicos, biologicamente determinados, em processos psicológicos mais complexos. Essa transformação ocorre de acordo com a interação com o meio social e do uso de ferramentas e símbolos culturalmente determinados.
Essa aprendizagem esta dividida em sete estilos, sendo Físico, quando o individuo usa muito a expressão corporal para se expressar; Interpessoal, quando o individuo é introspectivo; Linguístico, quando os sujeitos se expressam melhor com as palavras; Matemático, quando predomina o pensamento/raciocínio lógico; Musical, quando as pessoas se interessam mais por sons e musicas; Visual, sujeitos que exploram mais o aspecto visual das coisas.
Dentre esses estilos de aprendizagens, os professores podem se utilizar de diversos recursos pedagógicos, com os quais possibilitarão a construção do conhecimento de forma intensa. Essa construção pode ser com indivíduos diferentes e com aspectos diferentes e diferentes modos. Abrangendo uma totalidade de indivíduos tocados pelo saber, alguns exemplos são os jogos, os quebra-cabeças e outras atividades apresentadas com o uso de livros e até mesmo com materiais tecnológicos, pois estamos inseridos em um mundo globalizado e desenvolvido nos mais variados aspectos, inclusive os cibernéticos e eletrônicos.
Conforme acreditava John Locke (1690), todo ser nascia como uma tábua rasa, ou seja, sem nenhuma impressão de conhecimento, aspecto e personalidade. Ele afirmava ainda que o desenvolvimento desse aspecto fosse construído de acordo com o meio em que o individuo estivesse inserido, ou seja, anexaríamos valores, conhecimentos e desenvolveríamos nossas características conforme o “habitat” que estivéssemos inseridos, por isso, a necessidade de se buscar o conhecimento, adotar valores éticos, morais, e sociais na aprendizagem, principalmente de crianças.
Para que o desenvolvimento escolar ocorra com sucesso, na aprendizagem escolar, existem os seguintes elementos centrais: o aluno; o professor e a situação de aprendizagem. As teorias de aprendizagens têm em comum o fato de assumirem que indivíduos são apenas ativos na busca e construção de conhecimentos, dentro de um contexto significativo. Os conhecimentos prévios dos alunos devem ser valorizados, para que possam construir estruturas cognitivas que permitem descobrir e redescobrir outros conhecimentos, caracterizando, assim, uma aprendizagem prazerosa e eficaz.
No que diz respeito ao processo de ensino do professor, a responsabilidade do mesmo é diagnosticar o conhecimento que o aluno já carrega para si; organizar, selecionar e aplicar o material educativo; verificar se os conceitos assimilados durante o processo de conhecimento desenvolvido entre professores e alunos aos aceitos pela disciplina; readaptar a maneira de ensinar, de acordo com cada aluno, pois cadaqual absorve de sua determinada maneira o conhecimento.
Já os alunos têm a responsabilidade de captar e organizar novos conhecimentos e aprender significativamente. Este último item é o que se julga de maior importância para a sua vida educacional, pois caberá a ele a escolha de aprender de forma qualitativa ou de forma simplesmente robótica.
Esse conhecimento escolar que adquirimos requer constantes atualizações, pois vivemos em um mundo globalizado onde a velocidade das informações é assustadora, construindo o avanço rápido das tecnologias e ciências para a construção de novos conhecimentos. Por esse motivo, é necessário aprender a como se atualizar, a como buscar o conhecimento de forma atual, constante e verdadeira. É a velha historia de saber a ensinar a pescar e não fornecer o peixe de bandeja, portanto, temos de saber onde buscar o conhecimento, quais as fontes que buscaremos a educação permanente ou continuada, esse hábito deve ser adquirido para a vida diária.
As teorias de aprendizagem buscam reconhecer a dinâmica envolvida nos atos de ensinar e aprender, partindo do reconhecimento da evolução cognitiva do homem, e tentam explicar a relação entre o conhecimento pré-existente e o novo conhecimento, mas, basicamente, identificação pessoal e relação através da interação entre as pessoas.
Segundo Moreira (1999, p 32), existe três os tipos de aprendizagens: cognitiva, afetiva e psicomotora. 
Assim, a cognitiva é aquela resultante do armazenamento organizado de informações na mente do individuo e esse complexo organizado é conhecido como estrutura cognitiva. A efetiva resulta de sinais internos ao sujeito e pode ser identificada com experiência tais como prazer e dor, satisfação e descontentamento, alegria ou ansiedade. Algumas experiências afetivas sempre acompanham as experiências cognitivas. Portanto a aprendizagem afetiva é simultânea com a cognitiva. A psicomotora envolve respostas musculares adquiridas através de treino e pratica, mas alguma aprendizagem cognitiva é geralmente importante na aquisição de habilidades psicomotoras.
É importante ressaltar que os meios pelos quais o processo de ensino e aprendizagem ocorre é de suma importância. Um método que promove a flexibilidade ao abordar determinados assuntos, mesmo com metodologias diversificadas que interajam com a realidade do aluno, pode ter muito mais eficácia.
É responsabilidade de o educador promover a construção do saber baseado sempre em métodos que possam ressaltar a importância da realidade vivida pelos alunos sem deixar de ao mesmo tempo transmitir-lhes o conteúdo programado, ou seja, o professor lançará mão do conteúdo programático em conjunto com a realidade cultural, social, ético, dentre outros, de maneira que o aluno possa sentir-se inserido no contexto trabalhado em sala.
2.3 BRINCAR AO ESTUDAR, ATIVIDADE QUE FAVORECE A APRENDIZAGEM E FACILITA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL.
  Atualmente, a educação tem sido questionada quanto à eficácia de métodos utilizados por professores que buscam alternativas visando facilitar a aprendizagem do aluno. Dentre as metodologias mais eficazes esta a utilização da ludicidade, durante a aplicação de conteúdos, sendo o lúdico uma das pontes de ligação entre o aluno e o conhecimento.
 Maluf (2003, p. 29), afirma que, 
“[...] as brincadeiras enriquecem o currículo, podendo ser propostas na própria disciplina, trabalhando assim o conteúdo de forma pratica e no concreto”. O autor reforça que cabe ao professor, em sala de aula de aula ou fora dela, estabelecer metodologias e condições para desenvolver e facilitar este tipo de trabalho. Assim, criar oportunidades para que o brincar aconteça é responsabilidade do professor, e deve ser sempre de maneira educativa, ou seja, a brincadeira deve ter um cunho educativo.
 A partir da brincadeira, a criança passa a assumir papeis diferentes, vivencia responsabilidades diferentes, desde ser um líder do grupo, ou ser um intermediário, ou ate mesmo o representante que transmitirá a opinião expressa por todos, etc. Dessa forma crianças passam a interagir e na pratica aprende com maior facilidade.
 De acordo com Kahl etal (2003, p. 02),
No mundo do brinquedo e dos jogos, no qual o educador aprende a editar as regras, a brincadeira não é uma atividade inata, mas sim uma atividade social e humana supõe contextos sociais a partir dos quais o aprendiz comanda uma Nova realidade e estabelece suas normas.
Por outro lado, a participação do adulto no mundo das brincadeiras é muito importante, pois, “[...] eleva o nível de interesse pelo enriquecimento que proporciona, podendo também contribuir para o clareamento de duvidas referente às regras das brincadeiras, tendo-se em vista que ao interagir com os objetos e com outras pessoas, a criança constrói relações e conhecimentos a respeito do mundo em que vive. (Maluf, 2003, p. 30). Para o autor as atividades lúdicas precisam ocupar um lugar especial má educação em que o professor deve interagir com os alunos, pois é através dele que as crianças passarão a crescer em conhecimento e absorverão Máximo de informação durante as experiências vivenciadas, desta forma a criança consegue tirar lições que as auxiliam na formação de seu caráter.
 Entendendo que o professor é figura essencial para isso aconteça, ele deve criar os espaços, oferecendo materiais adequados e participando de momentos lúdicos. Segundo Volpato (2002, p. 96):
O jogo e a brincadeira estão presentes na escola nas mais variadas situações e sob as mais diversas formas. Também são diversas a concepções sobre o lugar e a importância dessas atividades na pratica pedagógica [...] que pode ser traduzida em métodos educacionais que valorizam e buscam evitar distinção rígida entre jogo e tarefas sérias. Nesse caso, os jogos e brincadeiras das crianças podem e devem ser introduzidas como recursos didáticos importantes, pois, brincando a criança aprende.
 Por outro lado, é importante que a criança crie alternativa, bem como, situações que farão com que ela passe a solucionar problemas e a compreender e aprender a situação. A escola é primordial quando envolve atividades lúdicas no processo de ensino, pois atribui outros valores às brincadeiras, mostra outros caminhos e outras possibilidades de pensar sobre o brinquedo. De acordo com Oliveira (2002, p 43), no processo de desenvolvimento, 
[...] a criança começa usando as mesmas formas de comportamento que outras pessoas inicialmente usaram em relação a ela. Isto ocorre porque, desde os primeiros o ocorre porque, desde os primeiros dias de vida, as atividades da criança adquirem um significado próprio num sistema de comportamento social, refratadas através de seu ambiente humano que auxilia a atender seus objetivos.
 É importante ressaltar que a brincadeira realizada na escola é diferente daquela que acontece em outros locais. Normalmente, as brincadeiras e os jogos têm uma função, uma intenção, que são determinadas, adequadas, dependendo de onde acontecem.
Para Kahl (2003), 
As brincadeiras ocorridas na escola têm que estar sempre buscando alcançar um objetivo, seja para a alfabetização, seja para o repasse de boas maneiras, ou com quaisquer fins educativos. Isto porque, a brincadeira, em seu todo, é um período de aprendizagem significativa para a criança, independente de onde ocorra. “Na escola, mais precisamente nas series iniciais, o trabalho com o lúdico pode ser feito de forma a reconhecer as questões da infância, despertando interesses, e como tentativa de estudar os assuntos de modo mais agradável” (IDEM, 2003, p. 05).
 Torna-se importante tais atividades também porque são novas possibilidades para aqueles alunos com mais dificuldades de aprendizagem, de apreensão do conteúdo. Também não só para desenvolver conteúdos, a utilização do lúdico na escola caracteriza-se como um recurso pedagógico riquíssimo.
 Através da brincadeira, a professora pode explorar a criatividade,a valorização do movimento, a solidariedade, o desenvolvimento cultural a assimilação de novos conhecimentos e as relações da sociedade, incorporando novos valores. Neste sentido, a realização da brincadeira na escola é uma garantia do momento mágico acontecer. Segundo Alves (2003, p. 31), “[...] os brinquedos dão prazer. Os brinquedos fazem pensar”.
3. Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino
3.1Tema e linha de pesquisa
O trabalho abordará a importância dos jogos e brincadeiras que são de grande importância para refletir sobre a alfabetização de nossas crianças, os quais serão utilizados como recurso para desenvolver as atividades em sala de aula. 
3.2 Justificativa
Para elaboração do trabalho tomei como ponto de partida a ideia do brincar como fator importante na prática de educação infantil, entendendo a criança como um ser que vive de acordo seu mundo imaginário, suas fantasias e que brinca diariamente exercendo assim sua função no contexto social. O brincar é uma ação livre, que surge a qualquer hora, iniciada e conduzida pela criança; dá prazer, não exige como condição um produto final; relaxa, envolve, ensina regras, linguagens, desenvolve habilidades e introduz a criança no mundo imaginário e os profissionais de educação fazem o possível para desenvolver essas habilidades trazendo a ludicidade para sala de aula com brinquedos. O brincar desde o início da educação infantil é o que garante a cidadania da criança e ações pedagógicas de maior qualidade.
A utilização de jogos e brincadeiras é fundamental para promover a socialização e as possibilidades de vivência da infância, pois o termo lúdico abrange o que chama a atenção, é a tendência de oferecer o prazeroso, contemplando o ambiente natural, social, cultural, artístico, etc., pois está se tratando de crianças que são seres que gostam de aprender brincando. 
3.3 Problematização
 Este projeto visa fornecer respostas tanto para problemas determinados por interesse intelectuais, quanto por interesse prático que conduziram à obtenção de novos conhecimentos. O mesmo assim se organiza tendo o tema de: Construindo a Alfabetização a partir do Brincar. Delimitamos o tema a ser pesquisado em: a utilização de jogos e brincadeiras como mediadores do processo de aprendizagem lúdica na alfabetização na organização do trabalho pedagógico do professor da turma de alfabetização. E, enfim, a questão norteadora é: aprender a ler e escrever são um processo de descoberta da criança. A professora em sala de aula pode mediar essa descoberta da leitura e da escrita utilizando jogos e brincadeiras numa aprendizagem lúdica? Pensando na organização do trabalho pedagógico do professor da turma de alfabetização, na utilização de jogos e brincadeiras por ele proposto, na sua concepção sobre a aprendizagem lúdica e na vivência das crianças com as atividades lúdicas, algumas questões orientaram esta investigação: 
Quais as concepções do professor da turma de alfabetização sobre a aprendizagem lúdica?
O professor em sala de aula pode mediar o processo de alfabetização utilizando jogos e brincadeiras numa aprendizagem lúdica?
Como estão inseridos jogos e brincadeiras na organização do trabalho pedagógico e na sala de aula do professor alfabetizador?
As atividades propostas como lúdicas pelo professor são assim vivenciadas pelas crianças?
3.4 Objetivos
OBJETIVO GERAL:
Reconhecer a importância dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento cognitivo das crianças de Educação Infantil e na organização do trabalho pedagógico nas turmas de alfabetização para um aprendizado de qualidade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Demonstrar que procedimentos metodológicos como as brincadeiras podem contribuir na aprendizagem das crianças.
Promover atividades lúdicas educativas no espaço escolar.
Contribuir no ensino-aprendizagem a partir de jogos e brincadeiras.
3.5 Conteúdos
O projeto irá envolver diversos conteúdos como comunicação e linguagem, a partir das conversações com as crianças onde haverá interação delas falando sobre o que elas acham das brincadeiras no espaço escolar. O movimento e a musicalidade a partir do momento em que os alunos começarem a praticar os jogos e as brincadeiras (indo de um lado para o outro, pulando, fazendo encaixe, etc.) e quando alguma brincadeira é acompanhada por música ajudando a desenvolver a consciência fonológica, comparando palavras quanto às semelhanças sonoras, etc. Outros conteúdos como a linguagem oral e escrita para compreender sílabas, letras e fonemas, formação de palavras, conhecendo o alfabeto, construindo palavras e frases, etc. 
3.6 Processo de desenvolvimento
Para desenvolver o projeto será tomado como base os estudos de Leal, Albuquerque e Rios (2005) sobre os jogos no processo de alfabetização comtemplando atividades de análise fonológica, levando os alunos a refletir sobre os princípios do sistema alfabético e ajudando os alunos a pensarem sobre as correspondências grafo fônicas, dando atenção à leitura e escrita de palavras na compreensão do sistema alfabético. Para iniciar o projeto o professor deverá estar informado sobre a importância dos jogos para a criança, analisando o tipo de jogo utilizado a cada dia e saber o que os alunos estão aprendendo com aquele jogo, a partir daí o educador dará continuidade com as aulas com base nos mesmos.
O projeto será desenvolvido durante uma semana com diversas atividades em sala de aula e também em outros ambientes da escola. Cada dia as turmas irão realizar atividades lúdicas educativas que envolvam as diferentes áreas do conhecimento. Por exemplo: No primeiro dia serão apresentados jogos que envolvam a questão da leitura e escrita com o objetivo de ler e escrever palavras com fluência, com rapidez, o repertório de correspondências grafo fônicas já construído (de acordo o grau de desenvolvimento cognitivo da criança), onde será utilizado o jogo “Quem escreve sou eu”. 
No segundo dia haverá a utilização de jogos que envolvam matemática, como atividades de juntar, montar, quebra-cabeça (por exemplo), bingos, etc. O terceiro dia será com base em atividades que contemplem a musicalidade e a expressão corporal, onde os alunos cantarão diversas músicas (o sapo não lava o pé, ciranda cirandinha, etc.). 
Já no quarto dia as crianças irão levar para sala diversas brincadeiras que eles praticam nas ruas, e em grupos irão apresenta-las para os outros colegas. As equipes deverão falar as regras de seus jogos, falando por que eles gostam de praticar aquela atividade e por que seria importantes os outros colegas participarem. 
No quinto e último dia as crianças irão trazer os brinquedos que mais gostam para a escola e juntar em grupos para praticar suas brincadeiras usando e abusando da imaginação e criatividade. Em seguida, para finalizar haverá uma exposição de brinquedos no ambiente escolar, reforçando a ideia de que aquilo faz parte do mundo da criança e que pode ser utilizado como um recurso que contribui para sua formação cognitiva, social e cultural. 
3.7 Tempo para a realização do projeto
O projeto terá a duração de aproximadamente uma semana contando a partir da execução do mesmo com a equipe da escola, bem como da preparação dos materiais que serão utilizados. Durante a semana em que será colocado em prática, em cada dia será feita atividades que deverão ser executadas em 4 horas/aula.
3.8 Recursos humanos e materiais
 TV, som, revistas, livros didáticos, folha sulfite, lápis de cores e de escrever, brinquedos da escola e dos alunos. Material didático, recursos humano e apoio de toda a comunidade escolar.
3.9 Avaliação
A avaliação será de acordo com o desenvolvimento das atividades realizadas pelos alunos. Analisando a oralidade, a escrita, observando também se os alunos obedeceram às regras dos jogos e a participação nas brincadeiras educativas.
Considerações finais
	
O uso da ludicidade no processo de ensino aprendizagem tem sido, alvo de muitos estudos, o que vem comprovandosua eficácia no desenvolvimento das crianças. Apesar de se tratar de uma proposta relativamente nova, o avanço de pesquisas aponta para um olhar cuidadoso no que se refere à proposição de atividades lúdicas no espaço escolar, pois, o lúdico não representa uma fórmula mágica que irá sanar os problemas de aprendizagem, emocionais e de mau comportamento na educação, mas representa um meio de auxiliar a aprendizagem. 
 Desta forma, entendemos que o lúdico não é um mero passatempo e que brincar é coisa séria! Mais do que um direito da criança, o brincar é essencial para sua vida. Sob essa perspectiva, a atividade traz inúmeros benefícios, porque solicita a inteligência, possibilitando maior e melhor compreensão do mundo, favorecendo a simulação de situações e soluções de problemas, aliviando as tensões, estimulando o imaginário e, consequentemente, a criatividade. Permite, também, o desenvolvimento do autoconhecimento, elevando a autoestima, propiciando o desenvolvimento físico-motor, bem como do raciocínio e a inteligência, sensibilizando, socializando e ensinando a respeitar as regras. Enfim, o brincar diverte, traz alegria e faz sonhar. 
Em considerando ao curto espaço de tempo e mediante ao objetivo deste trabalho, percebe-se que muito há por estudar, mas o fato de realizar a experiência de pesquisa nos motiva a dar prosseguimento em uma futura pesquisa, posteriormente numa próxima oportunidade.
 Dentro deste contexto de valorização e reconhecimento do lúdico como "veiculo" de crescimento infantil, que possibilita a autoafirmação da criança como um ser histórico e social que procurei desenvolver a ideia deste tema. De acordo com os dados obtidos a partir dos renomados teóricos podemos constatar que o lúdico exerce um papel importante na aprendizagem das crianças.
Como o professor vive em busca por uma metodologia melhor e mais adequada, entra nesse contexto a ludicidade, que pode contribuir de forma significativa para o desenvolvimento do ser humano, facilitando no processo de socialização, de comunicação, de expressão, na construção do pensamento, além de auxiliar na aprendizagem.
Podemos concluir que com o lúdico a criança tem a oportunidade de organizar seu mundo seguindo seus próprios passos e utilizando melhor seus recursos. Ao utilizar o lúdico como instrumento facilitador no ensino- aprendizagem, percebemos que esta é uma proposta criativa e recreativa de caráter físico ou mental, que permitirá ao educando criar, imaginar, fazer de conta, funcionar como laboratório de aprendizagem.
REFERÊNCIAS
ALVES, Rubens. Conversas sobre educação. Venus, São Paulo: 2003.
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais. Ministério da educação e cultura. Secretaria de educação fundamental. MEC/SEF, Brasília: 1997.
FRIEDMANN, A. A Evolução do brincar. In: ____ O direito de brincar: a brinquedoteca. 4 ed. Abrinq, São Paulo: 1998.
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Sistema de Ensino Presencial Conectado
pedagogia
ADENILDA BATISTA DAS CHAGAS
construindo a alfabetização a PArtir do brincar
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 Ibotirama
2015
Ibotirama
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