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Resumo sobre Anna Freud, Melanie Klein e Carl Jung

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Resumo apresentado à disciplina “Teorias e Sistemas em Psicologia” do 2º semestre do curso de Psicologia da Universidade Paulista – UNIP.
Orientação: Prof° Márcio
Magda Suellen Ferreira Brito Rosa	 RA: D1215D-4
Sinopse de Anna Freud, Melanie Klein e Carl Jung
Anna Freud (1895-1982)
Anna, filha caçula de Freud e a única dos seus seis filhos a seguir sua carreira, foi a líder da psicologia do ego neofreudiano. No ano de seu de nascimento em 1895 surgi a psicanálise, quando adulta dedicou sua vida ao desenvolvimento e aprimoramento da teoria psicanalista, bem como sua aplicação no tratamento de crianças emocionalmente perturbadas.
 Anna teve uma infância infeliz, foi a menos favorecida das meninas da família, tinha ciúmes de sua irmã Sophie que claramente era a favorita da mãe. Mas, tornou-se a predileta de Freud. Aos 14 anos interessada pelo trabalho do seu pai, ficava nas reuniões da Sociedade Psicanalítica de Viena, discretamente no canto, absorvendo tudo o que ouvia. Aos 22 anos começou a fazer análise com seu pai, por causa da ligação emocional com ele (ela relatava violentos sonhos em que atirava, matava, morria e defendia o pai dos inimigos) e, a preocupação com sua sexualidade. Essa análise foi mantida secreta por quatro anos, com seis sessões por semana começando as 10 da noite. 
Freud foi criticado por analisar sua filha, a situação foi considerada "absurda e incestuosa", "um acontecimento bizarro e sério" e uma "atuação do complexo de Édipo em ambos os lados do divã". Parecia não haver opção para Anna, pois naquela época não haveria quem analisa-se os detalhes íntimos sobre a vida do pai da Psicanálise.
Anna passou por uma crise de identidade que durou cerca de seis anos por causa do seu pai ser ambivalente quanto à ela se tornar psicóloga. Ela rejeitou várias propostas de casamento, e aos 30 anos decidiu se tornar analista, e também teve uma relação emocional intensa (o biógrafo de Anna insiste em que o relacionamento é somente emocional e não sexual) com Dorothy Tiffany Burlingham, perturbando seu pai com essa relação e decisão de não se casar. 
Anna cuidou de seu pai doente até a morte dele. Pelos relatos de seus sonhos subtende-se que eles dois tinham sentimentos eros e não filos um pelo outro.
Seus feitos:
Em 1924, Anna foi admitida na Sociedade Psicanalítica de Viena apresentando seu primeiro trabalho acadêmico Beating fantasies and daydreams (Fantasias de espancamentos e devaneios) ela informou que era um caso de um paciente, mas na realidade abordava as suas fantasias.
No ano de 1927, Anna Freud publicou o livro Introduction to the technique of child analysis (Introdução à técnica da análise infantil). Ela desenvolveu uma abordagem para a aplicação da terapia psicanalítica em crianças, levando em conta a relativa imaturidade e o nível de capacidade verbal infantil.
No ano de 1936, Anna Freud publicou The ego and the mechanisms of defense (O ego e os mecanismos de defesa), ela explicou como os mecanismos de defesa funcionam para proteger o ego da ansiedade. Anna revisou a teoria psicanalítica ortodoxa, expandindo o papel do ego com um funcionamento independente do id.
Em 1938, em Londres, onde a família de Freud se instala depois de fugir de Viena por causa dos Nazistas, Anna abriu uma clínica ao lado da casa do pai, o Anna Freud Centre de Londres com inovações como a utilização de brincadeiras e a observação da criança no ambiente da família. Sendo um centro de tratamento e um instituto de treinamento em psicanálise que atraía psicólogos clínicos do mundo inteiro. O Anna Freud Centre de Londres dá continuidade a esse trabalho até hoje.
Em 1945, foi o ano em que começou a publicar os volumes anuais de seus estudos, The psychoanalytic study of the child (Estudo psicanalítico da criança). A coletânea dos seus trabalhos compreende oito volumes, publicados entre 1965 e 1981.
Melanie Klein (1882-1960)
	Teórica das relações entre os objetos, Melanie Klein sabia da importância das relações entre pais e filhos por causa da sua própria experiência como criança e mãe. Filha não deseja, sofreu a vida toda de depressão por causa do sentimento que tinha de que seus pais a rejeitavam. 	Tinha dificuldades de relacionamento com a filha (que mais tarde tornou-se analista) que a acusava de interferir na vida dela e que a morte do irmão na realidade foi um suicídio por causa da relação ruim deles.
	A teoria dos objetos de Klein concentrava-se na ligação (essa ligação seria em termos sociais e cognitivos e não em termos sexuais) intensa entre mãe e filho, principalmente durante os seis primeiros meses de vida do bebê, sendo base para formação da personalidade do adulto. Essa relação seria o início da interação social do bebê onde o seio materno é o primeiro objeto parcial para o bebê, que o julgaria como bom ou não, dependendo da satisfação do id. Dessa forma, o bebê percebe seu ambiente, definido e representado com base nesse objeto parcial bom ou ruim, como satisfatório ou hostil. À medida que se expande o universo do bebê, ele se relaciona com objetos completos (a mãe como pessoa, por exemplo) e não com objetos parciais, definindo os objetos completos da mesma forma como fez com os parciais.
Diferenças dos Teóricos das relações entre objetos e Freud
Freud – usava a palavra “objeto” para se referir a qualquer pessoa, objeto ou atividade com capacidade para satisfazer ao instinto. Freud enfocava mais os impulsos instintivos propriamente dito.
Os teóricos dos objetos – dão ênfase as relações interpessoais entre esses objetos, ou seja, as influências sociais e ambientais sobre a personalidade, principalmente na interação entre mãe e filho. Acreditavam que, em virtude da natureza dessas relações, a formação da personalidade na infância ocorria mais cedo do que Freud afirmava.
Carl Jung (1875-1961)
	Jung teve uma infância difícil, desde cedo aprendeu a não confiar nem acreditar nos pais e, por analogia, a desconfiar do restante do mundo. Seu pai religioso que aparentemente perdeu a fé, era irascível e rabugento, sua mãe sofria de distúrbios emocionais.
	Ele tinha uma fuga da realidade, do mundo consciente da razão para o inconsciente: suas fantasias, visões e sonhos (nesse último ele usava para tomar decisões) que foi de sua infância até a vida adulta. Decidiu sua carreira profissional através de um sonho que teve antes de entrar na universidade. Cinco anos depois de formado e trabalhando num hospital de doentes mentais, foi indicado para ser professor. Depois de se casar com a segunda maior herdeira da Suíça, ele pôde se afastar da universidade para se dedicar à escrita, à pesquisa e ao atendimento a pacientes particulares. Em seus atendimentos ele não usava o divã (como Freud fazia), mas sim poltronas, um de frente para o outro e as vezes, a bordo do seu barco a vela. Algumas vezes chegava até a cantar para seus pacientes. Mas, também as vezes, era rude, mandando o paciente voltar para casa e curar-se sozinho. 
	Jung conheceu Freud, e tiveram um boa relação, por um tempo. Freud chegou a considera-lo como seu sucessor. Mas, devido a algumas situações de relacionamento e objeções por parte de Jung, especialmente pelo livro lançado, onde Jung expõe a sua posição diferente da psicanálise ortodoxa de Freud, essa amizade acabou. 
	Aos 38 anos, passou por problemas emocionais profundos (que durou três anos), acreditando que estava ficando louco, pensou em se matar e manteve uma arma ao lado da cama. Sentia-se incapaz de realizar qualquer tipo de trabalho intelectual ou até mesmo ler um livro científico, mesmo assim continuou a fazer seus atendimentos. Resolveu esses problemas confrontando a sua mente inconsciente, analisou os impulsos inconscientes neles revelados, bem como nas suas fantasias. Esse período levou-o a formular a sua teoria da personalidade, onde conclui que, a fase mais importante do desenvolvimento da personalidade não era a infância, como Freud queria, mas a meia-idade. Apesar dessa crise pessoal de Jung ter sido resolvida, aparentemente,pelo confronto com seu inconsciente, algumas atitudes dele continuaram incomuns, ele cumprimentava os utensílios da cozinha, escondia o dinheiro e esquecia os códigos que tinha inventado para lembrá-lo onde estava escondido. Apesar disso, Jung continuou a escrever e desenvolver seu sistema até quase os 86 anos.
Seus feitos:
Em 1900, formou-se em medicina na University of Basel, na Suíça. Seu interesse era em psiquiatria, foi indicado para trabalhar em um hospital de doentes mentais em Zurique. Nesse mesmo ano, leu o livro The interpretation of dreams, considerando-o uma obra prima e, se interessou pelo trabalho de Freud. Nesse mesmo ano desenvolveu o teste de associação de palavras.
Em 1905, foi indicado para ser professor de psiquiatria na University of Zurique.
Por volta de 1906, Freud e Jung começaram a se corresponder e, um ano depois, Jung viajou para Viena onde se encontrou com Freud.
Em 1911, Jung tornou-se o primeiro presidente da International Psychoanalytic Association (Associação Psicanalítica Internacional), por insistência de Freud, apesar da oposição dos membros vienenses.
Em 1912, Jung lança seu livro The psychology of the unconscious (Psicologia do inconsciente) e também, encerra-se a amizade dele com Freud.
Em 1914, Jung renúncia e deixa a Associação Psicanalítica Internacional.
Em 2009, após 50 anos de sua morte foi publicado o diário dele com o título de The Red Book (O livro vermelho), esse diário foi mantido em segredo num cofre em um banco suíço. Jung registrou, durante o período de crise que passou, meticulosamente as visões sangrentas do apocalipse e por uma carnificina e desolação generalizadas. Com sua própria caligrafia elaborou 200 desenhos em quase 200 páginas.
Diferenças entre a psicologia analítica de Jung e a psicanálise de Fred
	
	
	Freud
	Jung
	Complexo de Édipo
	Designa o conjunto de desejos amorosos e hostis que o menino enquanto ainda criança experimenta com relação a sua mãe.
	Não considerava essa teoria, pois para ele a sua mãe não era atraente e sim gorda.
	Libido
	Definia exclusivamente em termos sexuais.
	Definia como uma energia de vida generalizada da qual o sexo apenas fazia parte. 
	Sexo
	Para Freud, bloqueado pelas frustações e ansioso por causa de seus desejos reprimidos, o sexo desempenhava um papel fundamental na motivação humana.
	Para Jung, que satisfazia livre e frequentemente às suas necessidades sexuais, o sexo desempenhava um papel pequeno na motivação humana.
	Desenvolvimento individual e estruturas sociais
	A teoria de Freud está mais voltada para as relações interpessoais, até porque não teve uma infância, como a de Jung.
	Jung preferia se isolar das outras crianças e ficar sozinho, essa opção se reflete na sua teoria, por meio do enfoque no crescimento interior em lugar do cultivo das relações sociais.
	Personalidade
	Consiste na direção das forças que afetam a personalidade. O indivíduo é vítima dos acontecimentos da infância.
	A pessoa era moldada não apenas pelos acontecimentos do passado, mas também pelas próprias metas, esperanças e aspirações futuras.
 
Jung tentou investigar a mente inconsciente mais a fundo que Freud. Onde descreveu dois estados: O inconsciente pessoal, local em que se armazena o que em algum momento foi consciente, mas que foi esquecido ou suprimido. E, o Inconsciente coletivo, nível mais profundo da psique que contém as experiências (inconscientes) herdadas das espécies humanas e pré-humanas. As tendências herdadas contidas no inconsciente coletivo, que levam o indivíduo a comportar-se de forma semelhante aos ancestrais que passaram por situações similares se denomina Arquétipos. 
Os arquétipos que ocorrem com mais frequência são a persona (seria a máscara que o indivíduo usa quando está em contanto com outra pessoa, para representá-lo na forma como ele deseja parecer aos olhos da sociedade – conceito semelhante ao role-playing); a anima (refere-se às características femininas presentes no homem); o animus (refere-se às características masculinas observadas na mulher) - esses dois refletem a noção de que cada indivíduo exibe algumas características do sexo oposto; a sombra (contém as atividades e os desejos imorais, violentos e inaceitáveis. No entanto, a sombra possui também um lado positivo, responsável pela espontaneidade, pela criatividade, pelo insight e pela emoção profunda, características necessárias para o total desenvolvimento humano) e o self (integrando e equilibrando todos os aspectos do inconsciente, proporcionando unidade e estabilidade à personalidade).
Sobre a introversão (direciona a libido – energia de vida - para seu interior; é pensativo, introspectivo e resistente às influências externas) e a extroversão (libera a libido dentro dele; se demonstra sociável e confiante nas diversas situação e é bastante influenciado pelas forças do ambiente), todo indivíduo é dotado de algum nível dessas atitudes opostas, mas normalmente uma é mais forte que a outra. Nenhum indivíduo é completamente extrovertido ou introvertido. A atitude dominante em algum momento específico pode ser determinada pelas circunstâncias. 	
As diferenças da personalidade não são expressas só pelas atitudes de introversão ou extroversão, mas também por quatro funções, o pensamento (processo conceitual que proporciona o significado e a compreensão); o sentimento (processo subjetivo de ponderação e de avaliação); a sensação (percepção consciente dos objetos físicos) e a intuição (envolve a percepção de maneira inconsciente). Jung rotulou o pensamento e o sentimento como modos racionais de reação por envolverem processos cognitivos de raciocínio e de julgamento. A sensação e a intuição são consideradas não racionais, pois não envolvem o uso da razão. Dentro de cada par de funções, em determinado momento, apenas uma função é importante. A combinação das funções dominantes com a atitude dominante de extroversão e introversão produz os oitos tipos psicológicos.

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