Buscar

Pequeno fichamento: o cuidado de nós - Bauman

Prévia do material em texto

INSTITUTO SÃO BOAVENTURA
	
	Disciplina: INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA
	
	Professor: Dr. Carlos Ângelo de Meneses Sousa
	
	Curso: Filosofia – 2.2016
	
	Estudante: Ricardo Rodrigues Lima
Bauman, Zygmunt.; May, Tim. O cuidado de nós: corpo, saúde e sexualidade. Aprendendo a pensar com a sociologia. Trad. Alexandre Werneck. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar, Ed. 2010. Pág. 151 a 173.
No sexto capítulo (o cuidado de nós: corpo, saúde e sexualidade) de sua obra Aprendendo a pensar com a sociologia, Zygmunt Bauman traz um tema que aparece muito no cotidiano: saúde e bem-estar.
Os meios de comunicação expõe para as pessoas um padrão de beleza que deve ser seguido; com isso, aqueles que queiram se adequar a estes padrões, começam a fazer dietas e/ou exercícios físico em busca do tal “corpo ideal”.
Inicialmente, o autor fala que as relações que se tem com outrem podem ser enfadonhas e/ou agradáveis. Nisto concordo com ele, pois acredito que cada pessoa tem uma determinada personalidade que é suscetível à mudança. Nessas relações, o outro pode oferecer segurança seja ela agradável ou não, como expressão Bauman: “os outros não só nos oferecem segurança que nos proporciona bem-estar, mas também nos causam ansiedade, o que não se pode chamar de agradável” (pág. 152). Com esta afirmação, ele expõe a indagação sobre a segurança, o local onde poderia ser encontrada.
Na sequência, algo que estou de acordo, o autor fala que existe um lugar que é confiável, em que as pessoas são críveis: a nossa casa. “Esse é o lugar em que todas as diferenças entre pessoas, não importa quão profundas sejam, não fazem muita diferença, porque com elas sabemos que podemos contar aconteça o que acontecer” (pág. 152).
Ulteriormente, Bauman trata sobre uma perfeição e satisfação do corpo. Com o tempo, as características que o corpo tem, sua forma alteram-se, como é enfatizado por Michel Foucault. Mesmo assim, a sociedade apresenta um modelo de como é um corpo ideal.
“O corpo é o local da ansiedade, mas também do prazer, e, mais uma vez, uma indústria nos incita a procurar sensações [...] para experiências cuja ausência pode diminuir o princípio do prazer.” (pág. 161). O autor coloca que o ato de alimentar-se induz uma sensação agradável de prazer. Seguindo, então, o modelo que é apresentado, pode-se ter aqueles que façam cortes no alimento (comida, bebida), reduzindo com ele a sensação que o mesmo promove.
Tratando da busca de saúde e boa forma é colocada como diferentes, quiçá, incompatíveis. É suposta uma norma pela a ideia de saúde e bem-estar ao qual o corpo tem a obrigação de se adequar. Permanecendo nesta norma, pode-se parecer saudável.
Com a ideia de boa forma, crê-se na transgressão dessa norma; não em sua adesão. “A pergunta não pode ser o que o corpo deve fazer mas o que o corpo é capaz de fazer em seu limite” (pág. 163); é a indagação feita por Bauman.
Tudo isso para “agradar” a outrem, pois, “mesmo que o corpo não passe de um invólucro do que tomamos como nossa ‘vida interior’, são a atração, a beleza, a elegância e o encanto da embalagem que seduzirão o outro” (pág. 166). Acredito que esta seja uma afirmação que não pode ser feita para todas as pessoas, pois nem todos são seduzidos pela aparência física que é demonstrada, mas também pela aparência interior que é sentida.

Outros materiais