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Processo Epidemiológico Karla Bruna EPIDEMIOLOGIA Estudo dos fatores que determinam a frequência e a distribuição das doenças nas coletividades humanas (IEA – Associação Internacional de Epidemiologia, 1973) Pressupostos básicos da epidemiologia A ocorrência e distribuição dos eventos relacionados à saúde não se dão por acaso, existem fatores determinantes das doenças e agravos da saúde que, uma vez identificados, precisam ser eliminados, reduzidos ou neutralizados Exemplos da aplicação da Epidemiologia mortalidade infantil X classes sociais trombose venosa X uso de anticoncepcionais sedentarismo X doenças cardio-vasculares hábito de fumar X câncer de pulmão comportamento sexual X AIDS cegueira em crianças subnutridas X avitaminose A leucemia na infância X exposição de raios X durante a gestação ANEXO I Lista de Notificação Compulsória – LNC ANEXO II Lista Nacional de Compulsória Imediata – LNCI ANEXO III Lista de Notificação Compulsória em Unidades Sentinelas - LNCS PORTARIA No- 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011 1. Acidentes por animais peçonhentos; 2. Atendimento antirrábico; 3. Botulismo; 4. Carbúnculo ou Antraz; 5. Cólera; 6. Coqueluche; 7. Dengue; 8. Difteria; 9. Doença de Creutzfeldt-Jakob; 10. Doença Meningocócica e outras Meningites; 11. Doenças de Chagas Aguda; 12. Esquistossomose; 13. Eventos Adversos Pós-vacinação; 14. Febre Amarela; 15. Febre do Nilo Ocidental; 16. Febre Maculosa; 17. Febre Tifóide; 18. Hanseníase; 19. Hantavirose; 20. Hepatites Virais; 21. Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana – HIV em gestantes e crianças expostas ao risco de transmissão vertical; 22. Influenza humana por novo subtipo; ANEXO I Lista de Notificação Compulsória – LNC PORTARIA No- 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011 23. Intoxicações Exógenas (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados); 24. Leishmaniose Tegumentar Americana; 25. Leishmaniose Visceral; 26. Leptospirose; 27. Malária; 28. Paralisia Flácida Aguda; 29. Peste; 30. Poliomielite; 31. Raiva Humana; 32. Rubéola; 33. Sarampo; 34. Sífilis Adquirida; 35. Sífilis Congênita; 36. Sífilis em Gestante; 37. AIDS; 38. Síndrome da Rubéola Congênita; 39. Síndrome do Corrimento Uretral Masculino; 40. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus (SARS-CoV); 41. Tétano; 42. Tuberculose; 43. Tularemia; 44. Varíola; e 45. Violência doméstica, sexual e/ou outras violências. ANEXO I Lista de Notificação Compulsória – LNC PORTARIA No- 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011 I. Caso suspeito ou confirmado de: 1. Botulismo; 2. Carbúnculo ou Antraz; 3. Cólera; 4. Dengue nas seguintes situações: - Dengue com complicações (DCC), - Síndrome do Choque da Dengue (SCD), - Febre Hemorrágica da Dengue (FHD), - Óbito por Dengue - Dengue pelo sorotipo DENV 4 nos estados sem transmissão endêmica desse sorotipo; 5. Doença de Chagas Aguda; 6. Doença conhecida sem circulação ou com circulação esporádica no território nacional que não constam no Anexo I desta Portaria, como: Rocio, Mayaro, Oropouche, Saint Louis, Ilhéus, Mormo, Encefalites Eqüinas do Leste, Oeste e Venezuelana, Chikungunya, Encefalite Japonesa, entre outras; 7. Febre Amarela; 8. Febre do Nilo Ocidental; ANEXO II Lista Nacional de Compulsória Imediata – LNCI PORTARIA No- 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011 9. Hantavirose; 10. Influenza humana por novo subtipo; 11. Peste; 12. Poliomielite; 13. Raiva Humana; 14. Sarampo; 15. Rubéola; 16. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus (SARS-CoV); 17. Varíola; 18. Tularemia; e 19. Síndrome de Rubéola Congênita (SRC). II. Surto ou agregação de casos ou óbitos por: 1. Difteria; 2. Doença Meningocócica; 3. Doença Transmitida por Alimentos (DTA) em embarcações ou aeronaves; 4. Influenza Humana; 5. Meningites Virais; ANEXO II Lista Nacional de Compulsória Imediata – LNCI PORTARIA No- 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011 6. Outros eventos de potencial relevância em saúde pública, após a avaliação de risco de acordo com o Anexo II do RSI 2005, destacando-se: a. Alteração no padrão epidemiológico de doença conhecida, independente de constar no Anexo I desta Portaria; b. Doença de origem desconhecida; c. Exposição a contaminantes químicos; d. Exposição à água para consumo humano fora dos padrões preconizados pela SVS; e. Exposição ao ar contaminado, fora dos padrões preconizados pela Resolução do CONAMA; f. Acidentes envolvendo radiações ionizantes e não ionizantes por fontes não controladas, por fontes utilizadas nas atividades industriais ou médicas e acidentes de transporte com produtos radioativos da classe 7 da ONU. g. Desastres de origem natural ou antropogênica quando houver desalojados ou desabrigados; h. Desastres de origem natural ou antropogênica quando houver comprometimento da capacidade de funcionamento e infraestrutura das unidades de saúde locais em conseqüência evento. ANEXO II Lista Nacional de Compulsória Imediata – LNCI PORTARIA No- 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011 III. Doença, morte ou evidência de animais com agente etiológico que podem acarretar a ocorrência de doenças em humanos, destaca-se entre outras classes de animais: 1. Primatas não humanos 2. Eqüinos 3. Aves 4. Morcegos Raiva: Morcego morto sem causa definida ou encontrado em situação não usual, tais como: vôos diurnos, atividade alimentar diurna, incoordenação de movimentos, agressividade, contrações musculares, paralisias, encontrado durante o dia no chão ou em paredes. 5. Canídeos Raiva: canídeos domésticos ou silvestres que apresentaram doença com sintomatologia neurológica e evoluíram para morte num período de até 10 dias ou confirmado laboratorialmente para raiva. Leishmaniose visceral: primeiro registro de canídeo doméstico em área indene, confirmado por meio da identificação laboratorial da espécie Leishmania chagasi. 6. Roedores silvestres Peste: Roedores silvestres mortos em áreas de focos naturais de peste. ANEXO II Lista Nacional de Compulsória Imediata – LNCI PORTARIA No- 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011 1. Acidente com exposição a material biológico relacionado ao trabalho; 2. Acidente de trabalho com mutilações; 3. Acidente de trabalho em crianças e adolescentes; 4. Acidente de trabalho fatal; 5. Câncer Relacionado ao Trabalho; 6. Dermatoses ocupacionais; 7. Distúrbios Ostemusculares Relacionados ao Trabalho ( DORT) 8. Influenza humana; 9. Perda Auditiva Induzida por Ruído - PAIR relacionada ao trabalho; 10. Pneumoconioses relacionadas ao trabalho; 11. Pneumonias; 12. Rotavírus; 13. Oxoplasmose adquirida na gestação e congênita; e 14. Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho; PORTARIA No- 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011 ANEXO III Lista de Notificação Compulsória em Unidades Sentinelas - LNCS Sistemas de informação em Saúde * Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) É o mais importante para a Vigilância Epidemiológica Desenvolvido entre 1990 e 1993 Formulários padronizados Ficha individual de notificação – preenchida para cada paciente quando da suspeita da ocorrência de problema de saúde de notificação compulsória (Portaria 104, de 25 de janeiro 2011) de interesse nacional, estadual ou municipal Notificação negativa – notificação da não ocorrência de doenças de notificação compulsória. Indica que os profissionais e o sistema de vigilância da área estão alertas para a ocorrência de tais eventos * Notificação de surtos • casos epidemiologicamente vinculados a agravos inusitados. Notificar pela abordagem sindrômica, de acordo com as seguintes categorias: de síndrome diarreica aguda, síndrome ictérica aguda, síndrome hemorrágica febril aguda, síndrome respiratória aguda, síndrome neurológica aguda, síndrome da insuficiência renal aguda, dentre outros • casos agregados, constituindo uma situação epidêmica, de doenças que não constem da lista de notificação compulsória • casos agregados dasdoenças que constam da lista de notificação compulsória, mas cujo volume de notificações torne operacionalmente inviável o seu registro individualizado Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) Criado em 1975 Iniciou descentralização em 1991 Informatizados a partir de 1979 Instrumento - Declaração de óbito (DO), impressa em três vias Preenchimento exclusivamente por médicos Lei federal n° 6.015/73 obrigatoriedade de preenchimento da DO. Nenhum sepultamento deveria ocorrer sem prévia emissão da DO O registro do óbito deve ser feito no local de ocorrência do evento * Fluxo da declaração de óbito DO pré-numerada impressa em três vias coloridas distribuídos às SES pelo Ministério da Saúde Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) Instrumento - a declaração de nascido vivo (DN) Registro em cartório - realizado no município de ocorrência do nascimento Preenchida pelos hospitais/outras instituições de saúde (local do parto) ou nos Cartórios de Registro Civil (parto domiciliar) Implantação desde o ano de 1992 Características da Declaração de Nascimento A DN deve ser preenchida para todos os nascidos vivos no país NV - todo produto da concepção que, independentemente do tempo de gestação, depois de expulso ou extraído do corpo da mãe, respire ou apresente outro sinal de vida, tal como batimento cardíaco, pulsação do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos músculos de contração voluntária, estando ou não desprendida a placenta. (OMS) A obrigatoriedade desse registro é também dada pela Lei n° 6.015/73 Características da Declaração de Nascimento Gravidez múltipla- preencher uma DN para cada criança nascida viva pré-numerada impressa em três vias coloridas distribuídos às SES pelo Ministério da Saúde Fluxo das informações e das declarações de nascidos vivos Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) Operar o sistema de pagamento de internação nos hospitais, contratados pelo Ministério da Previdência Posteriormente- estendido aos hospitais filantrópicos, universitários e de ensino e hospitais públicos Dados informatizados desde 1984 70% dos internamentos hospitalares realizados no país Instrumento - autorização de internação hospitalar (AIH) Características da AIH Emitida pelos estados, série numérica única definida anualmente em portaria ministerial Dados de atendimento: diagnóstico de internamento e da alta (CID), características de pessoa (idade e sexo), tempo e lugar (procedência do paciente) das internações, procedimentos realizados, os valores pagos e os dados cadastrais das unidades de saúde Limitações do sistema Cobertura- depende do grau de utilização e acesso da população aos serviços da rede pública, contratada e conveniada do SUS informações pouco confiáveis sobre o endereço do paciente falsos diagnósticos menor número de internamentos que o necessário, em função das restrições de recursos federais não há identificação de reinternações e transferências de outros hospitais - leva a dupla ou tripla contagem de um mesmo paciente Fluxo das informações do SIH Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS) Implantado em 1991 Instrumento de ordenação do pagamento dos serviços ambulatoriais (públicos e conveniados) Pagamento por procedimento, não registra o CID Outras informações: número de consultas médicas por habitante ao ano, número de consultas médicas por consultório, número de exames/terapias realizados pelo quantitativo de consultas médicas Sistema de Informações de Atenção Básica (SIAB) Territorializado Indicadores populacionais, referentes a áreas de abrangência bem delimitadas, cobertas pelo PACS e PSF não registra detalhes dos procedimentos de alta complexidade e alto custo A base de dados do SIAB possui três blocos: cadastramento familiar - indicadores sócio-demográficos dos indivíduos e de saneamento básico dos domicílios acompanhamento de grupos de risco - crianças < 2 anos, gestantes, hipertensos, diabéticos, tuberculosos e pessoas com hanseníase registro de atividades, procedimentos e notificações - produção e cobertura de ações e serviços básicos, notificação de agravos, óbitos e hospitalizações Níveis de agregação do SIAB microárea de atuação do ACS (território onde residem cerca de 150 famílias) área de abrangência da equipe de saúde da família (território onde residem aproximadamente 1.000 famílias) Segmento zona urbana e rural Município Estado Regiões País Sistema de Informações de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) Estado nutricional da população e fatores que o influenciam Informações para monitoramento do estado nutricional de diferentes grupos populacionais atendidos nos estabelecimentos de saúde e por profissionais da ESF e pelo PACS A partir de 2006 - disponibilizada a possibilidade de inserção de dados de usuários do Programa Bolsa Família acompanhados pelo setor de saúde (mulheres em idade fértil e crianças menores de 7 anos) Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) Cobertura vacinal de rotina e em campanhas, taxa de abandono e controle do envio de boletins de imunização Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua) Qualidade da água para consumo humano, sistemas públicos e privados, e de soluções alternativas de abastecimento Objetivo geral coletar, transmitir e disseminar dados gerados rotineiramente, para produzir informações necessárias à prática da vigilância da qualidade da água de consumo humano Sistemas de Informações O SI-PNI é formado por um conjunto de sistemas * OBRIGADA!!
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