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PROCESSOS DE USUCAPIÃO E SUAS MODALIDADES

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PROCESSOS DE USUCAPIÃO E SUAS MODALIDADES 
 
BRUNO S.O ; ROBERTO S.T.JR; CHARLES P.J.C. 
Universidade Paulista – UNIP 
 
Rod. Presidente Dutra, km 157,5 - Pista Sul, CEP 12240-420, São José dos Campos, SP – Brasil. 
 
Resumo - Este artigo ira apresentar o procedimento 
para um processo de usucapião, informar que tem a 
capacidade de usucapir um imóvel pelo exercício da 
posse, nos prazos previamente estabelecidos em lei, 
alem de citar as modalidades de usucapião existente 
no Código Civil Brasileiro. 
 
 
Palavras-chave: usucapião, tempo e modalidades. 
 
I. Introdução 
A usucapião é modo originário de aquisição do 
domínio, através da posse mansa e pacífica, por 
determinado espaço de tempo, fixado na lei. É uma das 
formas de aquisição da propriedade, do domínio sobre o 
bem, forma originária, independente de relação com o 
antigo proprietário. 
Quem tem a capacidade de usucapir um imóvel? 
Qualquer pessoa acima dos vinte anos de idade e 
naturalizada brasileira que obtém o domínio da coisa 
pela sua posse continuada durante certo lapso de tempo. 
O judiciário declara o direito que a parte detém, 
transformando uma situação fática em jurídica, sempre 
que for provocado e desde que preenchidos os requisitos 
legais. 
Como são os procedimentos das ações de 
usucapião, tendo o direito de propriedade o proprietário 
adquiri um advogado, ente advogado vai analisar a 
documentação de posse e vai escolhe com qual ação 
caberá ao serviço solicitado, após esse procedimento 
entra com os fundamentos pela usucapião, dizendo qual 
o artigo que encaixa com a modalidade escolhida. 
Após esse processo, começa os fatos e do 
direito, e a parte onde o advogado começa apresentar a 
história do imóvel, fazendo com que o juiz entenda o 
porquê da posse, além de provar que o usucapiente 
perfaz o tempo exigido pelo Código Civil Brasileiro. 
Logo após a petição inicial o advogado precisa de peças 
técnicas para dar fundamento ao processo, neste 
momento o agrimensor ou engenheiro é solicitado para a 
elaboração da planta topográfica, onde ira fornecer as 
medidas perimetrais e descrição do imóvel da ação com 
os devidos confrontantes. Com todos os documentos em 
mãos o processo passa por vários setores públicos para 
analises, como por exemplo, prefeituras, INCRA 
(Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e 
cartórios de registro de imóveis. Este período e o mais 
longo e, mas complicado nos processo de usucapião, 
podem demorar anos. 
II. Modalidade de Usucapião no Brasil 
As modalidades existentes no Brasil de acordo 
com o Código Civil Brasileiro são representados em 
cinco espécies de usucapião, sendo elas: 
 
a) Usucapião Extraordinária, uma forma pela qual o 
possuidor pode se tornar proprietário pelo 
fundamento no artigo 1.238 do Código Civil 
Brasileiro, pelos motivos fáticos e jurídicos pela 
qualidade da posse que tiver sendo exercida; 
b) Usucapião Ordinária, é uma forma pela qual o 
possuidor pode se tornar proprietário pelo 
fundamento no artigo 1.242 do Código Civil 
Brasileiro, pelos motivos fáticos e jurídicos pela 
qualidade da posse mansa e pacífica por dez ou 
cinco anos; exercer a posse com “animus domini”, 
de forma contínua e incontestada, também faz – se 
necessário o justo título e a boa-fé, ao contrário da 
usucapião extraordinária, na qual estes dois últimos 
requisitos eram dispensados, não sendo sequer 
presumidos; 
 
c) Usucapião Especial Rural ou Pro Labore, A 
Usucapião rural especial ou pro labore é uma forma 
pela qual o possuidor pode se tornar proprietário 
pelo fundamento no artigo 1.239 do Código Civil 
Brasileiro, possibilitando usucapir área rural não 
superior a 50 ha (cinquenta hectares). Observe-se 
que a usucapião extraordinária não possui limite de 
área; já na usucapião rural especial ou pro labore, o 
usucapiente deve atender às condições de prazo 
cinco anos, dimensões do imóvel (até cinquenta 
hectares), subjetiva (não ser proprietário de outro 
imóvel, rural ou urbano) e, ainda, que a área seja 
produtiva pelo trabalho do interessado e/ou de sua 
família, servindo de moradia; 
 
d) Usucapião Especial Urbana, é uma forma pela qual 
o possuidor pode se tornar proprietário pelo 
fundamento no artigo 1.240 do Código Civil 
Brasileiro, esse instrumento trata da possibilidade 
de aquisição da propriedade, sem justo título ou 
boa-fé, de área urbana de até 250m², desde que o 
possuidor tenha como seu, sem oposição e 
ininterruptamente, terreno ou edificação pelo prazo 
de cinco anos e utilize o bem para sua própria 
moradia ou de sua família, não sendo ele 
proprietário de outro imóvel urbano ou rural; 
 
 
e) Usucapião Coletiva, é uma modalidade prevista 
na lei nº 10.257/00, que regulamenta o Estatuto da 
Cidade com fundamentos nos artigos 182 e 183 da 
Constituição Federal. 
Estas modalidades mostram as diversidades que 
os advogados têm para conduzir um processo de 
usucapião. 
III. Considerações finais 
A usucapião vem para auxiliar no combate da 
desigualdade de distribuição de terra no Brasil, 
auxiliando pessoas menos favorecidas na luta por uma 
moradia. Portanto, a usucapião existe para amenizar os 
problemas encontrados na evolução demográfica entre 
áreas urbanas e rurais. 
No entanto conhecemos o sistema judiciário 
brasileiro, sabemos que existem dificuldades para 
atender a demanda de processo abertos diariamente. No 
caso das ações de usucapião podemos levar de três anos 
a vinte anos as ações. 
 Para simplificar estes processos, acreditamos 
muitos na informatização destes processos, através de 
banco de dados cruzados entre os registradores. Além 
disso passa a responsabilidades aos registradores no caso 
os Cartório de Registro de Imóveis, dando a eles o direito 
de julgar as ações. Desta forma diminuiria os prazos das 
ações desafogaria o poder judiciário. 
IV. Referências 
ANDRADE, Thiago de Oliveira. A ação de usucapião. 
In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIII, n. 76, maio 2010. 
Disponível em:<http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_lei
tura&artigo_id=7787>.Acesso em ago 2016. 
 
BRASIL. Código civil, código de processo civil e 
constituição federal. Organizado por Yussef Said 
Cahali. 4.ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: Revista dos 
Tribunais, 2002. (RT - mini códigos). 
 
BRASIL. Lei. n. 10.257, de 10 jun. 2001. Regulamenta 
os artigos 182 e 183 da Constituição Federal, 
estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá 
outras providências. In: MIRANDA, Sérgio. Estatuto 
da cidade: uma feição social ao Brasil urbano. Brasília: 
Câmara dos Deputados, 2002. 47p. 
 
GONÇALVES, Daniela. USUCAPIÃO: Imóveis 
Urbanos e Rurais. 2011. 56 f. TCC (Graduação) - Curso 
de Curso Técnico em Agrimensura, ETEC Cônego José 
Bento, Jacareí, SP, 2011. Cap. 12. 
 
SARMENTO, Débora Maria Barbosa. Usucapião e suas 
Modalidades. 2015. Disponível em: 
<http://www.emerj.tjrj.jus.br/serieaperfeicoamentodema
gistrados/paginas/series/16/direitosreais_51.pdf>. Acesso 
em: 17 ago. 2016.

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