Aula 10 - Disciplina: Avalição da Aprendizagem

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Aula 10
O papel da escola na dinâmica da inclusão/exclusão
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
Conteúdo Programático desta aula
Revisão das principais teses e questões da disciplina de Avaliação da Aprendizagem
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
Nesta aula partimos do pressuposto teórico de que o homem diante de sua condição existencial abstrai o mundo natural, reflete, pensa, avalia e estabelece critérios para orientar a sua ação com a finalidade de extrair da natureza os produtos necessários à sua sobrevivência.
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
Esta visão a respeito da condição humana nos permitiu compreender que a avaliação é constante em nossa vida cotidiana, ou seja, somos avaliadores e avaliados e, na maioria das vezes, não nos percebemos como tais. 
Desta forma, firmamos uma segunda tese em nossa disciplina, a de que somos sujeito e objeto da avaliação. 
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
Os parágrafos anteriores dão sustentação à ideia de que a prática avaliativa resulta de uma necessidade real e concreta de homens e mulheres ao longo de sua historicidade e, por certo, não será diferente quanto nos referirmos ao processo de ensino e aprendizagem.
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
Nesta aula defendemos que o ensino é uma prática pedagógica intencional, sistemática, científica e necessita de uma organização específica. Logo, carrega em si a exigência de um rigoroso planejamento.
Destacamos que se pararmos para observar como vivemos o nosso dia a dia, perceberemos que constantemente estamos planejando as nossas ações. 
Contudo, o ato de planejar vai se tornando “mecânico”, ou seja, quase que como uma “atividade natural”, mas necessária, pois se não o fizermos perdemos o controle de nossas ações e nos sentimos perdidos.
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
Destacamos que o Planejamento Participativo propõe uma estrutura horizontal em que as informações transitem democraticamente entre os sujeitos envolvidos no processo. Tal proposta visa superar a antiga separação entre “saber pensar” e “saber fazer”. 
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
Afirmamos que o planejamento educacional pretende, a partir de uma realidade vivida construir a realidade desejada. 
O planejamento está presente no trabalho docente, mas não está apenas vinculado ao que se passa em sala de aula, está também diretamente ligado a exigências sociais, às condições de trabalho do professor e à experiência de vida dos alunos.
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
O planejamento é um ato político-pedagógico porque revela visões e intenções, e a intencionalidade expõe o que se deseja realizar, o que se pretende atingir. 
Nesse sentido, podemos identificar diferentes níveis de planejamentos existentes na área educacional: planejamento educacional, planejamento institucional, planejamento curricular e planejamento de ensino”. 
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
Nesta aula destacamos que as suas origens encontram-se na prática pedagógica dos Jesuítas e de que tal prática foi profundamente marcada pelo dogmatismo, pelo exercício da memorização e pelo desenvolvimento do raciocínio lógico. 
Desta forma, tornou-se comum a prática de exames orais e escritos com a finalidade de se avaliar o aproveitamento do aluno. 
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
Na literatura educacional compreende-se que, embora neste período não se falasse em avaliação da aprendizagem, foram os exames orais que iniciaram os processos de verificação da aprendizagem e, com ele, institui-se o processo de classificação, promoção e atribuição de graus e títulos. 
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
Além disso, destacamos que a Reforma Pombalina (século XVIII) que levou ao fim o sistema educacional dos Jesuítas. Pombal instituiu as aulas régias e a prática da avaliação não se alterou, ou seja, continuou a se utilizar dos exames orais para a verificação da aprendizagem por parte do aprendiz. 
Contudo, vale destacar que a reforma promovida, significou a primeira tentativa da Coroa Portuguesa em instituir um sistema de ensino leigo na colônia.
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
A reforma promovida por Benjamin Constant sustentava-se nos princípios da liberdade e da laicidade do ensino, bem como, na bandeira de caráter liberal em defesa da gratuidade da escola primária. 
O ensino que predominou nas escolas brasileiras foi baseado em uma perspectiva humanística, tradicional e religiosa. As escolas tradicionais, voltadas para a formação dos filhos da elite nacional, adotava um sistema avaliativo classificatório como medida do conhecimento.
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
Nos primeiros anos do Governo Vargas, podemos apontar que a avaliação da aprendizagem é concebida como o procedimento de atribuição de notas aos alunos, em razão de seu desempenho nas provas e exames, que versam sobre o programa estabelecido pelo Ministério da Educação, para cada disciplina. 
A avaliação é entendida como procedimento de medida e tem por finalidade a classificação do aluno, com base nas notas obtidas, tendo em vista a seleção daqueles com condições de prosseguir nos estudos.
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
Na década de 60 tivemos a aprovação da Lei nº 4.024/61, que em seu art. 39 afirma: “Na avaliação do aproveitamento do aluno preponderarão os resultados alcançados durante o ano letivo [...]”. 
A Lei 5692/71 que fixou as diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º Graus em nosso País trata, em seu art. 14, da verificação do rendimento escolar da seguinte forma: a verificação do rendimento escolar ficará, na forma regimental, a cargo dos estabelecimentos, compreendendo a avaliação do aproveitamento e a apuração da assiduidade.
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
Na segunda metade da década de noventa do século passado no Governo de Fernando Henrique Cardoso que se iniciou a adoção de uma política de avaliação mais efetiva para o Ensino Superior. 
O processo teve início em 1995 com a lei 9.131 que estabeleceu o Exame Nacional de Cursos (ENC) – popularmente conhecido como “Provão”, a ser aplicado a todos os estudantes concluintes de campos de conhecimento pré-definidos.
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
Em consequência do novo modelo de Estado, foi criado pela Lei n° 10.861, de 14 de abril de 2004, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) é formado por três componentes principais: a avaliação das instituições, dos cursos e do desempenho dos estudantes. 
O Sinaes avalia todos os aspectos que giram em torno desses três eixos: o ensino, a pesquisa, a extensão, a responsabilidade social, o desempenho dos alunos, a gestão da instituição, o corpo docente, as instalações e vários outros aspectos.
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da
Aprendizagem
Procuramos compreender que o Sistema de Avaliação da Educação Básica adota pelo Governo Brasileiro, a partir dos anos noventa, seguem as diretrizes determinadas pelos organismos internacionais, mais especificamente do Banco Mundial. 
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
A Prova Brasil foi idealizada para atender a demanda dos gestores públicos, educadores, pesquisadores e da sociedade em geral por informações sobre o ensino oferecido em cada município e escola. 
O objetivo da avaliação é auxiliar os governantes nas decisões e no direcionamento de recursos técnicos e financeiros, assim como a comunidade escolar, no estabelecimento de metas e na implantação de ações pedagógicas e administrativas, visando à melhoria da qualidade do ensino. 
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
Nesta aula, afirmamos que a avaliação do processo de ensino e aprendizagem é o principal instrumento de diagnóstico e análise sobre a prática docente e discente, pois a mesma permite identificar se os objetivos propostos se concretizaram, como também, oferece elementos ricos para que se repense as estratégias, a organização do conteúdo, a relação professor-aluno, o desenvolvimento biopsicosocial do aluno, a prática avaliativa e etc.
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
Apontamos também que se olharmos para as práticas avaliativas existentes em nossa sociedade, percebermos que a avaliação se constitui como uma forma controle racional, autoritária e excludente, pois a mesma tem um caráter terminal: a de quantificar o conhecimento do aluno. 
Desta forma, determina-se quem está aprovado ou não em um momento específico da formação escolar.
Por certo, podemos entender que uma prática avaliativa centrada numa visão quantitativa para verificar a aprendizagem é um reflexo de que prevalece em nossa cultura uma relação hierárquica de poder, ou seja, uma relação autoritária.
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
Nesta aula procuramos refletir sobre a problemática do erro no processo de ensino e aprendizagem. 
Desta forma, afirmamos que o erro é uma construção histórico-social humana e que tem suas origens no conflito do homem com a natureza e com os demais seres humanos em produzir as suas condições de vida. 
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
Desta forma, procuramos identificar como o erro é visto pelo conhecimento religioso, pelo pensamento filosófico e pelo ensino da pesquisa. 
Este percurso nos possibilita afirmar que o erro, e as formas de como lidar com o mesmo, se reproduzem no processo de ensino e aprendizagem.
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
Contudo, acreditamos que existem caminhos, mas para que superarmos tal cultura, é necessário a organização do trabalho educativo de forma coletiva, ou seja, de que todos os sujeitos (profissionais da educação, alunos e comunidade) assumam o papel de co-responsável pelo processo de ensino e aprendizagem. 
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
No que se refere às teorias explicativas para o problema do fracasso escolar temos a compreensão de que o mesmo decorre de um problema psíquico, ou seja, defendem que a capacidade intelectual do aluno é prejudicada a partir dos problemas emocionais vivenciados desde a infância.
 
Portanto, a criança é vista como portadora de uma organização psíquica imatura, que resulta em um estado de ansiedade, como também, apresenta dificuldade de atenção, dependência e, por vezes, um comportamento agressivo, etc.
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
Outra vertente teórica parte da compreensão do fracasso escolar como um problema técnico. Reforçam o pressuposto de que os alunos e as alunas das camadas populares trazem para a escola dificuldades de aprendizagem e compreende que o fracasso escolar decorre da inadequação de técnicas de ensino ou da falta de conhecimento por parte de professores e professoras sobre as mesmas (técnicas) no processo de ensino e aprendizagem.
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
Uma terceira teoria aponta o fracasso escolar como questão institucional, ou seja, compreendem a escola como instituição social e, enquanto tal, reproduz, modifica e transforma a dinâmica das relações sociais e humanas em um contexto histórico específico.
A quarta teoria parte da compreensão do fracasso escolar como questão política, ou seja, da mesma forma que a tese anterior parte da compreensão de que a escola é uma instituição social organizada a partir das relações de poder existentes na sociedade moderna e capitalista, ou seja, de uma sociedade que se estrutura a partir da divisão social de classes e da exploração da força de trabalho. 
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
Nesta aula refletimos sobre a historicidade da escola na cultura ocidental frente à problemática da inclusão e da exclusão social. Isto nos permitiu compreender que a escola, enquanto Instituição Social decorre das relações de poder existentes em cada época e atende a determinados interesses e necessidades. 
Desta forma, compreendemos que o fazer educativo não é neutro e sim intencional. 
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
Aula 10 – Refazendo o percurso
Avaliação da Aprendizagem
Além de termos refeito o percurso realizado nesta disciplina convidamos você a fazer a leitura do texto “A base ética da Avaliação da aprendizagem na Escola” de Cipriano Carlos Luckesi. 
Tal indicação tem por finalidade oferecer outros elementos sobre a problemática da avaliação e a dimensão ética de tal prática. Desta forma, acreditamos que estamos oferecendo outros elementos que permitam o debate, a discussão, a construção do consenso coletivo e a ruptura com velhas práticas de nossa cultura no processo de ensino e aprendizagem.
A Avaliação e a produção do Fracasso Escolar
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*