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O canal alimentar pode ser dividido em 5 segmentos: Boca e Faringe Esôfago e Estomago Intestino delgado Intestino grosso Canal anal Boca e Faringe A boca inclui lábios, a cavidade oral e suas paredes, além de estruturas acessórias situadas em seu interior (língua e dentes). Cavidade oral - se divide no vestíbulo e a cavidade própria da boca. A cavidade própria da boca é o espaço delimitado pelas arcadas dentárias. Cercada dorsalmente pelo palato, ventralmente pela língua e pela mucosa refletida, e lateral e rostralmente pelos dentes, arcos dentais e gengiva. O Vestíbulo pode ser subdividido ainda mais em vestíbulo labial e vestíbulo bucal. Vestíbulo labial – espaço entre os dentes e os lábios. Vestíbulo bucal – espaço entre os dentes e as bochechas. O vestíbulo se comunica com a cavidade própria da boca por meio de espaços interdentais, sendo que o maior deles é a margem interalveolar, diastema entre os dentes incisivos e os dentes molares. Palato O palato é uma divisória composta parcialmente de tecido ósseo e parcialmente de tecido mole que separa as passagens digestiva e respiratória da cabeça. Palato duro – é formado pelos processos palatinos do maxilar, pelos ossos incisivos e pela lâmina horizontal do osso palatino. O lado oral do palato duro é coberto por uma mucosa espessa e cornificada, atravessada por uma série de rugas palatinas. Em ruminantes essa rugas concentram papilas palatinas, direcionadas caudalmente para guiar o alimento para trás. OBS: Nos Ruminantes o pulvino dentário substitui os dentes incisivos superiores das outras espécies domésticas. Perifericamente a mucosa do palato duro se une à mucosa da gengiva. A Gengiva é composta por um tecido espesso fibroso e pela mucosa intensamente vascularizada. Ela se prolonga ao redor do colo dos dentes até os alvéolos, onde se une ao periósteo. Palato mole/Véu palatino – Prossegue caudalmente desde o palato duro até o óstio intrafaríngeo, cuja margem rostral é formada pela borda caudal do palato mole. Língua Ocupa maior parte da cavidade própria da boca, prolongando-se até a parte oral. A língua é responsável pela captação de água e alimento, pela manipulação do alimento dentro da boca e pela deglutição. Possui receptores de paladar, temperatura, e dor. No cão é usada para a perda de calor pela respiração. Apresenta um ápice, corpo e uma raiz. Está unida ao assoalho por uma prega mucosa (Freio da língua/ Frenulo da língua). Grande parte de sua superfície é coberta por uma diversidade de papilas. Com base nas suas funções as papilas se dividem em (papilas mecânicas, papilas gustativas). Papilas mecânicas – São cornificadas e auxiliam na lambida ao mesmo tempo em que protegem as estruturas mais profundas de lesões. Tipos de papilas mecânicas: - Papilas filiformes; - Papilas cônicas; - Papilas marginais. Papilas gustativas – São cobertas por botões gustativos. Tipos de papilas gustativas: - Papilas fungiformes; - Papilas circunvaladas; - Papilas folhadas. OBS: Há uma maior quantidade de papilas mecânicas que de papilas gustativas. As papilas filiformes são as mais pequenas e numerosas de todas. As papilas cônicas são as maiores, mas ocorrem com menos frequência. OBS: Há poucas glândulas salivares próximas as papilas gustativas. Músculos que irradiam a língua M. estiloglosso M. hioglosso M. genioglosso M. Milo-hioideo - Suspende a língua entre os corpos mandibulares e é importante para a indução da deglutição. Glândulas salivares Glândulas salivares menores – Presentes na mucosa dos lábios, das bochechas, da línga e do palato e no assoalho oral sublingual e produzem uma secreção mucosa. As glândulas salivares menores bucais formam grupos maiores ventral e dorsalmente, nos cães essa última é denominada glândula zigomática devido a sua posição. Glândulas salivares maiores – Maior produção de saliva e se situam a uma determinada distancia da cavidade oral e secretam através de ductos, produzem um fluido aquoso (seroso), algumas produzem uma secreção (mucosserosa), contendo a enzima amilase. Se dividem em: Glândula salivar parótida Glândula salivar mandibular Glândulas salivares sublinguais Glândula salivar sublingual monostomática Glândula salivar sublingual polistomática Glândula salivar parótida - Próxima da artéria carótida externa, da veia maxilar e dos ramos do nervo facial e trigêmeo. No equino ela cobre parcialmente a bolsa gutural. Trabéculas as dividem em lóbulos, possui ductos coletores maiores que se unem e formam um único ducto que se inicia no aspecto rostral da glândula. Glândula salivar mandibular – Situa-se próxima ao ângulo da mandíbula. Ela é ligeiramente maior que a glândula parótida na maioria dos cães e gatos, mas consideravelmente maior em ruminantes. No cão tem formato oval e produz uma secreção serosa e mucosa. Dentes Incisivos Caninos Pré-molares Molares Estrutura dos dentes Coroa do dente Colo do dente Raiz do dente Coroa do dente – É a parte exposta do dente, a qual se projeta para além da gengiva e é coberta por esmalte. Colo do dente – É a ligeira constrição localizada na linha da gengiva, onde termina o esmalte. Raiz do dente – É a parte abaixo da gengiva, cuja maior parte se encerra no alvéolo ósseo. Com base na distribuição do esmalte, os dentes podem ser: Incisivos Braquiodontes – Dentes curtos Hipsodontes – Dentes longos. Faringe Faz comunicação tanto com o esôfago quanto para a traqueia. Comunicações Bolsa gutural(equinos) Orelha interna Óstio faríngeo da tuba auditiva Aúditus Laríngeo Esofágico Ela pode ser dividida em três segmentos: Orofaringe – Parte oral da Faringe. Laringofaringe – Parte laríngea da Faringe. Nasofaringe – Parte nasal da Faringe. Esôfago O esôfago é o canal entre a faringe e o estômago. Ele se inicia dorsalmente à cartilagem cricoide da laringe e termina na cárdia do estômago. Em sua origem se comporta na lateral esquerda da traqueia, dentro da cavidade torácica se comporta dorsalmente a traqueia e percorre o mediastino. OBS: Base do coração sustenta o esôfago dorsalmente e quando o arco aórtico se projeta para a esquerda o esôfago se situa ventralmente a artéria aorta. OBS: Nas aves o esôfago não se comporta dessa maneira. Porção tubular Membrano musculo mucoso Subdivisões Pescoço – Esôfago cervical Tórax – Esôfago torácico Atravessa o diafragma – Esôfago Abdominal (pequena porção quase imperceptível) Em Ruminante e equinos, seu lúmen se estreita na cavidade torácica e no hiato esofágico do diafragma, o que os deixam essas espécies predispostas a engasgar nesses segmentos. Estrutura do Esôfago Túnica mucosa Túnica submucosa Túnica muscular Túnica adventícia (na parte cervical) Túnica serosa (na parte torácica e abdominal) Envoltório Pleura mediastinica Peritônio Relações topográficas do esôfago Cricoide Traqueia Pulmões Base cardíaca Artéria Aorta Veia Cava Diafragma Fígado Estômago Pleuras e outros revestimentos Estômago O estômago se interpõe entre o esôfago e intestino delgado. Nos mamíferos domésticos, o estômago apresenta uma grande variação quanto a forma e distribuição dos diferentes tipos de revestimento e mucosa que o revestem. Considerando sua forma pode ser dividido em estômago simples, com apenas um compartimento, e complexo, com diversos compartimentos. Estômago simples Dilatação em forma de saco do canal alimentar, as suas principais divisões são: Parte cárdica Fundo Gástrico Corpo do estômago Parte pilórica A entrada do estômago é denominada cárdia e a saída se chama piloro, ambas controladas por esfíncteres. O corpo do estômago é a parte média do estômago, a qual se prolonga desde o fundo gástrico à esquerda até o piloro a direita. A face parietal do estômago se situa contra a parede do diafragma e o fígado, enquanto a face visceral está em contato com os órgãos abdominais adjacentes situados na direçãocaudal. Curvatura maior é a margem convexa ventral do estômago que se prolonga desde a cárdia até o piloro, a qual está fixado o omento maior. Curvatura menor é a margem dorsal côncava do estômago e também segue o trajeto da cárdia até o piloro, a qual está fixado o omento menor que o liga ao fígado. O omento maior se desenvolve a partir do mesentério dorsal do estômago, e o omento menor se deriva do mesogástrio ventral. Além do omentos há varia pregas peritoneais de camada dupla que se prolongam entre órgão vizinhos, os quais também se derivam do mesogástrio dorsal e ventral. Estrutura da parede gástrica A mucosa próxima onde o esôfago se une ao estômago é aglandular, enquanto a mucosa glandular reveste o restante do estômago. A mucosa aglandular é esbranquiçada e costuma estar ligeiramente com dobras. No Equino, a união entre a mucosa aglandular e glandular é marcada por uma ondulação, a margem pregueada. À semelhança de outras espécies não ruminantes, os cães e gatos apresentam um estômago revestido em sua superfície interna por uma mucosa glandular, diferenciada em três regiões com distintas constituições: - Região cárdica com glândulas cárdicas (Suíno essa zona é a mais ampla) - Região fúndica ou corpo com glândulas fúndicas - Região pilórica com Glândulas pilóricas. Estômago complexo O estômago dos Ruminantes é composto por 4 câmaras: Rúmen Retículo Omaso Abomaso O Rúmen, Retículo e Omaso costumam ser referidos coletivamente como pró-ventrículos, os quais possuem uma mucosa aglandular e são responsáveis pela quebra enzimática dos carboidratos complexos. O Abomaso possui uma mucosa glandular e é comparado ao estomago simples dos outros mamíferos domésticos. No momento do nascimento o Abomaso é o mais volumoso compartimento pois a única função é a digestão de leite. O estômago ocupa quase a totalidade da metade esquerda do abdome e uma parte significativa da metade direita. O Rúmen se situa na metade esquerda do abdome, o Retículo na parte cranial e o Omaso na metade direita. O Rúmen e Retículo estão intimamente relacionados quanto a estrutura e função eles também são chamados de compartimente Ruminorreticular, a divisão dos dois está marcada pela Prega Ruminorreticular e essa prega forma o sulco Ruminorreticular. Rúmen O Rúmen se parece com um saco grande e comprimido lateralmente que preenche quase totalmente da metade esquerda do abdome e cruza a linha média para a metade direita com sua parte caudoventral. Ele se prolonga a partir do diafragma cranialmente até a abertura pélvica cranial caudalmente. Possui uma face parietal adjacente ao diafragma e a parede abdominal lateral esquerda e ventral, e uma face visceral contra o fígado, os intestinos, o omaso e o abomaso. O Rúmen é dividido em várias partes por inflexões das paredes, os pilares do rúmen, os quais se projetam para o lúmen. Partes do Rúmen: Saco ventral (com o recesso ruminal) Saco dorsal Saco cranial Saco cego caudodorsal Saco cego caudoventral Essas subdivisões são visíveis externamente por sucos que correspondem a posição de todas essas dobras. Os pilares principais do rúmen circundam todo o órgão, dividindo em sacos maiores (dorsal e ventral), os quais são marcados externamente por Sucos longitudinais (esquerdo e direito). Os dois sulcos longitudinais são conectados cranial e caudalmente pelos sulcos transversos profundos. Os pilares coronários menores marcam os sacos cegos caudais e são visíveis como sulcos na face externa. A mucosa Aglandular do Rúmen consiste superficialmente de epitélio escamoso estratificado e formam papilas, as papilas do rúmen não se desenvolvem no centro do teto nem nas margens livres dos pilares. Retículo O Retículo está intimamente relacionado ao Rúmen no que se refere a estrutura e função, e muitos autores preferem descrever um compartimento combinado Ruminorreticular. O retículo esférico é muito menor que o rúmen e se situa cranialmente ao rúmen e está em contato com o diafragma. O bovino não é seletivo quanto a sua alimentação e pode engolir corpos estranhos, como pregos e arames juntamente com o pasto, devido ao acumulo desses corpos no retículo as contrações reticulares podem fazer com que esses corpos perfurem a parede reticular, entre as sequelas mais comuns estão pericardite purulenta após perfuração do diafragma ou abcessos no fígado e outros tecidos vizinhos ao Retículo. A mucosa do retículo é aglandular revestida com um epitélio estratificado, semelhante ao Rúmen. Apresenta um padrão de fava, formado por cristas que delineiam células de 4, 5 e 6 lados. Essas cristas apresentam papilas curtas. Tem o papel importante para a regurgitação do alimento para remastigação. Omaso Tem o formato de esfera achatada bilateralmente no bovino e forma de feijão no caprino e ovino. O Omaso se comunica com o Retículo pelo óstio retículomasal e com o Abomaso pelo óstio omasoabomasal, que é acompanhado de cada lado por duas pregas mucosas (Pregas Ruminorreticular). As duas aberturas são conectadas pelo sulco omasal. O interior do Omaso é ocupado por uma profusão de Lâminas paralelas (Omasais) que emergem do teto e laterais e se projetam para o assoalho, deixando espaço para o canal omasal, cujo assoalho é o sulco omasal. As lâminas são camadas musculares delgadas cobertas com uma mucosa aglandular. Abomaso O abomaso corresponde ao estomago simples dos outros mamíferos, de forma analógica pode ser dividido em fundo gástrico, corpo do estomago e piloro. Ele apresenta uma curvatura maior voltada para direção ventral e uma curvatura menor voltada para a direção dorsal. O Abomaso é revestido por uma mucosa glândula que contém glândulas gástricas próprias e glândulas pilóricas. A área da face mucosa se expande com a presença de pregas, as quais apresentam orientação espiral (pregas espirais). Omentos O Omento maior se fixa ao Rúmen, ao Retículo e ao Abomaso. O Omento menor emerge da face visceral do Fígado, entre a veia porta e a impressão esofágica, passa para a face direita do omaso, para a curvatura menor do Abomaso e se prolonga até o Duodeno. Assim como nos outros mamíferos domésticos o omento menor pode ser dividido em ligamento hepatogástrico e hepatoduodenal. Intestino O intestino é a parte caudal do canal alimentar. Ele se inicia no piloro e prossegue até o ânus. É divido em: Intestino delgado Duodeno Jejuno Íleo Intestino grosso Ceco cego Cólon (Ascendente, Transverso, Descendente) Reto O intestino delgado está conectado a parede abdominal dorsal pelo mesentério dorsal em toda sua extensão. Nos Ruminantes e Equinos o Duodeno é fixado em sua posição pelo Mesoduodeno curto. INTESTINO DELGADO Duodeno O duodeno pode ser subdividido em Parte cranial Flexura cranial do duodeno Parte descendente do duodeno Flexura caudal do duodeno (também conhecida como parte transversa) Parte ascendente do duodeno Flexura do duodeno jejunal A extremidade caudal do Duodeno é caracterizada pela margem cranial da prega Duodenocólica. O duodeno se fixa ao teto abdominal pela prega Mesoduodeno, que é relativamente curta no equino e nos ruminantes, e mais extensa em carnívoros e no suíno. A parte cranial do duodeno está conectada com o fígado pelo ligamento hepatoduodenal, dentro do ligamento hepatoduodenal ocorre o ducto colédoco. Ambos os ductos pancreático e biliar se abrem no Duodeno. Jejuno Parte mais extensa do intestino delgado, está situado entre o Duodeno e íleo. O Mesojejuno se une ao mesoíleo e apresenta a forma de um grande leque pendurado no teto abdominal. A parte bastante curta em em cacho que se fixa à a. aorta é a raiz do mesentério, ela inclui a a. mesentérica cranial, o grande plexo mesentérico de nervos que circundam a artéria e os linfáticos intestinais. A distinção entre jejuno e íleo é arbitrária, sendo que o íleo é definido como parte terminal do intestino delgado, o qual se liga com a prega ileocecal. Íleo Parte terminal bastante curta do intestino delgado,diferenciação do jejuno pela prega ileocecal. Ele termina com a união íleocecocólica, com o óstio ileal na papila ileal. INTESTINO GROSSO Ceco O Ceco costuma ser descrito como a primeira parte do intestino grosso. Trata-se de um saco cego. Ele se comunica com o íleo pelo óstio ileal e com o cólon pelo óstio cecocólico. No cão, o ceco é curto e apresenta forma de espiral, ao contrário dos outros mamíferos ele não possui uma comunicação direta com o íleo, mas se une ao cólon. Ceco do Equino Tem capacidade de até 30 litros e mede cerca de 1 metro. Ele se compõe de uma base dorsalmente, um corpo curvado e afunilado e um ápice de terminação cega. O óstio cecocólico é uma fenda transversa formada por uma constituição do cólon ascendente. O íleo se abre na papila ileal uma projeção cônica que inclui o esfíncter do íleo. No equino o ceco é responsável pela digestão de carboidratos complexos como a celulose. Ceco no Suíno e Ruminantes O ceco no suíno é um saco cilíndrico que se posiciona na metade esquerda do abdome com seu ápice voltado caudoventralmente. Ele possui três faixas musculares longitudinais (tênias), com três fileiras de saculações (haustra). Ruminantes não possuem tênias nem haustras. Cólon Cólon ascendente Cólon transverso Cólon descendente A disposição anatômica que forma a base dessa divisão se encontra apenas em cães e em gatos. Nessas espécies o cólon ascendente é curto e passa cranialmente na direita, o cólon transverso corre da direita para a esquerda, cranial à raiz do mesentério, o cólon descendente é longo e passa à esquerda da raiz. Cólon equino Cólon ventral direito Flexura esternal Cólon ventral esquerdo Flexura pélvica Cólon dorsal esquerdo Flexura diafragmática Cólon dorsal direito Cólon O cólon transverso passa cranialmente à raiz mesentérica cranial No equino, a prega cecocólica se prolonga entre o ceco e a parte caudal da faixa mesocólica medial do cólon ventral esquerdo. No equino, os diferentes segmentos do cólon podem ser identificados pela quantidade de tênias: 4 faixas: cólon ventral esquerdo e direito, flexura esternal; 3 faixas: flexura diafragmática, cólon dorsal direito; 2 faixas: cólon descendente; 1 faixa: flexura pélvica, cólon dorsal esquerdo. Reto Ao entrar na pelve, o cólon descendente se torna o reto, o qual passa caudalmente como a parte mais dorsal das vísceras pélvicas. Grande parte do reto é suspensa pelo mesorreto, mas o segmento terminal é totalmente retroperitoneal. Nos carnívoros a mucosa do canal anal é dividida em três zonas anulares consecutivas: Zona colunar Zona intermediária Zona cutânea GLÂNDULAS ANEXAS Fígado O fígado é a maior glândula do corpo, tem função exócrina e endócrina. Seu produto exócrino, a bile, é armazenado e concentrado na vesícula biliar antes de escoar para o duodeno. Contudo a vesícula não é essencial e não está presente em todas as espécies, inclusive no equino. A bile é responsável por emulsificar os componentes graxos antes da absorção no duodeno. As substâncias endócrinas do fígado são liberadas na corrente sanguínea e contribuem para o metabolismo de gorduras, carboidratos e proteínas. O fígado se situa no abdome, logo atrás do diafragma. No animal vivo o fígado se adapta ao formato dos órgãos adjacentes, e mantem a configuração e marcas impostas por esses órgãos. Portanto o fígado apresenta uma superfície convexa em direção ao diafragma e uma face côncava voltada para os outros órgãos. O fígado é dividido em 4 lobos principais na maioria das espécies: Lobo hepático esquerdo Lobo hepático direito Lobo caudado Lobo quadrado Nos carnívoros, o fígado possui 4 lobos e 4 sublobos, e 2 processos. Lobo hepático esquerdo e direito são subdivididos em lobos medial e lateral, e o lobo caudado é subdividido em processo caudado e papilar. Nos Suínos o fígado é semelhante ao dos carnívoros, mas não possui um processo papilar. Nos equinos, o lobo esquerdo se subdivide apenas nos lobos medial e lateral, enquanto o direito não possui divisões. O lobo caudado possui um processo caudado, mas não um processo papilar. Nos Ruminantes o fígado não possui fissuras, ele consiste em um lobo hepático direito e outro esquerdo, um lobo quadrado e um lobo caudado. Ligamentos O fígado está intimamente relacionado com o mesentério ventral presente durante o desenvolvimento embriônico. Possui função de sustentação, transporte de vasos, nervos e linfáticos. Ligamento falciforme: se prolonga entre o fígado e o diafragma.Se prolongam desde a porta hepática até o Duodeno e o estômago, respectivamente. Ligamento hepatoduodenal Ligamento hepatogástrico Há 3 ligamentos que proporcionam sustentação mecânica para o fígado.Se prolongam entre a parte dorsal do fígado de cada lado e o diafragma. Ligamento triangular esquerdo Ligamento triangular direito Ligamento coronário: Circunda a veia cava caudal. Ductos biliares Ducto cístico: até a vesícula biliar. Ducto colédoco: até o duodeno. Pâncreas Assim como o fígado, o pâncreas tem função exócrina e endócrina. Seu produto exócrino o suco pancreático é transportado até o duodeno por ductos. Ele contém 3 enzimas: uma para redução de proteínas, uma para carboidratos e uma para gorduras. A parte endócrina do pâncreas produz insulina, glucagon e somatostatina. Ele pode ser dividido em: Corpo do pâncreas Lobo direito do pâncreas Lobo esquerdo do pâncreas SISTEMA DIGESTIVO AVES O sistema digestivo das aves tem uma variação interespécies menor do que a dos mamíferos. Muitas variações ocorrem na forma de bico, dentes são ausentes nas aves, as quais não mastigam os alimentos. Anseriformes possuem lamelas epidérmicas no bico que tem forma de dentes serrilhados, que são confundidos muitas da vezes com dentes. De acordo com a relação do tamanho da pré-maxila e mandíbula recebem as seguintes denominações: Epignatos: pré-maxila maior que a mandíbula. Hipognatos: mandíbula maior que a pré-maxila. Paragnatos: pré-maxila e mandíbulas mesmo tamanho. As aves não têm palato mole e nenhuma constrição evidente separando a boca da faringe. A orofaringe denota então a cavidade combinada que vai do bico até o esôfago. O palato duro (incompleto) possui uma longa fissura mediana (Coana) que se conecta com a cavidade nasal. Uma fissura menor (infundibular), mais caudal, constitui uma comunicação comum com das tubas auditivas. Possuem a língua dura sem muito movimento. A língua das aves possuem as seguintes estruturas: Uma Raiz, um corpo, ápice, dorso, superfícies laterais. Frenulo da língua Papilas linguais (mecânicas) Anseriformes (patos e gansos) possuem toro lingual. A parede da orofaringe é preenchida por numerosas papilas mecânicas (papilas faríngeas). Esôfago Nas aves o esôfago se comporta dorsalmente a traqueia e após a 5ª vertebra cervical se comporta lateralmente a traqueia (lado direito), ao contrário dos mamíferos. Em torno da 8ª e 10ª vertebra cervical volta a ser dorsal a traqueia. O esôfago pode ser dividido em: Esôfago cervical ou pré-papo Esôfago torácico ou pós-papo Possui uma mucosa com glândulas e estriada longitudinalmente. Na entrada do tórax, a parede ventral do esôfago se expande para formar o (papo ou inglúvio), na grande maioria das aves, inclusive pato ou gansos o papo é um mero alargamento fusiforme do esôfago. Estômago O estômago das aves herbívoras é adaptado para a redução mecânica do material mais resistente através do desenvolvimento de uma musculatura poderosa. O estômago dessas aves é dividido por uma constrição (istmo) em um (proventrículo ou estômago glandular) e um (ventrículo, estômago muscular, moela). A moela entra em contato com o fígado, mas possui maior contato com o esterno. O proventrículo é fusiforme e apresenta numerosas elevações macroscópicas (papilas) através das quais passam ductos coletores vindos de uma espessa camada de glândulas. O istmo é uma transição do estômago glandularpara a moela muscular. Não possui glândulas na sua parede delgada e menos rígida. O ventrículo ou moela é lentiforme em herbívoros e está posicionado com suas superfícies convexas voltadas mais ou menos à direita e a esquerda. Seu interior é alongado, aumentado por sacos cegos (cranial e caudal), sendo que o cranial se conecta com o istmo, o duodeno surge a direita adjacente ao saco cego cranial. A moela consiste em 4 músculos (m. craniodorsal, m. caudoventral, m. lateral dorsal, m. lateral ventral). A moela possui centros tendíneos ou aponeuroses. Intestinos Os intestinos ocupam a parte caudal da cavidade corporal, fazendo contato com a moela e outros órgãos reprodutivos. Consistem em: Duodeno Jejuno Íleo 2 Cecos ou sacos cegos Cólon (Pequeno intestino grosso) Cloaca O duodeno forma uma alça semelhante a um U, o duodeno pode ser dividido em duodeno descendente e depois da flexura se torna duodeno ascendente que retorna a junção duodenojejunal na vizinhança do estômago. O pâncreas se localiza entre os ramos da alça do duodeno, no duodeno desembocam os ductos pancreáticos e biliares. O jejuno forma alças espiraladas ao longo da extremidade do mesentério, manchas de agregados e linfonodos estão presentes. O íleo é variavelmente descrito como se iniciado na prega ileocecal e sua porção terminal se encontra próxima a base dos cecos. O intestino grosso compreende os cecos e o cólon. Os cecos relativamente longo em frangos e perus surgem na junção ileocólica e prosseguem seu curso retrógado ao lado do íleo. O cólon tem cerca de possui cerca de 10 cm de cumprimento em frangos e termina em um ligeiro alargamento na cloaca. O colonreto não é mais espesso que o intestino delgado e reabsorve água e eletrólitos. Glândulas acessórias Fígado Consistem em lobos direito e esquerdo, conectados cranialmente por uma ponte dorsal ao coração, pois as aves não possuem diafragma. O lobo direito possui maior massa, contém a vesícula biliar em sua superfície visceral e é penetrado pela veia cava caudal. OBS: Pombos não possuem vesícula biliar.
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