CPI - Comissões Parlamentares de Inquérito

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CPI – Comissões Parlamentares de Inquérito
O art. 58, §3º, da Constituição Federal incorporou previsão das chamadas CPIs – Comissões Parlamentares de Inquérito, que podem ser constituídas, isolada ou conjuntamente, por ambas as Casas Legislativas. Essas CPIs devem atender aos seguintes requisitos: 
a) requerimento de 1/3 (um terço) dos membros de cada Casa, ou de ambas, no caso de comissão conjunta;
b) apuração de fato determinado e por prazo certo; a CPI não pode ultrapassar a legislatura, extinguindo-se com o término desta�; 
c) envio de suas conclusões ao Ministério Público, caso apurada alguma responsabilidade civil ou criminal. 
Importante destacar que o citado dispositivo constitucional atribuiu às CPIs poderes de investigação próprios de autoridade judiciária. Logo, para a realização de seus objetivos, uma CPI pode determinar diligências, como a quebra de sigilos bancário e fiscal, a requisição de documentos e outras, similarmente a um juiz.
Embora não haja consenso doutrinário ou jurisprudencial sobre o tema, estamos que na espécie, deve ser aplicado o princípio da reserva constitucional. Decorre de tal entendimento que os poderes de investigação de uma CPI não atingem aqueles que foram cláusula expressa de reserva de poderes ao juiz, como, por exemplo, a prisão (art. 5º, LXI) e a interceptação das comunicações telefônicas (art. 5º XII)�.
BIBLIOGRAFIA:
ARAUJO, Luiz Alberto David. Curso de direito constitucional. 19.ed. rev. São Paulo: Editora Verbatim, 2015.
� O STF decidiu que uma CPI não pode ultrapassar o limite temporal de um mandato (período de 4 anos para o qual um Deputado Federal é eleito).
� O STF entendeu que o poder de quebrar sigilo bancário de investigado em CPI pode ser exercido pelas CPIs estaduais (ACO 730-RJ, Boletim Informativo STF, n 358).