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Paper Inquérito Policial

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INQUÉRITO POLICIAL
Franciele Fátima Giachini
Prof. Miguel Kerbes
Associação Educacional Frei Nivaldo Liebel – Celer Faculdades
Curso de Direito (DIR16) – Direito Processual Penal I
27/04/2015
O art. 5º, LVII da Constituição Federal, diz que ninguém é considerado culpado antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória, que é a última fase do processo. O mesmo artigo da Constituição traz em seus incisos XXXV e LIII que não será excluída da apreciação do Poder Judiciário qualquer ameaça ou lesão a qualquer direito e que esta apreciação será feita pela autoridade competente.
A autoridade competente para exercer a pretensão punitiva é o Estado, para que isso ocorra é necessário que o Estado tenha conhecimento da infração cometida, com detalhes convincentes de quem cometeu o que. Esta atividade é exercida pelo Ministério Público que leva ao conhecimento do Estado-Juiz todas as informações necessárias para o processamento da ação penal e a efetiva aplicação da pretensão punitiva do Estado, ou não. Para adquirir todas as informações necessárias para o processamento da Ação Penal, o Ministério Público utiliza-se do Inquérito Policial.
A Polícia é responsável pela confecção dos Inquéritos Policiais, que são a coleção de todas as diligências necessárias para apurar o fato criminoso assim como as circunstancias em que foram cometidos e seus autores e cúmplices.
O Inquérito Policial tem cunho meramente administrativo, já que sua finalidade é apenas descobrir a materialidade e autoria de um fato criminoso e é instaurado pela autoridade policial competente para embasar a denúncia.
O Inquérito Policial é um processo escrito. É sigiloso para o público em geral. É presidido pela autoridade policial. Não depende de “provocação” como a jurisdição, este deve ser instaurado mediante o recebimento de informação da ocorrência de um fato criminoso, exceto nos casos da ação penal privada e da ação penal pública condicionada, que exigem representação da vítima para a instauração do Inquérito. Por ser um procedimento regido pelo sistema inquisitivo, não é admitida a ampla defesa e as atividades realizadas se concentram nas mãos de uma única autoridade que age de ofício.
Os procedimentos adotados na fase inquisitiva mantem-se dessa forma com o objetivo de assegurar o sucesso das investigações, admitindo-se, inclusive, a incomunicabilidade do preso durante o processo, numa tentativa de assegurar o correto andamento do procedimento, incidindo a incomunicabilidade quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação assim o exigir.
O magistrado não pode embasar sua fundamentação, quando da sentença, apenas as provas recolhidas no Inquérito Policial, com exceção das provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
Os vícios encontrados no inquérito tornam o ato inválido ou ineficaz não gerando nulidade processual. Pode ser dispensado pelo Ministério Público ou pelo ofendido, desde que estes tenham elementos suficientes para a proposição da ação penal.
O Inquérito Policial inicia com a consciência do fato delituoso. E esta se dá de ofício, nos crimes de ação penal incondicionada, com requisição do MP ou da autoridade judiciaria ou ainda com requerimento do ofendido. Ou ainda, nos crimes de ação penal condicionada, quando crime contra a honra do presidente da república, p.ex., iniciar-se o inquérito policial com a requisição feito pelo Ministro da Justiça ao Ministério Público.
O prazo para conclusão do inquérito policial é de 30 dias se em liberdade estiver o investigado e este prazo ainda pode ser aumentado e o Ministério Público pode manifestar-se pelo retorno dos autos à autoridade policial, quando julgar necessária a realização de diligência indispensável ao oferecimento da denúncia. O prazo cai para 10 dias se o investigado estiver preso, não sendo possível dilatá-lo. Este último prazo conta-se a partir da efetivação da prisão do investigado.
O arquivamento do Inquérito Policial apenas pode acontecer com decisão irrecorrível do magistrado, depois de requerido pelo Ministério Público.
Através deste breve estudo sobre o Inquérito Policial conseguimos ter uma noção do que e de como acontece no Inquérito, descobrindo quem tem legitimação para iniciar o procedimento e como o podem fazer, que este é um procedimento administrativo-investigativo, o que justifica várias das peculiaridades do mesmo e que, para decidir, o juiz não pode fundamentar apenas com base no inquérito. Conhecemos os prazos para a conclusão e que este só pode ser arquivado com decisão do magistrado além de inúmeras outras características.

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