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Liquidação de Sentença no Direito Processual Civil

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OAB 1ª FASE – XX EXAME DE ORDEM 
Direito Processual Civil - Aula 01 
Sabrina Dourado 
1 
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LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 
 
Introdução 
 
Somente a obrigação líquida pode ser objeto de 
ação executiva. Líquida é a obrigação que tem de-
terminado e mensurado o objeto da prestação, ou 
seja, quando já se encontra definido o “quantum 
debeatur” (valor da dívida), nas obrigações de pagar 
quantia, ou o fato a ser prestado, nas obrigações de 
fazer, ou ainda o objeto a ser entregue, nas obriga-
ções de entregar coisa. 
 
Nos termos do art. 496, a liquidação terá lugar 
quando “a sentença condenar ao pagamento de 
quantia ilíquida”. Ou seja, pela literal aplicação do 
dispositivo, quando a posterior execução tiver por 
objeto prestações pecuniárias, visando à dívidas em 
dinheiro. 
 
É necessário ressaltar que o procedimento de liqui-
dação destina-se exclusivamente aos títulos execu-
tivos judiciais, motivo pelo qual conclui-se que a 
iliquidez dos títulos executivos extrajudiciais impede, 
por completo, sua execução, pois deixará de ser 
considerado título executivo. 
 
Na liquidação também é vedado rediscutir a lide ou 
modificar a sentença que a julgou (CPC, art. 509, 
parágrafo 4º). 
 
A jurisprudência também tem se orientado no senti-
do de que a necessidade de se calcular juros e cor-
reção monetária não torna ilíquido o crédito, uma 
vez que a obrigação cujo montante possa se apurar 
por meio de cálculos aritméticos é considerada lí-
quida. 
 
Ademais, de acordo com o art. 491 do CPC Art. 491 
na ação relativa à obrigação de pagar quantia, ainda 
que formulado pedido genérico, a decisão definirá 
desde logo a extensão da obrigação, o índice de 
correção monetária, a taxa de juros, o termo inicial 
de ambos e a periodicidade da capitalização dos 
juros, se for o caso, salvo quando: 
- não for possível determinar, de modo definitivo, o 
montante devido; 
- a apuração do valor devido depender da produção 
de prova de realização demorada ou excessivamen-
te dispendiosa, assim reconhecida na sentença. 
Nos casos acima, seguir-se-á a apuração do valor 
devido por liquidação. 
 
Com relação ao procedimento da liquidação, te-
mos que antes da Lei 11.232/2005 que alterou o 
CPC/73, a liquidação se fazia por meio de um 
processo autônomo de conhecimento, a ser encer-
rado por sentença que também poderia ser im-
pugnada por meio de recurso de apelação. 
Atualmente, a liquidação é considerada, pelo art. 
509 do CPC, como uma fase do processo original, 
a ser instaurada depois da prolação da sentença 
da fase de conhecimento, com vistas a comple-
mentá-la, declarando o “quantum debeatur” ou o 
objeto a ser entregue. A liquidação, ademais, será 
encerrada por decisão contra a qual caberá agravo 
de instrumento, e não mais apelação. 
 
Porém, a despeito de a liquidação não mais ter a 
natureza jurídica de processo autônomo, e sim de 
fase ou incidente processual, há diversos doutri-
nadores, como Cândido Rangel Dinamarco e Luiz 
Rodrigues Wambier, que classificam como sen-
tença a decisão que encerra a fase liquidatória, 
embora desafiada por agravo de instrumento. Isto 
porque a decisão da liquidação resolveria nova 
questão de mérito controvertida, relativa ao valor 
da dívida ou a definição do objeto a ser entregue, 
e não mera questão incidente. 
 
Fase de liquidação 
 
Tratando-se de fase do mesmo processo, a liquida-
ção, em regra, deve ser requerida no mesmo juízo 
em que proferida a sentença ilíquida. Porém, com 
relação à sentença penal condenatória, sentença 
arbitral e sentença estrangeira, a competência será 
relativa, e deverá observar o critério territorial pre-
visto para o processo de conhecimento, uma vez 
que não há processo cível de conhecimento prévio. 
 
A liquidação individual da sentença coletiva, pela 
vítima ou seu sucessor, também não ocorrerá no 
mesmo juízo do processo coletivo, mas deverá ser 
distribuída livremente e conforme as regras de com-
petência próprias. 
 
Eventualmente poderá a liquidação ser processa-
da em autos apartados do processo de conheci-
mento, quando requerida na pendência da tramita-
ção de recurso interposto conta a sentença, e tra-
mitará no juízo de origem e não perante o Tribunal 
(CPC, 512), caso em que será denominada de 
liquidação provisória. 
 
Admite-se também que se inicie a fase de liquida-
ção ainda que a sentença ilíquida tenha sido obje-
to de recurso recebido no efeito suspensivo. 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Processual Civil - Aula 01 
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2 
Porém, a execução provisória somente é admitida 
quando a sentença tiver sido impugnada por re-
curso recebido no efeito devolutivo. 
 
Sendo a sentença apenas parcialmente ilíquida, o 
credor poderá simultaneamente promover a exe-
cução da parte líquida, em autos apartados, e dar 
início à fase de liquidação, nos mesmos autos 
(CPC, art. 475-I, § 2º). 
 
Espécies de liquidação 
 
Atualmente, temos duas espécies de liquidação 
previstas no CPC: por arbitramento e por artigos. 
 
Não mais temos a chamada liquidação por cálculo 
de contador. Com efeito, se a determinação do valor 
da condenação depender apenas de cálculo aritmé-
tico, não haverá liquidação, e o credor desde já 
poderá requerer o cumprimento da sentença, instru-
indo o pedido com a memória discriminada e atuali-
zada do cálculo (CPC, art. 509, parágrafo 2º). 
 
E, se algum dado faltar ao credor para elaboração 
do cálculo, poderá requerer ao juiz que o requisite 
do devedor ou terceiro, os quais terão prazo de até 
trinta dias para cumprir a diligência. 
 
Se, injustificadamente, o devedor não apresentar os 
dados requisitados, reputar-se-ão corretos os cálcu-
los apresentados pelo credor; se for o terceiro quem 
descumpriu a ordem, o juiz expedirá mandado de 
apreensão, requisitando, se necessário, força polici-
al, tudo sem prejuízo da responsabilidade por crime 
de desobediência (CPC, arts. 523 e 524). 
 
O contador apenas será chamado para auxiliar o 
juízo se a memória de cálculo apresentada pelo 
credor aparentemente exceder os limites da decisão 
exequenda, ou nos casos de assistência judiciária, a 
fim de auxiliar o hipossuficiente na condução do 
processo. O credor, porém, poderá discordar dos 
cálculos apresentados pelo contador, ocasião em 
que a execução prosseguirá pelo valor que o credor 
indicar, mas a penhora, no entanto, ficará restrita ao 
valor que o juiz entender adequada. (CPC,524). 
 
Há quem classifique a liquidação individual da sen-
tença coletiva genérica, prevista no CDC, como 
sendo outra espécie de liquidação. Porém, ainda 
que movida por pessoa diversa daquela que ajuizou 
a ação coletiva – uma vez que a liquidação individu-
al será requerida pela vítima – a liquidação se pro-
cessará por uma das modalidades acima indicadas 
(por arbitramento ou por artigos, normalmente por 
esta última). 
 
Liquidação por arbitramento (art. 510) 
 
A liquidação por arbitramento será necessária 
quando, para apuração do “quantum debeatur”, for 
exigida a produção de prova pericial. 
 
Exemplo corriqueiro é a fixação de aluguéis pelo 
uso de bem de propriedade alheia. O proprietário 
que restou alijado do uso da coisa, ao demandar 
em face daquele que está a fazer uso do bem, 
receberá indenização na forma de aluguéis, como 
forma de indenização pelo uso da coisa. Esse 
valor será arbitrado por um perito, que com base 
nas características do bem, localização, mercado 
imobiliário etc, irá aferir o valor do aluguel10. Po-
de-se dizer, por conta disso, que arbitrar é “avali-
ar”. 
 
Na liquidação por arbitramento,o juiz intimará as 
partes para a apresentação de pareceres ou do-
cumentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso 
não possa decidir de plano, nomeará perito, ob-
servando-se, no que couber, o procedimento da 
prova pericial. 
 
Por procedimento comum (art. 511) 
 
Ela substituiu àquela que chamávamos de liqui-
dação por artigos . 
 
Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz 
determinará a intimação do requerido, na pessoa de 
seu advogado ou da sociedade de advogados a que 
estiver vinculado, para, querendo, apresentar con-
testação no prazo de 15 (quinze) dias, observando-
se, a seguir, no que couber, o disposto no Livro I da 
Parte Especial do CPC. 
 
Através dela se apuram valores da condenação, 
permitindo as partes a prova de fatos novos. 
Fato novo é aquele ocorrido posteriormente à sen-
tença e fundamental para a apuração do valor e 
extensão da obrigação. Também é considerado 
fato novo aquele que, embora ocorrido antes da 
sentença, não foi objeto de alegação e de prova 
no processo e que se mostra fundamental para a 
determinação do “quantum” devido. 
 
A título de exemplo, é considerado fato novo a 
prova do montante dos danos materiais e o grau 
de incapacidade da vítima de acidente de trânsito 
que ainda se encontrava hospitalizada quando do 
início do processo de conhecimento visando a 
indenização dos danos sofridos. Sendo acolhido o 
pedido indenizatório, o montante dos danos mate-
riais sofridos durante o processo, ou mesmo pos-
teriores à sentença, desde que relativos ao mesmo 
acidente (remédios e despesas com internação, 
por exemplo), poderão ser apurados em liquidação 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Processual Civil - Aula 01 
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3 
e cobrados nos mesmos autos. 
 
Um outro exemplo se encontra na hipótese de 
condenação à reparação de danos por uma inter-
venção cirúrgica, dano que pode mesmo ocorrer 
após o ajuizamento da ação ou prolação da sen-
tença.1 
 
Procedimento 
 
A fase de liquidação por arbitramento inicia-se 
com o requerimento da parte, por simples petição, 
que não necessita ter os requisitos de uma petição 
inicial. Em seguida, será a parte contrária intima-
da, na pessoa de seu advogado. 
 
Não tendo havido prévio processo cível de conhe-
cimento (nos casos de sentença penal condenató-
ria, por exemplo), a liquidação será iniciada e o 
réu será citado para responder, no prazo de 15 
dias, sob pena de revelia (CPC, art. 515, parágrafo 
1º). 
 
O rito procedimental a ser adotado será o mesmo 
que foi observado no processo de conhecimento 
(Procedimento comum- art. 511) 
 
Em relação à liquidação por arbitramento, a prova 
pericial a ser produzida observará as mesmas 
regras previstas para o processo de conhecimen-
to, previstas nos artigos 464 e seguintes do CPC. 
Deverá o juiz, portanto, nomear o perito e fixar 
prazo para a entrega do laudo; depois de apresen-
tado o laudo, as partes poderão manifestar-se e, 
se necessário, poderá também ser designada au-
diência, antes da decisão. 
 
Quanto à liquidação por procedimento comum 
deverá a parte alegar e provar os fatos novos rela-
cionados diretamente ao “quantum debeatur” e, 
para tanto, poderá produzir qualquer tipo de prova 
(documental, testemunhal, inclusive a pericial). 
Relativamente aos efeitos da revelia neste tipo de 
liquidação, a presunção de veracidade incidirá 
sobre os fatos novos que foram alegados no re-
querimento inicial. 
 
 
 
1 Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Apela-
ção Cível n.° 70031438112. Relator: Umberto 
Guaspari Sudbrack. Porto Alegre, 13 de outubro de 
2010. Outro exemplo é trazido por Araken de Assis: 
a necessidade de provar os valores pagos pela diá-
ria do aluguel de um veículo, na indenização por 
lucros cessantes. ASSIS, Araken de. Manual da 
execução. 11. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 
2008. p. 292. 
Ao final da liquidação, é possível que a parte inte-
ressada não tenha conseguido provar os fatos 
novos alegados ou mesmo que, após exaustiva 
produção probatória, tenha se concluído não haver 
qualquer saldo devedor. Neste último caso, não há 
dúvida de ter ocorrido a chamada “liquidação ze-
ro”, e de que será julgada improcedente a liquida-
ção. 
 
Porém, divide-se a doutrina quanto à primeira hi-
pótese, havendo quem entenda que a liquidação 
deve ser extinta, sem julgamento do mérito, com a 
declaração de que os fatos não foram provados, 
autorizando, inclusive, a repropositura da liquida-
ção; e, outros que adotam a orientação, a que nos 
filiamos, de que a falta de provas enseja a impro-
cedência da liquidação e impede a repropositura 
da liquidação. Esta última orientação visa garantir 
maior segurança jurídica ao sistema e impedir que 
o réu seja excessivamente onerado com a desídia 
do autor da liquidação. 
 
Por fim, a decisão que julga a liquidação poderá 
ser impugnada por agravo de instrumento (CPC, 
1015, parágrafo único). 
 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA 
 
NOÇÕES INICIAIS 
 
De acordo com as alterações promovidas no CPC 
pela Lei 11.232/05, as obrigações de pagar quantia 
consubstanciadas em título executivo judicial não 
são executadas em processo autônomo de execu-
ção, mas sim em fase do mesmo processo, deno-
minada de fase de cumprimento de sentença. O 
NCPC fortalece o sistema do sincretismo processu-
al. 
 
As demais espécies de obrigações previstas em 
títulos executivos judiciais, como a de fazer, não 
fazer e entregar coisa, ao menos necessitam de 
fase de cumprimento de sentença, pois se efetivam 
por meio da concessão de tutela específica ou por 
determinação de providências que asseguram o 
resultado prático equivalente ao do adimplemento, 
conforme regra prevista nos artigos 497 e ss., bem 
como 536 e 498 do CPC. 
 
Até mesmo a Fazenda Pública se sujeitará ao re-
gramento do cumprimento de sentença, consoante 
dispõe o art. 534, que será estudado na sequência. 
O cumprimento da sentença que reconhece o dever 
de pagar quantia, provisório ou definitivo, far-se-á a 
requerimento do exequente. 
O devedor será intimado para cumprir a sentença: 
 -pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado 
constituído nos autos; 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Processual Civil - Aula 01 
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- por carta com aviso de recebimento, quando re-
presentado pela Defensoria Pública ou quando não 
tiver procurador constituído nos autos, ressalvada a 
hipótese do inciso IV; 
- por meio eletrônico, quando, no caso do § 1o do 
art. 246, não tiver procurador constituído nos autos 
- por edital, quando, citado na forma do art. 256, 
tiver sido revel na fase de conhecimento. 
 
ANOTE! Se o requerimento acima indicado for for-
mulado após 1 (um) ano do trânsito em julgado da 
sentença, a intimação será feita na pessoa do de-
vedor, por meio de carta com aviso de recebimento 
encaminhada ao endereço constante dos autos, 
observado o disposto no parágrafo único do art. 274 
e no § 3o deste artigo. 
O cumprimento da sentença não poderá ser promo-
vido em face do fiador, do coobrigado ou do corres-
ponsável que não tiver participado da fase de co-
nhecimento. 
Quando o juiz decidir relação jurídica sujeita a con-
dição ou termo, o cumprimento da sentença depen-
derá de demonstração de que se realizou a condi-
ção ou de que ocorreu o termo. 
 
São títulos executivos judiciais, cujo cumpri-
mento dar-se-á de acordo com os artigos previs-
tos neste Título: 
 
- as decisões proferidas no processo civil que reco-
nheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quan-
tia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa; 
 - a decisão homologatória de autocomposição judi-
cial; 
- a decisão homologatória de autocomposição extra-
judicialde qualquer natureza; 
- o formal e a certidão de partilha, exclusivamente 
em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos 
sucessores a título singular ou universal; 
 - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, 
emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados 
por decisão judicial; 
 - a sentença penal condenatória transitada em jul-
gado; 
 - a sentença arbitral; 
- a sentença estrangeira homologada pelo Superior 
Tribunal de Justiça; 
- a decisão interlocutória estrangeira, após a con-
cessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior 
Tribunal de Justiça; 
LEMBRE! A sentença arbitral é título executivo JU-
DICIAL. 
CUIDADO! A autocomposição judicial pode envol-
ver sujeito estranho ao processo e versar sobre 
relação jurídica que não tenha sido deduzida em 
juízo. 
 
Tratemos de competência, vejamos: 
O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante: 
- os tribunais, nas causas de sua competência origi-
nária; 
- o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de 
jurisdição; 
- o juízo cível competente, quando se tratar de sen-
tença penal condenatória, de sentença arbitral, de 
sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo 
Tribunal Marítimo. 
Nas hipóteses de decisão homologatória de auto-
composição judicial ou de decisão homologatória de 
autocomposição extrajudicial de qualquer natureza, 
o exequente poderá optar pelo juízo do atual domi-
cílio do executado, pelo juízo do local onde se en-
contrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo 
do local onde deva ser executada a obrigação de 
fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos 
autos do processo será solicitada ao juízo de ori-
gem. 
 
A decisão judicial transitada em julgado poderá ser 
levada a protesto, nos termos da lei, depois de 
transcorrido o prazo para pagamento voluntário 
previsto no art. 523, já mencionado acima. 
Para efetivar o protesto, incumbe ao exequente 
apresentar certidão de teor da decisão. 
A certidão de teor da decisão deverá ser fornecida 
no prazo de 3 (três) dias e indicará o nome e a qua-
lificação do exequente e do executado, o número do 
processo, o valor da dívida e a data de decurso do 
prazo para pagamento voluntário. 
 
CUIDADO! 
O executado que tiver proposto ação rescisória para 
impugnar a decisão exequenda pode requerer, a 
suas expensas e sob sua responsabilidade, a ano-
tação da propositura da ação à margem do título 
protestado. 
A requerimento do executado, o protesto será can-
celado por determinação do juiz, mediante ofício a 
ser expedido ao cartório, no prazo de 3 (três) dias, 
contado da data de protocolo do requerimento, des-
de que comprovada a satisfação integral da obriga-
ção. 
Todas as questões relativas à validade do procedi-
mento de cumprimento da sentença e dos atos exe-
cutivos subsequentes poderão ser arguidas pelo 
executado nos próprios autos e nestes serão deci-
didas pelo juiz. 
 
REGRA DE APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA 
Aplicam-se as disposições relativas ao cumprimento 
da sentença, provisório ou definitivo, e à liquidação, 
no que couber, às decisões que concederem tutela 
provisória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Processual Civil - Aula 01 
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5 
DO CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DA SENTEN-
ÇA QUE RECONHECE A EXIGIBILIDADE DE 
OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA 
 
Tal cumprimento de sentença foi instaurado no 
CPC/73 através da Lei 11.232/05. Foi a alteração 
promovida no CPC pela Lei 11.232/05 que trouxe a 
separação dos procedimentos ao estabelecer que 
as obrigações de pagar quantia definidas em título 
executivo judicial agora não mais são executadas 
em relação processual executiva autônoma, mas 
sim por meio de atos executivos a serem realizados 
em fase do mesmo processo, denominada de fase 
de “cumprimento da sentença”. 
Diante desta modificação, passou-se também a 
denominar de “sincrético” este processo que unifi-
cou o processo de conhecimento e o de execução, 
permitindo que a efetivação forçada do julgado seja 
feita como fase do mesmo processo. 
O cumprimento provisório da sentença impugnada 
por recurso desprovido de efeito suspensivo será 
realizado da mesma forma que o cumprimento defi-
nitivo, sujeitando-se ao seguinte regime: 
 - corre por iniciativa e responsabilidade do exe-
quente, que se obriga, se a sentença for reformada, 
a reparar os danos que o executado haja sofrido; 
- fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique 
ou anule a sentença objeto da execução, restituin-
do-se as partes ao estado anterior e liquidando-se 
eventuais prejuízos nos mesmos autos; 
Se a sentença objeto de cumprimento provisório for 
modificada ou anulada apenas em parte, somente 
nesta ficará sem efeito a execução; 
O levantamento de depósito em dinheiro e a prática 
de atos que importem transferência de posse ou 
alienação de propriedade ou de outro direito real, ou 
dos quais possa resultar grave dano ao executado, 
dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada 
de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos. 
No cumprimento provisório da sentença, o executa-
do poderá apresentar impugnação, se quiser, nos 
termos do art. 525 do NCPC. 
 
A multa e os honorários são devidos no cumprimen-
to provisório de sentença condenatória ao paga-
mento de quantia certa. 
 
Se o executado comparecer tempestivamente e 
depositar o valor, com a finalidade de isentar-se da 
multa, o ato não será havido como incompatível 
com o recurso por ele interposto. 
A restituição ao estado anterior a que se refere o 
inciso II não implica o desfazimento da transferência 
de posse ou da alienação de propriedade ou de 
outro direito real eventualmente já realizada, ressal-
vado, sempre, o direito à reparação dos prejuízos 
causados ao executado. 
Ao cumprimento provisório de sentença que reco-
nheça obrigação de fazer, de não fazer ou de dar 
coisa aplica-se, no que couber, as disposições des-
te cumprimento. 
A caução acima mencionada poderá ser dispensada 
nos casos em que: 
 - o crédito for de natureza alimentar, independen-
temente de sua origem; 
 - o credor demonstrar situação de necessidade; 
 - pender o agravo fundado nos incisos II e III do art. 
1.042; 
De acordo com o PL 168/15 a redação do art. 521, 
inciso III passa a ser a seguinte: [...] pender o agra-
vo do art. 1.042. 
- a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver 
em consonância com súmula da jurisprudência do 
Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal 
de Justiça ou em conformidade com acórdão profe-
rido no julgamento de casos repetitivos. 
 
ANOTE! 
A exigência de caução será mantida quando da 
dispensa possa resultar manifesto risco de gra-
ve dano de difícil ou incerta reparação. 
O cumprimento provisório da sentença será requeri-
do por petição dirigida ao juízo competente. 
Não sendo eletrônicos os autos, a petição será 
acompanhada de cópias das seguintes peças do 
processo, cuja autenticidade poderá ser certificada 
pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade 
pessoal: 
 
 - decisão exequenda; 
- certidão de interposição do recurso não dotado de 
efeito suspensivo; 
 - procurações outorgadas pelas partes; 
- decisão de habilitação, se for o caso; 
- facultativamente, outras peças processuais consi-
deradas necessárias para demonstrar a existência 
do crédito. 
 
CUMPRIMENTO DEFINITIVO DA SENTENÇA 
QUE RECONHECE A EXIGIBILIDADE DE OBRI-
GAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA 
 
No caso de condenação em quantia certa, ou já 
fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre 
parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da 
sentença far-se-á a requerimento do exequente, 
sendo o executado intimado para pagar o débito, no 
prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se 
houver. 
Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do 
caput, o débito será acrescido de multa de dez por 
cento e, também, de honoráriosde advogado de 
dez por cento. 
 
 
 
 
 
 
 
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6 
Efetuado o pagamento parcial no prazo de 15 
dias, a multa e os honorários previstos incidirão 
sobre o restante. 
Não efetuado tempestivamente o pagamento volun-
tário, será expedido, desde logo, mandado de pe-
nhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropri-
ação. 
 
O requerimento previsto no art. 523 será instruído 
com demonstrativo discriminado e atualizado do 
crédito, devendo a petição conter: 
 
- o nome completo, o número de inscrição no Ca-
dastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional 
da Pessoa Jurídica do exequente e do executado, 
observado o disposto no art. 319, §§ 1o a 3º do 
CPC; 
- o índice de correção monetária adotado; 
- os juros aplicados e as respectivas taxas; 
- o termo inicial e o termo final dos juros e da corre-
ção monetária utilizados; 
- a periodicidade da capitalização dos juros, se for o 
caso; 
- especificação dos eventuais descontos obrigató-
rios realizados; 
- indicação dos bens passíveis de penhora, sempre 
que possível. 
 
Quando o valor apontado no demonstrativo aparen-
temente exceder os limites da condenação, a exe-
cução será iniciada pelo valor pretendido, mas a 
penhora terá por base a importância que o juiz en-
tender adequada. 
 
Para a verificação dos cálculos, o juiz poderá valer-
se de contabilista do juízo, que terá o prazo máximo 
de 30 (trinta) dias para efetuá-la, exceto se outro lhe 
for determinado. 
 
Quando a elaboração do demonstrativo depender 
de dados em poder de terceiros ou do executado, o 
juiz poderá requisitá-los, sob cominação do crime de 
desobediência. 
 
Quando a complementação do demonstrativo de-
pender de dados adicionais em poder do executado, 
o juiz poderá, a requerimento do exequente, requisi-
tá-los, fixando prazo de até 30 (trinta) dias para o 
cumprimento da diligência. 
 
Se os dados adicionais a que se refere o § 4o não 
forem apresentados pelo executado, sem justificati-
va, no prazo designado, reputar-se-ão corretos os 
cálculos apresentados pelo exequente apenas com 
base nos dados de que dispõe. 
 
Tratemos da IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO 
DA SENTENÇA 
 
A impugnação constitui o meio de defesa do deve-
dor na fase do cumprimento da sentença condena-
tória que prevê obrigação de pagar quantia. 
Quanto à natureza jurídica da impugnação, o CPC a 
considera como mero incidente da fase de cumpri-
mento da sentença e não como ação autônoma de 
conhecimento, como são considerados os embar-
gos. Porém, é inegável a natureza de ação da im-
pugnação fundada na hipótese prevista no incido VI 
do art. 525 (“qualquer causa impeditiva, modificativa 
ou extintiva da obrigação, como pagamento, nova-
ção, compensação, transação ou prescrição, desde 
que superveniente à sentença”), por visar à declara-
ção de extinção da própria obrigação. 
Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o 
pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quin-
ze) dias para que o executado, independentemen-
te de penhora ou nova intimação2, apresente, nos 
próprios autos, sua impugnação. 
A impugnação poderá ser apresentada por meio de 
simples petição, sem os requisitos dos artigos 319 e 
320. 
 
Na impugnação, o executado poderá alegar: 
 
- falta ou nulidade da citação se, na fase de conhe-
cimento, o processo correu à revelia; 
- ilegitimidade de parte; 
- inexequibilidade do título ou inexigibilidade da 
obrigação; 
- penhora incorreta ou avaliação errônea; 
- excesso de execução ou cumulação indevida de 
execuções; 
- incompetência absoluta ou relativa do juízo da 
execução; 
- qualquer causa modificativa ou extintiva da obriga-
ção, como pagamento, novação, compensação, 
transação ou prescrição, desde que supervenientes 
à sentença. 
 
A alegação de impedimento ou suspeição observará 
o disposto nos arts. 146 e 148. 
 
 
2 O entendimento prevalecente à luz do CPC/73 era 
o da necessidade de garantia do juízo para o ofere-
cimento da impugnação. A impugnação poderia ser 
oferecida pelo devedor no prazo preclusivo de 15 
(quinze) dias, contados da juntada aos autos da 
intimação do auto de penhora e avaliação (CPC/73, 
art. 475-J, § 1º). Portanto, a realização da penhora 
era pressuposto necessário para a oposição da 
impugnação, diversamente do já ocorria com os 
embargos à execução da obrigação prevista em 
título executivo extrajudicial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7 
CUIDADO! Aplica-se à impugnação o disposto no 
art. 2293, ou seja, preenchidos os seus requisitos 
contar-se-á em dobro o prazo para seu oferecimen-
to. 
 
Quando o executado alegar que o exequente, em 
excesso de execução, pleiteia quantia superior à 
resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de 
imediato o valor que entende correto, apresentando 
demonstrativo discriminado e atualizado de seu 
cálculo. 
 
Na hipótese acima, não apontado o valor correto ou 
não apresentado o demonstrativo, a impugnação 
será liminarmente rejeitada, se o excesso de execu-
ção for o seu único fundamento, ou, se houver ou-
tro, a impugnação será processada, mas o juiz não 
examinará a alegação de excesso de execução. 
 
A apresentação de impugnação não impede a prá-
tica dos atos executivos, inclusive os de expro-
priação, podendo o juiz, a requerimento do exe-
cutado e desde que garantido o juízo com pe-
nhora, caução ou depósito suficientes, atribuir-
lhe efeito suspensivo, se seus fundamentos fo-
rem relevantes e se o prosseguimento da execu-
ção for manifestamente suscetível de causar ao 
executado grave dano de difícil ou incerta repa-
ração. Para a concessão do mencionado efeito, 
se faz indispensável a garantia do juízo. 
ANOTE! 
A concessão de efeito suspensivo a que se refere o 
§ 6º do art. 525 não impedirá a efetivação dos atos 
de substituição, de reforço ou de redução da penho-
ra e de avaliação dos bens. 
 
Quando o efeito suspensivo atribuído à impugnação 
disser respeito apenas a parte do objeto da execu-
ção, esta prosseguirá quanto à parte restante. 
 
A concessão de efeito suspensivo à impugnação 
deduzida por um dos executados não suspenderá a 
execução contra os que não impugnaram, quando o 
respectivo fundamento disser respeito exclusiva-
mente ao impugnante. 
 
Ainda que atribuído efeito suspensivo à impugna-
ção, é lícito ao exequente requerer o prosseguimen-
to da execução, oferecendo e prestando, nos pró-
prios autos, caução suficiente e idônea a ser arbi-
trada pelo juiz. 
 
 
3 Os litisconsortes que tiverem diferentes procurado-
res, de escritórios de advocacia distintos, terão pra-
zos contados em dobro para todas as suas manifes-
tações, em qualquer juízo ou tribunal, independen-
temente de requerimento. 
As questões relativas a fato superveniente ao térmi-
no do prazo para apresentação da impugnação, 
assim como aquelas relativas à validade e à ade-
quação da penhora, da avaliação e dos atos execu-
tivos subsequentes, podem ser arguidas por simples 
petição, tendo o executado, em qualquer dos casos, 
o prazo de 15 (quinze) dias para formular esta ar-
guição, contado da comprovada ciência do fato ou 
da intimação do ato. 
 
Considera-se também inexigível a obrigação reco-
nhecida em título executivo judicial fundado em lei 
ou ato normativo considerado inconstitucional pelo 
Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação 
ou interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo 
Supremo Tribunal Federal como incompatível com a 
Constituição Federal, em controle de constituciona-
lidade concentrado ou difuso. Os efeitos da decisãodo Supremo Tribunal Federal poderão ser modula-
dos no tempo, em atenção à segurança jurídica. 
 
A decisão do Supremo Tribunal Federal acima refe-
rida deve ser anterior ao trânsito em julgado da de-
cisão exequenda. Se a decisão for proferida após o 
trânsito em julgado da decisão exequenda, caberá 
ação rescisória, cujo prazo será contado do trânsito 
em julgado da decisão proferida pelo Supremo Tri-
bunal Federal. 
 
É lícito ao réu, antes de ser intimado para o cum-
primento da sentença, comparecer em juízo e ofe-
recer em pagamento o valor que entender devido, 
apresentando memória discriminada do cálculo. 
 
O autor será ouvido no prazo de 5 (cinco) dias, po-
dendo impugnar o valor depositado, sem prejuízo do 
levantamento do depósito a título de parcela incon-
troversa. 
 
Concluindo o juiz pela insuficiência do depósito, 
sobre a diferença incidirão multa de dez por cento e 
honorários advocatícios, também fixados em dez 
por cento, seguindo-se a execução com penhora e 
atos subsequentes. 
 
Se o autor não se opuser, o juiz declarará satisfeita 
a obrigação e extinguirá o processo. 
 
Aplicam-se as disposições deste Capítulo ao cum-
primento provisório da sentença, no que couber. 
 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECO-
NHEÇA A EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE 
PAGAR QUANTIA CERTA PELA FAZENDA PÚ-
BLICA 
 
 No CPC/73, figurando a Fazenda Pública (Munici-
pal, Estadual ou Federal) como devedora de obriga-
 
 
 
 
 
 
 
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8 
ção de pagar quantia, fosse definida em título exe-
cutivo judicial ou prevista em título executivo extra-
judicial, seria executada por meio de processo autô-
nomo cujo procedimento está previsto nos artigos 
730 e 731 do CPC. 
No que se refere à possibilidade de a Fazenda Pú-
blica ser executada por título executivo extrajudicial, 
consolidou-se a jurisprudência no sentido de consi-
derá-la admissível, nos termos da súmula 279 do 
STJ. 
 
Repassemos, de forma rápida, o procedimento an-
terior, vejamos: 
 
Diversamente dos particulares, a Fazenda Pública 
não era citada para pagar o título executivo extraju-
dicial no prazo de 03 (três) dias, conforme prevê o 
art. 652 do CPC, nem terá o prazo de 15 (quinze) 
dias para cumprir a obrigação de pagar quantia 
definida em título executivo judicial, nos termos do 
art. 475-J do CPC. 
Independentemente da espécie de título executivo 
que se executa, a Fazenda Pública seria sempre 
citada para opor embargos no prazo de 30 (trinta) 
dias. 
Somente se deixasse de opor embargos ou se fos-
sem eles julgados improcedentes, é que seria expe-
dido precatório requisitando o pagamento da dívida. 
Este procedimento diverso se justifica pela impe-
nhorabilidade dos bens públicos, ficando vedada, 
por consequência, sua apreensão e alienação judi-
cial, e até mesmo o pagamento voluntário da dívida 
depois de ajuizada a execução. 
No que se refere ao prazo para oposição dos em-
bargos, já não incidia o prazo de 10 (dez) dias pre-
visto no art. 730 do CPC/73, em razão da existência 
de norma específica contida no art. 1º-B da Lei 
9.494/97, que passou a estabelecer o prazo de 30 
(trinta) dias para embargar. 
Ao embargar, poderia a Fazenda Pública alegar 
qualquer das matérias previstas nos incisos do art. 
741 do CPC: I - falta ou nulidade da citação, se o 
processo correu à revelia; II - inexigibilidade do títu-
lo; III - ilegitimidade das partes; IV - cumulação in-
devida de execuções; V - excesso de execução; VI - 
qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva 
da obrigação, como pagamento, novação, compen-
sação, transação ou prescrição, desde que super-
veniente à sentença; VII - incompetência do juízo da 
execução, bem como sujeição ou impedimento do 
juiz. 
O precatório seria expedido depois de findo o prazo 
para embargos, sem que tenham sido apresenta-
dos, ou depois do trânsito em julgado da decisão 
que os julgar improcedentes, observando-se que é 
exigido o reexame necessário desta decisão (CPC, 
art. 475). De acordo com o art. 1º-D da lei 9.494/97, 
quando a Fazenda Pública deixar de opor embargos 
não são devidos honorários advocatícios na execu-
ção. 
Expedido o precatório, seria encaminhado ao Presi-
dente do Tribunal competente, que os remeterá ao 
órgão competente. Os precatórios judiciários apre-
sentados até 1º de julho serão incluídos no orça-
mento e pagos até o final do exercício seguinte, 
quando terão seus valores atualizados monetaria-
mente (CF, art. 100, § 5º). 
O pagamento seria feito na ordem de apresentação 
do precatório, ressalvando-se que os créditos de 
natureza alimentícia têm preferência, motivo pelo 
qual serão formadas duas ordens cronológicas para 
pagamento, uma relativa aos créditos de natureza 
alimentícia e outra para os créditos de natureza 
diversa. 
Havendo preterição na ordem do pagamento dos 
precatórios, o art. 731 do CPC autoriza que o Presi-
dente do Tribunal que a emitiu, depois de ouvido o 
chefe do Ministério Público, ordene o sequestro da 
quantia necessária para satisfazer o débito. 
Com relação aos créditos de pequeno valor, no 
entanto, serão pagos independentemente da expe-
dição de precatórios, nos termos do art. 100, § 3º, 
da Constituição Federal, hipótese em que as requi-
sições de pagamento serão feitas diretamente ao 
órgão competente. 
 
No CPC/15, ainda que a Fazenda Pública seja 
condenada por sentença a pagar determinada 
quantia, não seria executada pelo procedimento 
relativo ao cumprimento de sentença. 
No cumprimento de sentença que impuser à Fazen-
da Pública o dever de pagar quantia certa, o exe-
quente apresentará demonstrativo discriminado e 
atualizado do crédito contendo: 
 
- o nome completo e o número de inscrição no Ca-
dastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional 
da Pessoa Jurídica do exequente; 
- o índice de correção monetária adotado; 
- os juros aplicados e as respectivas taxas; 
- o termo inicial e o termo final dos juros e da corre-
ção monetária utilizados; 
- a periodicidade da capitalização dos juros, se for o 
caso; 
- a especificação dos eventuais descontos obrigató-
rios realizados. 
 
Havendo pluralidade de exequentes, cada um deve-
rá apresentar o seu próprio demonstrativo, aplican-
do-se à hipótese, se for o caso, o disposto nos §§ 
1o e 2o do art. 113. 
 
A multa prevista no § 1o do art. 523 não se aplica à 
Fazenda Pública. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9 
A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu 
representante judicial, por carga, remessa ou meio 
eletrônico, para, querendo, no prazo de 30 (trinta) 
dias e nos próprios autos, impugnar a execução, 
podendo arguir: 
 
- falta ou nulidade da citação se, na fase de conhe-
cimento, o processo correu à revelia; 
- ilegitimidade de parte; 
- inexequibilidade do título ou inexigibilidade da 
obrigação; 
- excesso de execução ou cumulação indevida de 
execuções; 
- incompetência absoluta ou relativa do juízo da 
execução; 
- qualquer causa modificativa ou extintiva da obriga-
ção, como pagamento, novação, compensação, 
transação ou prescrição, desde que supervenientes 
ao trânsito em julgado da sentença. 
 
A alegação de impedimento ou suspeição observará 
o disposto nos arts. 146 e 148. 
 
Quando se alegar que o exequente, em excesso de 
execução, pleiteia quantia superior à resultante do 
título, cumprirá à executada declarar de imediato o 
valor que entende correto, sob pena de não conhe-
cimento da arguição. 
 
CUIDADO! Não impugnada a execução ou rejeita-
das as arguições da executada: 
 
- expedir-se-á, por intermédio do presidente do tri-
bunal competente, precatório em favor do exequen-
te, observando-se o disposto na ConstituiçãoFede-
ral; 
- por ordem do juiz, dirigida à autoridade na pessoa 
de quem o ente público foi citado para o processo, o 
pagamento de obrigação de pequeno valor será 
realizado no prazo de 2 (dois) meses contado da 
entrega da requisição, mediante depósito na agên-
cia de banco oficial mais próxima da residência do 
exequente. 
 
Tratando-se de impugnação parcial, a parte não 
questionada pela executada será, desde logo, obje-
to de cumprimento. 
 
Considera-se também inexigível a obrigação reco-
nhecida em título executivo judicial fundado em lei 
ou ato normativo considerado inconstitucional pelo 
Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação 
ou interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo 
Supremo Tribunal Federal como incompatível com a 
Constituição Federal, em controle de constituciona-
lidade concentrado ou difuso. 
 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECO-
NHEÇA A EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE 
FAZER, DE NÃO FAZER OU DE ENTREGAR 
COISA 
 
No cumprimento de sentença que reconheça a exi-
gibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, o 
juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a 
efetivação da tutela específica ou a obtenção de 
tutela pelo resultado prático equivalente, determinar 
as medidas necessárias à satisfação do exequente. 
Eis uma decorrência do seu poder geral de efetiva-
ção. 
Para atender as disposições acima mencionadas, o 
juiz poderá determinar, entre outras medidas, a 
imposição de multa, a busca e apreensão, a re-
moção de pessoas e coisas, o desfazimento de 
obras e o impedimento de atividade nociva, po-
dendo, caso necessário, requisitar o auxílio de 
força policial. Entendemos que tal rol é explica-
tivo. O juiz poderá , à luz do caso concreto, de-
terminar que outras medidas sejam tomadas. 
O mandado de busca e apreensão de pessoas e 
coisas será cumprido por 2 (dois) oficiais de justiça, 
observando-se o disposto no art. 846, §§ 1o a 4o, 
se houver necessidade de arrombamento. 
O executado incidirá nas penas de litigância de má-
fé quando injustificadamente descumprir a ordem 
judicial, sem prejuízo de sua responsabilização por 
crime de desobediência. No cumprimento de sen-
tença que reconheça a exigibilidade de obrigação 
de fazer ou de não fazer, aplica-se o art. 525, no 
que couber. 
 
Tratemos da ASTREINTES. 
 
A multa independe de requerimento da parte e po-
derá ser aplicada na fase de conhecimento, em 
tutela provisória ou na sentença, ou na fase de exe-
cução, desde que seja suficiente e compatível com 
a obrigação e que se determine prazo razoável para 
cumprimento do preceito. 
O juiz poderá, de ofício ou a requerimento, modificar 
o valor ou a periodicidade da multa vincenda ou 
excluí-la, caso verifique que: 
 
- se tornou insuficiente ou excessiva; 
- o obrigado demonstrou cumprimento parcial su-
perveniente da obrigação ou justa causa para o 
descumprimento. 
 
O valor da multa será devido ao exequente. A deci-
são que fixa a multa é passível de cumprimento 
provisório, devendo ser depositada em juízo, permi-
tido o levantamento do valor após o trânsito em 
julgado da sentença favorável à parte ou na pen-
dência do agravo fundado nos incisos II ou III do art. 
1.042. 
 
 
 
 
 
 
 
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10 
De acordo com a PL 168/15 a redação do art. 537, 
parágrafo 3ª, se não for o texto vetado, passará a 
ser a seguinte: “ A decisão que fixa a multa é passí-
vel de cumprimento provisório, devendo ser deposi-
tada em juízo, permitido o levantamento do valor 
após o trânsito em julgado da sentença favorável à 
parte.” 
 
Ela será devida desde o dia em que se configurar o 
descumprimento da decisão e incidirá enquanto não 
for cumprida a decisão que a tiver cominado.4 
 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECO-
NHEÇA A EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE 
ENTREGAR COISA 
 
Não cumprida a obrigação de entregar coisa no 
prazo estabelecido na sentença, será expedido 
mandado de busca e apreensão ou de imissão na 
posse em favor do credor, conforme se tratar de 
coisa móvel ou imóvel. 
 A busca e apreensão será utilizada para BENS 
MÓVEIS e a imissão na posse para BENS IMÓVEIS 
 
CUIDADO! 
A existência de benfeitorias deve ser alegada na 
fase de conhecimento, em contestação, de forma 
discriminada e com atribuição, sempre que possível 
e justificadamente, do respectivo valor. 
O direito de retenção por benfeitorias deve ser exer-
cido na contestação, na fase de conhecimento. Apli-
cam-se ao procedimento previsto neste artigo, no 
que couber, as disposições sobre o cumprimento de 
obrigação de fazer ou de não fazer. 
 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECO-
NHEÇA A EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE 
PRESTAR ALIMENTOS 
 
No cumprimento de sentença que condene ao pa-
gamento de prestação alimentícia ou de decisão 
interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requeri-
mento do exequente, mandará intimar o executado 
pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débi-
to, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de 
efetuá-lo. 
Caso o executado, no prazo de três não efetue o 
pagamento, não prove que o efetuou ou não apre-
sente justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, o 
juiz mandará protestar o pronunciamento judicial, 
aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 517. 
 
4 V. art. 12, parágrafo 2º, da Lei de Ação Civil Públi-
ca ( Lei 7347/85) . 
A multa cominada liminarmente só será exigível do 
réu após o trânsito em julgado da decisão favorável 
ao autor, mas será devida desde o dia em que se 
houver configurado o descumprimento. 
Somente a comprovação de fato que gere a impos-
sibilidade absoluta de pagar justificará o inadimple-
mento. Estamos ante um conceito jurídico indeter-
minado. Só as situações concretas poderão definir o 
que se compreenderá como impossibilidade absolu-
ta. 
Caso o devedor não pague a dívida mas comprove 
a impossibilidade de efetuar o pagamento, a pena 
coercitiva de prisão não será imposta. A dívida, por 
sua vez, não se extinguirá, devendo a execução 
prosseguir apenas para sua cobrança, na forma da 
execução das demais dívidas de pagar quantia es-
tabelecidas em título executivo judicial. Igualmente 
não se declarará extinta a dívida se o devedor cum-
prir todo o tempo de prisão fixado, prosseguindo-se 
o feito para sua cobrança. Porém, pelas mesmas 
parcelas não poderá o devedor ser preso duas ve-
zes. 
Se o executado não pagar ou se a justificativa apre-
sentada não for aceita, o juiz, além de mandar pro-
testar o pronunciamento judicial decretar-lhe-á a 
prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses. Eis 
a única prisão cível estabelecida no sistema em 
vigor. 
 
A Constituição Federal admite a prisão civil do res-
ponsável pelo inadimplemento voluntário e inescu-
sável de obrigação alimentícia (CF, art. 5º, inciso 
LXVII). 
A prisão será cumprida em regime fechado, deven-
do o preso ficar separado dos presos comuns. O 
cumprimento da pena não exime o executado do 
pagamento das prestações vencidas e vincendas. 
Vale lembrar que paga a prestação alimentícia, o 
juiz suspenderá o cumprimento da ordem de prisão. 
O débito alimentar que autoriza a prisão civil do 
alimentante é o que compreende até as 3 (três) 
prestações anteriores ao ajuizamento da execução 
e as que se vencerem no curso do processo. Tal 
disposição corrobora a disposição da súmula 309 do 
STJ, vejamos: “O débito alimentar que autoriza a 
prisão civil do alimentante é o que compreende as 
três prestações anteriores ao ajuizamento da exe-
cução e as que se vencerem no curso do processo.” 
O exequente pode optar por promover o cumpri-
mento da sentença ou decisão desde logo, caso em 
que não será admissível a prisão do executado, e, 
recaindo a penhora em dinheiro, a concessão de 
efeitosuspensivo à impugnação não obsta a que o 
exequente levante mensalmente a importância da 
prestação. 
Além das opções previstas no art. 516, já estuda-
das, o exequente pode promover o cumprimento da 
sentença ou decisão que condena ao pagamento de 
prestação alimentícia no juízo de seu domicílio. 
 
ANOTE! 
 
 
 
 
 
 
 
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Quando o executado for funcionário público, militar, 
diretor ou gerente de empresa ou empregado sujeito 
à legislação do trabalho, o exequente poderá reque-
rer o desconto em folha de pagamento da importân-
cia da prestação alimentícia. 
Ao proferir a decisão, o juiz oficiará à autoridade, à 
empresa ou ao empregador, determinando, sob 
pena de crime de desobediência, o desconto a partir 
da primeira remuneração posterior do executado, a 
contar do protocolo do ofício. 
O ofício conterá o nome e o número de inscrição no 
Cadastro de Pessoas Físicas do exequente e do 
executado, a importância a ser descontada men-
salmente, o tempo de sua duração e a conta na qual 
deve ser feito o depósito. 
Sem prejuízo do pagamento dos alimentos vincen-
dos, o débito objeto de execução pode ser descon-
tado dos rendimentos ou rendas do executado, de 
forma parcelada, contanto que, somado à parcela 
devida, não ultrapasse cinquenta por cento de seus 
ganhos líquidos. 
As disposições acima aplicam-se aos alimentos 
definitivos ou provisórios. 
 
DICA PROCEDIMENTAL 
 A execução dos alimentos provisórios, bem como a 
dos alimentos fixados em sentença ainda não transi-
tada em julgado, se processa em autos apartados. 
O cumprimento definitivo da obrigação de prestar 
alimentos será processado nos mesmos autos em 
que tenha sido proferida a sentença. 
Verificada a conduta procrastinatória do executado, 
o juiz deverá, se for o caso, dar ciência ao Ministério 
Público dos indícios da prática do crime de abando-
no material. 
Quando a indenização por ato ilícito incluir presta-
ção de alimentos, caberá ao executado, a requeri-
mento do exequente, constituir capital cuja renda 
assegure o pagamento do valor mensal da pensão. 
O capital representado por imóveis ou por direitos 
reais sobre imóveis suscetíveis de alienação, títulos 
da dívida pública ou aplicações financeiras em ban-
co oficial, será inalienável e impenhorável enquanto 
durar a obrigação do executado, além de constituir-
se em patrimônio de afetação. 
O juiz poderá substituir a constituição do capital pela 
inclusão do exequente em folha de pagamento de 
pessoa jurídica de notória capacidade econômica 
ou, a requerimento do executado, por fiança bancá-
ria ou garantia real, em valor a ser arbitrado de ime-
diato pelo juiz. 
Nessa toada, se sobrevier modificação nas condi-
ções econômicas, poderá a parte requerer, confor-
me as circunstâncias, redução ou aumento da pres-
tação. A prestação alimentícia poderá ser fixada 
tomando por base o salário-mínimo. 
Finda a obrigação de prestar alimentos, o juiz man-
dará liberar o capital, cessar o desconto em folha ou 
cancelar as garantias prestadas.

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