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DIREITO CIVIL pessoa jurídica

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DIREITO CIVIL 
DAS PESSOAS JURÍDICAS
Conceito:
São entidades a que a lei confere personalidade jurídica capacitando-as a serem sujeitos de direitos e obrigações. Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
Natureza jurídica: 
Teorias da ficção: Existência é meramente ficcional; concebem que as PJ não existem. (Crítica: o Estado seria fictício pois ele é PJ).
Ficção legal: (Savigny) A PJ não existe mas a lei concebe sua presença; possui uma criação artificial da lei pois somente a pessoa natural pode ser sujeito da relação jurídica e titular de direitos subjetivos. 
Ficção doutrinária: A pessoa jurídica não tem existência real, mas apenas intelectual, ou seja, na inteligência dos juristas. 
Teorias da realidade: A PJ existe e é assegurado por lei.
Realidade objetiva/orgânica: A PJ é uma realidade sociológica, que nasce por imposição das forças sociais; nasce da vontade humana; tem órgãos (diretoria, conselho, assembleia).
Realidade jurídica/institucionalista: PJ são entes de existência real que nascem como fruto das relações sociais e não da vontade humana. Crítica: PJ público não nasce das relações nem da vontade, mas sim por lei e constituição derivado de NECESSIDADE. 
Realidade técnica: (NOSSA DOUTRINA) – PJ são entes de existência real que nasce pela necessidade é a materialização dessa necessidade. 
Requisitos para constituição da PJ:
Pluralidade de pessoas ou de bens (elemento material).
Finalidade específica – objetivo (elemento material).
Registro no órgão competente (elemento formal).
Começo da existência legal:
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
- Estatuto ou contrato social.
- Sociedade de advogados é registrada na OAB.
- Banco, seguradoras, previdência privada, PJ estrangeira, precisam da autorização do poder executivo federal. 
- Estatutos e atos constitutivos são registrados no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas; Contrato social de uma sociedade empresária faz-se na Junta Comercial. Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária.
- Tem direito ao nome, à boa reputação, à própria existência, ser proprietária e usufrutuária, de contratar e adquirir bens por sucessão causa morti. 
- Art. 46. O registro declarará:
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso.
Sociedades irregulares ou de fato:
- Não são de direitos.
- Existe sociedade, mas não existe registro.
- Patrimônio = se confunde com o de seus membros. 
- Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples. 
- Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade.
- Não tem CNPJ.
Classificação da PJ:
Quanto à nacionalidade: 
Estrangeira: qualquer que seja seu objeto, não pode, sem autorização do poder executivo, funcionar no país, ainda que por estabelecimentos subordinados, podendo, todavia, ressalvados os casos expressos por lei, ser acionista de sociedade anônima brasileira. Art. 1.134. A sociedade estrangeira, qualquer que seja o seu objeto, não pode, sem autorização do Poder Executivo, funcionar no País, ainda que por estabelecimentos subordinados, podendo, todavia, ressalvados os casos expressos em lei, ser acionista de sociedade anônima brasileira.
Nacional: sociedade organizada de conformidade com a lei brasileira e que tenha no país a sede de sua administração. Art. 1.126. É nacional a sociedade organizada de conformidade com a lei brasileira e que tenha no País a sede de sua administração. 
Quanto à estrutura interna: 
Corporação: (universitas personarum) Aspecto eminentemente pessoal. Constitui um conjunto de pessoas, reunidas para melhor consecução de seus objetivos. O aspecto dominante é o material: compõe-se de um patrimônio personalizado, destinado a um determinado fim estabelecido pelos sócios, fins internos e comuns. 
Fundações: Tem objetivos externos, estabelecidos pelo instituidor; patrimônio é essencial. Não é lucrativo. 
Quanto à função, órbita e atuação ou capacidade:
Direito público: interno (Art. 41.São pessoas jurídicas de direito público interno: I - a União; II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; III - os Municípios; IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.) e externo (Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público). 
Direito privado: Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: I - as associações; II - as sociedades; III - as fundações. IV - as organizações religiosas; V - os partidos políticos; VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.
Pessoas jurídicas colegiadas, que são grupos de pessoas aos quais a Lei confere personalidade, como as sociedades e associações.
Pessoas jurídicas não colegiadas, que não são grupos de pessoas, mas acervos patrimoniais aos quais a Lei atribui personalidade, como as fundações, autarquias e empresas públicas.
Pessoas jurídicas de direito privado:
Associações: 
Fins não econômicos. (Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.).
Aspecto eminentemente pessoal. 
Não há entre os membros direitos e obrigações recíprocas, nem intenção de dividir resultados, sendo objetivos altruísticos, científicos, artísticos, etc. 
Associação que eventualmente realiza negócios para manter ou aumentar o seu patrimônio, sem, todavia, proporcionar ganho aos associados não a desnatura, ou seja, o que deve ser vedado é que essas atividades tenham finalidade lucrativa. 
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá: I - a denominação, os fins e a sede da associação; II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados; III - os direitos e deveres dos associados; IV - as fontes de recursos para sua manutenção; V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução; VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas.
Exclusão do associado: Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto.
Justa causa = exige demonstração fática, decisão fundamentada, tomada pela maioria, conforme quórum estabelecido no estatuto, com respeito ao contraditório e ao direito à ampla defesa.
Associado pode retirar-se a qualquer tempo, sem necessidade de justificação. Pode o estatuto impor certas condições para a retirada, como o cumprimento de obrigações sociais eventualmente assumidas, mas não poderá obrigaro associado a permanecer filiado à entidade.
Em caso de dissolução: Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.
Sociedades:
Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
Sociedades simples: são constituídas por profissionais que atuam na mesma área ou por prestadores de serviço técnico e têm fim econômico ou lucrativo. Ex.: consultórios médicos e escritórios de advocacia. 
Sociedades empresárias: Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Contrato plurilateral, dadas as relações dos sócios, reciprocamente, entre si, dos sócios com a sociedade, da sociedade com terceiros e dos sócios com terceiros. É nesta qualificação de contrato plurilateral que o projeto define a sociedade.
EIRELI: Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. § 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada. § 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. § 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional.§ 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas.    
FUNDAÇÕES:
Consistem em complexos de bens dedicados à consecução de certos fins e, para esse efeito, dotados de personalidade.
Podem ser particulares ou públicas. 
A fundação compõe-se de dois elementos: patrimônio e fim. Não pode ser lucrativa, mas social, de interesse público. 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de: I – assistência sócia; II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; III – educação; IV – saúde; V – segurança alimentar e nutricional; VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentáve; VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos; VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; IX – atividades religiosas. 
Antes: Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência.
São inalteráveis os objetivos da fundação. Somente o instituidor pode especificá-los e sua vontade deve ser prestigiada. Não pode aqueles também alienar, por qualquer forma, os bens da fundação, que são inalienáveis, porque sua existência é que assegura a concretização dos fins visados pelo instituidor, salvo determinação em sentido diferente do instituidor. 
Alienação é regra, mas existe exceção: comprovada a necessidade da alienação, pode ser esta, em casos especiais, autorizada pelo juiz competente, com audiência do MP. Feita sem autorização judicial é nula. 
Constituição de fundação de desdobra em:
Ato de dotação: reserva ou destinação de bens livres, com indicação dos fins a que se destinam e a maneira de administrá-los. Far-se-á por ato intervivos (escritura pública) ou causa mortis (testamento). Pode ser constituído por diversas espé- cies de bens (imóveis, móveis, créditos etc.).
Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial.
Elaboração do estatuto, que pode ser: a) direta ou própria (pelo próprio instituidor); ou b) fiduciária (por pessoa de sua confiança, por ele designada). 
Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto da fundação projetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação da autoridade competente, com recurso ao juiz. Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, ou, não havendo prazo, em cento e oitenta dias, a incumbência caberá ao Ministério Público.
Aprovação do estatuto: 
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas. 
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma: I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação; II - não contrarie ou desvirtue o fim desta; III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.      
Se ilícito: 
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante. 
O Ministério Público, em quinze dias, aprovará o estatuto, indicará modificações que entender necessárias ou lhe denegará a aprovação. Nos dois últimos casos, pode o interessado requerer ao juiz o suprimento da aprovação. 
Registro: 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
Art. 46. O registro declarará: I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver; II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso.
 Art. 115. Não poderão ser registrados os atos constitutivos de pessoas jurídicas, quando o seu objeto ou circunstâncias relevantes indiquem destino ou atividades ilícitos ou contrários, nocivos ou perigosos ao bem público, à segurança do Estado e da coletividade, à ordem pública ou social, à moral e aos bons costumes.
As fundações se extinguem em dois casos: 1) O desvirtuamento posterior ao registro, passando a fundação a exercer atividade ilícita ou nociva,constitui causa de dissolução, cabendo ao Ministério Público a iniciativa se não o fizerem os sócios ou alguns deles. 2) Se vencer o prazo de sua existência. 
A lei não estabelece prazo para a duração da fundação, mas o instituidor pode fixa-lo. 
DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA:
Ocorre quando o juiz determina que os bens dos sócios, ou dos administradores, responderão pelas dívidas da pessoa jurídica. 
 Pelo princípio da autonomia patrimonial, o patrimônio da PJ não se confunde com o patrimônio de seus administradores. 
Ocorre a desconsideração quando:
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
Caso de fraude e de má fé. 
Abuso de personalidade jurídica:
Desvio de finalidade;
Confusão patrimonial: confusão patrimonial ocorre quando, por exemplo, os bens da PJ estão no nome da PF para não pagar os devidos impostos. 
CC adotou a teoria maior: prestigia a contribuição doutrinaria e em que a comprovação da fraude e do abuso por parte dos sócios constitui requisito para o que o juiz possa ignorar a autonomia patrimonial das PJs. 
CDC adotou a teoria menor: considera o simples prejuízo do credo motivo suficiente para desconsideração. Não se preocupa em verificar se houve ou não utilização fraudulenta do princípio, nem se houve abuso da personalidade. 
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
Desconsideração inversa da personalidade jurídica:
Ocorre quando é afastado o princípio da autonomia patrimonial da PJ, para responsabilizar a sociedade por obrigações de seus sócios. 
Extinção da pessoa jurídica:
Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua.
§ 1o Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação de sua dissolução.
§ 2o As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às demais pessoas jurídicas de direito privado.
§ 3o Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica.
Modo convencional: Vontade humana criadora; deliberação de seus membros. 
Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer:
I - o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, não entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo indeterminado;
II - o consenso unânime dos sócios;
III - a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado;
IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta dias;
V - a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar.
Art. 1.034. A sociedade pode ser dissolvida judicialmente, a requerimento de qualquer dos sócios, quando:
I - anulada a sua constituição;
II - exaurido o fim social, ou verificada a sua inexeqüibilidade.
Art. 1.035. O contrato pode prever outras causas de dissolução, a serem verificadas judicialmente quando contestadas.
Art. 1.028. No caso de morte de sócio, liquidar-se-á sua quota, salvo:
II - se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade;
Se em caso de morte de um dos sócios em uma sociedade de 2 sócios, a sociedade poderá continuar existindo pelo prazo de 180 dias ou 6 meses. Passado esse prazo, a sociedade deve ser dissolvida caso não ocorra o ingresso de um novo sócio. 
Modo legal:
Ocorre com a declaração de falência, (lei 11.101);
Morte dos sócios; (art. 1.028)
Desaparecimento do capital nas sociedades com fins lucrativos. OBS: As associações, não se extinguem pelo desaparecimento do capital pois não é um requisito de sua existência. 
Modo administrativo:
Quando as PJs dependem de autorização do poder publico e esta é cassada, seja por infração a disposição de ordem pública ou prática de atos contrários aos fins declarados no seu estatuto (art. 1.125). Pode haver provocação popular ou do MP. 
Modo judicial:
Pode ser dissolvida por sentença, se necessário, em qualquer das hipóteses previstas no art. 69, primeira parte. Realiza-se pela dissolução e liquidação. Só se encerra depois de ocorrer a liquidação total, não só pelo pela dissolução em registro público. 
DOS BENS:
Conceito: São espécies de coisas sendo que com conteúdo econômico e suscetíveis de apropriação. 
Bens ≠ patrimônio
Patrimônio = complexo de relações jurídicas pertencentes a uma pessoa, e nesse complexo tem créditos, débitos, etc. Engloba os bens. 
Teoria da responsabilidade patrimonial: os bens do devedor respondem por toda sua dívida. 
Teoria do patrimônio mínimo: em virtude da necessidade do principio da dignidade humana, existe a necessidade de garantir o mínimo existencial, dentro do seu complexo patrimonial, deve-se fica o mínimo para a pessoa subsistir de maneira digna. 
Classificação:
Bens considerados em si mesmos
Bens imóveis: Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; II - o direito à sucessão aberta. bens imóveis por imposição legal – ficção jurídica traz segurança jurídica. 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. Exemplos: o trailer, quando está no solo é imóvel, quando muda de lugar, CONTINUA SENDO IMOVEL; tem que observar a finalidade no inciso II! 
Imóveis por natureza: somente o solo, com sua superfície, subsolo e espaço aéreo. 
Imóveis por acessão natural: árvores e frutos pendentes, bem como todos os acessórios e adjacências naturais Obs.: Quando as árvores são destinadas ao corte, são consideradas bens móveis por antecipação; árvores plantadas no vaso não são imóveis. 
Imóveis por acessão artificial: Justaposição de uma coisa a outra. Incorporar bens moveis ao solo imóveis por acessão artificial. Exemplo: semente lançada ao solo, os edifícios e construções. Obs.: não se encaixam aqui, os circos e parques que tem construção provisória. 
Imóveis por determinação legal: Art. 80 supracitado. A lei atribui a condição de imóveis por circunstâncias especiais. Os direitos reais sobre imóveis, de gozo ou de garantia, são considerados imóveis pela lei. Renúncia de herança é renúncia de bem imóvel – o que é imóvel é o direito de herança não seus componentes que podem ser moveis. 
Bens móveis: Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. – o gás e a corrente elétrica são bens moveis. 
Móveis por natureza: são os bens que, sem deterioração na substância, podem ser transportados de um lugar para outro, por força própria ou estranha. Ex.: casa pré-fabricada antes de ser vendida, é bem móvel, sendo assentada, será considerada bem imóvel.
Semoventes: São suscetíveis de movimento próprio, como os animais. Movem-se de um local para outro por força própria. Recebem o mesmo tratamento jurídico dispensado aos bens moveis propriamente ditos. 
Propriamente ditos: Admitem remoção por força alheia, sem dano, como os objetos inanimados, não imobilizados por sua destinação econômico-social. Exemplo: moedas, mercadorias, objetosde uso, navios e aeronaves etc. 
Móveis por determinação legal: Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: I - as energias que tenham valor econômico; II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
Móveis por antecipação: São considerados pela doutrina, bens incorporados ao solo mas com intenção de separá-los e convertê-los em bens móveis.
Bens fungíveis: Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. dinheiro e alimento. 
Bens infungíveis: não tem as o atributo dos fungíveis, como por exemplo, as obras de arte. 
A fungibilidade é característica dos bens moveis. A moeda pode tornar-se infungível quando é de colecionador. Comodato é infungível. 
Bens consumíveis: Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação. (consuntibilidade jurídica)
De fato: natural ou materialmente consumíveis. Exemplo: alimentos. 
De direito: juridicamente consumíveis. Exemplo: bens destinados à alienação. 
Bens inconsumíveis: são os bens que podem ser usados continuadamente, ou seja, os que permitem utilização continua, sem destruição da substancia. 
A consuntibilidade não decorre apenas da natureza do bem, mas igualmente de sua desinação econômico-juridica. Pode, assi, o bem consumível de fato tornar-se inconsumível pela vontade das partes, como uma garrafa de bebida rara emprestados para uma exposição que devem ser devolvidos. Assim, um bem inconsumível de fato pode transformar-se em juridicamente consumível, como os livros colocados à venda nas prateleiras de uma livraria. 
Consuntibilidade (uso que o bem se destina) ≠ fungibilidade (resultado da comparação entre duas coisas que se consideram equivalentes). bens consumiveis são fungíveis. 
Bens divisíveis: Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. Exemplo: um saco de 50 kg de feijão, pode ser dividido em 2 de 25kg que não irá perder o valor, nem o uso, nem a substancia. 
Bens indivisíveis: Bens que não podem ser divididos pois perderá sua utilidade, ou valor, ou a substancia. Exemplo: Desmontar um celular. 
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei (lei não permite que divida – hipoteca) ou por vontade das partes (coleções de quadros, prazo não maior de 5 anos); ou podem ser indivisíveis por natureza: os que não podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição de valor ou prejuízo do uso, como o animal, o relógio. 
Bens singulares: Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais. Quando considerados na sua individualidade, exemplo: cavalo. 
Simples: quando suas partes estão ligadas pela própria natureza. Exemplo: cavalo.
Compostos: quando suas partes se acham ligadas pela indústria humana. Exemplo: edifício. 
“As coisas simples que formam a coisa composta, mantendo sua identidade, denominam-se partes integrantes. Se perdem a identidade, chamam-se partes componentes. As partes integrantes, como as peças de máquinas, podem ser separadas do todo, as componentes, como o cimento de uma parede, não”.
Bens coletivos: Sendo compostos de várias coisas singulares, se consideram em conjunto, formando um todo, uma unidade, que passa a ter individualidade própria, distinta da dos seus objetos componentes, como um rebanho, uma floresta. 
Universalidade de fato: Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. biblioteca, rebanho. Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.; decorre da vontade do titular. 
Universalidade de direito: Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico. herança, massa falida.; decorre da lei, ou seja, da pluralidade de bens corpóreos e incorpóreos a que a lei, para certos efeitos, atribui o caráter da unidade. 
Árvore pode ser bem coletivo ou singular encarada individualmente ou agregada a outras, formando um todo, uma floresta, universalidade de fato (bem coletivo). Um aglomerado de caneta não forma um bem coletivo. 
Bens reciprocamente considerados: 
Bens principais: é o bem que tem existência própria, autônoma, que existe por si. Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal.
Bens acessórios: existência depende do principal. Solo é o bem principal e arvore é bem acessório. 
Princípio da gravitação jurídica: Acessório gravita em torno do principal; acessorium sequeatur principale. 
Classes dos bens acessórios: 
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.
Os produtos: São utilidade que se retiram da coisa, diminuindo-lhes a quantidade, porque não se reproduzem periodicamente, como as pedras e os metais que se extraem. 
Os frutos: são as utilidades que uma coisa periodicamente produz. Nascem e renascem da coisa, sem acarretar-lhe a destruição no todo ou em parte. Características: periodicidade, inalterabilidade da substância da coisa principal e a separabilidade da coisa principal. 
Naturais: são os frutos que se renovam periodicamente, em virtude da força orgânica da própria natureza, como os frutos. 
Industriais: frutos que aparecem pela mão do homem, como a produção de uma fábrica. 
Civis: são rendimentos produzidos pela coisa, em virtude de sua utilização por outrem que não o proprietário, como o aluguel. 
As pertenças: Bens moveis que não constituindo partes integrantes, estão afetados por forma duradoura ao serviço ou ornamentação de outro como os objetos de decoração de uma residência. 
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
As benfeitorias: São consideradas bens acessórios. Se subdividem-se em:
Necessárias: tem por fim conservar o bem ou evitar que deteriore.
Conservação: impedir que pareça ou deteriore, seja para conservá-la juridicamente. Impedem o perecimento despesas para dar suficientemente solidez a uma residência. Destinam-se a conservar a coisa juridicamente as efetuadas para o cancelamento de uma hipoteca, impostos. 
Normal exploração: melhoramentos ou benfeitorias necessárias asa realizadas para permitir a normal exploração econômica da coisa, como a adubação. Novo conceito função social dos direitos de propriedade especialmente, que exige que os bens sejam explorados segundo sua destinação natural. Pouco útil conservação estática das coisas.
Úteis: aumentam ou facilitam o uso do bem. As que não se enquadram nas categorias de necessárias, mas aumentam objetivamente o valor do bem. Acréscimo de acesso aos deficientes em uma instalação. 
Voluptuárias: mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. Consistem em objetos de luxo e recreio, como jardins, mirantes, fontes. 
Uma benfeitoria pode se enquadrar em mais de uma classificação.
Benfeitorias são obras ou despesas feitas em bem já existente ≠ acessões industriais são obras que criam coisas novas, como a edificação de uma casa. 
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias § 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. § 2o São úteis as que aumentamou facilitam o uso do bem. § 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
Bens quanto ao titular do domínio: público e particulares. 
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; (podem ser usados por qualquer um do povo; não perdem essa característica se houver alguma intervenção do poder público como torna-los onerosos ou regulamentar seu uso por via administrativa, pode restringir o uso ou interditá-los; povo não tem seu domínio; tem poder de gestão e não de propriedade). por serem inalienáveis(não é absoluta): imprescritíveis, impenhorável e impossibilidade de oneração. 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; (são edifícios onde estão instalados serviços públicos, inclusive os das autarquias e os órgãos de administração; uso exclusivo do poder público)
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. (Poder público exerce função de proprietário)
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. (Domínio privado do estado; se afetados a finalidade publica especifica, não podem ser alienados. Requisitos da alienação: demonstração de interesse público; prévia avaliação; licitação e autorização legislativa (autorização legislativa se se tratando de bens imóveis))
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
Bens quanto à possiblidade de serem ou não comercializados: fora do comércio e de família.
Bens de família:
Art. 1.711. Podem os cônjuges, ou a entidade familiar, mediante escritura pública ou testamento, destinar parte de seu patrimônio para instituir bem de família, desde que não ultrapasse um terço do patrimônio líquido existente ao tempo da instituição, mantidas as regras sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida em lei especial.
Art. 1.712. O bem de família consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios, destinando-se em ambos os casos a domicílio familiar, e poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e no sustento da família.
Art. 1.713. Os valores mobiliários, destinados aos fins previstos no artigo antecedente, não poderão exceder o valor do prédio instituído em bem de família, à época de sua instituição.
Art. 1.715. O bem de família é isento de execução por dívidas posteriores à sua instituição, salvo as que provierem de tributos relativos ao prédio, ou de despesas de condomínio.
Parágrafo único. No caso de execução pelas dívidas referidas neste artigo, o saldo existente será aplicado em outro prédio, como bem de família, ou em títulos da dívida pública, para sustento familiar, salvo se motivos relevantes aconselharem outra solução, a critério do juiz.
Art. 1.721. A dissolução da sociedade conjugal não extingue o bem de família.
Parágrafo único. Dissolvida a sociedade conjugal pela morte de um dos cônjuges, o sobrevivente poderá pedir a extinção do bem de família, se for o único bem do casal.
Art. 1.722. Extingue-se, igualmente, o bem de família com a morte de ambos os cônjuges e a maioridade dos filhos, desde que não sujeitos a curatela.
Bens fora do comércio não podem ser objeto de relações jurídicas negociais, mesmo não mencionados expressamente. 
Naturalmente impropriáveis: os insuscetíveis de apropriação pelo homem. Exemplo: ar, atmosfera, luz solar. 
Legalmente inalienáveis: bens públicos de uso comum e uso especial, bens de incapazes, bens das fundações, bem de família, bens tombados, os direitos à personalidade. 
Indisponíveis pela vontade humana: deixados em testamento ou doados, com cláusula de inalienabilidade.

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