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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO Aula 7 – O Empirismo e o Liberalismo Político Aula 7 – O empirismo e o liberalismo político FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO Nesta aula, abordaremos os seguintes conteúdos: A tradição empirista, sua origem e suas linhas mestras: Locke, Bacon e Hume; A filosofia política do liberalismo, e suas implicações na sociedade moderna: Hobbes, Locke e Rousseau. Aula 7 – O empirismo e o liberalismo político FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO Aula de anatomia, de Rembrandt (1632) Aula 7 – O empirismo e o liberalismo político FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO O empirismo A palavra empirismo, deriva da palavra grega empeiria, que significa uma forma de saber derivada da experiência sensível, e de informações acumuladas com base nesta experiência, permitindo a realização de fins práticos. O empirismo, então, é a posição filosófica que toma a experiência como guia e critério de validade do conhecimento. Aula 7 – O empirismo e o liberalismo político FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO A frase de inspiração aristotélica resume a posição empirista: “Nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos”. Significa que todo conhecimento resulta de uma base experimental, de percepções ou impressões sensíveis. Os empiristas rejeitam a noção de ideias inatas ou de um conhecimento anterior à experiência ou independente desta. Aula 7 – O empirismo e o liberalismo político FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO Francis Bacon e método experimental Podemos distinguir dois aspectos inter-relacionados da contribuição de filosófica de Bacon: a concepção de pensamento crítico contida na teoria dos ídolos. Bacon propõe um modelo para a nova ciência. O homem deve despir-se de seus preconceitos, tornando-se “uma criança diante da natureza”; somente assim alcançará o verdadeiro saber. Aula 7 – O empirismo e o liberalismo político FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO a defesa do método indutivo no conhecimento científico e de um modelo de ciência antiespeculativo e integrado com a técnica. O novo método científico é o da indução que, a partir da observação atenta da natureza, permite formular leis científicas, a partir das quais se pode controlar a natureza e dela tirar benefícios para o homem. Aula 7 – O empirismo e o liberalismo político FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO O empirismo de John Locke Locke vê a filosofia como uma tarefa crítica e preparatória para a construção da ciência. Ele desenvolve um modelo empirista, antiespeculativo e antimetafísico de conhecimento. Locke afirma que todas as nossas representações do real são derivadas de percepções sensíveis, não havendo outra fonte para o conhecimento. Portanto, não existem ideias inatas. Aula 7 – O empirismo e o liberalismo político FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO Para Locke, a mente é como uma folha em branco, a tabula rasa, na qual a experiência deixa as suas marcas. Desta forma, para processarmos o conhecimento em nossa mente, precisamos da reflexão, assim como distinguir entre as qualidades primárias e as secundárias das substâncias. Aula 7 – O empirismo e o liberalismo político FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO O empirismo de David Hume Hume foi, sob muitos aspectos, o mais radical dos empiristas, levando essas teses as suas últimas consequências e assumindo uma posição filosófica cética. O ceticismo de Hume pode ser interpretado a partir do questionamento que dirige a dois princípios ou pressupostos fundamentais da tradição filosófica: a causalidade e a identidade pessoal. Aula 7 – O empirismo e o liberalismo político FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO A causalidade resulta apenas de uma regularidade ou repetição em nossa experiência de um conjunto constante entre fenômenos que, por força do hábito, acabamos por projetar na realidade, tratando-a como se fosse algo existente. A conexão necessária entre causa e efeito não é uma característica do mundo natural. Aula 7 – O empirismo e o liberalismo político FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO O empirismo de David Hume A crítica à identidade pessoal segue a mesma linha. Hume questiona o modelo cartesiano de mente como substância pensante, a res cogitans de Descartes. Sustenta que não podemos ter representação alguma de nossa mente independente de nossa experiência. Jamais podemos apreender a nós mesmos sem algum tipo de percepção. Aula 7 – O empirismo e o liberalismo político FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO O “eu” (sef) é um feixe de percepções que temos em um determinado momento e que varia na medida em que essas percepções variam. Estamos, assim, em constante mudança, pois a cada momento novas percepções são acrescentadas ao feixe, e outras empalidecem ou desaparecem. A força do hábito, o costume e a memória é que assegura a continuidade do “eu”. Aula 7 – O empirismo e o liberalismo político FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO Thomas Hobbes Hobbes tem uma visão pessimista da natureza humana. O homem é o lobo do homem: homo homini lupus. Neste sentido, o estado de natureza. – abstraída a ideia de Estado, de obrigação legal e de sociedade - é um estado de guerra de todos contra todos. Aula 7 – O empirismo e o liberalismo político FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO Para que fossem garantidas a vida e a propriedade, o indivíduo, que só visa ao seu interesse próprio, consente assinar um pacto social. Isto significa transferir parte do poder dos indivíduos a um soberano todo poderoso que Hobbes denomina de Leviatã. Assim, nasce a ideia de Estado, que recolhe o poder de cada um dos indivíduos, garantindo-lhes, em troca, o direito à vida e à propriedade. Aula 7 – O empirismo e o liberalismo político FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO John Locke Segundo a concepção de Locke, a sociedade resulta de uma reunião de indivíduos, visando a garantir suas vidas, sua liberdade e sua propriedade. É em nome dos direitos naturais do homem que o contrato social entre os indivíduos, que cria a sociedade, é realizado, e o Estado deve, portanto, comprometer-se com a preservação destes direitos. Aula 7 – O empirismo e o liberalismo político FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO A legitimidade desse poder reside, em sua origem, no consentimento entre os indivíduos que o constituíram, e que podem, portanto, retirá-lo daqueles que não governam no interesse da maioria ou que ameaçam a liberdade e os direitos dos indivíduos. Aula 7 – O empirismo e o liberalismo político FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO Jean-Jacques Rousseau O ponto de partida da filosofia de Rousseau é uma concepção de natureza humana representada pela famosa ideia: “O homem nasce bom, a sociedade o corrompe”. Segundo a teoria do contrato social, a soberania política pertence ao conjunto dos membros da sociedade. O fundamento dessa soberania é a vontade geral, que não resulta apenas na soma da vontade de cada um. Aula 7 – O empirismo e o liberalismo político FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO A vontade particular e individual de cada um diz respeito a seus interesses específicos, porém, enquanto cidadão e membro de uma comunidade, o indivíduo deve possuir também uma vontade que se caracteriza pela defesa do interesse coletivo, do bem comum. É papel da educação a formação da vontade geral dos membros da sociedade transformando, assim, o indivíduo em cidadão, em membro de uma comunidade. Aula 7 – O empirismo e o liberalismo político FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO Nessa aula, você refletiu sobre a contribuição do grande filósofo Descartes, considerado o “pai” da filosofia moderna. Analisou e conheceu a adoção da posição racionalista no processo do conhecimento, enfatizada pela necessidade do método para bem conduzir a razão. Compreendeu a importância fundamental da filosofia de Descartes para a modernidade.
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