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ELEMENTOS DE MÁQUINAS keyway R. R.R. R. keyway R. x F B A y O z B D 450mm 2250N 225mm 450mm 1200rpm 270 0N z y x B x 720 0N 6750N R2 R1 Dimensionamento de Eixo Rotativo via Critério de Tensão, Deformação e Velocidade Critíca BRUNO FERREIRA COUTO brunofcouto1@gmail.com FELIPE ARANTES LOBO lobo.flp@gmail.com MIGUEL LEONARDO DE A. ALMEIDA miguelmecanico@gmail.com PABLO SHINEYDR LUIZ DE M. BRITO pabloshineydr@gmail.com PROF. DR. MARLIPE GARCIA Escola de Engenharia Elétrica, Mecânica e de Computação - Universidade Federal de Goiás Universidade Federal de Goias Escola de Engenharia Eletrica, Mecânica e de Computação - EMC Bacharelado em Engenharia Mecânica Disciplina: Elementos de Máquinas 1 Prof. Dr. Marlipe Garcia Goiânia, 16 de novembro de 2016 Títulos, subtítulos e legendas: fonte Times New Roman small caps. Corpo do texto: fonte Arial. Equações digitadas com o auxlio do software MATHTYPE®. Diagramas de momento e torque gerados via MD SOLIDS® Cálculos efetuados com o software MATH- CAD®. Alterações gráficas de matiz/saturação, curvas e tonalidade realizadas com ADOBE PHOTO- SHOP®. Vetores editados com ADOBE ILLUSTRA- TOR®. Agradecimentos: Danilo Veiga. Johnathan Batista; Matheus Gama; Sigeo Kitatani. Editorado via ADOBE INDESIGN®. Lista de Símbolos Se Limite de resistência à fadiga para vida infinita Se’ Limite de resistência à fadiga de corpo de prova Sy Limite de escoamento Sut Limite de resistência à tração Sf Limite de resistência à fadiga para vida finita n Coeficiente de segurança KT Constante de mola torcional Ka Fator acabamento Kb Fator geometria Kc Fator esforço atuante Kt Fator de concentração de tensão flexional Kts Fator de concentração de tensão torcional Kf Fator de concentração de tensão em fadiga flexional Kfs Fator de concentração de tensão em fadiga torcional σa Tensão normal alternada σm Tensão normal média τa Tensão cisalhante alternada τm Tensão cisalhante média σ’ , τ’ Tensão equivalente de Von Mises Ø Diâmetro de seção ρ Densidade q Sensibilidade ao entalhe L,l Comprimento de chaveta ou eixo ou seção W,Wn Largura ou frequência crítica ω,ωn Frequência (velocidade) angular crítica ou de trabalho H Altura J Momento de inércia polar I Momento de inércia de massa G Módulo de elasticidade torcional E Módulo de elasticidade F Força g Aceleração da gravidade A Área de seção d,di Diâmetro interno D,de Diâmetro externo M,m Massa ou momento N Número de ciclos repetidos de tensão t Espessura a Coeficiente angular b Coeficiente linear f Fração de resistência T Torque R,r Raio de seção ou filete y,δ Deflexão estática Lista de Tabelas Tabela 3.1 - Dados do projeto ....................................................................................................................................................14 Tabela 3.2 - Dados das polias.....................................................................................................................................................14 Tabela 3.3 - Deflexão nas polias ................................................................................................................................................23 Tabela 3.4 - Ângulo de inclinação .............................................................................................................................................23 Tabela 5.1 - Velocidades limite. .................................................................................................................................................33 Tabela 5.2 - Comparação entre a simulação FEA e os resultados analiticos. ............................................................................33 Lista de Figuras Figura 1.1 - Exemplos de eixos. ..................................................................................................................................................7 Figura 1.2 - Ressaltos de eixos. ..................................................................................................................................................8 Figura 1.3 - Exemplos de chavetas: (a) chaveta woodruff; (b) chaveta paralela. .......................................................................8 Figura 1.4 - Representação de anéis de retenção. .......................................................................................................................8 Figura 1.5 - Ilustração de uma chaveta do tipo paralela (vermelho) acoplada entre um eixo e um cubo. ..................................9 Figura 1.6 - Ilustração de uma chaveta do tipo cunha (esquerda) e quilha (direita). ..................................................................9 Figura 2.1 - Representação de um componente elástico sofrendo deflexão fletora. .................................................................12 Figura 2.2 - Representação de um componente elástico sofrendo deflexão torsional. .............................................................12 Figura 2.3 - Representação de um eixo sofrendo vibração lateral. ...........................................................................................13 Figura 2.4 - Eixo sofrendo rodopio. ..........................................................................................................................................13 Figura 3.1 - Representação esquemática do eixo a ser projetado. ............................................................................................14 Figura 3.2 - Diagrama de momento fletor no plano (x,y). ........................................................................................................14 Figura 3.3 - Diagrama de momento fletor no plano (x,z). ........................................................................................................15 Figura 3.4 - Diagrama de momento torsor. ...............................................................................................................................15 Figura 3.5 - Anel retentor DSH-63 ............................................................................................................................................15 Figura 3.6 - Ilustração da geometria do eixo ............................................................................................................................19 Figura 3.7 - Chaveta DIN 6885/ABNT A. Vista do acomplamento ao eixo (acima) e em perspectiva (abaixo) .....................19 Figura 3.8 - Vista em corte da polia selecionada ......................................................................................................................20 Figura 3.9 - Representação técnica dos mancais. .....................................................................................................................21 Figura 3.10 - Deformação total do eixo sob carregamento de trabalho obtida via elementos finitos (escala ampliada). .........22 Figura 3.11 - Eixo com ‘n‘ massas discretizadas. .....................................................................................................................23 Figura 4.1 - Propriedades do material simulado. ......................................................................................................................27 Figura 4.2 - Parâmetros da simulação. ......................................................................................................................................27 Figura 4.3 - Condições de contorno. .........................................................................................................................................27 Figura 4.4 - Picos de tensão nos concentradores de tensão ......................................................................................................28 Figura 4.5 - Malha nodal. ..........................................................................................................................................................28Figura 4.6 - Detalhe da linha neutra de flexão no centro da seção do eixo. .............................................................................28 Figura 4.7 - Tensão equivalente. ...............................................................................................................................................28 Figura 4.8 - Vista deformada no plano XY. ..............................................................................................................................29 Figura 4.9 - Tensão máxima principal. .....................................................................................................................................29 Figura 4.10 - Vista deformada no plano XZ. ............................................................................................................................29 Figura 4.11 - Deformação torsional. .........................................................................................................................................29 Figura 4.12 - Tensão média equivalente torsional. ...................................................................................................................30 Figura 5.1 - Número de ciclos para cargas pulsadas. ................................................................................................................31 Figura 5.2 - Localização das tensões nas curvas de critérios de falhas. ...................................................................................31 Figura 5.3 - Elemento de tensão (alternada axial e cisalhante média). .....................................................................................31 Sumário 1 Introdução ..........................................................................................7 1.1 Definição de eixo ............................................................................................... 7 1.2 Considerações sobre materiais de eixo ......................................................... 7 1.3 Considerações geométricas do eixo .............................................................. 8 1.4 Elementos de fixação e transmissão de torque .......................................... 9 2 Dimensionamento do Eixo ..............................................................10 2.1 Dimensionamento por tensão ......................................................................... 10 2.2 Dimensionamento por deflexão ..................................................................... 12 2.3 Dimensionamento por velocidade crítica ..................................................... 12 3 Definição do Problema ..................................................................14 3.1 Análise por tensão ........................................................................................... 15 3.2 Análise por deflexão ....................................................................................... 22 3.3 Análise por velocidade crítica ....................................................................... 23 4 Análise pelo Método dos Elementos Finitos .............................26 5 Considerações Analíticas .............................................................31 6 Considerações Finais .....................................................................33 Referências Técnicas ........................................................................34 Apêndice A ............................................................................................35 Apêndice B ............................................................................................37 Apêndice C ............................................................................................39 Apêndice D ............................................................................................40 7 Um eixo, figura 1.1, pode ser compreendido como sendo um elemento capaz de transmitir potência ou movimento a um ou mais componentes, como engrenagens, rodas, polias, etc. Usualmente, possuem seção transversal circular e são relativa- mente grandes longitudinalmente, se comparados ao diâmetro de sua seção. O eixo pode rotacionar juntamente com os seus com- ponentes durante a transmissão de movimento ou permanecer fixo, enquanto determinado componente rotaciona, sendo nesse caso chamado de eixo fixo. As considerações a serem pensadas no processo de projeto de um eixo são, essencialmente, as máximas tensões, máximas deflexões, velocidades críticas, concentradores de tensão e a característica das solicitações. Solicitações variáveis exigem do eixo um dimensionamento pautado em se evitar a falha por fadiga. A geometria do eixo pode variar conforme as solicitações exijam. Uma boa alternativa, nesses casos, é alterar o diâmetro do eixo de modo a manter um bom coeficiente de segurança para cada seção solicitada. Os eixos elaborados dessa maneira são conhecidos como eixos escalonados. De modo geral, não há nada no projeto de um eixo além dos métodos básicos relacionados ao dimensionamento de uma viga bi-apoiada suportando cargas transversais, e dos métodos de análise de tensões cíclicas em um componente mecânico (BUDYNAS; NISBETT, 2011). 1.2 Considerações sobre materiais de eixo A resistência mecânica do material de um eixo influi ati- vamente na resistência à fadiga e na resistência às tensões do carregamento. Entretanto, influi muito pouco quando se trata da deflexão ou da velocidade crítica. Em contrapartida, a geometria da seção do eixo é o fator decisivo na análise da deflexão, sendo uma variável a ser muito bem pensada pelo projetista. Materiais para eixos incluem aços de baixo carbono tra- balhados a frio ou a quente, estendendo-se para aços tratados termicamente e aços liga. Quando as condições de resistência forem determinantes no projeto, é necessário o uso de um aço com elevada resistência mecânica; quando as considerações de 1.1 Definição de eixo 1 Introdução Figura 1.1 - Exemplos de eixos. 8 deflexão forem determinantes, a rigidez do eixo é a variável de atenção sendo necessário uma análise da geometria da seção. Nesse caso, usa-se um aço menos resistente. A procedência do material do eixo influi diretamente no custo do componente. É preferível começar a análise conside- rando aços de baixo carbono (mais baratos) e, se a resistência for insuficiente, tentar aços tratados ou aços liga (mais caros). Segundo Budynas (2011), aços trabalhados a frio são ideais para diâmetros de eixo abaixo de três polegadas. Aços trabalhados a quente devem ser usinados completamente. As tensões residuais devem ser de compressão para melhorar a resistência à fadiga. Em ambientes corrosivos, aços inoxidáveis podem ser uma boa opção. Condições locais de carregamento no eixo podem jus- tificar tratamentos térmicos superficiais ou processos de usina- gem, de modo a melhorar a resistência mecânica, de fadiga e o acabamento superficial para a acoplagem dos elementos auxi- liares ao eixo. Outro fator a ser ponderado é a quantidade de elemen- tos a serem produzidos: um eixo produzido em grandes quan- tidades, ainda que com um material mais caro, tende a ter um custo reduzido unitariamente. Uma grande produção também pode justificar tratamentos térmicos e outros processos de oti- mização do material. 1.3 Considerações geométricas do eixo De maneira geral, é preferível que os elementos trans- missores de cargas transversais no eixo sejam dispostos o mais próximo possível dos mancais, e entre eles, reduzindo assim o momento fletor no eixo. Deve, se possível, evitar extremidades do eixo em balanço, ainda mais se houver componentes de car- ga nessas extremidades. Ressaltos no diâmetro do eixo, figura 1.2, são úteis para se acomodar componentes que gerem esforços axiais. É acon- selhável que as cargas axiais sejam suportadas por apenas um dosmancais. O eixo deve ter o menor comprimento possível, para di- minuir o momento fletor, e dois mancais. Números maiores de mancais são indicados somente para eixos extremamente lon- gos. Os componentes devem ser posicionados de maneira pre- cisa para evitar desalinhamentos durante a rotação e deflexão. É interessante destacar que a montagem e a desmon- tagem do eixo e de seus componentes deve ser a mais simples possível. Assim, os ressaltos devem diminuir progressivamente do centro do eixo em direção as suas extremidades. Elementos como polias ou rodas dentadas podem exigir uma extremidade em balanço, para facilitar sua remoção. Sulco de alívio de ressalto Sulco de alívio de raio grande Figura 1.2 - Ressaltos de eixos. Raio pontudo Inferior de raio grande Fluxo de tensão Mancal Eixo 9 1.4 Elementos de fixação e transmissão de torque Um elemento de transmissão de torque simples, barato e de fácil uso e projeto é a chaveta paralela, figura 1.3. Elas são usualmente feitas de aço dúctil, dimensionadas de modo a falhar quando o torque exceder certos limites. Sua seção é tabelada pelos fabricantes de acordo com o diâmetro do eixo. As considerações de projeto relacionadas as chavetas paralelas são baseadas em sua área de seção transversal, comprimento, resistência ao esmagamento e ao cisalhamento. A fixação axial dos componentes do eixo pode ser facil- mente realizada com anéis de retenção, figura 1.4. Os anéis de retenção possuem uma função semelhante a do ressalto no di- âmetro do eixo, porem com uma concentração de tensão maior devido ao sulco que o eixo deve possuir para a acomodação do anel. As variáveis de escolha do anel de retenção são facilmente encontradas nos catálogos de fabricantes. Uma observação importante sobre os elementos fixado- res e transmissores de torque é que eles geram concentradores de tensão e por isso devem ser colocados, na medida do possí- vel, longe das regiões de maior esforço. Se isso não for possí- vel, o dimensionamento deve ocorrer considerando as tensões máximas corrigidas com os fatores de concentração de tensão desses elementos. Figura 1.5 - Ilustração de uma chaveta do tipo paralela (vermelho) acoplada entre um eixo e um cubo. Figura 1.6 - Ilustração de uma chaveta do tipo cunha (esquerda) e quilha (direita). Ø L W T W Ø r W H B T L Figura 1.3 - Exemplos de chavetas: (a) chaveta woodruff; (b) chaveta paralela. Figura 1.4 - Representação de anéis de retenção. L w H L w H (a) (b) 10 O dimensionamento de um eixo demanda o estudo dos pontos considerados críticos, ou seja, onde ocorrem os maio- res momentos fletores, torsores, eventualmente alguma tensão axial e na localidade dos concentradores de tensão. A análise começa identificando as maiores cargas e seu ponto de aplicação no eixo. Uma vez determinadas as cargas, diagramas de momento fletor e torsor podem ser traçados com o auxílio de algum software apropriado. Note que, devido a ca- racterística de transmissão de movimento de alguns componen- tes, como engrenagens, tem-se em um eixo deflexões em dois planos geométricos, sendo um relacionado ao esforço radial dos elementos e outro ao esforço tangencial. Localidades com concentradores de tensão como ras- gos de chaveta, ressaltos e anéis de retenção devem ter sua tensão máxima devidamente corrigida por fatores de correção de tensão apropriados. As tensões imprimidas ao eixo devido ao torque tendem a ser constantes, assim como alguma eventual carga axial trans- mitida por elementos acoplados. Entretanto, cargas de momen- to são alternadas com a rotação do eixo, necessitando de uma análise adequada da resistência à fadiga (BUDYNAS; NISBETT, 2011). O pressuposto geral do qual parte o dimensionamento de um eixo é que se o ponto mais crítico do eixo estiver dimen- sionado para o esforço máximo, então todos os demais pontos (que são menos solicitados, naturalmente) também estarão di- mensionados. 2.1 Dimensionamento por tensão Assumindo um eixo como sólido, de seção transversal circular, sujeito a esforços cíclicos, tem-se as seguintes tensões atuando: 2 Dimensionamento do Eixo Eq.(2.1) Eq.(2.2) Eq.(2.3) 3 3 3 32 16 16 f m m fs a a fs m m K M d K T d K T d 3 32 f a a K M d 11 Em que os subíndices m e a indicam tensões médias e alternadas, respectivamente; Kf é o coeficiente de concentração de tensão para momento fletor, e Kfs para momento torsor. Combinando essas tensões na teoria de falha de Von Mises para eixos rotativos: Aplicando as tensões equivalentes de Von Mises ao cri- tério de Goodman, para resistência à fadiga: Onde, Se é o limite de resistência a fadiga corrigido do material, Sut é o limite de resistência a tração última do material e n é o coeficiente de segurança. Substituindo as tensões equivalentes de Von Mises no critério de Goodman e isolando a equação para encontrar o diâ- metro do eixo tem-se: A equação 2.8 é de grande utilidade no dimensionamen- to por tensão do eixo. Através dela podemos relacionar os esfor- ços alternados e médios sofridos pelo eixo, seus concentradores de tensão e seu coeficiente de segurança diretamente com o diâmetro aceitável. O procedimento de dimensionamento do eixo vai con- sistir em uma primeira etapa, onde se calcula um diâmetro bruto da sessão mais crítica, considerando uma resistência à fadiga não totalmente corrigida e fatores de concentração de tensão superiores aos reais. Uma vez obtido o diâmetro bruto da seção crítica, fato- res de concentração de tensão mais exatos podem ser obtidos dos gráficos geométricos (Apêndice A). O limite de resistência à fadiga pode também ser corrigido. Após a correção dessas variáveis, o passo seguinte é recalcular as equações 2.5 e 2.6 e aplicar esses resultados na equação 2.7 verificando, assim, se o diâmetro obtido atende ao critério de resistência à fadiga. Se o projetista considerar o diâmetro bruto ideal, o eixo estará dimensionado por tensão. Mas se o projetista decidir refi- nar o projeto, o processo deve ser repetido para cada ponto crí- tico no eixo, de modo a obter novos diâmetros para cada região, Eq.(2.4) Eq.(2.6) Eq.(2.7) Eq.(2.8) Eq.(2.5)' 2 2 ' 2 2 ' ' 1 1 1 3 2 2 2 22 2 3 3 1 16 1 14 3 4 3 a a a m m m a m e ut f a fs a f m fs m e ut n S S nd K M K T K M K T S S ' 2 2 ' 2 2 ' ' 1 1 1 3 2 2 2 22 2 3 3 1 16 1 14 3 4 3 a a a m m m a m e ut f a fs a f m fs m e ut n S S nd K M K T K M K T S S ' 2 2 ' 2 2 ' ' 1 1 1 3 2 2 2 22 2 3 3 1 16 1 14 3 4 3 a a a m m m a m e ut f a fs a f m fs m e ut n S S nd K M K T K M K T S S 3 3 3 32 16 16 f m m fs a a fs m m K M d K T d K T d 3 32 f a a K M d 12 tornando o eixo escalonado conforme a necessidade. 2.2 Dimensionamento por deflexão A análise de deflexão realizada no eixo segue-se logo após a análise por tensões dado que, para se realizar a análise em um ponto específico, deve-se ter informações acerca de toda a geometria do eixo (BUDYNAS; NISBETT, 2011). Existem pontos de interesse onde as deflexões devem ser verificadas, sendo estes: elementos sobre o eixo (engrena- gens, polias e etc.) e os mancais. No cálculo das deflexões, con- centradores de tensão (rasgos de chaveta, ressaltos, ranhura de anel retentor) não vão influenciar de modosignificativo o pro- cesso. As deflexões, ambas lineares e angulares, devem ser verificadas tendo como parâmetro deflexões admissíveis pró- prias para cada elemento no eixo como engrenagens, por exem- plo, e nos mancais. Deve-se levar em consideração que, para cada escolha diferente de mancal, por exemplo, haverá um valor limite diferente para a deflexão, e isso se estende para as engre- nagens ou qualquer outro elemento sobre o eixo. 2.3 Dimensionamento por velocidade crítica Além da análise de tensões e deflexões, também é ne- cessário a verificação das velocidades críticas as quais o eixo possa estar submetido. Essas velocidades críticas deixam o eixo instável, causando um aumento sem limite das deflexões. Segundo Norton (2013), deve-se evitar excitar um sistema ao ponto de sua frequência crítica ou próximo a ela, já que as de- flexões resultantes frequentemente causarão tensões grandes o suficiente para rapidamente romper a peça. Os tipos de vibrações mais preocupantes em eixos são: a vibração lateral, figura 2.3, o rodopio do eixo, figura 2.4, e a vibração torcional, sendo que a vibração lateral e o rodopio do eixo envolvem deflexões de flexão, vibração torcional e a defle- xão torcional do eixo. Estimar as velocidades críticas geradoras de vibrações potencialmente destrutivas pode ser uma tarefa um tanto quanto trabalhosa, principalmente quando a geometria do eixo é com- plexa. O uso de programas computacionais pode ser uma saída para minimizar as dificuldades. Entretanto, para uma primeira estimativa em um projeto, o método de Rayleigh pode ser muito útil. Em um sistema de qualquer complexidade e para massas discretizadas, o método de Rayleigh é dado pela seguinte equa- ção: onde wi é o peso na i-ésima posição e Yi é a deflexão na i-ésima posição e ωn é a velocidade angular crítica. Figura 2.1 - Representação de um compo- nente elástico sofrendo deflexão fletora. 2 1 2 1 2 1 2 1 2 i i i n i i i n t t ef n i i i g w y w y I IK I I GJK I J I J mrI Eq.(2.9) y A C B x M M A B Figura 2.2 - Representação de um compo- nente elástico sofrendo deflexão torsional. 13 Segundo Northon (2013), a frequência crítica para um eixo rodopiar é a mesma para a vibração lateral e pode ser en- contrada usando o método de Rayleigh, ou qualquer outra téc- nica conveniente. Entretanto, deve-se preocupar com as vibra- ções torcionais geradas pelas frequências torcionais naturais. Para o cálculo da velocidade crítica para vibração torcional em um eixo com dois discos, a seguinte equação é utilizada: em que Kt é a constante torcional de mola, dada pela seguinte equação: onde G é o módulo de rigidez do material, l é o comprimento do eixo e Jef é o segundo momento polar de área equivalente,dado por: Onde o momento de inercia de massa, I, é dado pela seguinte equação: Para um eixo de diâmetro uniforme d, comprimento L, módulo de elasticidade E e peso específico gama, com elementos contidos entre mancais, a primeira frequência natural é dada por: Eq.(2.11) Eq.(2.13) 2 1 2 1 2 1 2 1 2 i i i n i i i n t t ef n i i i g w y w y I IK I I GJK I J I J mrI 2 1 2 1 2 1 2 1 2 i i i n i i i n t t ef n i i i g w y w y I IK I I GJK I J I J mrI Eq.(2.10) 2 1 2 1 2 1 2 1 2 i i i n i i i n t t ef n i i i g w y w y I IK I I GJK I J I J mrI Eq.(2.12) Figura 2.3 - Representação de um eixo sofrendo vibração lateral. m m31 vibração 1 2 3 em k k m( e) 2 Figura 2.4 - Eixo sofrendo rodopio. 4 32 dJ 2 4 d gE L 4 32 dJ 2 4 d gE L Eq.(2.14) 14 O projeto do eixo consiste em se determinar os diâme- tros das seções de modo a acomodar duas polias. As características geométricas, de carregamento e de rotação do eixo são apresentadas na figura 3.1. A tabela 3.1 apresenta os dados do projeto; a tabela 3.2, os dados das polias. Através de análises elementares de estática os diagra- mas de momento fletor, momento torsor e os esforços em ambos os planos, (x,y) e (x,z), são obtidos, conforme as figuras 3.2, 3.3 e 3.4. Ambos os diagramas foram conferidos com o auxílio do software MD Solids. 3 Definição do Problema B D 450mm 2250N 225mm 450mm 1200rpm 270 0N z y xC B A x 720 0N 6750N R2 R1 Figura 3.1 - Representação esquemática do eixo a ser projetado. Figura 3.2 - Diagrama de momento fletor no plano (x,y). Rotação (rad/s) 126 Torque (N.m) 1575 Potência (kW) 198 Polia Raio (mm) Força radial (N) 1 350 9900 (-z) 2 350 9000 (-y) Tabela 3.1 - Dados do projeto Tabela 3.2 - Dados das polias D B C C 2,0 kN.m B y 900mm 9 kN 11,2 kN2,2 kN 225mm x D A y x A DMF 15 Os dados aqui apresentados são suficientes para a aná- lise por tensão. Note que, pelo fato de serem pequenas em rela- ção aos esforços que transmitem, as forças peso das polias não são consideradas na análise das solicitações estáticas. 3.1 Análise por tensão Após a análise dos diagramas de esforços, é possível identificar os pontos críticos do eixo. É notável que o ponto B é o ponto sugeito às maiores tensões de momento e o maior torque. Assim sendo, ele será o ponto a partir do qual o diâmetro bruto deverá ser calculado. Uma vez encontrado o diâmetro bruto, um novo fator de geometria, Kb, é calculado e um novo limite de resistência à fadi- ga é obtido; os critérios de falha de Goodman e Langer são apli- cados para verificar se o diâmetro bruto satisfaz as condições de resitência. Caso satisfaça, o diâmetro bruto será refinado a partir das considerações a respeito do entalhe da chaveta e do raio do filete. No cálculo do diâmetro bruto é assumido Kf = Kfm e Kfs = Kfms, pois as tensões máximas corrigidas não excedem o limite de resistência ao escoamento do material. Kt e Kts são escolhi- dos para um rasgo de chaveta fresado (Apêndice C). O acabamento superfícial do eixo é usinado e o material é o aço 1045 laminado a frio. As polias são fixadas axialmente (em uma das extremidades) com o auxílio de um anel de reten- ção modelo DSH-63 da DSH Shaft Rings, figura 3.5. Uma boa escolha de material para chaveta é o aço 1020 laminado, por ser barato e possuir grande ductilidade, atuando ainda como um fusível mecânico. O projeto da chaveta requer um dimensionamento prevenindo a falha por cisalhamento e a falha por esmagamento, via critérios de falha estáticos, sendo adotado o maior comprimento obtido através das duas análises. CB D Figura 3.3 - Diagrama de momento fletor no plano (x,z). Figura 3.4 - Diagrama de momento torsor. Figura 3.5 - Anel retentor DSH-63 1,57 kN.m x DBA DMT C 450mm 450mm 9,9 kN 4,95 kN 2,22 kN.m 4,95 kN z x z x B D CA A DMF 16 B x DCA DIÂMETRO NO PONTO 'B' Sut 627 (MPa) aço AISI 1045 laminado a frioSy 531 MPa 1) Momento máximo resultante Mxz 2220 N m Mxy 990 N m Tm 1575 N m Ma Mxz2 Mxy2 explicit Mxz Mxy 2220 N m( )2 990 N m( )2 2.431 103 N m 2) Limite de resistência à fadiga Ka 4.51 Sut 0.265 0.818 material laminado a frio e usinado Kb 1 Kc 1esforços multiaxiais Sut 627 MPa Se Ka Kb Kc 0.5 Sut( ) 256.53MPa para Sut<1400 MPa 3) Estimativa do diâmetro bruto fatores de concentração de tensão para sulco de chaveta fresadoKt 2.14 Kts 3 Kf Kt Kfs Kts n 1.2 fator de projeto d 16 n π 1 Se 4 Kf Ma( )2 1 2 1 Sut 3 Kfs Tm( )2 1 2 1 3 0.069m d 0.07 m 4) Conferindo pelos critérios de Goodman e Langer Kb 1.51 70( ) 0.157 0.775 fator de forma corrigido Se Ka Kb Kc 0.5 Sut( ) 198.8 MPa σa 32 Kf Ma π d3 154.5 MPa tensões equivalentes τm 3 16 Kfs Tm π d3 121.5 MPa n σa Se τm Sut 1 1.03 Goodman Langern Sy σa τm 1.924 17 5) Re�inando o diâmetro D 1.2 d 0.084m diâmetro de ressalto padrão r d 0.02 1.4mm raio do �ilete q 0.79 qs 0.95 das curvas de sensibilidade ao entalhe Kf 1 q Kt 1( ) 1.9 Kfs 1 qs Kts 1( ) 2.9 σa 32 Kf Ma π d3 137.2MPa tensões equivalentes τm 3 16 Kfs Tm π d3 117.5 MPa n σa Se τm Sut 1 1.14 Goodman Langern Sy σa τm 2.085 n 1.2 fator de projeto original d 16 n π 1 Se 4 Kf Ma( )2 1 2 1 Sut 3 Kfs Tm( )2 1 2 1 3 0.071m 6) Análise do anel retentor t 1.5 mm W 2.15 mm dados do fabricante r 0.12 mm r t 0.08 Ma 2.431 103 N m fator de concentração de tensão para sulco de anel retentorKt 5 q 0.39 Kf 1 q Kt 1( ) 2.56 σa 32 Kf Ma π d3 175.5MPa n Se σa 1.133 (OBS.: A VELOCIDADE ANGULAR MÁXIMA DO EIXO É LIMITADA PELO FABRICANTE DO ANEL RETENTOR EM 7000 RPM) r t W 18 W F H F r 7) Análise da chaveta Sy 210 MPa aço AISI 1020 laminado à frio W 20 mm H 12 mm dimensões tabeladas em função do diâmetro do eixo n 1.2 Tm 1.575 103 N m r d 2 0.036m F Tm r 4.423 104 N dimensionamento por cisalhamento (critério de Tresca) Acis W L τ F Acis = τ Sy 2 n explicit Sy n 210 MPa 2 1.2 87.5 MPa F W L τ= L F W τ 0.025m dimensionamento por esmagamento σ F Aesm =Aesm H L 2 σ Sy n explicit Sy n 210 MPa 1.2 175 MPa L 2 F H σ 0.042m Chavetas padronizadas Diâmetro doeixo (mm) Largura x altura (WxH) da chaveta (mm)3 × 38 < d 10 4 × 410 < d 12 5 × 512 < d 17 6 × 617< d 22 8 × 722 < d 30 10 × 830 < d 38 12 × 838 < d 44 14 × 944 < d 50 16 × 1050 < d 58 18 × 1158 < d 65 20 × 1265 < d 75 22 × 1475 < d 85 25 × 1485 < d 95 19 A largura e a altura da seção transversal da chaveta são tabeladas, e obtidas em função do diâmetro do eixo. O projeto da chaveta leva em conta, por simplicidade, uma análise estáti- ca e baseada apenas na força tangencial gerada pelo momento torsor. Concluída a análise de tensão, a geometria do eixo é obtida, como mostrado na figura 3.6. O diâmetro maior, de 84 mm, é deixado como ressalto entre os pontos B e D; o diâmetro refinado, de 71 mm, é aplicado no assento das polias. Por uma questão de padronização dos componentes, tanto rolamentos quanto mancais são fabricados em medidas múltiplas de 5; portanto, o diâmetro de ressalto é arredondado para 85 mm e o diâmetro de base para 70 mm. O padrão de chaveta adotado é o DIN 6885/ABNT A. Vale ressaltar que o comprimento da chaveta, L, é o maior com- primento obtido entre as análises por cisalhamento e esmaga- mento. A figura 3.7 ilustra a referida chaveta. Nesse projeto, a chaveta deverá possuir, no mínimo, 42 mm (arredondado para 65 mm). Uma consideração importante no que tange a seleção dos anéis retentores e as aproximações referentes aos seus fa- tores de concentração de tensão é que, por estarem imediata- mente no lado oposto ao lado em que o torque é imposto, os anéis não sofrem o momento torsor. Já com relação à natureza dos esforços, é realista considerar o momento fletor como sendo alternado (devido à rotação do eixo) e o momento torsor como sendo médio (o torque é constante). As polias selecionadas são do modelo PF.700.A.1 tipo R6, fabricadas pela Scpolias. Um modelo esquemático das mes- mas é dado na figura 3.8. O diâmetro externo é de 700 mm; o comprimento é de 90 mm e o furo possui 75 mm de diâmetro. Isso implica que o acoplamento dessas polias no eixo exigirá um calço para suprir a diferença entre o diâmetro do eixo e o diâme- tro da polia. O material utilizado na fabricação das mesmas é o ferro fundido. Figura 3.6 - Ilustração da geometria do eixo A B C D Figura 3.7 - Chaveta DIN 6885/ABNT A. Vista do acomplamento ao eixo (acima) e em perspectiva (abaixo) ++ ++ ++ ++ 450mm 450mm 225mm Ø85mm Ø70mm Ø70mm 20 Figura 3.8 - Vista em corte da polia selecionada 12 90 60 35 0 Ø75 18 12 Ø 12 0 Ø 70 0 90 X- X Ø75 X X RASGO CHAVETA Os mancais estão ilustrados na figura 3.10. São man- cais padrão, com furo de lubrificação, para rolamentos de esfe- ras simples. 21 Figura 3.9 - Representação técnica dos mancais. C) Vistas e corte B) Mancal menor A) Mancal maior 20 20 200 35 5 185 FURO DE LUBRIFICAÇÃO A 90° 15 25 25 400 55 52135 FURO DE LUBRIFICAÇÃO A 90° 20 22 3.2 Análise por deflexão A análise por deflexão consiste em se verificar, após a definição da geometria do eixo via critério de tensão, se as fle- xas do eixo e seus respectivos ângulos de inclinação não es- trapolam os limites estipulados pelos fabricantes de mancais, rolamentos, engrenagens e etc. Analiticamente, o esforço reside em calcular a deflexão e o ângulo de inclinação nos dois planos de tensão e depois, por superposição, encontrar as resultantes totais: caso ela se- jam menores que áquelas estipuladas pelos fabricantes dos componentes auxiliares do eixo, o projeto está completo; caso contrário, um novo diâmetro deve ser determinado, conforme a equação 3.1, para a deflexão, e equação 3.2, para o ângulo. Onde o diâmetro novo, dnovo, é determinado a partir da razão entre a deflexão no ponto de análise, yvelho,e a deflexão má- xima permitida, yperm,multiplicada pelo diâmetro antigo do eixo. Como a razão entre o comprimento e o diâmetro do eixo é muito maior do que 10, a deflexão causada pelo cisalhamento transversal é desprezada. Com o auxílio de um software de análise de elementos finitos, a deformação total do eixo nas condições de trabalho é calculada, como mostra a figura 3.10. 2 1 2 1 2 1 2 1 2 i i i n i i i n t t ef n i i i g w y w y I IK I I GJK I J I J mrI 1 4. velho novo velho perm n yd d y Eq.(3.1) Eq.(3.2) 2 1 2 1 2 1 2 1 2 .( ) i i i n i i i n t t ef n i i i velho novo velho perm g w y w y I IK I I GJK I J I J mrI n dydxd d inclinação .( )velho novo velho perm n dydxd d inclinação 1/4 Figura 3.10 - Deformação total do eixo sob carregamento de trabalho obtida via elementos finitos (escala ampliada). 23 Como não há informações disponíveis acerca da má- xima deflexão permitida para as polias, é adotado, de maneira conservadora e super dimensionada, que a deflexão máxima na seção das polias não deve ultrapassar 0,25 mm; essa é a de- flexão crítica para engrenagens cilíndricas de dente reto com a razão entre o número de dentes e o diâmetro de passo menor do que 4 (BUDYNAS; NISBETT, 2011). O ângulo máximo de inclinação é obtido através da aná- lise dos catálogos de mancais. Vale ressaltarque o mancal no ponto C está sujeito a duas inclinções: a inclinação devido a polia em B, e a inclinação devido a polia em D. O primeiro caso tem o mesmo ângulo do mancal A; o segundo caso é dado na tabela 3.4. Assim, conforme as tabelas 3.3 e 3.4, o eixo está corre- tamente dimensionado para a deflexão e inclinação. A deflexão nos mancais é da ordem de 5.10-4 mm e, para fins práticos, é considerada nula e irrelevante. O apêndice C traz os dados de desalinhamento e deflexão máximos. 3.3 Análise por velocidade crítica A análise por velocidade crítica se divide em três partes: a primeira, onde se busca a velocidade (frequência) crítica para a vibração torcional; a segunda, onde através do método de Rayleigh é buscada uma (e apenas uma) frequência natural de vibração lateral do eixo e a terceira, onde é estimada a primeira frequência natural do eixo. Para o método de Rayleigh o eixo é modelado como um sistema de massas discretas, como mostrado na figura 3.11, onde o eixo é subdividido em n elementos de massa. As polias compõem, cada uma, uma elemento de massa individual. A se- ção de diâmetro 70 mm e a seção de diâmetro 85 mm compõem, cada uma, mais dois elementos de massa individual. Entretanto, a seção de diâmetro 85 mm é considerada apenas no espaço entre a polia central e o mancal direito, pois o mancal limita o movimento e não permite deflexões. Para a vibração torcional, é considerado apenas a seção “B”, pois é a única sujeita à torsão. Para a primeira frequência natural, o eixo é modelado como ten- do diâmetro uniforme (de 85 mm) e com as polias contidas no intervalo entre mancais. As deflexões dinâmicas são estimadas, por simplifica- ção, como sendo equivalentes às deflexões estáticas do eixo, considerando o seu peso e o peso das polias. Fica registrado que o método de Rayleigh busca apenas uma das frequências críticas, sendo ela ligeiramente maior que o valor exato da frequência real. A análise do rodopio do eixo não é realizada pois, se trantando de um projeto, não há como prever eventuais desba- lanceamentos resultantes do processo de fabriação; visto que o eixo, por projeto, está perfeitamente balanceado. É interessante, para efeito de projeto, que a velocidade crítica estimada esteja, pelo menos, três vezes acima da veloci- dade de trabalho do eixo. Ou seja, n > 3. Polia Deflexão (mm) Deflexão máxima (mm) 1* 0,19659 0,25 2** 0,11253 0,25 Mancal Ângulo (rad) Ângulo máximo (rad)† A 0,00013457 0,0013962 C* 0,00024999 0,0020944 Tabela 3.3 - Deflexão nas polias Tabela 3.4 - Ângulo de inclinação * Ponto ‘B’ do eixo. ** Ponto ‘D’ do eixo. † Limite para mancais de rolamento tipo ‘Conrad‘ (NORTON, 2013). x 1 2 n........... ........... y Figura 3.11 - Eixo com ‘n‘ massas discre- tizadas. 24 ANÁLISE DA VELOCIDADE CRÍTICA PARA VIBRAÇÃO TORCIONAL M 24 kg massa das polias Gt 80.8 109 Pa módulo de elasticidade torcional do aço ω 126 rad s frequência de trabalho do eixo R 0.35 m r 0.035 m lB 0.675 m comprimento da seção do eixo de 0.085 m diâmetro da seção entre polias momento de inércia de massa das polias IA M R2 r2 2 explicit M R r 24 kg 0.35 m( ) 2 0.035 m( )2 2 1.455m2 kg IC IA 1.455m2 kg constante elástica torcional do eixo (seção entre polias) Kt Gt π de4 32 lB 6.135 10 5 N m Wm Kt IA IC IA IC 918.2 Hz frequência torcional crítica n Wm ω 7.287 PRIMEIRA FREQUÊNCIA NATURAL ESTIMADA L 1.125 m comprimento do eixo γ 75.6 kN m3 peso especí�ico do aço E 210 GPa módulo de elasticidade do aço Wn π L 2 de 4 g E γ explicit L de E γ π 1.125 m 2 0.085 m 4 g 210 GPa 75.6 kN m3 Wn 864.9 Hz n Wnω 6.864 CA B 675 mm Ø85mm 25 MÉTODO DE RAYLEIGH (VIBRAÇÃO LATERAL) ρa 7800 kg m3 ρf 6900 kg m3 densidade do aço e do ferro fundido (das polias) di 0.07 mg 9.807 m s2 l1 0.45 m l2 0.45 m comprimento das seções do eixo peso das seções F1 π di2 ρa l1 g 4 explicit l1 di ρa π 0.07 m( )2 7800 kg m3 0.45 m g 4 132.469N F2 π de2 ρa l2 g 4 explicit l2 de ρa π 0.085 m( )2 7800 kg m3 0.45 m g 4 195.324N F3 M g explicit M g 24 kg g 235.36N peso das poliasF4 F3 235.36N de�lexões estátitcas nas seções do eixo (causadas pelo seu próprio peso) δ1 5.0 10 3 mm δ3 7.0 10 3 mm δ2 3.5 10 3 mm δ4 2.5 10 3 mm Wn g F1 δ1 F2 δ2 F3 δ3 F4 δ4( ) F1 δ1( )2 F2 δ2( )2 F3 δ3( )2 F4 δ4( )2 1.37 103 Hz n Wn ω 10.875 43 21 Ø85mm 450mm 450mm 225mm Ø70mm Ø70mm 26 4 Análise pelo Método dos Elementos Finitos A análise pelo método dos elementos finitos (FEA - Fini- te elements analysis) tem como objetivo a complementação da análise dos métodos analíticos tornando-se, assim, apenas uma variante geral do projeto. O método FEA não é inferior e nem superior aos métodos clássicos de análise de tensão, mas sim complementar e coadjuvante: sua vantagem consiste na facili- dade da análise em geometrias e condições de serviço que são demasiadamente onerosas para uma solução analítica elemen- tar. Neste trabalho, a análise foi feita baseada nas hipóteses mais simplórias e triviais possíveis, prezando a didática e a ex- periência em detrimento da precisão. Assim sendo, as hipóteses simplificadoras adotadas são: 1 - Desconsideração do peso do elemento Por considerar que a força peso do elemento é muito pequena em relação ao carregamento e sofrido e, dessa forma, causa deflexões ínfimas; 2 - Refinamento da malha apenas nas regiões de interesse É necessário maior precisão apenas nos pontos críticos, ou seja, aqueles onde há concentradores de tensão e as maiores tensões do elemento. Nas demais localidades, uma malha mais “grosseira“ pode ser adotada sem grande perda de precisão; 3 - Desconsideração dos efeitos térmicos e não lineares Essa hipótese é feita pela falta de informação à respeito das condições de temperatura de trabalho do elemento, bem como sobre o comportamento não linear do material. Além disso, a análise térmica e não linear foge ao escopo do trabalho. 4 - Omissão dos efeitos cinemáticos e dinâmicos Por uma questão de simplificação, apenas deformações e ten- sões estáticas são consideradas na análise das deflexões. As figuras 4.1 e 4.2 mostram os parâmetros do material (Aço AISI 1045 laminado a frio) e da simulação, respectivamen- te. A simulação foi realizada com o auxílio do software *Ansys®. O processo se inicia com o desenho do eixo em 3D com o auxílido de algum software de CAD (computer aided design) qualquer. Esse desenho é, então, exportado para o Ansys no formato .iges. Uma vez importado o desenho, o Ansys gera automati * Ansys® é um software comercial. 27 camente a malha contendo os nós dos elementos. O material do eixo é definido e as condições de contorno são aplicadas. As forças são aplicadas nos assentos das polias por meio da seleção das faces que estarão em contato com o cubo da polia e com o rasgo da chaveta. Os apoios são definidos nas regiões onde o eixo terá contato com os rolamentos. Ambos os apoios são do tipo que restringem o deslocamento do eixo nas direções Y e Z, mas mantém livre o deslocamento na direção X (para as análises estáticas). A figura 4.3 mostra as condições de contorno especificadas. A figura 4.5 mostra a malha nodal gerada paraa simu- lação. Figura 4.1 - Propriedades do material simulado. Figura 4.2 - Parâmetros da simulação. Figura 4.3 - Condições de contorno. 28 Para se obter uma maior precisão, a malha noda é refi- nada na região das chavetas e dos sulcos dos anéis retentores; nessas regiões a malha é três vezes mais densa que nas de- mais partes do eixo. A figura 4.7 mostra a tensão equivalente (Von Mises) atuando no eixo. A figura 4.4 mostra os detalhes da concentra- ção de tensão no sulco do anel retentor e no rasgo da chaveta da polia central do eixo. É nitído que há picos de tensão nessas localidades. Figura 4.4 - Picos de tensão nos concentra- dores de tensão Figura 4.6 - Detalhe da linha neutra de flexão no centro da seção do eixo. Figura 4.5 - Malha nodal. Figura 4.7 - Tensão equivalente. 29 É bastante nítido que a região da polia central do eixo sofre as maiores tensões e deformações. Isso já era esperado, uma vez que essa região está sujeita ao maior carregamento em todo o eixo. As figuras 4.8 e 4.10 mostram as configurações defor- madas do eixo segundo os planos. É interessante notar como a polia da extremidade em balanço do eixo tende a “puxar“ o eixo na direção -Y; já a polia central deflete o eixo tal como nos plo- blemas clássicos de vigas biapoiadas. Na figura 4.6 é possível ver a linha neutra de flexão do eixo, tendo ao seu redor picos de tensão em concentradores de tensão referentes ao chanfro na quina do eixo, próximo ao man- cal esquerdo. Figura 4.9 - Tensão máxima principal. Figura 4.8 - Vista deformada no plano XY. Figura 4.10 - Vista deformada no plano XZ. Figura 4.11 - Deformação torsional. 30 As figuras 4.11 e 4.12 mostram a deformação e tensão torsional, respectivemente, sofrida pelo eixo nas condições de serviço. Note que os assentos das polias sofrem as maiores deformações torsionais, visto que é nessa região, através das chavetas, que o torque é imprimido ao eixo. Também é possível identifica a linha neutra de torcional. Figura 4.12 - Tensão média equivalente torsional. 31 A análise das tensões alternadas e flutuantes mostra que o eixo está devidamente dimensionado para a vida infinita. Isso está ilustrado na figura 5.1, que mostra o limite de fadiga em função do número de ciclos; e na figura 5.2, onde é mostra- do a localização da tensão alternada e média dentro das curvas dos critérios de falha. Está claro, na figura 5.1, que tanto a componente alter- nada, σa, quanto a componente média, τm, estão bem abaixo do limite de fadiga para vida infinita, Sf@ 106. Note, ainda, que o estado de tensões no ponto crítico está bem abaixo de quaisquer curvas de falha, especialmente a de Soderberg, que é a estimativa mais conservadora de todas. Portanto, através da análise desses gráficos, o dimen- sionamento do eixo está pronto e pode ser considerado seguro, eficiente e com relativa boa margem para enventuais sobrecar- gas no funcionamento. O cálculo para a geração das curvas é dado a seguir. 5 Considerações Analíticas Figura 5.1 - Número de ciclos para cargas pulsadas. Figura 5.2 - Localização das tensões nas curvas de critérios de falhas. Figura 5.3 - Elemento de tensão (alternada axial e cisalhante média). m= 113 MP a a = 138 MPaa = 138 MPa x z y Gerber Soderberg 138 113 curva de escoamento S = 199e para (MPa) (MPa) Sy S = 627utS = 531y m0 Goodman a 539 199 138 113 627 Sut S f@103 S f@106 Se (MPa) (Ciclos) Tm a 100 103 105 108101 102 104 106 107 109 32 Diâmetro: D 0.07 m Momento torsor: Tm 1575 N m R D2 Sut 627 MPa Momento �letor: Ma 2430.74 N m Tensão alternada (momento �letor): σa Ma R 64 π D4 explicit Ma R D 2430.74 N m 0.07 m2 64 π 0.07 m( )4 σa 72.185 MPa Tensão média (momento torsor): τm Tm R 32 π D4 explicit Tm R D 1575 N m 0.07 m2 32 π 0.07 m( )4 τm 23.39 MPa Fatores de concentração de tensão: Kt 2.14 Kts 3 q 0.8 qs 0.9 Kf 1 q Kt 1( ) 1.9 Kfs 1 qs Kts 1( ) 2.8 σac Kf σa 138 MPa τmec τm Kfs 65 MPa Tensões equivalentes de Von Mises: σaeq σac2 138 MPa τmeq 3 τmec2 113 MPa Cálculo do limite de resistência à fadiga: Resistência corpo de prova See 0.5 Sut 314 MPa Fator de super�ície Ka 4.51 627 0.265 0.818 Fator de geometria: de 70 Kb 1.51 de 0.157 0.775 Resistência à fadiga: Se Ka Kb See 199 MPa Sf6 Se Fadiga de alto ciclo f 0.86 Sf3 f Sut 539 MPa Fadiga de baixo ciclo a f Sut( ) 2 Se 1462.5 MPa Coe�iciente linear b log f Sut( )Se 3 0.144 Coe�iciente angular 33 Velocidade Velocidade (rpm) (rad/s) Mancal esq. 15000 1571 Mancal dir. 5600 586 Anel retent. 7000 733 Freq. natural† ** 825 O dimensionamento do eixo prezou, desde o início, mé- todos e abordagens conservativas, o que torna o eixo extrema- mente seguro para as condições de trabalho especificadas e ainda abre uma margem de segurança para eventuais sobrecar- gas que possam ocorrer durante a sua operação. Com relação à tensão, há um coeficiente de segurança de 1,2, o que implica que o eixo pode razoavelmente suportar 15% a mais de carregamento. Além disso, a opção pela escolha de um material dúctil (aço) para a fabricação do eixo fornece uma segurança a mais com relação aos concentradores de ten- são, valendo do efeito do escoamento local e encruamento na zona crítica da trinca. Os resultados analíticos casaram com os resultados da simulação, como mostrado na tabela 5.2. Já com relação à velocidade angular, esta pode ser ele- vada até 586 rad/s, que é a velocidade limitante do rolamento do mancal direito. Estes dados são mostrados na tabela 5.1. Sobre a construção do trabalho, o uso de ferramentas de engenharia assistida por computador (CAE) foi feito de ma- neira intensiva, sendo o primeiro contato dos autores com análi- ses pelo método dos elementos finitos (FEA), e com o auxílio de ferramentas computacionais de matemática algébrica simbólica. O objetivo foi facilitar o trabalho e incrementar a precisão, como recomenda Robert L. Norton. A maior dificuldade se deu em encontrar, de maneira analítica, as velocidades críticas do eixo, uma vez que os mé- todos são extremamente complexos, tendo, inclusive, divergi- do razoavelmente do resultado da análise por elementos finitos (apesar de o método de Rayleigh, por concepção, já superesti- mar a frequência). Isso ocorre pelo fato de não haverem, na lite- ratura básica, métodos analíticos para eixos com componentes na extremidade em balanço; há apenas métodos para eixos com elementos entre mancais. Com relação às polias, não foram encontradas nos ca- tálogos padrão polias com raio igual a 380 mm. Dessa forma, foram adotadas polias com raio de 350 mm, que são as maiores disponíveis “de prateleira” no mercado. O apêndice D traz a representação técnica do eixo. 6 Considerações Finais Tabela 5.1 - Velocidades limite. † primeira velocidade crítica. Tabela 5.2 - Comparação entre a simulação FEA e os resultados analiticos. Máxima tensão equivalente Máxima tensão equivalente alternada (MPa) média (MPa) FEA 134 118 Analítico 138 11334 Referências Técnicas BUDYNAS, Richard; NISBETT, Keith. Elementos de Máquinas de Shigley. 8 ed. Porto Alegre: Editora Mc Graw Hill, 2011. cap. 7. NORTON, Robert L. Projeto de Máquinas Uma Abordagem Integrada. 4 ed. Porto Alegre: Editora Bookman, 2013. Cap. 10. DSH SHAFT RINGS DIN 471. Axially Assembled, External, Metric. Catálogo. Disponível em: <www.globalspec.com>. Aces- so em: 12 nov. 2016. SC POLIAS. Catálogo de Polias 2015. Catálogo. Disponível em: <http://www.scpolias.com.br/files/catalogos/catalogo_26. pdf >. Acesso em: 12 nov. 2016. 35 Fatores de concentração de tensão Apêndice A A.1 - Concentração de tensão em momento fletor. A.2 - Concentração de tensão em momento torsor. A.3 - Fração de resistência para fadiga de baixo ciclo em aço. 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 200180 190 f Sut , kpsi 0.76 0.78 0.8 0.82 0.84 0.86 0.88 0.9 K ts r d D d r TT D d Kt 0 r/d 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30 1.0 1.4 1.8 2.2 2.6 3.0 1.02 1.5 D/d = 3 1.10 1.05 r MD dM 36 A.4 - Concentração de tensão em sulco de anel retentor. K t d r a r D M F t M F r t Notch radius r , mm Notch radius r , in N ot ch se ns iti vi ty q S ut = kpsi Steels Alum. alloy Notch radius r , mm Notch radius r , in N ot ch se ns iti vi ty q sh ea r Steels Alum. alloy S ut = kpsi . G Pa A.5 - Sensibilidade ao entalhe para momento fletor com tensão completa- mente reversa. A.6 - Sensibilidade ao entalhe para momento torsor com tensão completa- mente reversa. 37 Características dos componenetes selecionados Apêndice B 106 67,7 88 26 494R 6PF.700.A.4 140 90 22,7 75 58 24,53 700 1R 6PF.700.A.1 120 2R 6PF.700.A.2 120 3R 6PF.700.A.3 132 95 52,7 83 33 38 90 37,7 75 51 28,82 101 67,7 86 21 324R 6PF.650.A.4 138 65 37,7 66 30 23 65 22,7 66 45 19,23 650 1R 6PF.650.A.1 105 2R 6PF.650.A.2 105 3R 6PF.650.A.3 131 104 67,7 88 03 44R 6PF.600.A.4 140 90 52,7 59 28,3 31 94 52,7 82 33 30 65 37,7 60 22,5 17,39 74 22,7 58 49 18,67 600 1R 6PF.600.A.19 2 2R 6PF.600.A.29 6 3R 6PF.600.A.39 4 LW Furo Máx. J Peso (kg) Ø D Exter. Nº Canais Código TIPO ØM B.1 - Características da polia selecionada (PF.700.A.1) Scpolias. B.2 - Características do anel retentor selecionado (DSH-70) DSH shaftrings. Rotor Clip DSHRetainingRings: DIN471-Metric- Axially Assembled, External RetainingRings FreeDiameter &RingMeasurements withSectionB-B MaximumCorner Shaft Diameter & Groove Dimensions Radius &Chamfer GrooveDetail Optional LugDesign Chmax Rmax Dg Ds d B B Smax R Df H R d Once installed in thegrooveof ashaft, theshoulder holds an assembly in place Ring SHAFTG ROOVE SIZE RING SIZE & WEIGHT SUPPLEMENTARY DATA No.D IA.D IAMETERW IDTH DEPTHT HICKNESS FREE LUGM AX.H OLEW EIGHTE DGET HRUSTTHRUST Allow-M ax.R PM (mm) DIAMETER HT.S EC.D IA.M ARGINL OADL OADa bleL oadL imits Ring Groove Rad/ w/Ch Cham.M ax. Ds Dg TOL. Wd TT ol.D fT ol.H SR Kg/Y Pr Pg R/Ch P'r Min. Max. Ref. Min. 1000M in.K nK nM ax.K n DSH-63 63 60,0 -0,302 ,151 ,502 ,00- 0,07 58,8 7,66 ,2 2,51 5,90 4,57 0,24 8,32 ,5 11,60 7000 DSH-65 65 62,0 2,65 1,50 2,50 60,8 7,86 ,3 3,01 8,20 4,5 135,0 49,8 2,52 2,70 7000 DSH-67 67 64,0 2,65 1,50 2,50 62,5 +0,467 ,9 6,43 ,0 20,304 ,5 136,0 51,3 2,52 3,00 7000 DSH-68 68 65,0 2,65 1,50 2,50 63,5 -1,108 ,0 6,53 ,0 21,804 ,5 135,0 52,2 2,52 3,10 7000 DSH-70 70 67,0 2,65 1,50 2,50 65,5 8,16 ,6 3,02 2,00 4,5 134,0 53,8 2,52 3,00 7000 38 B.4 - Rolamento do mancal direito (ponto C) 6217-Z SKF. d7 0m m D9 0m m B1 0m m d 1 76.6m m D 1 83.4m m r 1,2 min. 0.6m m Dimensions Calculation data C 12.4k N C 0 13.2k N P u 0.56 kN 15000 r/min 9000 r/min k r 0.015 f 0 17.2 Basic dynamic load rating Basic static load rating Fatigue load limit Reference speed Limiting speed Calculation factor Calculation factor d8 5m m D 150 mm B2 8m m d 1 106 mm D 2 134.3m m r 1,2 min. 2m m Dimensions Calculation data C 87.1k N C 0 64 kN P u 2.5k N 9000 r/min 5600 r/min k r 0.025 f 0 15 Basic dynamic load rating Basic static load rating Fatigue load limit Reference speed Limiting speed Calculation factor Calculation factor B.3 - Rolamento do mancal esquerdo (ponto A) 61814 SKF. 39 Apêndice C Desalinhamento máximo nos mancais e deflexões 0,1181 a 41,7323 0,3750 a 55,1181 0,6693 a 4,3307 1,5748 a 8,4646 1,00 0,3937 a 7,4803 1,0236 a 15,7480 1,00 0,70 0,3937 a 4,3307 1,1811 a 9,4488 0,70 1,00 0,1969 a 4,7244 0,7480 a 9,4488 Capacidade Velocidade limite MANCAIS DE ESFERAS INTERVALO DE TAMANHO EM POLEGADAS Furo Diâmetroexterno CLASSIFICAÇÃO RELATIVA MÉDIA AxialRadial Desalinha- mento permissível Conrad é a base de comparação 1,00 TIPO CONRAD TIPO MÁXIMO CONTATO ANGULAR 15° / 40° AUTOALINHA- MENTO CONTATO ANGULAR 35° Aceitável Boa Excelente Boa Excelente Aceitável Boa Boa Aceitável Boa (15º) Excelente (40º) ± 0º 12' C3 Livre ± 0º 3' 0º ± 4º TIPO Folga radial padrão ± 0º 8' ± 0º 2' (NORTON, 2013) (BUDYNAS; NISBETT, 2011) (BUDYNAS; NISBETT, 2011) Inclinações Deflexões Transversais Rolo cônico Rolo cilindrico Esfera de sulcoprofundo Esfera Esfera autoalinhante Engrenagem reta sem coroa 0,0005-0,00 l 2 rod 0,0008-0,00 l 2 rod 0,001-0,003 rad rod 0,026-0,052 rod < 0,00050 rad Engrenagens retas com P < 4 dentes/cm Engrenagens retas com 5 < P < 8 Engrenagens retas com 9 < P < 20 0,25 mm 0, 125 mm 0,075 mm Flexional Torcional Axial 2.72 .2 3.0 1.71 .5 1.9 2.2— 3.0 —1.7— 5.03 .0 5.0 Filete de ressalto - pontudo (r/d = 0.02) Filete de ressalto - bem arredondado (r/d = 0.1) Assento de chaveta de extremidade fresada ( r/d = 0.02) Assento de chaveta formato corredor de trenó Sulco de anel retentor Estimativa de primeira iteração para fatores de concentração de tensão (Kt) em eixos 40 Representação técnica do eixo Apêndice D 1237,15 412,85 90 630 90 10 40 R1,2 R1,2 12 2,15 2,15 70 85 70 40 1 Introdução 1.1 Definição de eixo 1.2 Considerações sobre materiais de eixo 1.3 Considerações geométricas do eixo 1.4 Elementos de fixação e transmissão de torque 2 Dimensionamento do Eixo 2.1 Dimensionamento por tensão 2.2 Dimensionamento por deflexão 2.3 Dimensionamento por velocidade crítica 3 Definição do Problema 3.1 Análise por tensão 3.2 Análise por deflexão 3.3 Análise por velocidade crítica 4 Análise pelo Método dos Elementos Finitos 5 Considerações Analíticas 6 Considerações Finais Referências Técnicas Apêndice A Apêndice B Apêndice C Apêndice D
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