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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA aulas de 1 a 7

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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
 O estudo dessa matéria pretende abordar os temas econômicos de forma superficial e simples, mas com conteúdo suficiente para que o(a) aluno(a) possa aplicá-lo no cotidiano com naturalidade. 
 Entender o nosso dia a dia, através dos conceitos da ciência econômica, será o principal objetivo de nosso curso.
 Espero que lhe seja útil e que você faça um bom proveito dos textos que estão por vir. 
Aula 1: Introdução, Objeto e Conceitos Básicos da Ciência Econômica
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1- Poder familiarizar-se com alguns conceitos básicos da Ciência Econômica;
2- Perceber que o estudo da economia baseia-se na escassez;
3- Ter acesso aos conceitos de algumas das principais variáveis econômicas.
Objeto
 É comum, em nossa existência, sermos afetados pelas condições econômicas da sociedade  em que vivemos. 
 As roupas que vestimos, a comida que comemos, a escola que frequentamos, o salário que recebemos, os problemas do desemprego e da inflação são todos fatores ligados diretamente às questões econômicas. 
 Adicionalmente, o homem moderno é bombardeado por uma série de questões para as quais nem sempre ele encontra resposta: 
Por que existem umas poucas economias  ditas desenvolvidas, enquanto em um elevado número de países as condições de vida ainda são bastante precárias?
Por que algumas poucas pessoas são ricas, enquanto muitas enfrentam o problema de não ter moradia e alimentação adequada? 
Por que algumas pessoas recebem altos salários, enquanto outras ganham apenas o suficiente para a sua sobrevivência?
Por que existe tanto desemprego?
Por que em muitos países os preços sobem persistentemente, apesar das promessas do governo de que a inflação vai baixar?
 O estudo da economia objetiva a compreensão de todos esses problemas, fornecendo respostas a essas e a diversas outras questões. 
 A Ciência Econômica pode nos proporcionar  um melhor entendimento de como funciona nossa economia e o que pode ser feito para prevenir, corrigir ou pelo menos aliviar problemas como a pobreza, o desemprego e a inflação.
Definição de Economia
Em geral, os principiantes querem uma definição de Economia. Existem diversas, como, por exemplo, a seguinte:
“A Economia é o estudo da maneira pela qual a sociedade utiliza recursos produtivos escassos para produzir bens e serviços a fim de satisfazer as necessidades humanas.”
É a ciencia que estuda a escassez.
 
Essa definição pode ser ilustrada pelo fluxograma abaixo: 
Fatores de Produção ==> Processos Produtivos ==> Produtos ==> Necessidades
- Fatores de Produção
 Para satisfazer o maior número dessas necessidades, a sociedade conta com recursos como terra, mão de obra, máquinas, equipamentos, conhecimentos técnicos etc. Esses recursos, no entanto, são bastante limitados e, assim, nem todas as necessidades podem simultaneamente  ser satisfeitas.
  A escassez desses recursos, então, torna-se o problema fundamental de cada sociedade. Como resultado, a sociedade, através do instrumental fornecido pela Ciência Econômica (princípios, teorias, modelos) procura usar recursos escassos (fatores de produção) tão eficientemente quanto possível, a fim de produzir o máximo de bens e serviços que deseja. O campo de atuação da Economia seria, então, o estudo e a administração da escassez dos fatores de produção. 
  Conclui-se, portanto, que se não houvesse escassez dos recursos, não haveria necessidade de se estudar Economia. A escassez dos fatores de produção e a necessidade de utilizá-los da melhor maneira possível implica que no processo produtivo toda decisão econômica será, sempre, uma “escolha decorrente de um juízo de valor”. 
- Processo produtivo
 O conceito de processo produtivo explica como os fatores de produção são combinados,  em quantidade e qualidade,  na elaboração dos produtos. 
 Não é difícil perceber que cada bem ou serviço produzido possui seu próprio processo produtivo. Tanto nos casos mais elementares de produção, como nos mais sofisticados, o processo produtivo existe e é bem definido. 
 Teoricamente, supõe-se que os indivíduos deverão escolher, sempre,  as técnicas mais eficientes para serem empregadas.
- Produto
 A resultante do processo produtivo é o produto que pode ser um bem ou um serviço. Para que fique melhor entendida a diferença entre um e outro, vamos usar os conceitos de tangível e intangível. 
 Tangível - Tudo aquilo que tem forma ou seja palpável. No nosso caso, os bens, como um livro ou uma geladeira, enquadram-se perfeitamente nesse conceito.
 Intangível - O que não possui forma e tampouco pode ser apalpado. Os serviços, como o atendimento médico ou os ensinamentos de uma professora, são alguns exemplos dessa alternativa.
 - Necessidades humanas
  Como já foi dito, o objetivo principal da atividade econômica é o de atender as necessidades humanas.  Hoje, pelos novos conceitos e realidades, pode-se ampliar esse conceito para as necessidades do planeta (sustentabilidade).
 Um ponto importante a registrar é o fato de que as necessidades humanas são ilimitadas. De um modo geral, quando as necessidades básicas (alimentação, moradia, vestuário) são atendidas, o indivíduo passa a ter outras necessidades como educação, lazer, melhoria do seu padrão de vida (melhor casa, melhores roupas, automóvel etc.).  Uma vez atendidas plenamente as necessidades ditas materiais, o indivíduo passa a sentir outro tipo de necessidade: a estima dos amigos, o reconhecimento e aceitação do grupo social que frequenta, necessidade de status e assim por diante.  
 Focando apenas em nós, seres humanos, as necessidades humanas representam os desejos de consumo da sociedade. Observa-se que são: ilimitadas e diversificadas.
Conceitos básicos da Ciência Econômica
 É fato que toda ciência possui sua própria terminologia, e a Ciência Econômica não é diferente.
 Por esse motivo, para que você já possa ir se familiarizando e conseguindo mais facilidade nas leituras dos textos, apresentamos, a seguir, alguns dos conceitos mais frequentes encontrados na literatura econômica. Acreditamos que o esquecimento de alguns não invalida a tentativa de ajuda. São eles: 
 
Fatores de produção: São os meios disponíveis para se gerar os produtos que a sociedade necessita. Sua principal característica é a escassez;
Custo de oportunidade de um fator de produção: É sua melhor utilização no processo produtivo; 
Bens livres: São aqueles que existem em relativa abundância e, por isso, não caracterizam um problema econômico (a água do mar, o ar, etc.);
Bens econômicos: São os bens que existem com uma relativa escassez, não suficientes para todos. Como tal, têm um valor (preço) de mercado;
Processo produtivo: Vem a ser o processo de produção utilizado naquele produto que a sociedade deseja obter;
Produto: É o que se obtém do processo produtivo. Subdivide-se em bens e serviços;
Bens: É a parte física ou tangível (palpável) do produto gerado na economia (pão, móveis, livros, roupas etc.);
Serviços: Parte intangível (não palpável) do produto total da economia (educação, saúde, turismo, etc.);
Bens e serviços de consumo: São os que resultam do processo produtivo destinado ao consumo (alimentos, lazer etc.);
Bens e serviços de capital ou de produção: Destinam-se à produção de outros bens e serviços (máquinas, construções, equipamentos, etc.);
Bens e serviços intermediários: São aqueles que, depois de produzidos, retornam ao processo produtivo para produzir outros bens e serviço;
Curva de possibilidades de produção:
É uma figura gráfica, representada por uma curva,  que mostra as diversas combinações de produção  de uma economia quando todos os seus fatores de produção estão sendo utilizados, ou seja, quando não há desemprego dos fatores de produção. Serão, portanto, alternativas de produção máxima;
Agentes econômicos: São definidos como sendo as famílias, as empresas e o governo;
Sistema econômico:É o modelo escolhido
para administrar a economia (capitalismo, socialismo, etc.);
Demanda ou procura de um produto: Representa as quantidades que se deseja comprar de um determinado produto, por unidade de tempo, aos vários níveis de 
preços possíveis;
Oferta de um produto: Representa as quantidades de um determinado produto que a empresa deseja produzir e vender, por unidade de tempo, aos vários níveis de preços possíveis;
Equilíbrio de mercado: Uma situação de equilíbrio é aquela que uma vez alcançada, tende a ser mantida;
Função de produção de um produto: É a forma como os fatores de produção são combinados no processo produtivo;
Exportações: Consiste numa parte do que é produzido por um país e vendido ao exterior;
Importações: São as compras que um país faz de outros países;
Taxa de câmbio: É o preço da moeda estrangeira (que se esteja considerando) em relação à moeda do país;
Balanço de pagamentos: Registra todas as operações do país com o resto do mundo.
Balança comercial: É uma das contas do balanço de pagamentos que trata das transações internacionais de bens. Suas principais rubricas são: 
exportações e importações;
Balança de serviços: É outra conta do balanço de pagamentos que trata das transações dos serviços;
Moeda: Considera-se moeda a tudo aquilo que, tendo aceitação, sirva de instrumento de troca entre bens e serviços;
Inflação: Conceitualmente, inflação vem a ser uma alta sucessiva e consecutiva nos níveis de preços da economia;
Liquidez: É a capacidade de algo ser comercializado. Assim, quanto maior for a procura de  um bem ou serviço, maior sua liquidez;
Taxa de juros: É o preço do dinheiro;
Produto interno bruto: Vem a ser a soma dos valores de todos os bens e serviços produzidos em uma economia, durante certo período de tempo (normalmente, um ano);
Renda nacional: É a soma das remunerações dos fatores de produção sob a forma de salários, juros, lucros e aluguéis. Quanto mais elevada, maior a possibilidade de consumo na economia;
Crescimento econômico: Ocorrerá quando o produto gerado pela economia, em um determinado período de tempo, crescer mais do que a população;
Desenvolvimento econômico: Situação em que, além do crescimento econômico, ocorre uma melhor distribuição do produto pela sociedade.
Aula 2: As questões fundamentais da ciência econômica 
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1- Perceber as três questões fundamentais da economia;
2- Ter contato com as quatro abordagens do estudo da ciência econômica.
Questões Fundamentais da Ciência Econômica:
Você já sabe que para atender o máximo das necessidades humanas, a sociedade conta com os fatores de produção. Tais recursos são, no entanto, bastante limitados e, assim, nem todas as necessidades  podem ser satisfeitas simultaneamente.
Isso é o mesmo que dizer que, sendo limitados ou escassos os recursos  disponíveis, qualquer “sistema econômico” terá que ser  capaz de resolver as seguintes questões fundamentais:   
- O que produzir?? Que desejos dos indivíduos serão satisfeitos e em que quantidades
- Como e onde produzir?? Que técnicas serão adotadas e onde se dará a produção.
- Para quem produzir?? Como distribuir a produção entre os membros da sociedade.
Primeira questão fundamental: “o que deve ser produzido?”
Ao indagarmos o que uma economia deve produzir nos deparamos com duas possibilidades de resposta a essa pergunta: ou o que será gerado no processo produtivo servirá para o consumo da população ou para a produção de outros produtos. Vejamos:
- Bens ou serviços de consumo
Bem durável: carro, geladeira, sapato, etc.
Bem não-durável: bebidas, pacote de viagem, etc.
- Bens de produção ou bens de capital
Envolve as diversas contruções civis, as máquinas, os equipamentos e a tecnologia, que serão utilizados na produção d outros bens (de consumo ou de capital). É esse tipo de bem que determina a capacidade produtiva de uma economia. Quanto maior for o edtoque de bens de capital que uma sociedade conseguir acumular, maior será seu potencial de produção.
Uma terceira possibilidade...
A terceira possibilidade é representada pelos bens e serviços produzidos que retornam ao processo de produção para produção de outros produtos. 
ex: uma chapa de aço utilizada na produção de um veículo é um bom exemplo de bem intermediário.
- Escolha resultante de um juízo de valor
A essa altura, você já percebeu que todo processo produtivo envolverá, sempre, “uma escolha resultante de um juízo de valor”. 
Produzir bens de consumo em detrimento aos de capital, ou vice versa, é um exemplo da permanente escolha que ocorre na atividade econômica. Da mesma forma que produzir bens ao invés de serviços, ou vice versa, também o é.
Reflexão: Normalmente, as escolhas acertadas costumam gerar bons resultados futuros para a sociedade.
Comentário:É importante ter em mente que, por ser a economia uma ciência humana (não exata), nunca existirá unanimidade sobre as escolhas feitas. Todavia, para que uma medida econômica possa dar resultado é necessário que haja perseverança na tomada de decisão.
exemplo: Imagine, por exemplo, o caso de um prefeito numa pequena cidade do interior que, para atrair turistas, prefira construir uma fonte luminosa na praça pública ao invés de reformar as salas de aula da escola local. Para muitos, principalmente a oposição, seria um claro exemplo de má utilização dos recursos disponíveis (mão de obra, material de construção etc.) mas, para ele, poderia estar de acordo com seu juízo de valor de obter recursos para o município através do turismo.
Veja e analise com atenção o diagrama sobre “o que produzir?”:
*Detrimento
Prejuízo, dano, perda./ Desprezo, descarte, desconsideração./ Quando há dano ou perda de algo.
Segunda questão fundamental: “como e onde produzir?”
A teoria econômica parte do pressuposto de que no processo produtivo serão utilizadas as técnicas de produção mais eficientes. Isso posto, e dadas as técnicas de produção disponíveis, três são os setores da economia onde o produto poderá ser gerado: setor primário, setor secundário e setor terciário. 
- Setor Primário – Está relacionado a produção através da exploração de recursos da natureza. Ex: agricultura, mineração, pesca, pecuária, extrativismo vegetal e caça.
É ele quem fornece a matéria prima para a indústria de tranformação. 
É um setor vulnerável pois depende de fenômenos da natureza. Ex: clima
A produção e exportação de matérias-primas não geram muita riqueza para os países com economias baseadas neste setor econômico, pois estes produtos não possuem valor agregado como ocorre por exemplo os produtos industrializados.
Economias menos desenvolvidas costumam praticamente limitar suas produções a esse setor da atividade econômica
- Setor Secundário – É o setor da economia que transforma as matérias primas (produzidas pelo setor primário) em produtos industrializados (roupas, máquinas, automóveis, alimentos industrializados, eletrônicos, casas, etc). Como há conhecimentos tecnológicos agregados aos produtos do setor secundário, o lucro obtido na comercialização é significativo. Países com bom grau de desenvolvimento possuem uma significativa base econômica concentrada no setor secundário.
 O setor secundário abriga as atividades extrativas mineral  (petróleo, gás, ouro etc.), a indústria da construção (portos, barragens, estradas, prédios etc.) e aquela que vem a ser a responsável pela maioria dos objetos que observamos ao nosso redor: a indústria de transformação (vestuário, mobiliário, material de construção, transporte, literário etc).
- Setor Terciário - Setor econômico relacionado aos serviços. Os serviços são produtos não materiais em que pessoas ou empresas prestam a terceiros para satisfazer determinadas necessidades. É o responsável pela oferta de todos os serviços  e abriga, além do governo, as atividades de comércio, finanças, educação, saúde, lazer, transportes, comunicação, serviços de informática, de limpeza, de alimentação, turismo e bancários, dentre outros. Este setor
é marcante nos países de alto grau de desenvolvimento econômico. Quanto mais rica uma região, maior a presença de atividades do setor terciário.
*Pressuposto
Alguma hipótese ou suposição lançada antes de ser provada
O diagrama as seguir ilustra as alternativas da segunda questão fundamental: 
Como e onde produzir?
Se você prestar atenção observará que os dois primeiros setores da economia são os responsáveis pela produção dos bens (objetos que são palpáveis, - tangíveis) e o terceiro setor, a produção dos serviços (produtos que não são palpáveis -  intangíveis).
Terceira questão fundamental: “como distribuir bem o que for produzido?”
Essa questão representa o grande desafio com que as sociedades se defrontam: distribuir de forma justa aquilo que foi produzido. Isso porque a má distribuição dos bens e serviços gera a indesejável desigualdade social.
 Normalmente, essa distribuição se dá levando em conta dois aspectos: o primeiro deles leva em conta  a quantidade e qualidade dos fatores que o indivíduo aplica no processo produtivo; e o segundo os preços que consegue obter por eles. 
Para que você entenda melhor considere, como exemplo, as  três possibilidades abaixo. 
A - Indivíduo com baixa escolaridade, trabalha de balconista numa padaria;
B- Indivíduo com baixa escolaridade, trabalha de balconista numa padaria e complementa sua renda com aluguel de um pequeno imóvel, herança da família;
C- Indivíduo, com alta escolaridade, trabalha como executivo num grande banco comercial.
Na primeira alternativa, o indivíduo irá receber apenas pelo trabalho que exerce e sua renda será inferior ao da terceira alternativa, uma vez que sua qualificação é inferior à do executivo. Da mesma forma, sua remuneração será também inferior à do indivíduo da segunda opção, uma vez que, apesar da mesma qualificação profissional, o outro coloca no mercado um imóvel para locação, auferindo, com isso, uma renda mensal adicional. 
Reflexão: Você percebeu, portanto, que não apenas a quantidade dos fatores é relevante mas, também, a qualidade de que são dotados.
*auferindo
Colher; obter; lucrar; ter; tirar; receber/Conquistar, carrear, conseguir lucro, desejar.
Quadro representativo sobre a questão “como distribuir o que foi produzido?”
A Divisão do Estudo da Economia
O estudo da economia normalmente é dividido em quatro segmentos: microeconomia, macroeconomia, economia internacional e desenvolvimento econômico.
Microeconomia - A microeconomia tratada da formação dos preços no mercado, considerando os consumidores e os produtores.
Macroeconomia - A macroeconomia estuda os grandes agregados do país como Renda nacional, Produto Interno Bruto, poupança, etc.
Economia Internacional - Trata das relações economicas com outros países, envolvendo exportações de bens, transaçoes financeiras, dentre outros.
Desenvolvimento Econômico - Preocupa-se com a melhoria do bem estar da população ao longo do tempo.
Evolução do Pensamento Econômico
Propositalmente nessa aula, por sua fácil compreensão,  o texto referente à evolução do pensamento econômico estará disponível exclusivamente no material didático que você recebeu.  Entretanto, é importante esclarecer que seu conteúdo será discutido em nossas aulas e fará parte do material pesquisado para elaboração de questões de prova.
Com essa decisão, conseguimos liberar um espaço precioso em nossa tela para que você possa se familiarizar com conceitos elementares de gráficos, cálculo de taxas de variações e leitura de tabelas de dados, tão úteis na compreensão dos conceitos econômicos. 
Síntese da Aula
Nesta aula, você:
O que produzir?
Como e onde produzir?
Como distribuir o que foi produzido?
Por fim, teve contato com as quatro abordagens do estudo da ciência econômica
Aula 3: Uma Digressão sobre gráficos, taxas de variação e elaboração de tabelas
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1- Aprender a construir e interpretar gráficos simples;
2- Calcular taxas de variações entre variáveis econômicas;
3- Conseguir ler e elaborar tabelas de dados.
Gráficos
 Para facilitar a representação, utiliza-se uma linha reta onde num ponto qualquer fixamos o valor 0 (zero), arbitrando-se que à direita (se a reta estiver na horizontal), ou acima (caso esteja na vertical), os valores serão considerados positivos e, à esquerda ou abaixo, negativos. Claro está que se desejássemos representar a compra do tecido (10m) bastaria desenhar a parte positiva do gráfico.
 Em primeiro lugar é necessário definir se o que estamos medindo pode ou não assumir valores negativos. No exemplo apresentado, a metragem do tecido não pode, mas a temperatura acusada no termômetro pode. A representação do que estamos tratando é a seguinte:
 Nos dois casos, independentemente do que se esteja aferindo, o relevante é que a resposta é dada por um único valor. 
Chamemos essa informação de “coordenada”.
 Agora, imagine que você vá a uma loja de materiais de construção para comprar um novo piso para sua cozinha. Se não forem informados o comprimento e a largura da cozinha, será impossível comprar a metragem quadrada certa.
  Você já percebeu, portanto, que esse exemplo representa uma situação onde se tornam necessárias duas informações, ou coordenadas, pois o conhecimento de apenas uma não basta. 
  A partir dessa constatação vamos mostrar como avançar na construção de um gráfico com duas coordenadas (que é o que, normalmente, encontramos nos livros de economia).
 
Imagine que utilizemos uma reta para marcar a metragem do comprimento e outra para a largura da cozinha. Como ambas as medidas não podem ser negativas (nas próximas aulas teremos contato com preços e quantidades de produtos que também não admitem valores negativos), adotaremos retas como no caso do tecido. 
Para sofisticar um pouco mais a apresentação passemos a chamar essas retas de “eixos”. Assim, temos um eixo para que as medidas do comprimento sejam marcadas e outro para as da largura. Para exemplificar, considere que o comprimento meça 8 metros e a largura, 3 metros.
Consideremos, agora, que desejássemos representar graficamente as metragens de três cozinhas diferentes com as respectivas medidas de comprimento e largura:
É importante observar que a primeira coordenada colocada no parênteses refere-se, sempre, ao eixo horizontal, e essa norma é universal. Ao desenharmos o gráfico escolhemos em qual eixo uma determinada variável estará representada. Em função dessa escolha o gráfico terá um desenho respectivo.
Aproximando-nos um pouco da economia, imaginemos que a tabela abaixo represente o nível de produção de uma firma quando ela emprega diferentes quantidades d mão de obra. 
Como representá-la graficamente?
	MÃO DE OBRA
	NIVEL DE PRODUÇÃO
	10
	200
	15
	240
	20
	300
Repare como é possível visualizar o comportamento da produção quando a empresa utiliza quantidades diferentes de mão de obra.
 A interpretação do gráfico é a de que as variáveis possuem uma relação direta entre si. Ou seja, maior quantidade de mão de obra, maior produção, como mostra a tabela. 
Veja que a inversão das variáveis de um eixo para outro não alterou a demonstração da relação direta entre elas.
Imagine, agora, que se tenha que fazer um gráfico dos dados da tabela abaixo, que contém informações sobre quantidades procuradas de um determinado produto, em função dos diferentes níveis de preço.
	
	PREÇO
	QNTD PROCURADA
	 R$ 10,00
	5.000
	R$ 14,00
	3.500
	R$ 20,00
	2.500
	R$ 28,00
	1.000
Dica:
Caso deseje elaborar uma tabela, você deve ter a preocupação de relacionar as variáveis corretamente. Neste exemplo, isso foi feito quando colocamos na mesma linha os preços e as respectivas quantidades procuradas. Isso facilitará a leitura da mesma como a confecção de um gráfico, se necessário.
Observe que cada par ordenado
da tabela representa um ponto do gráfico. As quantidades foram colocadas no eixo horizontal e os preços no vertical. Ao unir os pontos, obtêm-se a curva de demanda do produto. 
Fácil, não?
 
Diferente do gráfico anterior, a relação entre as variáveis, neste caso, é inversa. Ou seja, quanto maior o preço, menor a quantidade procurada, e vice versa.
Taxa de Variação e Elaboração de Tabelas
Por fim, a análise dos dados da tabela permite deduzir que o preço do produto ao passar de R$ 20,00 para R$ 28,00, aumentou 40%. Esse percentual foi calculado dividindo-se a variação ocorrida (R$ 8,00) pelo preço inicial (R$ 20,00), e o resultado multiplicado por 100.
Essa é a fórmula que você deverá utilizar sempre que desejar calcular taxas de variações percentuais de uma determinada variável.
Note que no caso de queda do preço a variação seria negativa. Se variar de R$ 28,00 para R$ 20,00 ocorreria uma variação de – 28,5%, aproximadamente, obtido com o seguinte cálculo:
 [(- R$ 8,00 / R$ 28,00) X 100] = - 28,5%.
Síntese da Aula
Nesta aula, você:
construção e interpretação de gráficos elementares;
determinação de variações em dados estatísticos;
elaboração e leitura de tabelas.
Aula 4: Fatores de produção, curvas de possibilidades de produção e custo de oportunidade.
Ao final dessa aula, você será capaz de:
1- O detalhamento dos fatores de produção;
2- O significado e características das curvas de possibilidades de produção;
3- O conceito de Custo de Oportunidade dos fatores de produção.
questões econômicas fundamentais
Alocação: o que, quanto e como
O que e quanto produzir
- que bens e serviços?
- em que quantidade?
como produzir
- quem?
- que recursos utilizar?
- qual tecnologia?
Distribuição: quem
para quem?
- para quem vai a distribuição dos produtos?
- para quem vai a distribuição da renda e da riqueza?
Fatores de Produção
 Na primeira aula abordamos superficialmente o conceito de fatores de produção. Agora, chegou o momento de nos determos um pouco mais sobre essa questão.
 Como vimos, considera-se fatores de produção os meios disponíveis para se gerar os produtos que a sociedade necessita. 
 Sua principal característica é a escassez, no sentido de que, na maioria das vezes, são limitados em quantidade. Esse é, sem dúvida, o cerne da questão econômica: a escassez dos fatores de produção.
*Cerne: Parte principal, ponto x.
 Versatilidade - Outra característica é a versatilidade, que quer dizer que um mesmo fator de produção possui a capacidade  de poder ser utilizado em vários processos produtivos. Isso fica demonstrado, por exemplo, ao observarmos que um mesmo trator pode ser utilizado... 
...na lavoura... ...como também na construção de uma barragem.
Para seu conhecimento, cinco são os fatores de produção, assim descritos:
Fator de produção terra
Constitui a base sobre a qual se exercem as atividades dos demais recursos. 
Trata-se das reservas naturais (solo e subsolo), águas (oceanos, mares, rios, lagos), pluviosidade e clima, flora e fauna e até fatores extraterrestres (como, por exemplo, a fonte inesgotável da energia solar e a influência lunar sobre as marés).
Fator de produção trabalho
A parcela da população apta a desenvolver uma atividade econômica é considerada de fator trabalho. Trata-se, portanto, da população total deduzindo-se as crianças e os idosos. A esse contingente de pessoas aptas dá-se o nome de população econômica (PE).
Os que estão empregados representam a população economicamente ativa (PEA) e os desempregados a população economicamente inativa (PEI).
É comum lermos nos jornais sobre a taxa de desemprego no país. A partir de agora você já sabe como calcular: basta dividir PEI por PE e multiplicar o resultado por 100.
A soma das duas resulta no fator trabalho  de uma economia.
Atenção:
Exemplo: se a PEI for igual a 100.000 e a PE for de 1.000.000, a taxa de desemprego será igual a 10% [(100.000 / 1.000.000) X 100]. 
Fácil, não?
O trabalho exercido na informalidade, pelas dificuldades de aferição, não é considerado nos dados oficiais.
Fator de produção capital
O fator de produção capital vem a ser o somatório de construções, máquinas e equipamentos.
Isso significa dizer que é considerado como fator de produção capital de uma economia as suas disponibilidades para a geração de novas riquezas tais como as disponibilidades de:
ATENÇÃO
A análise econômica não considera a moeda (dinheiro) como fator capital pois, por si só, ela nada produz. 
Veremos em aula posterior que as funções da moeda são as de intermediária de troca (quando pagamos por algo), reserva de valor (poupança) e medida de valor (permite darmos valor aos produtos através de seus preços).
Fator de produção capacidade tecnológica
 Entende-se por capacidade tecnológica ao conjunto de conhecimentos e habilidades que uma sociedade detém. 
 Representa sua capacitação para a pesquisa científica, para desenvolver e implantar novos projetos e para operar projetos já implantados. Vem a ser o elo de ligação entre os três fatores de produção anteriormente mencionados.
 A velocidade com que novas descobertas científicas ocorrem no mundo globalizado de hoje faz com que a capacidade tecnológica seja o grande diferencial entre as diversas economias do planeta.
Sobre esse tema, vale a seguinte reflexão:
- Nos tempos antigos, o homem sonhava em voar.
Na mitologia grega, Ícaro é comumente conhecido pela sua tentativa de deixar Creta voando com asas de cera – tentativa frustrada em uma queda que culminou na sua morte.
Se considerarmos apenas a era cristã, verifica-se que foram necessários 1906 anos para que, precariamente, isso viesse a ocorrer.
(Teste do "14-bis" de Alberto Santos Dumont no campo de Bagatelle (Paris, França) em julho de 1906.)
- A partir daí, em apenas 63 anos o homem pousou na lua. - Neil Armstrong 
- A sonda americana Voyager 1 já está na zona prévia à saída do sistema solar.
Não é fantástico?
 Em 5 de setembro de 2012, a sonda espacial Voyager 1 completou 35 anos. Lançada em 1977, ela foi planejada para estudar Júpiter e Saturno, mas foi muito além, chegando a 18 bilhões de km de distância do Sol.
 É claro que nada disso seria possível não fossem os incalculáveis investimentos em educação e pesquisas científicas ocorridos nos países mais desenvolvidos.
Fator de produção capacidade empresarial
Vem a ser a capacidade de organizar o fluxo de produção, ou seja, a capacidade de gestão. Em última análise, é a forma de administrar da melhor maneira possível a utilização dos quatro primeiros fatores de produção no processo produtivo.
ATENÇãO:
Dada a competitividade do mundo moderno, por menor que seja a empresa, não se admite mais o desconhecimento da necessidade da capacidade de gestão como fator de sobrevivência de qualquer empresa.
Curvas de possibilidades de produção
Como já se disse, uma sociedade não pode ter o máximo de todos os bens ao mesmo tempo. Sendo os recursos escassos e estando todos eles sendo utilizados (por hipótese), sempre que a sociedade se decidir pela produção de um bem qualquer, outro bem terá que ser total ou parcialmente sacrificado.
Para um melhor entendimento dessa afirmativa, suponha que um país qualquer disponha de uma determinada quantidade de recursos que lhe permita produzir alimentos e automóveis em quantidades variadas, conforme a Tabela 1, a seguir. 
Observe-se que, se esse país empregar todos os seus recursos  na produção de alimentos, sua produção de automóveis será zero; se resolver produzir, também, um pouco de automóveis, terá de sacrificar em parte  a produção de alimentos.
	Possibilidade (ou alternativas) de Produção
	AUTOMÓVEIS (milhões de unidades)
	Alimentos (milhões de toneladas)
	A
	0
	15
	B
	1
	14
	C
	2
	12
	D
	3
	9
	E
	4
	5
	F
	5
	0
O importante a observar na tabela é que, em qualquer das combinações ou alternativas listadas, a sociedade estará utilizando, por hipótese,
todos os seus recursos disponíveis
(o chamado “pleno emprego dos fatores”). 
A alternativa A indica que todos os recursos estão alocados na produção de alimentos e, portanto, a produção de automóveis é zero.
Tabela 1: alternativas de produção a pleno emprego
O inverso ocorre na alternativa F. As demais alternativas mostram a alocação de partes dos recursos na produção de alimentos e de automóveis. Para uma melhor visualização  das possíveis escolhas existentes, podemos colocar os dados da Tabela 1 em um gráfico gerando a conhecida “curva de possibilidades de produção”.
Portanto, a curva de possibilidades de produção é “um gráfico que mostra todas as combinações máximas possíveis de produção de dois produtos (bens e serviços) que podem ser obtidas quando a economia utiliza todos os seus recursos disponíveis de diferentes maneiras em um determinado período de tempo”. 
ATENÇÃO:
É muito importante que você perceba que o conceito de curva de possibilidades de produção está, sempre, diretamente ligado a um período de tempo.  Isso é o mesmo quer dizer que a cada época a economia terá, uma curva diferente. 
Vejamos a seguir.
 Este gráfico é representado pela Figura 1 onde estão marcados alguns pontos da curva de possibilidades de produção. 
 O ponto G, por exemplo, indica que a sociedade está produzindo 9 milhões de toneladas de alimentos e  2 milhões de automóveis. Constata-se que nesse ponto existe desemprego de alguns fatores de produção, pois a sociedade poderia aumentar sua produção de alimentos até 12 milhões de toneladas sem reduzir a produção de automóveis (ou, ainda, aumentar sua produção de automóveis até 3 milhões, sem reduzir a de alimentos). 
 Os pontos I, J e K indicam alternativas de produção a pleno emprego, pois estão situados na curva de possibilidades de produção.
  Do ponto de vista técnico, não importa se se está produzindo mais automóveis ou mais alimentos, pois isto é uma decisão ou escolha da sociedade. Já o ponto L – que indicaria uma produção de 4 milhões de carros e 9 milhões de toneladas de alimentos – é uma alternativa impossível de se atingir com os recursos disponíveis naquele momento. 
 Pode ser que mais adiante, em outro período de tempo, com o aumento dos estoques de fatores de produção e o consequente crescimento do produto gerado pela economia (mostrado pela curva de possibilidades de produção em vermelho), a alternativa de produção representada no ponto L (4 milhões de automóveis e 9 milhões de toneladas de alimentos) seja viável. 
 Note que apesar do gráfico mostrar 2 curvas elas não ocorrem ao mesmo tempo. Ou será uma, ou outra. Isso porque representam épocas diferentes.
Custo de Oportunidade:
 Em termos sociais, o custo de oportunidade de um fator de produção que esteja alocado na produção de um produto “X” será a impossibilidade de, por esse motivo, ser alocado na produção de um outro produto “Y”.
 Mais uma vez nos deparamos com a questão da escassez. Não fosse ela, não haveria a questão do custo de oportunidade. No exemplo da aula 2, o prefeito, ao construir uma fonte luminosa, incorreu no custo de oportunidade de poder utilizar aqueles recursos em outras obras (escola, por exemplo).
  Sob a ótica da avaliação privada , os fatores de produção são valorizados e acordo com seus preços de mercado. Assim, seus custos de oportunidade  corresponderão às melhores remunerações que puderem obter.
 É claro que o custo de oportunidade de uma pessoa desempregada é mais baixa do que uma que esteja trabalhando.
Aula 5: Conceitos de procura, oferta e equilíbrio de mercado
Ao final dessa aula, você será capaz de:
1- Ter contato com o comportamento do consumidor, através do conceito de demanda ou procura;
2- Conhecer o comportamento do produtor, através do conceito de oferta;
3- Compreender como se dará o equilíbrio entre procura e oferta de um determinado produto no mercado.
 As aulas anteriores mostraram sinteticamente que existem diferentes modos ou processos pelos quais a sociedade resolve o problema de o que, como e onde e para quem produzir, tudo dependendo do sistema econômico vigente. 
 Vimos que estes problemas são resolvidos, em sua maioria pelo livre jogo das forças de mercado (procura e oferta), onde as decisões e escolhas econômicas são individualizadas e feitas pelos consumidores (demandantes) e produtores (ofertantes). 
 Agindo de acordo com seus próprios interesses, os indivíduos, afetando e sendo afetados pelo sistema de preços, tomam as decisões que maximizarão a satisfação coletiva.
Um exemplo simples de como funciona o mercado
 Suponha que numa determinada cidade exista uma feira livre onde semanalmente são vendidas, entre outros produtos, uma certa quantidade “X” de laranjas e uma quantidade “Y” de  maçãs.
 Agora, vamos supor que, por uma razão qualquer, verifica-se uma mudança na preferência dos consumidores e, em consequência, a demanda (procura) por laranjas tenha aumentado. 
 Como a renda ou poder aquisitivo dos consumidores não se alterou, esta preferência por mais laranjas só será satisfeita se ocorrer uma queda na demanda por maçã.
 Ora, o aumento da procura de laranjas provocará uma falta desse produto, enquanto a queda na demanda por maçã provocará um excesso de oferta desse produto. Em consequência, o preço da laranja se elevará, enquanto vendedores tratarão de reduzir o preço da maçã para acabar com o estoque.
 Assim, as forças de mercado farão com que ocorra um aumento na oferta de laranjas e uma redução na de maçãs.
 
 
 
 Obviamente, com o aumento da quantidade ofertada de laranjas, seus preços declinarão um pouco, enquanto os preços das maçãs (agora com quantidades reduzidas) deverão se elevar ligeiramente. Vamos agora analisar mais concretamente o comportamento dos consumidores e dos produtores, isto é, da demanda e da oferta. Comecemos pela demanda.
DEMANDA
 De qualquer modo, você irá escolher pratos e outros complementos tendo em vista o que você pode ou está disposto a gastar, isto é, de acordo com sua renda. E assim por diante.
 Vemos com esse exemplo simples que sua escolha foi influenciada por diversas variáveis que, de modo geral, serão as mesmas que o influenciarão em outras ocasiões ou outras escolhas.
 Desta forma, podemos listar pelo menos quatro fatores principais que influenciam a quantidade de um bem qualquer demandada por um indivíduo:
 Pb Ps G R 
 Preço do bem Preço de outros Gosto ou preferência Nível de renda
 bens substitutos do consumidor do consumidor
 Como é difícil pesquisar a influência ou o peso exato de cada uma dessas variáveis na demanda por um bem, os economistas costumam supor variar o preço (subindo ou caindo) e ver seu efeito sobre a demanda por um bem, enquanto as demais permanecem constantes (condição coeteris paribus).
 A questão, então, seria: o que acontece com a quantidade procurada de um produto “X” se seu preço “Px” variar, enquanto a renda, o gosto e o preço de outros produtos substitutos não variam?
 Normalmente, teremos uma relação inversa entre o preço do bem e a quantidade demandada. Quando o preço do bem cai, o bem fica mais barato em relação ao de seus concorrentes e, em consequência, os consumidores estarão dispostos a adquirir maiores quantidades desse bem. Se o preço se elevar, a reação dos consumidores será a oposta.
Vamos supor que uma pesquisa de mercado junto aos potenciais compradores de um produto qualquer (digamos sandálias de borracha) apontou os resultados constantes da Tabela 2, onde estão relacionados diferentes preços e as respectivas quantidades demandadas daquele produto.
A tabela mostra que, ao alto preço de R$ 200,00, apenas 1.000 pares seriam comprados por mês. Se o preço caísse para, digamos, R$ 120,00 os consumidores adquiririam
2.500 pares, e assim por diante. 
 
Ou seja, à medida que o preço se reduz, maiores serão as quantidades demandadas, e vice versa.
Lei da demanda
A partir dessa constatação podemos enunciar a lei da demanda:
“as quantidades demandadas de um produto, por um período de tempo, serão maiores quanto menor for o seu preço, e vice-versa, permanecendo constantes as demais variáveis”.
A Figura 2 apresenta as informações da Tabela 2 sob a forma de um gráfico. Os diversos níveis de preços são representados no eixo vertical e as quantidades  demandadas no horizontal.
Como se constata, a curva de demanda é negativamente inclinada (da esquerda para a direita) indicando que os consumidores  estarão dispostos e aptos a comprar mais de uma mercadoria a preços mais baixos. Isso significa uma relação inversa entre preços e quantidades procuradas.
Uma questão importante é: qual será o preço desse produto, já que temos vários preços e várias quantidades? 
Para responder a essa pergunta precisamos saber, antes, o outro lado do mercado – o lado dos produtores, ou seja, o lado da oferta
Oferta
 A oferta pode ser definida como “as diferentes quantidades de um bem ou serviço que os produtores estão dispostos a vender, durante um período de tempo, a diferentes preços”.
 A exemplo da demanda, as quantidades ofertadas de um bem qualquer também dependem de outros fatores como: preços de outros bens, preços dos fatores de produção (custos de produção) e a renda dos consumidores. 
 Também, a exemplo do que foi dito no caso da demanda, os economistas costumam considerar esses fatores inalterados e, então, analisam os efeitos das variações no preço sobre as quantidades ofertadas. 
Intuitivamente, podemos admitir a hipótese de que quanto maior o preço de um bem, mais interessante se torna produzi-lo e, portanto, as quantidades ofertadas serão maiores e vice versa.  A Tabela 3 mostra dados hipotéticos de vários níveis de preços e as diferentes quantidades que os produtores estarão dispostos e aptos a oferecer no mercado (no caso, também sandálias de borracha). 
 A Tabela 3 mostra que, ao alto preço de R$ 200,00 por par, os produtores estarão dispostos a oferecer 5.000 pares  no mercado, enquanto que ao baixo preço de R$ 80,00, por exemplo, eles oferecerão apenas 1.000 pares, e assim por diante. Ou seja, ao contrário dos consumidores, à medida que o preço se reduz, menores serão as quantidades que os produtores estarão dispostos a vender no mercado.
Lei da oferta
A partir dessa observação, podemos enunciar a lei da oferta:
“as quantidades ofertadas de um produto, por um período de tempo, serão maiores quanto maior for o seu preço, e vice versa, permanecendo constantes as demais variáveis”.
 A representação gráfica da escala de oferta nos fornece a curva de oferta, conforme mostra a Figura 3.
 Como se observa, a curva de oferta é positivamente inclinada, indicando que quanto mais alto os preços, maiores as quantidades ofertadas de um produto. Trata-se, portanto, de uma relação direta entre preços e quantidades ofertadas.
 Conhecido, agora, o comportamento de ambos os lados – isto é, dos consumidores e dos produtores – diante de variações nos preços, já temos condições de verificar a que preço o produto será vendido no mercado.
Preço de equilíbrio
 Suponhamos que o preço seja, inicialmente, fixado em R$ 200,00 o par. A esse preço, a demanda por sandálias de borracha será de apenas 1.000 pares por mês, enquanto a oferta será de 5.000 pares. Assim, haverá um excedente da quantidade ofertada sobre a quantidade procurada equivalente a 4.000 pares e, consequentemente, o preço começa a cair. 
  Mas, note-se que, à medida que o preço cai, a quantidade ofertada vai se reduzindo e a demandada vai se elevando, reduzindo gradativamente esse excedente.
Define-se como preço de equilíbrio àquele em que a quantidade de uma mercadoria, que os consumidores estão dispostos a comprar, é exatamente igual à quantidade que os produtores estão dispostos a oferecer.
Para descobrir que preço é esse, podemos analisar a Figura 4, onde estão colocadas as curvas de demanda e de oferta tal qual desenhamos anteriormente.
- Agora, suponhamos que o preço seja fixado em R$ 80,00 o par. A esse preço os consumidores estão dispostos a comprar 4.000 pares. Mas os produtores, desestimulados pelo preço baixo, só ofertarão 2.000 pares.
- Há, então, uma escassez da quantidade ofertada em relação à quantidade demandada igual a 2.000 pares e, por isso, o preço começa a se elevar.
- Neste caso, também, à medida que o preço se eleva o excesso da quantidade procurada sobre a quantidade ofertada (escassez) será cada vez menor.
 Daí concluímos que enquanto a quantidade ofertada for maior que  a quantidade procurada haverá excedente e o preço deverá cair...
...ao passo que enquanto a quantidade procurada for maior que a quantidade ofertada ocorrerá escassez e o preço deverá subir.
 Ao final desse processo de ajustamento vemos que, ao preço de R$ 120,00 o par, as quantidades ofertadas e procuradas são iguais a 3.000 pares. Essa igualdade faz com que não haja pressão para que o preço caia ou suba, caracterizando, assim, uma situação de equilíbrio.
 Na Figura 4 ao lado, a situação de equilíbrio no mercado do produto fica definida pelo nível de preço cuja respectiva quantidade ofertada é igual à respectiva quantidade procurada.
 Se, entretanto, uma das variáveis consideradas constantes pela condição “coeteris paribus” se alterar, as curvas como um todo também irão se alterar.
 Graficamente isso pode ser visto na Figuras 5 a seguir, onde, por exemplo, supomos uma mudança no gosto do consumidor que passa a desejar comprar mais quantidades do produto a cada nível de preço considerado.
 No gráfico ao lado percebe-se que ao mesmo preço de 15 o consumidor, devido a mudança no seu gosto, passa a desejar comprar mais quantidades (de 5 para 8) do produto (o mesmo ocorreria se o preço fosse 10). Assim, um aumento da demanda é representado por um deslocamento da curva para direita.  
 No caso, o ponto de equilíbrio deslocou-se de E1 para E2.
Pelo mesmo raciocínio um aumento na oferta é representado por um deslocamento da curva para a direita.
Obs: A curva D2 substituiu a curva D1.
Síntese da Aula
Nesta aula, você:
Conceito de demanda de um produto;
Conceito de oferta de um produto;
Definição da situação de equilíbrio do consumidor.
REVISÃO AULAS 1 a 5
Qual principal objetivo da atividade econômica?
Rª O objetivo principal da atividade econômica é o de atender as necessidades humanas.  Hoje pode-se ampliar esse conceito para as necessidades do planeta, visando a sustentabilidade.
A- A razão fundamental do estudo da Ciência Econômica consiste:
1) Nas necessidades humanas. 
2) Nos fatores de produção. 
3) No processo produtivo. 
4) Na escassez dos fatores 
B- O conceito de Produto em economia está atrelado:
1) Ao valor total do que foi produzido. 
2) Às quantidades totais produzidas. 
3) Ao total de bens consumidos. 
4) Ao total de serviços oferecidos. 
C- A versatilidade dos fatores de produção pressupõe:
1) Que os fatores de produção são eficientes. 
2) Que os processos produtivos são adequados. 
3) Que nunca haverá desemprego. 
4) Que há mais de uma possibilidade para sua aplicação. 
D- A importância da tomada de decisão da sociedade sobre o que deve ser produzido é devido:
1) A diversidade das necessidades humanas. 
2) Ao fato das necessidades humanas serem ilimitadas. 
3) A escassez dos fatores de produção. 
4) Ao fato dos processos produtivos não serem eficientes. 
E- São atividades do setor secundário da economia:
1) Petróleo e indústria de calçados. 
2) Bancos e educação. 
3) Extração de madeiras e móveis. 
4) Soja e turismo. 
F- Bens de capital representam:
1) Dinheiro para investimento. 
2) Dinheiro para poupança. 
3) Parte do produto que irá ser consumido.
4) Parte do produto que irá gerar outros produtos. 
G- O número de coordenadas de uma variável:
1) Independe do número de eixos que seu respectivo gráfico possua. 
2) É maior do que o número de eixos que seu respectivo gráfico possua. 
3) É menor do que o número de eixos que seu respectivo gráfico possua. 
4) É igual ao número de eixos que seu respectivo gráfico possua. 
H- Uma relação direta entre duas variáveis significa:
1) Que a primeira delas será sempre maior do que a outra. 
2) Que a primeira delas será sempre menor que a outra. 
3) Que seus valores variam na mesma direção. 
4) Que seus valores não variam na mesma direção. 
 
I- Para o cálculo de uma taxa de variação percentual qualquer:
1) A variação ocorrida é comparada ao valor inicial. 
2) A variação ocorrida é comparada ao valor final. 
3) A variação ocorrida será sempre maior que a posterior. 
4) A variação ocorrida será sempre menor que a posterior.
Atividade Proposta:
J- A curva de possibilidades de produção indica:
1) Alternativas de produção do setor primário. 
2) Alternativas de produção do setor secundário. 
3) Alternativas de produção do setor terciário. 
4) Alternativas de produção de todos os setores. 
K- Dentre outros, o fator de produção capital representa:
1) Dinheiro. 
2) Empresas. 
3) Educação. 
4) Produção. 
L- A principal característica econômica dos fatores de produção é o fato de:
1) Serem produtivos. 
2) Serem escassos. 
3) Serem versáteis. 
4) Serem disponíveis.
M- A inclinação negativa da curva de demanda significa:
1) Que as quantidades procuradas independem dos preços. 
2) Que os preços independem das quantidades procuradas. 
3) Que a relação entre preços e quantidades é direta. 
4) Que a relação entre preços e quantidades é inversa. 
N- O excedente no mercado de um produto significa:
1) Que o preço do produto deverá ser impulsionado para cima. 
2) Que o preço do produto deverá se manter estável. 
3) Que o preço do produto deverá ser impulsionado para baixo. 
4) Uma situação que independe do preço de mercado. 
O- A quantidade procurada de um produto será alterada:
1) Quando ocorrer uma variação em seu preço. 
2) Quando a quantidade ofertada se mantiver estável. 
3) Quando a quantidade ofertada se mantiver fixa. 
4) Quando o preço do produto não se alterar.
Gabarito
A-4/ B-1/ C-4/ D-3/ E-2/ F-4/ G-4/ H-3/ I-1/ J-4/ K-3/ L-2/ M-4/ N-3/ O-1
ATIVIDADE PROPOSTA:
Aula 6: O conceito de elasticidade preço da demanda e da oferta e os tipos de mercado 
Ao final dessa aula, você será capaz de:
1- Estudar, através do conceito de elasticidade preço, os diferentes efeitos que uma variação no preço do produto pode causar nas quantidades procuradas e ofertadas;
2- Conhecer os tipos de mercado em que as forças de oferta e demanda atuam.
Conceito de Elasticidade Preço
A abordagem do conceito de elasticidade serve para tentarmos entender e explicar a reação dos consumidores e produtores diante de variações que ocorram nos níveis de preço de um determinado produto.
Elasticidade preço da demanda
 Você já sabe que quando o preço de um bem aumenta provoca uma redução em sua quantidade demandada, certo? Mas, você é capaz de responder se essa redução é considerável ou não?
Para tratar desse tipo de questionamento utiliza-se o conceito de elasticidade preço da procura [Ep(d)], que consiste na comparação entre a variação percentual ocorrida no preço do produto e a consequente variação percentual da quantidade demandada. Sua fórmula é muito simples.
Vejamos a seguir.
A fórmula representa a relação (divisão) entre as variações relativas (percentuais) das quantidade procuradas e dos preços,  e permite  as seguintes alternativas:
Quando o numerador for maior do que o denominador
Quando o numerador for maior do que o denominador
Quando o numerador for igual a zero
1ª alternativa: quando o numerador for maior do que o denominador (Ep(d) maior do que 1)
Significa que a variação percentual das quantidades procuradas é mais significativa do que a ocorrida no preço. Nesse caso, o produto será classificado de elástico.
Fazem parte desse conjunto os bens  supérfluos, cujo consumo costuma ser abolido, ou muito reduzido, quando os preços aumentam.   A Figura 6, ao lado, ilustra essa alternativa.
No gráfico percebemos que quando o preço é de R$ 20,00, as quantidades procuradas são de 40 unidades. A ocorrência de um aumento de 10% no preço (de R$ 20,00 para R$ 22,00) acarretará uma redução mais do que proporcional nas quantidades procuradas equivalente a 62,5% (variação de 25 sobre 40 unidades).
Assim, dividindo-se 62,5% por 10%, obtêm-se um coeficiente de elasticidade igual a 6,25 (maior do que 1, portanto), mostrando que o produto é elástico, ou seja, muito sensível às variações de preço.
2ª alternativa: quando o numerador for menor do que o denominador (Ep(d) menor do que 1)
Mostra que a variação percentual das quantidades procuradas é menos significativa do que a ocorrida no preço. Nesse caso, o produto será classificado de inelástico. 
Fazem parte desse conjunto  de possibilidades os bens  de primeira necessidade, cujo consumo costuma ser pouco sensível às variações de preço. Produtos básicos da alimentação, do vestuário etc., incluem-se nessa categoria. 
A Figura 7, ao lado, demonstra esse conceito.
No gráfico ao lado percebemos que quando o preço é de R$ 20,00, as quantidades procuradas são de 45 unidades.
A ocorrência de um aumento de 75% no preço (de R$ 20,00 para R$ 35,00) acarretará uma redução menos do que proporcional nas quantidades procuradas equivalente a 33% (variação de 15 sobre 45 unidades).
Assim, dividindo-se 33% por 75%, obtêm-se um coeficiente de elasticidade igual a 0,44 (menor do que 1, portanto), mostrando que o produto é inelástico. 
3ª alternativa: quando o numerador for igual a zero (Ep(d) igual a zero)
Teoricamente pode-se considerar, ainda, um caso extremo de elasticidade da demanda onde não ocorra variação na quantidade procurada de um produto quando seu preço se modifica. 
Nesse caso, os bens seriam designados como totalmente inelásticos. Fariam parte desse caso extremo aqueles  bens de primeiríssima necessidade (remédios essenciais, por ex.).
A Figura 8 mostra esse caso.
No gráfico ao lado percebe-se que  qualquer que seja o nível de preço (R$ 20,00 ou R$ 40,00, por exemplo), as quantidades procuradas não se alteram e permanecem iguais a 30 unidades.
Ou seja, mesmo com a ocorrência de um aumento de 100% no preço (de R$ 20,00 para R$ 40,00) as quantidades não se reduzem (variação de 0%).
A elasticidade preço da oferta
Como a demanda, a oferta também é sensível às variações ocorridas no preço. Assim, a sensibilidade da oferta do produto em relação ao preço pode ser medida por uma  fórmula bem semelhante à da demanda. Observe:
A fórmula em questão representa a relação (divisão) entre as variações relativas (percentuais) das  quantidades ofertadas e dos preços  e, da mesma forma que na demanda, nos permite visualizar as alternativas a seguir.
1ª alternativa: quando o numerador for maior do que o denominador [Ep(o)] maior do que 1).
Significa que a variação percentual das quantidades ofertadas é mais do que proporcional a da ocorrida no preço. Nesse caso, os produtos são considerados de oferta elástica.
A Figura 9, ao lado, ilustra essa alternativa.
No gráfico ao lado notamos que quando o preço é de R$ 20,00, as quantidades ofertadas são de 15 unidades. A ocorrência de um aumento de 10% no preço (de R$ 20,00 para R$ 22,00) provocará um aumento de 100% nas quantidades ofertadas (variação de 15 para 30 unidades). 
Assim, dividindo-se 100% por 10%, obtêm-se um coeficiente de elasticidade igual a 10 (maior do que 1, portanto), mostrando que o produto é de oferta elástica. 
2ª alternativa:  quando o numerador for menor do que o denominador (Ep(o) menor do que 1).
Significa que a variação percentual das quantidades ofertadas é
menos do que proporcional ao da ocorrida no preço. 
Nesse caso, os produtos são considerados de oferta inelástica.  A Figura 10 ilustra bem essa alternativa.
No gráfico ao lado notamos que quando o preço é de R$ 10,00, as quantidades ofertadas são de 15 unidades. A ocorrência de um aumento de 150% no preço (de R$ 10,00 para R$ 25,00) provocará um aumento de 20% nas quantidades ofertadas (variação de 15 para 18 unidades). 
Assim, dividindo-se 25% por 150%, obtêm-se um coeficiente de elasticidade de 0,16, aproximadamente  (menor do que 1, portanto), mostrando que o produto é de oferta inelástica.
Os tipos de mercado
Agora, após termos considerado os aspectos da demanda e oferta de um determinado produto, é importante que você perceba as características de alguns tipos de mercados onde essas forças atuam. Entende-se que um mercado é constituído de compradores e vendedores. 
 Neste sentido, nós podemos nos referir a um mercado como um todo – o mercado do Rio de Janeiro, o mercado brasileiro – ou como um mercado específico de um produto qualquer – o mercado de bicicletas, o mercado de trabalho etc. 
Observamos, por outro lado, que as relações  entre compradores e vendedores seguem padrões diferentes  dependendo do tamanho deste mercado, do número de vendedores, do número de compradores e, até mesmo, do tipo de produto comercializado.
Consequentemente, a forma como os preços são determinados varia de acordo com as características do mercado. Essas características é que fornecem base para uma classificação genérica dos diversos tipos de mercados.
A análise simplista que faremos irá considerar três alternativas de estruturas de oferta para atender o mercado consumidor de um determinado produto.
A abordagem levará em consideração as características de cada um deles como número de unidades produtivas, tipo de produto, possibilidades de acesso à concorrência etc.
Conceitualmente, esses mercados são denominados de monopólio, oligopólio e concorrência perfeita. As características de cada um desses apresentamos a seguir.
Monopólio
O prefixo mono, como se sabe,  significa a unidade. Assim, monopólio representa o caso  limite de um mercado onde só existe um único produtor (ou fornecedor) de um bem ou serviço.
Por esse motivo, preço e quantidades produzidas serão determinadas pela empresa monopolista. Normalmente, os produtos vendidos nesse tipo de mercado costumam exigir altíssimos níveis de investimento, fazendo com que o acesso de algum concorrente seja muito difícil.
Oligopólio
Se observarmos bem os fabricantes de inúmeros produtos que consumimos veremos que fazem parte do mercado de oligopólio. Isso porque percebe-se que esses produtos possuem poucos produtores para atender a muitos consumidores.
Como característica temos o fato dos produtos dos mercados oligopolistas serem bons substitutos e praticarem uma concorrência não só baseada no preço, como também em marketing, embalagens, etc.
ATENÇÃO: Muitos exemplos podem ser citados nesse caso. Escolhemos os fabricantes de bebidas e a indústria de eletrodomésticos.
Quando empresas oligopolistas se unem, através de um pacto formal, formam um Cartel. Nesse caso, agem em conjunto como se fosse uma única firma (monopólio). No Brasil, essa prática é proibida por lei.
Em termos de países, o cartel mais importante é a OPEP – Organização dos Países Produtores e Exportadores de Petróleo que, em reuniões periódicas, determinam as quantidades diárias que cada país deverá produzir e o preço que será praticado por todos.
Perceba que ao definir as quantidades produzidas por cada país, a OPEP consegue adequar a oferta à demanda para que o preço desejado possa ser mantido pois, como vimos na aula passada, os excedentes forçam os preços para baixo e a escassez, pela força que exerce, empurra os preços para cima.
Concorrência Perfeita
Pelo próprio nome, o mercado de concorrência perfeita é aquele onde a concorrência entre os agentes econômicos, devido ao seu grande número, é a mais significativa.
A consequência lógica desse número excessivo de participantes é que cada um deles se torna incapaz de, sozinho, alterar as condições de mercado. Assim, tanto consumidores como produtores  não conseguem afetar os níveis de oferta e procura do produto e o seu preço de equilíbrio.
Além disso, são características desse tipo de mercado o pleno conhecimento do mesmo pelos consumidores e produtores, produtos homogêneos e total mobilidade, podendo os competidores entrar ou sair do mercado livremente.
Os quadros abaixo resumem as alternativas de mercado que abordamos nesse tópico.
Tipos de mercado
Nesta aula, você:
Percebeu que é possível diferenciar os bens com relação às suas sensibilidades e em relação às variações de preço;
Compreendeu também que existem tipos de mercado onde as forças de oferta e demanda atuam.
Na próxima aula, você estudará sobre os assuntos seguintes:
Teoria da produção, função de produção, produtividades média e marginal, custos de produção, equilíbrio da firma.
Fórum C 
Estamos abrindo este nosso fórum com o questionamento abaixo:
Existem alguns bens e serviços, que uma pequena variação no preço irá implicar em grande impacto no consumo. Bens e serviços com esta característica possuem demanda muito elástica. Faça um comentário sobre a afirmação acima, dando exemplos de bens e serviços com esta característica e também apresente bens e serviços que não possuem elasticidade.
Revisão Exercícios 
1.Um produto que tenha um coeficiente de elasticidade preço maior do que 1 significa que:
1) Suas quantidades procuradas são pouco afetadas pelo preço. 
2) Suas quantidades procuradas são muito afetadas pelo preço. 
3) Seus preços são pouco afetados pelas quantidades procuradas. 
4) Deus preços são muito afetados pelas quantidades procuradas. 
 2.Um Cartel opera como se fosse:
1) Um mercado de monopólio. 
2) Um mercado de oligopólio. 
3) Um mercado de livre concorrência. 
4) Um mercado de consumidores. 
3.O mercado de concorrência perfeita pressupõe:
1) Poucos compradores e muitos produtores. 
2) Poucos compradores e poucos produtores. 
3) Muitos compradores e poucos produtores. 
4) Muitos compradores e muitos produtores.
Aula 7: Teoria da produção, função de produção, produtividades média e marginal, custos de produção, equilíbrio da firma
Introdução
Para encerrar essa abordagem preliminar da microeconomia resta-nos estudar um pouco da teoria da firma, também conhecida como teoria da produção.
Perceber como os fatores de produção são combinados no processo produtivo, aferir suas eficiências e definir critérios para determinar o equilíbrio da empresa, serão temas dessa aula.

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