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13ª PROCESSO

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PROCESSO 
 
I. Processo e Procedimento 
- Processo: do latim processus, de procedere=seguir adiante. Exprime, propriamente, a ordem ou 
a sequência das coisas, para que cada uma delas venha a seu devido tempo, dirigindo, assim, a 
evolução a ser seguida no procedimento, até que se cumpra sua finalidade. 
- Moacyr Alves do Amaral: Processo é meio de que se vale o Estado para exercer sua função 
jurisdicional, isto é, para resolução das lides e, em consequência, das pretensões. 
- Processo é conceito que transcende ao direito processual – atividades estatais – processo 
administrativo, legislativo. 
- Procedimento é mero aspecto formal do processo. Em um processo pode haver mais de um 
procedimento. 
- Autos: são a materialidade dos documentos nos quais se corporificam os atos do procedimento. 
Todas as peças pertencentes ao processo judicial ou administrativo. Conjuntos de atos e termos 
do processo (Moacyr) Consultar os autos. 
II. Natureza jurídica 
- Processo como relação jurídica – Bülow. 
- ao lado da relação jurídica de direito material existe, uma relação jurídica de direito processual. 
- a relação jurídica processual compreende direitos, deveres, ônus, faculdades, poderes e obrigações. 
III. Sujeitos do processo 
III.I Generalidades 
- 3 sujeitos – clássica definição; 
- autor e réu, como sujeitos parciais; 
- juiz como sujeito imparcial; 
- também podem atuar no processo: a) órgãos auxiliares da Justiça; b) outro juiz – sucessão funcional do 
juiz; c) pluralidade de autores, de réus ou de autores e réus, além de intervenção de terceiros; d) a 
participação do advogado. 
III.II Juiz 
- Imparcialidade; 
- O juiz não pode eximir-se de atuar no processo, inafastabilidade do controle jurisdicional, art. 5º, XXXV, 
CF e 140, CPC. 
- Poderes - a) administrativos ou de polícia: em razão do processo, 360, do CPC; b) poderes jurisdicionais, 
que se desenvolvem no processo, atos ordinatórios e instrutórios (poderes meios) e decisórios e de 
execução (poderes-fins) 
- Deveres: respeito ao devido processo legal, motivação das decisões em geral (489, § 1º, CPC). 
III.III Autor e Réu 
- principais sujeitos parciais do processo. 
- autor é aquele que deduz em juízo uma pretensão. 
- réu é aquele em face de quem aquela pretensão é deduzida. 
- exequente/executado, demandante/demandado, reclamante/reclamado, requerente/requerido etc. 
- 3 princípios básicos: princípio da dualidade das partes; princípio da igualdade das partes; e princípio do 
contraditório. 
III.IV Litisconsórcio 
- pluralidade de pessoas; 
- CPC, arts. 113-118. 
- pode ser necessário e unitário. 
- prazo, art. 229, CPC. 
A) Conceito 
- comporta a relação jurídica pluralidade de partes, tanto no polo ativo como no passivo. 
- pode ser misto ou recíproco, vários autores e réus. 
- cumulação (subjetiva – de sujeitos) de partes num mesmo processo. 
- pode ele ser inicial (propositura da ação) ou ulterior (surge no curso da demanda). 
B) Espécies 
- Facultativo: é o estabelecido pelo autor. Vários coautores ou vários réus. Ex.: dívida solidária1. 
 corolário da economia processual; 
 artigo 113, CPC: comunhão de direitos ou obrigações (ex.: 13142, CC); direitos ou obrigações 
derivados de um mesmo fundamento de fato ou de direito (acidente causado por empregado da 
empresa); conexão; afinidade de questões. 
 pode ser limitado, §§ 1º e 2º, 113, CPC – 10 autores. 
- Necessário: a lei ou a natureza da relação exige a pluralidade de partes, ex. art. 73, CPC. 
 a falta de participação do litisconsórcio necessário acarreta a nulidade do processo. 
 dúvida existente quanto à existência do litisconsórcio necessário ativo, em razão do princípio da 
disponibilidade da ação e do livre acesso ao Judiciário. A posição predominante é que não há, art. 
115, parágrafo único, CPC. 
- Simples: o juiz pode julgar de modo diverso para cada um dos litisconsortes. Como regra, ocorre no 
litisconsórcio facultativo (exceção de necessário e simples: concurso de credores de devedor insolvente, 
dissolução de sociedade). Art. 117, CPC. 
- Unitário: o juiz deve julgar de maneira uniforme em relação da todos os litisconsortes. 
 exceção: ação ajuizada contra todos os devedores solidários, litisconsórcio facultativo, entretanto, 
deverá haver decisão unitária. 
 no unitário ocorre a extensão dos benefícios da prática de um ato para os demais litisconsórcios, 
ex.: 1005, CPC. 
III.V Intervenção de Terceiro 
- Ingresso de terceiro no processo, seja em substituição a uma das partes, em acréscimo a elas, de modo a 
ampliar a relação. 
- No processo civil temos (art. 119 e ss): assistência, denunciação da lide, chamamento ao processo, 
incidente de desconsideração da personalidade jurídica, intervenção amicus curiae. 
- Economia processual 
- Instituto que possibilita a um terceiro o ingresso no processo, sendo ele estranho a relação originária 
entre autor e réu. 
 
IV. Processo de Conhecimento e de Execução 
IV.I Classificação dos processos. 
- processo de conhecimento/declaratório em sentido amplo, de execução e processo cautelar 
- classificação tradicional – tripartição – três tipos de provimento jurisdicionais. 
- correspondem às tutelas jurisdicionais a que visam. O critério é o mesmo para classificar as 
ações – tipo de provimento jurisdicional a que visa à ação – CRITÉRIO FUNCIONAL. 
 
1
 CC, Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a 
dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente 
pelo resto. 
2
 Art. 1.314. Cada condômino pode usar da coisa conforme sua destinação, sobre ela exercer todos os direitos 
compatíveis com a indivisão, reivindicá-la de terceiro, defender a sua posse e alhear a respectiva parte ideal, ou 
gravá-la. 
IV.II Processo de conhecimento 
- O órgão jurisdicional é chamado a julgar, declarando qual das partes tem razão. 
- ações declaratórias, constitutivas e condenatórias. 
- objeto – sentença de mérito (procedência ou improcedência). 
- traços estruturais importantes: alegações das partes, atos probatórios e pedido. 
IV.III Início da eficácia da sentença 
- futuro (ex nunc) ou passado (ex tunc). 
- a regra geral é que as sentenças condenatória e declaratória produzem efeitos ex tunc; 
enquanto a constitutiva, efeitos ex nunc. 
IV.IV. Processo de execução - Cumprimento de sentença e execução forçada 
- providencias jurisdicionais ulteriores – implementação de uma pretensão insatisfeita, embora 
reconhecida já pelo direito. 
- atos tendentes à satisfação concreta do exequente. 
- Duas formas: 
 Cumprimento de sentença, 513-538, CPC. Continuação do processo onde houve proferida 
uma sentença – fase procedimental – sincretismo processual, simultaneidade de atos cognitivos 
e executivos no mesmo processo. Título executivo judicial, art. 515, CPC. 
 Processo autônomo de execução, arts. 771-925, CPC. Título executivo extrajudicial (art. 
7845, CPC). Ação executiva. 
- Execução forçada. 
- o juiz não aprecia o mérito – somente em caso de eventual impugnação do executado, art. 525 
e 914, CPC. 
IV.V Execução penal 
- CPP art. 674 e ss; e art. 155, LEP (L 7210/84 – são 204 artigos). 
- sentença penal condenatória – instaura-se o processo de execução penal. 
- PECULARIEDADES: a execução penal é sempre forçada, salvo a pena pecuniária, arts. 686 e 687, 
CPP e 164, LEP; 
- instaurada de ofício. 
IV.VI Cautelar ou preventivo. 
- o NCPC não mais consagra o processo cautelar com um processo, mas mero procedimento. 
- eficaz e tempestiva. 
- a instantaneidade do provimento jurisdicional de mérito não é possível na prática. 
- atividade auxiliar e subsidiária que visa a assegurar o êxito do processo de conhecimentoe de 
execução – atividade cautelar. 
- arts. 294 e ss, CPC. 
- o juiz possui ainda um poder geral de cautela, art. 297, CPC; 
- fumus boni juris e periculum in mora. 
- regime de urgência 
- pode ser requerido de forma antecedente, tutela cautelar requerida em caráter antecedente 
(art. 305-310, CPC), ou via incidental, no curso do processo principal, art. 295, CPC. 
- o CPP, também prevê medidas cautelares, arts. 282, 319 etc., CPP. 
V. Pressupostos processuais 
- para que se possa iniciar a relação processual é preciso que estejam presentes os pressupostos 
processuais. 
- são requisitos necessários à existência e validade da relação processual. 
- segundo o critério de Galeano de Lacerda são eles subjetivos e objetivos: 
 os requisitos subjetivos dizem respeito aos sujeitos principais da relação processual, juiz e parte: 
I – referentes ao juiz: a) que se trate de órgão estatal investido de jurisdição; b) que tenha 
competência; c) juiz seja imparcial. 
II – referentes às partes: a) capacidade para ser parte (noção de personalidade – 1º, CC). São 
elas as pessoas naturais, jurídicas e formais (art. 75, III, IV e V, CPC); b) capacidade 
processual/capacidade de estar em juízo (capacidade de exercício ou de fato); c) capacidade de 
postular em juízo/jus postulandi, advogado – art. 133, CF, no entanto, há exceções, Juizado 
Especiais Cíveis, processo trabalhista, HC; 
 os requisitos objetivos (elementos extraídos do próprio processo): 
I – extrínsecos e dizem respeito à inexistência de fatos impeditivos, tais como: litispendência 
(arts. 95, III, CPP e 337, VI, CPC); convenção de arbitragem (307, X, CPC), coisa julgada etc. 
II – intrínsecos e dizem respeito à subordinação do procedimento as normas legais, tais 
como: petição inicial, com os requisitos exigidos pela lei; a citação válida; o instrumento de 
mandato conferido ao advogado etc. 
- Em geral, ausente um pressuposto processual, haverá extinção do processo sem resolução de 
mérito, 485, IV, CPC e 395, II, CPP. 
 
VI. Coisa julgada 
- sentença não mais suscetível de reforma por meio de recursos. 
- coisa julgada formal – a sentença não poderá ser mais reexaminada. 
- coisa julgada material – imutável os efeitos produzidos pela sentença – imutabilidade da sentença. 
- limites objetivos: apenas o dispositivo da sentença, art. 504, CPC. 
- limites subjetivos: quem é atingido? Artigo 506, CPC 
 
BIBLIOGRAFIA 
ALVIM, José Eduardo Carreira. Teoria geral do processo. 18. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2015. 
Constituição e Supremo – Versão Completa – STF. 
CARREIRA, Marcus Orione Gonçalves. Teoria geral do processo. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. 
DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil: introdução ao direito processual civil, parte 
geral e processo de conhecimento. 17. Ed. Salvador: Ed. Jus Podivm, 2015. 
DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria geral do novo processo civil. São Paulo: Malheiros, 2016. 
GRINOVER, Ada Pellegrini. Teoria geral do processo. 28. ed. São Paulo: Malheiros, 2012.

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