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FACULDADE ESTÁCIO DE ALAGOAS – Curso de Fisioterapia Aula 3 – Ossos do Tórax Prof. Esp. Kíldare Cardoso ESQUELETO DO TÓRAX • O esqueleto do tórax, também chamado de “caixa torácica”, é uma estrutura osteocartílagínea que protege as vísceras torácicas e alguns órgãos abdominais. ESQUELETO DO TÓRAX • O esqueleto do tórax inclui 12 pares de costelas e cartilagens costais associadas, 12 vértebras torácicas e os discos intervertebrais interpostos entre elas, e o esterno. • As costelas e as cartilagens costais formam a maior parte da caixa torácica. COSTELAS • São ossos planos e curvos que formam a maior parte da caixa torácica. • São muito leves, porém muito resistentes. • Cada costela possui um interior esponjoso contendo medula óssea, tecido formador de células do sangue. Tubérculo da Costela Cabeça da costela Ângulo da Costela Corpo da Costela Cartilagem Costal TIPOS DE COSTELAS • Existem três tipos de costelas: – 7 Costelas verdadeiras (costelas I-VII); – 3 Costelas falsas (costelas VIII-X); – 2 Costelas flutuantes (costelas XI e XII) Costelas Verdadeiras (costelas I-VII) se fixam diretamente ao esterno através de suas próprias cartilagens costais COSTELAS FALSAS (costelas VIII-X) suas cartilagens são unidas à cartilagem da costela acima delas, desta forma, sua conexão com o esterno é indireta. COSTELAS FLUTUANTES (costelas XI e XII) As cartilagens rudimentares dessas costelas não se conectam com o esterno, nem mesmo indiretamente, terminando na musculatura abdominal posterior. A costela X geralmente é falsa, mas algumas vezes pode se apresentar como uma costela flutuante. COSTELAS TÍPICAS • Apresentam: – Cabeça da costela (face articular, crista da cabeça da costela) – Colo da costela – Corpo da costela (tubérculo da costela, face articular do tubérculo da costela) – Ângulo da costela – Sulco da costela. Cabeça da costela Colo da costela Ângulo da costela Corpo da costela Vista superior III costela Cabeça da costela Colo da costela Tubérculo da costela Face articular do tubérculo da costela Ângulo da costela Corpo da costela Vista superior III costela Face articular da cabeça da costela Crista da cabeça da costela Sulco da costela Vista inferior VIII costela COSTELA I (atípica) Vista superior I costela COSTELA I (atípica) Tubérculo do músculo escaleno anterior Sulco da artéria subclávia sulco da veia subclávia Origem do músculo subclávio Vista superior I costela COSTELA II (atípica) Vista superior II costela Tuberosidade do músculo serrátil anterior ESTERNO • É um osso plano, alongado, que forma a região intermediária da parte anterior da caixa torácica. • O esterno possui três partes: manúbrio do esterno, corpo do esterno e processo xifóide. • Aspectos anatômicos importantes: manúbrio do esterno (incisura clavicular, incisura jugular), ângulo do esterno, corpo do esterno, processo xifóide e incisuras costais. Manúbrio do esterno Corpo do esterno Processo xifóide Incisura clavicular Incisura jugular Incisura da 1ª costela Incisura da 2ª costela Incisura da 3ª costela Incisura da 4ª costela Incisura da 5ª costela Incisura da 6ª costela Incisura da 7ª costela Ângulo do esterno Incisura da 1ª costela Incisura da 2ª costela Incisura da 3ª costela Incisura da 4ª costela Incisura da 5ª costela Incisura da 6ª costela Incisura da 7ª costela CAIXA TORÁCICA • A abertura superior do tórax é menor, sendo uma passagem que permite a comunicação com o pescoço e os membros superiores. • A abertura inferior do tórax é maior, sendo fechada completamente pelo diafragma. • O espaço compreendido dentro da caixa torácica é a cavidade torácica. Os limites da abertura superior do tórax são: vértebra TI (posteriormente), primeiro par de costelas e suas respectivas cartilagens costais (lateralmente) e pela margem superior do manúbrio (anteriormente). Os limites da abertura inferior do tórax são: vértebra TXII (posteriormente), pelos pares de costelas XI e XII (póstero- lateralmente), pelas cartilagens costais unidas das costelas VII-X, formando as margens costais (ântero-lateralmente) e pela articulação xifosternal (anteriormente). FACULDADE ESTÁCIO DE ALAGOAS – Curso de Fisioterapia Aula 3 – Articulações do Tórax Prof. Esp. Kíldare Cardoso ARTICULAÇÃO CARTILAGÍNEA • Nas articulações cartilagíneas a mobilidade é reduzida, e o elemento que se interpõe entre as peças que se articulam é a cartilagem. • Sínfise: São articulações interpostas de fibrocartilagem,com pouca movimentação. EX: sínfise púbica e articulações intervertebrais(discos intervertebrais). • Sincondroses: São articulações que tem cartilagem hialina entre os ossos que se articulam, algumas das quais podem ser temporárias. Ex: lâmina epifisal e a sincondrose da primeira costela. SINCONDROSES DO TÓRAX • Das sincondroses existentes no tórax, daremos ênfase às sincondroses esternais. Elas iniciam como sincondroses e terminam como sínfises. São elas: • Sínfise manubrioesternal (entre o manúbrio do esterno e o corpo do esterno) • Sínfise xifosternal (entre o corpo do esterno e o processo xifóide) Sínfise manubrioesternal Sínfise xifosternal ARTICULAÇÕES COSTOVERTEBRAIS • Uma costela típica se articula com a coluna vertebral através de duas articulações: a articulação da cabeça da costela e a articulação costotransversária (ambas articulações sinoviais): – Articulação da cabeça da costela: a cabeça da costela típica se articula com as fóveas costais (superior e inferior) de duas vértebras torácicas adjacentes. – Articulação costotransversária: o tubérculo de uma costela típica se articular com a fóvea costal do processo transverso de sua própria vértebra (vértebra de mesmo número). Articulação da cabeça da costela Articulação costotransversária A crista da cabeça da costela se fixa ao disco intervertebral através do ligamento intra-articular da cabeça da costela. O ligamento radiado da cabeça da costela reforça a cápsula articular anteriormente. ligamento intra-articular da cabeça da costela Esta articulação é reforçada pelo ligamento costotransversário, que se divide em lig. costotransversário superior e lig. costotransversário lateral. ARTICULAÇÕES ESTERNOCOSTAIS • As costelas I-VII se articulam com o as margens laterais do esterno através de suas cartilagens costais. • As cápsulas articulares dessas articulações são fracas e reforçadas anterior e posteriormente pelos ligamentos esternocostais radiados. Articulações Esternocostais Ligamentos esternocostais radiados ARTICULAÇÕES COSTOCONDRAIS • Cada costela possui uma depressão em forma de cálice em sua extremidade esternal na qual a cartilagem se encaixa. • A costela e a cartilagem estão firmemente unidas pela continuidade do periósteo da costela com o pericôndrio da cartilagem. • Normalmente não há movimento nessas articulações. Articulações Costocondrais ARTICULAÇÕES INTERCONDRAIS • São articulações sinoviais planas que acontecem entre as margens adjacentes das 6ª e 7ª, das 7ª e 8ª, e das 8ª e 9ª cartilagens costais. • Cada uma destas articulações geralmente possui uma cavidade sinovial envolvida por uma cápsula articular. Articulações Intercondrais FACULDADE ESTÁCIO DE ALAGOAS – Curso de Fisioterapia Aula 3 – Músculos do Tórax Prof. Esp. Kíldare Cardoso Músculos do Tórax PEITORAL MAIOR Parte clavicular Parte esternocostal Parte abdominal PEITORAL MAIOR Origem: 1/2 medial da borda anterior da clavícula, face anterior do esterno, face externada 1ª a 6ª cartilagem costais e aponeurose do oblíquo externo do abdome Inserção: Crista do tubérculo maior Inervação: Nervo do Peitoral Lateral e Nervo do Peitoral Medial (C5 - T1) Ação: Adução, rotação medial, flexão e adução horizontal do ombro. PEITORAL MAIOR PEITORAL MENOR PEITORAL MENOR Origem: Processo coracóide Inserção: Face externa da 3ª, 4ª e 5ª costelas Inervação: Nervo do Peitoral Medial (C8 - T1) Ação: Fixo no Tórax: Depressão do ombro e rotação inferior da escápula Fixo na Escápula: Eleva as costelas (ação inspiratória) PEITORAL MENOR Origem: 1ª costela e cartilagem costal Inserção: Face inferior da clavícula Inervação: Nervo do subclávio (C5 - C6) Ação: Depressão da clavícula e do ombro SUBCLÁVIO SUBCLÁVIO SERRÁTIL ANTERIOR Escápula Ponteada Escápula Alada SERRÁTIL ANTERIOR Porção Superior: Origem: Face externa da 1ª e da 2ª costelas Inserção: Ângulo superior da escápula Porção Média: Origem: Face externa das 2ª a 4ª costelas Inserção: Borda medial da escápula Porção Inferior: Origem: Face externa das 5ª a 9ª costelas Inserção: Ângulo inferior da escápula Inervação: Nervo Torácico Longo (C5 - C7) Ação: Fixo na Escápula: Ação inspiratória Fixo nas Costelas: Rotação superior, abdução e depressão da escápula e propulsão do ombro SERRÁTIL ANTERIOR Origem: Borda inferior da costela suprajacente (superior) Inserção: Borda superior da costela infrajacente (inferior) Inervação: Nervos intercostais correspondentes Ação: Elevação das costelas (ação inspiratória) INTERCOSTAIS EXTERNOS INTERCOSTAIS EXTERNOS INTERCOSTAIS INTERNOS Origem: Borda superior da costela infrajacente (inferior) Inserção: Borda inferior da costela suprajacente (superior) Inervação: Nervos intercostais correspondentes Ação: Depressão das costelas (ação expiratória) INTERCOSTAIS INTERNOS Os músculos intercostais internos e externos se cruzam em "X". As fibras dos intercostais externos se dirigem de superior para inferior e de posterior para anterior. Já as fibras dos intercostais internos se dirigem de superior para inferior e de anterior para posterior. SUBCOSTAIS Origem: Face interna da 2ª ou 3ª costela infrajacente Inserção : Face interna da costela suprajacente Inervação: Nervos intercostais correspondentes Ação: Estabilização intercostal Origem: Face interna do esterno Inserção: Face interna da 2 á 6ª cartilagem costais Inervação: Nervos intercostais correspondentes Ação: Estabilização da parte antero-inferior do tórax TRANSVERSO DO TÓRAX DIAFRAGMA • O diafragma é uma divisória musculotendínea, com dupla cúpula, que separa as cavidades torácica e abdominal. • Sua face superior, convexa, fica voltada para a cavidade torácica, e sua face inferior, côncava, fica voltada para a cavidade abdominal. • O diafragma é o principal músculo da inspiração (na verdade, da respiração, porque a expiração é amplamente passiva). O diafragma possui duas “cúpulas”, uma direita e outra esquerda; normalmente, a cúpula direita é mais alta do que a esquerda devido à presença do fígado. A parte muscular do diafragma está situada perifericamente e suas fibras convergem para a parte aponeurótica central trilaminar, o centro tendíneo. O diafragma possui aberturas para a passagem de estruturas (vasos, nervos e linfáticos) entre o tórax e o abdome. Existem três grandes aberturas para a passagem da veia cava inferior, do esôfago e da aorta que são o forame da veia cava, o hiato esofágico e o hiato aórtico, respectivamente. Origem: Face interna das 6 últimas costelas, face interna do processo xifóide e corpos vertebrais das vértebras lombares superiores Inserção: No tendão central (aponeurose) Inervação: Nervo Frênico (C3 - C5) e 6 últimos nervos intercostais (propriocepção) Ação: Inspiratório
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