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12 HORMÔNIOS ADRENOCORTICAIS

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Hormônios Adrenocorticais
As duas glândulas adrenais localizam-se nos polos superiores dos rins. Cada glândula é composta de duas partes distintas:
- Medula: relacionada com a parte simpática do SNA, secretando epinefrina ou norepinefrina em resposta a um estímulo simpático.
- Córtex Adrenal: secreta os corticoesteroides, sintetizados a partir do colesterol esteroide. Esses hormônios possuem fórmulas químicas semelhantes, mas possuem funções distintas. Dividido em três zonas, cada qual reagindo a um estímulo específico para a secreção de seus respectivos hormônios (as duas zonas mais internas são afetadas pelos mesmos estímulos):
- Zona Glomerulosa: responsável por 15% da secreção. A secreção é controlada pelas concentrações de sódio, potássio e angiotensina II. Secreta aldosterona.
- Zona fasciculada: reponsável por 75% da secreção. A secreção é controlada pela secreção de ACTH pela adeno-hipófise. Secreta cortisol (95%) e corticoesterona (secreção pequena, mas significativa).
- Zona reticular: secreta androgênios e glicocorticoides. A secreção é controlada pela secreção de ACTH e do hormônio estimulante do androgênio cortical pela hipófise.
Os dois principais hormônios corticais são os mineralocorticoides e os glicocorticoides.
Androgênios
Produzidos na zona reticular e na zona fasciculada. São hormônios masculinizantes. Alterações podem aumentar a secreção desses hormônios, que normalmente é pequena, e produzir efeitos semelhantes aos produzidos pela testosterona.
Glicocorticoides
São muito importantes no metabolismo da glicose, mas também no metabolismo de proteínas e lipídios.
O principal glicocorticoide é o cortisol (pico nas primeiras horas da manhã), mas existem outros glicocorticoides com ação maior. Alguns podem até ser sintéticos e, então, realizar uma ação específica.
Em geral, a ação de glicocorticoides resulta no aumento na concentração de glicose no sangue. Esses hormônios também podem ter pequena ação mineralocorticoide.
# Mecanismo de Ação Celulas do Cortisol
O cortisol difunde-se pela MP e chega até seus receptores citoplasmáticos. O complexo receptor-cortisol chega no núcleo para interagir com sequências específicas do DNA. Pode haver aumento ou redução da transcrição gênica, o que altera a síntese de RNA e, por tanto, de proteínas.
# Efeitos do cortisol
- Sobre o metabolismo de carboidratos
O cortisol estimula a gliconeogênese (formação de carboidratos a partir de proteínas e algumas outras substâncias no fígado), aumentando a concentração da enzima necessária para a conversão de AA em glicose e fazendo a mobilização de AA dos tecidos extra-hepáticos. Isso, por fim, aumenta as reservas de glicogênio no fígado. O corticol faz a redução da utilização de glicose pelas células, provavelmente diminuindo a velocidade com que isso acontece. Além disso, o cortisol torna os receptores de insulina insensíveis a ela, diminuindo sua sensibilidade a esse hormônio, o que causa um efeito diabetogênico/diabetes adrenal.
* No caso de diabetes adrenal, a glicose que fica no sangue entra nas células, as quais precisam de glicose. Por outro lado, mais glicose ficará disponível para as células nervosas, já que essas independem da insulina. Nas outras células, ácidos graxos no LEC são internalizados pela membrana para formar glicose. Assim como em períodos de jejum prologado, tem-se beta-oxidação para a produção de glicose, gerando corpos cetônicos. Ademais, AA e lipídios em geral podem ser usados para a gliconeogênese.
- Sobre o metabolismo de proteínas
a) redução das proteínas celulares
b) aumento das concentrações plasmáticas e hepáticas de proteínas.
c) aumento dos AA sanguíneos
d) redução do transporte de AA para as células extra-hepáticas e aumento para as hepáticas
As proteínas periféricas dos tecidos extra-hepáticos são degradas em AA e, pelo sangue, vão até o fígado para haver glioconeogênese,
- Sobre o metabolismo de lipídios
Age promovendo a mobilização de ácidos graxos para a corrente circulatória para que estes sejam transformados em glicose. O transporte de ácidos graxos não se faz de maneira uniforme. Isso explica a obesidade causada pelo excesso de cortisol.
- Não-genômicos
Efeitos rápidos que agem sobre o transporte através da membrana.
# Cortisol e o processo inflamatório
Os glicocorticoides possuem uma potente ação anti-inflamatória. Uma lesão tecidual gera processo inflamatório pois, ao lesionar a MP, ocorre morte de células e a liberação de enzimas proteolíticas lisossomais (provocam a infecção). Essas enzimas sinalizam o 'problema'. O cortisol reduz a migração de leucócitos para a área inflamada e a fagocitose das células lesadas (provavelmente porque ele diminui a formação de prostaglandinas e leucotrienos que aumentam a vasodilatação, a permeabilidade capilar e a mobilidade de leucócitos). Essas substâncias fazem também vasodilatação, aumentando a circulação local. Essas substâncias atraem água, o que provoca aumento de volume. Ainda, células de defesa são atraídas. Também reduz a vasodilatação por causar diminuição da temperatura. Esse processo pode repercurtir de forma sistêmica.
O cortisol diminui essa cascata de eventos. Atua na estabilização das membranas, principalmente na do lisossomo. Atua, ainda, na prevenção do processo e na sua estabilidade depois de iniciado. Resumindo, pode atuar de diversas formas nessas etapas do processo inflamatório.
# Cortisol e a infecção
Corticoides são danosos em uma infecção, pois podem aumentá-la. Só podem ser usados caso aconteça junto com um processo inflamatório importante. Ainda, exerce efeito sobre as células sanguíneas e sobre a imunidade em doenças infecciosas (depressão do sistema imunológico). Reduz a produção de linfócitos.
# Cortisol e estresse
Estresse: mudança que ocorre no organismo.
Qualquer estresse físico ou neurogênico causa o aumento da produção de ACTH pela hipófise e, consequentemente, o aumento da secreção de cortisol pelas adrenais. Ocorre gliconeogênese e, portanto, a estabilização dos lisossomos. O aumento do cortisol atua como feedback negativo sobre o hipotálamo e a hipófise.
# Aspectos que aumentam a secreção de cortisol
- Trauma de qualquer tipo
- Infecção
- Calor ou frio intenso
- Injeções de noradrenalina ou de fármacos simpato-miméticos
- Cirurgia
- Injeção de substâncias necrosantes sobre a pele
- Restrição de movimentos
- Doenças debilitantes
Mineralocorticoides
O principal mineralocorticoide é a aldosterona (90%). Ainda, são produzidos a desoxicorticoesterona, corticoesterona, cortisol e cortisona, todos com fraca atividade. O 9-alfa-fluorocortisol é sintético, tendo uma ação potente e específica. Agem sobre os eletrólitos do LEC, principalmente sobre sódio e potássio. O líquido circundante passa de um lugar para outro, então, ao regular a concentração plasmática no LEC (líquido intersticial e intravascular), ele regula a concentração no LIC. O gradientene concentração é mantido por transporte ativo para que as células estejam aptas à resposta e possam, por exemplo, propagar um potencial de ação.
# ACTH: adrenocorticotrópico produzido na adeno-hipófise que regula a secreção dos mineralocorticoides, mas nem sempre regula sua concentração. É importante que haja ACTH para a liberação de mineralocorticoides.
# Mecanismo Celular de Ação da Aldosterona
A aldosterona difunde-se pela MP e se liga a seus receptores no citoplasma. O complexo receptor-aldosterona vai para o núcleo para interagir com porções do DNA, alterando a transcrição, a tradução e a síntese proteica. Pode aumentar a síntese de bombas que aumentam a reabsorção de Na+ e a secreção de K++, por exemplo.
# Funções Minerolacorticoides
- Regulação plasmática de eletrólitos, principalmente de sódio e potássio
Na membrana tubular renal, a aldosterona promove um aumento na reabsorção de Na++ na secreção de K+. Excesso de aldosterona provoca o aumento do volume do LEC e da PA. O efeitosobre a concentração plasmática de sódio é pequeno. Pode haver hipercalemia (aumento dos íons K+ no LEC) e fraqueza muscular. Com a hipercalemia perde-se o potencial de membrana e alteram-se todos os transportes que ocorrem através da membrana. Ainda, o aumento da secreção de H+, pode causar alcalose. A aldosterona é importante para manter o potássio dentro da célula e faz isso por natriurese e diurese (série de eventos que, por fim, aumentam a secreção de K+ e a absorção de Na++ e água nos túbulos renais). Promove o aumento da absorção de Na++ e secreção de K+ também nas glândulas sudoríparas, salivares e nas células epiteliais intestinais. Caso o Na++ seja secretado em grandes quantidades, ocorrerá a chamada diarréia osmótica. O Na++ tem alto poder de hidratação e, por isso, quando é excretada, 'leva' a água com ele.
A ação da aldosterona não é importante para a concentração de Na, pois caso haja um aumento na concentração de Na++, haverá um aumento na reabsorção de água ou o mecanismo da sede, que mantém a concentração desse íon praticamente constante.
# Ação não-genônima
Ocorre alteração do transporte de membrana por segundo mensageiro. Essa ação é muito mais rápida.
# Regulação da secreção de aldosterona
O ACTH tem pouco efeito na regulação da secreção desse hormônio. O aumento da concentração de K+ no LEC e o aumento da angiotensina II e renina causam o aumento da secreção de aldosterona. Já o aumento na concentração de Na++ causa diminuição na secreção de aldosterona.

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