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5ª AULA JURISDIÇÃO

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TEORIA GERAL DO PROCESSO – JURISDIÇÃO 
1 
 
JURISDIÇÃO1 – CONCEITOS E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
 I. Conceito de jurisdição 
 - É uma função do Estado, onde este substitui os titulares dos interesses em conflito, ou 
seja, substitui a vontade dos indivíduos. 
 - Poder-dever do Estado de aplicar o direito ao caso concreto submetido pelas partes, 
através da atividade exercida pelos seus órgãos investidos. O juiz tem o poder de dizer o 
direito, ao mesmo tempo em que este se consubstancia em um seu dever. 
 - A jurisdição é a função estatal que tem a finalidade de garantira eficácia dos direitos 
em última instância no caso concreto, inclusive recorrendo à força, se necessário. 
 - Conceito: Função de atuação terminal dos direitos exercida, preponderantemente, 
pelos órgãos do Poder Judiciário, independente e imparciais, compondo conflitos de interesses 
mediante a aplicação da Constituição e demais normas jurídicas através do devido processo 
legal. 
 - Poder (é a manifestação do poder estatal), função (encargo dos órgãos estatais em 
promover a pacificação dos conflitos) e atividade (complexo de atos do juiz no processo) 
 II. Caráter substitutivo 
 - o Estado substitui as atividades daqueles que estão envolvidos no conflito. 
III. Escopo2 jurídico de atuação do direito 
- É o cumprimento das normas de direito substancial. 
- Garantir que o direito material seja cumprido. 
- resguardar o império da lei. 
 IV. Outras características 
 - Lide3: característica constante na atividade jurisdicional. 
 - Inércia: os órgãos jurisdicionais são inertes. Princípio da inércia, art. 2º CPC. Fica a 
critério do interessado a provocação do Estado-Juiz. OBS.: O MP não tem o poder de livre 
disposição – princípios da obrigatoriedade e da indisponibilidade. 
 - Definitividade (imutáveis): os atos jurisdicionais são imutáveis, não podendo ser 
revistos ou modificados. Coisa julgada. 
 V. Jurisdição, legislação e administração – distinção entre as funções do Estado 
 - O Poder é uno. 
 
1 Juris (direito) e dictio (dizer): Dizer o direito. 
2 Alvo, mira. 2 Objetivo. 3 Propósito, intuito 
3 Questão judicial 
TEORIA GERAL DO PROCESSO – JURISDIÇÃO 
2 
 
 - Como função é possível diferenciá-la. 
 - Da legislação: pacificar situações em casos concretos. A diferença esta na finalidade, 
ou seja, no fato de a legislação criar normas gerais e abstratas e a jurisdição, em princípio 
normas concretas e individuais. A jurisdição transforma o direito de dado abstrato e estático 
em momento concreto e dinâmico. 
 - Da administração: o administrador é parcial. Na atividade administrativa a lei pode ser 
atuada ex officio, ex.: convocação para o cumprimento da obrigação militar. Na atividade 
jurisdicional a interpretação do direito é definitiva, o mesmo não ocorre com a atuação 
administrativa. Na atividade jurisdicional há trancamento definitivo da situação litigiosa, coisa 
julgada, as decisões judiciais são imutáveis pelos outros poderes. Anulabilidade dos atos 
administrativos pelo Judiciário. 
 VI. Princípios inerentes 
 - Investidura: a jurisdição somente é exercida por quem tenha sido investido na 
autoridade de juiz4. Atos praticados por quem não é investido são nulos de pleno direito, 
incorrendo o autor no crime previsto no art. 324, CP. 
 - Aderência ao território/territorialidade: limitação à soberania ao território do país. O 
juiz atua em comarcas (justiça estadual) ou seções judiciárias (justiça federal). STF, jurisdição 
em todo o território nacional. Ato fora dos limites territoriais do juiz depende da cooperação 
do juiz do lugar, sem delegação, por exemplo: carta precatória (art. 237, III do CPC e art. 353 
ss, CPP) e carta rogatória (art. 237, II CPC e 368 CPP). Exceção, artigo 289-A5, CPP. 
 
4 No atual estado da ciência processual todo estudo sobre a jurisdição deve passar pela inclusão, nesse 
conceito, da jurisdição exercida pelo juiz estatal e também por aquela que se exerce no processo arbitral, 
sabendo-se que a arbitragem é um processo e, tanto quanto o processo conduzido pelos juízes, insere-se 
desenganadamente na teoria geral do processo. 
5 Art. 289-A. O juiz competente providenciará o imediato registro do mandado de prisão em banco de dados 
mantido pelo Conselho Nacional de Justiça para essa finalidade. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 1o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão determinada no mandado de prisão registrado no 
Conselho Nacional de Justiça, ainda que fora da competência territorial do juiz que o expediu. (Incluído pela 
Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 2o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão decretada, ainda que sem registro no Conselho 
Nacional de Justiça, adotando as precauções necessárias para averiguar a autenticidade do mandado e 
comunicando ao juiz que a decretou, devendo este providenciar, em seguida, o registro do mandado na 
forma do caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 3o A prisão será imediatamente comunicada ao juiz do local de cumprimento da medida o qual 
providenciará a certidão extraída do registro do Conselho Nacional de Justiça e informará ao juízo que a 
decretou. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 4o O preso será informado de seus direitos, nos termos do inciso LXIII do art. 5o da Constituição Federal 
e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, será comunicado à Defensoria Pública. (Incluído 
pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 5o Havendo dúvidas das autoridades locais sobre a legitimidade da pessoa do executor ou sobre a 
identidade do preso, aplica-se o disposto no § 2o do art. 290 deste Código. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
TEORIA GERAL DO PROCESSO – JURISDIÇÃO 
3 
 
 - Indelegabilidade: é vedado a qualquer um dos Poderes delegar atribuições. Se aplica 
integralmente no caso de poder decisório, podendo haver delegação do poder instrutório, 
diretivo do processo e de execução de decisões, ex.: 102, I, “m”; 93, XI e XIV, CF; 237, I e 972, 
CPC – carta de ordem6. 
 - Inevitabilidade: a situação das partes é de sujeição, independe de sua vontade. 
 - Inafastabilidade/direito fundamental à inafastabilidade da apreciação pelo Poder 
Judiciário: art. 5º, XXXV e CF, 140, CPC. Exceção: art. 217, § 1º da CF. 
 - Juiz natural: juiz independente e imparcial. Impossibilidade da instituição de tribunais 
de exceção, art. 5º, XXXVII, CF. 
 VII. Dimensões da jurisdição 
 - A execução é atividade jurisdicional. 
 VIII. Poderes inerentes à jurisdição 
 - de decisão (conhecer, prover, recolher os elementos de prova e decidir), de coerção 
(maior manifestação no processo de execução, mais também no de conhecimento e cautelar, 
ex.: intimação parte e testemunha) e de documentação (representação por escrito dos atos 
processuais) 
- Poder jurisdicional e poder de polícia – exercer com autoridade e eficiência o 
primeiro, CPP 7947. 
 
ESPÉCIES DE JURISDIÇÃO 
 I. Unidade da jurisdição 
 - A jurisdição não comporta divisão – princípio da unidade da jurisdição. Vide artigo 
345 do CP8, que define o crime de fazer justiça com as próprias mãos. 
 
§ 6o O Conselho Nacional de Justiça regulamentará o registro do mandado de prisão a que se refere o caput 
deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
6 Apenas por ela se estabeleceu esta gradação para o pedido de requisição para a prática de ato em 
jurisdição de outro juiz; se os juízes são de categoria igual ou o que pede é inferior ao juiz deprecado, será 
caso de carta precatória; será caso de carta de ordem quando o juiz que requisita a prática do ato é 
superior, hierarquicamente, ao juiz deprecado. 
7 Art. 794. A polícia das audiências e das sessões compete aos respectivos juízes ou aopresidente do 
tribunal, câmara, ou turma, que poderão determinar o que for conveniente à manutenção da ordem. Para tal 
fim, requisitarão força pública, que ficará exclusivamente à sua disposição. 
8 Exercício arbitrário das próprias razões 
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o 
permite: 
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência. 
Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa. 
TEORIA GERAL DO PROCESSO – JURISDIÇÃO 
4 
 
- As atividades jurisdicionais não diversificam porque o conflito a compor-se é de 
natureza penal, civil, trabalhista e eleitoral – função jurisdicional é una. 
 - Se fala em espécies/classificação de jurisdição (critérios, ligados mais a problemática 
da competência): 
• Objeto: penal ou civil; 
• Organismo judiciário: especial ou comum; 
• Posição hierárquica dos órgãos: superior ou inferior; e 
• Fonte do direito: de direito ou de equidade9. 
• Quanto a proveniência/origem (MOACIR): legal (juízes) e convencional (árbitros). 
II. Penal ou civil 
 - causas civis, penais, comerciais, administrativas, previdenciárias, tributarias, ambientais 
etc. 
 - A jurisdição penal (causa penais, pretensões punitivas) é exercida pelos juízes 
estaduais comuns, pela justiça militar estadual, pela justiça militar federal, justiça federal e 
justiça eleitoral. Somente a justiça do trabalho não possui competência penal. 
 - A jurisdição civil (por exclusão, não penais): justiça estadual, federal, trabalhista e 
eleitoral. A militar não exerce. 
III. Relacionamento entre jurisdição penal e civil 
 - Conveniência de trabalho, uma vez que é impossível isolar uma da outra. 
 - interação entre a jurisdição civil e penal. 
 - suspensão prejudicial do processo-crime, quando para o julgamento de um crime é 
relevante à decisão de uma questão civil. Arts. 92-94 do CPP. Ex.: bigamia. 
 - a fim de evitar decisões ambíguas é conveniente que o processo civil aguarde a 
solução da pena, art. 65, CPP. 
 - sentença penal condenatória transitada em julgado tem eficácia no cível, art. 91, I, 
CP10. 
 - DA AÇÃO CIVIL 
Art. 63. Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a 
execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu 
representante legal ou seus herdeiros. 
 
9 1 Justiça natural. 2 Disposição para reconhecer imparcialmente o direito de cada qual. 3 Igualdade, 
justiça, retidão. Antôn: injustiça. Var: equidade. 
10
 Art. 91 - São efeitos da condenação: 
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime; 
TEORIA GERAL DO PROCESSO – JURISDIÇÃO 
5 
 
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá 
ser efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso IV do caput do art. 38711 deste 
Código sem prejuízo da liquidação para a apuração do dano efetivamente sofrido. 
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
Art. 64. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para ressarcimento do 
dano poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do crime e, se for caso, contra 
o responsável civil. (Vide Lei nº 5.970, de 1973) 
Parágrafo único. Intentada a ação penal, o juiz da ação civil poderá suspender o 
curso desta, até o julgamento definitivo daquela. 
Art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato 
praticado em estado de necessidade, em legítima defesa12, em estrito cumprimento 
de dever legal ou no exercício regular de direito. 
Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser 
proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material 
do fato. 
Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil: 
 I - o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação; 
 II - a decisão que julgar extinta a punibilidade; 
 III - a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime. 
Art. 68. Quando o titular do direito à reparação do dano for pobre (art. 32, §§ 1o e 
2o), a execução da sentença condenatória (art. 63) ou a ação civil (art. 64) será 
promovida, a seu requerimento, pelo Ministério Público. 
 
 - Prova emprestada: a prova produzida em um processo pode ser utilizada em outro. 
 - prova de falsidade de documento, arts. 297, 298, 299, 300, 304, 342 etc., do Código 
Penal é suficiente para ajuizamento da ação rescisória, art. 966, VI, CPC. 
 - Exemplo de interação entre a jurisdição penal e civil: sentença declaratória de falência 
como uma condição objetiva de punibilidade penal13, ou seja, a ação penal só pode ser 
proposta após a sentença de falência. Artigo 183 e ss da Lei 11.101/05 trata do Procedimento 
Penal. 
 IV. Jurisdição especial ou comum 
 - Em ramos específicos do direito material atuam as justiças especiais. 
 - Critério da exclusão: a jurisdição comum tem caráter geral. 
 
11 Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória: 
IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos 
sofridos pelo ofendido. 
12 Vide 929 e 930 do CC. 
13 Art. 180. A sentença que decreta a falência, concede a recuperação judicial ou concede a recuperação 
extrajudicial de que trata o art. 163 desta Lei é condição objetiva de punibilidade das infrações penais 
descritas nesta Lei. 
TEORIA GERAL DO PROCESSO – JURISDIÇÃO 
6 
 
- Jurisdição especial: Justiça militar (122-124, CF), eleitoral (118-121, CF), do trabalho 
(114-116, CF) e militar estadual (125, § 3º, CF). OBS.: Justiça militar, causas penais fundadas no 
direito penal militar e na Lei de Segurança Nacional. 
 - Jurisdição comum: justiça federal14 (106-110, CF) e estadual ordinária (125/126, CF) 
 - Atos realizados perante uma Justiça são aproveitados em outra, ex.: 109, I, CF 
(aproveita tudo) e 64, § 4º, CPC (efeitos são aproveitados até que nova decisão proferida pelo 
Juízo competente a respeito da sua conservação). 
 V. Jurisdição superior ou inferior 
 - Inconformismo: duplo grau de jurisdição 
 - posição vertical dos órgãos judiciários – estrutura da Justiça do país. 
- jurisdição inferior (primeira instância) aquela exercida pelos juízes que conhecem do 
processo no seu início (competência originária) 
 - jurisdição superior (segunda instância) exercida pelos órgãos a que cabem os recursos. 
 - Em alguns casos o processo inicia perante o órgão superior, CF, arts. 102, I; 105, I; 
108, I, etc. 
 VI. Jurisdição de direito ou de equidade15 
 - O juiz exercita a atividade jurisdicional, usando o direito objetivo (direito positivo) 
como critério de suas decisões, temos a chamada jurisdição de direito. Julgamento em 
conformidade com a lei. Nesse caso, se costuma dizer que o juiz é escravo da lei. Mesmo aqui 
o juiz não está impedido de interpretar os textos legais a partir dos valores da sociedade, art. 
8º, CPC. 
 - Quando a própria lei autoriza ao julgador a fundamentar seus provimentos na 
equidade, temos a jurisdição de equidade, art. 140, parágrafo único, CPC. Ex.: uso da 
arbitragem, art. 2º, 11, II e 26, II da Lei 9307/9616; fixação do valor de alimentos (necessidade 
 
14 Alguns autores a consideram uma justiça especializada. 
15 É compreendida como a igualdade de que nos falam os romanos: jus est ars boni et aequi. E o bom, que 
vem do que é direito, e está na reta razão ou na razão direita, pode ter complemento na razão absoluta ou 
no que é equitativo. É um abrandamento ou a benigna e humana interpretação da lei, para sua aplicação. 
16 Art. 2º A arbitragem poderá ser de direito ou de eqüidade, a critério das partes. 
§ 1º Poderão as partes escolher, livremente, as regrasde direito que serão aplicadas na arbitragem, desde 
que não haja violação aos bons costumes e à ordem pública. 
§ 2º Poderão, também, as partes convencionar que a arbitragem se realize com base nos princípios gerais 
de direito, nos usos e costumes e nas regras internacionais de comércio. 
§ 3o A arbitragem que envolva a administração pública será sempre de direito e respeitará o princípio da 
publicidade. 
Art. 11. Poderá, ainda, o compromisso arbitral conter: 
 
[...] 
TEORIA GERAL DO PROCESSO – JURISDIÇÃO 
7 
 
do credor e possibilidade do devedor, art. 1694, § 1º17, CC); fixação e dimensionamento de 
multas por descumprimento de liminares, arts. 536, § 1º e 537, § 1º, CPC. 
- julgar por equidade é pautar-se por critérios não contidos em lei alguma e não apenas 
interpretar inteligentemente os textos legais. Ao julgar por equidade o juiz remonta ao valor 
justo e à realidade humana, econômica, política, cultural, social ou familiar em que se insere o 
conflito. 
 
BIBLIOGRAFIA 
ALVIM, José Eduardo Carreira. Teoria geral do processo. 18. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2015. 
CARREIRA, Marcus Orione Gonçalves. Teoria geral do processo. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. 
DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil: introdução ao direito processual civil, parte 
geral e processo de conhecimento. 17. Ed. Salvador: Ed. Jus Podivm, 2015. 
DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria geral do novo processo civil. São Paulo: Malheiros, 2016. 
GRINOVER, Ada Pellegrini. Teoria geral do processo. 28. ed. São Paulo: Malheiros, 2012. 
 
 
II - a autorização para que o árbitro ou os árbitros julguem por eqüidade, se assim for convencionado pelas 
partes; 
Art. 26. São requisitos obrigatórios da sentença arbitral: 
[...] 
II - os fundamentos da decisão, onde serão analisadas as questões de fato e de direito, mencionando-se, 
expressamente, se os árbitros julgaram por eqüidade; 
17 Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que 
necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às 
necessidades de sua educação. 
§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da 
pessoa obrigada.

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