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Aulas de tributário

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CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS
Pela competência
Trata da competência sobre quem possui a competência, o poder de legislar sobre determinada matéria tributária, ou seja, a quem cabe a criação da RMIT. A própria CF dispõe os impostos e quais os entes competentes de tais instituições nos seguintes artigos: 
Art 153 e 154 são os impostos de competência federal
Art 155 impostos de competência estadual
Art 156 impostos de competência municipal
Insta salientar que o DF acumula a competência para a instituição de impostos que cabem tanto aos estados quando aos municípios.
Matéria tributável 
Sobre o que incide o imposto, qual o objeto de incidência sobre qual recai determinado tributo, que deve ser sempre uma expressão de riqueza, a capacidade econômica, visto que se houver retirada de patrimônio (cobrança de impostos) sem que haja expressão de riqueza, caracteriza-se o confisco, que é inconstitucional.
Diretos e Indiretos e Extraordinários
Os Impostos Diretos incidem sobre expressão clara de riqueza, como o rendimento e a propriedade
Os Impostos Indiretos, por sua vez, incidem sobre expressão imprecisa de riqueza, como o consumo ou a transmissão de propriedade
Há ainda a figura dos impostos extraordinários, que embora previstos pela CF, nunca foram criados, como o de grandes fortunas, o Imposto extraordinário de guerra e o imposto residual, que pode ser criado caso venha a surgir na sociedade um novo tipo de riqueza, como os Bitcoins.
	NATUREZA/COMPETÊNCIA
	FEDERAL
	ESTADUA/DF
	MUNICIPAL/DF
	1 – RENDIMENTO
	Imposto de renda
	------
	------
	2 - PROPRIEDADE
	ITR
	IPVA
	IPTU
	3 - CONSUMO
	IPI, IOF, II, IE
	ICMS
	ISS
	4 - TRANSMISSÃO
	------
	ITD
	ITIV
	5 - EXTRAORDINÁRIOS
	
	
	
RENDIMENTO
Sobre a renda incide apenas um imposto, porém mais de um tributo, como a contribuição previdenciária do trabalhador.
Quanto ao IR temos que apenas a união é competente para legislar e para arrecadar tal imposto, entretanto nem todo o valor arrecadado vai para os cofres federais, sendo redestinados 48% do valor arrecadado da seguinte forma:
23,5% para o FPM (fundo de participação dos municípios)
48% -	21,5% para o FPE (fundo de participação dos estados)
	3% para o fundo de auxílio às regiões NO, NE e CO
Quanto ao IRPF, sempre que um ente político realizar o a retenção do valor do IR na fonte por conta do pagamento de seus servidores, todo o valor retido deve ficar com o próprio ente.
PROPRIEDADE
A propriedade foi dividida em duas categorias para fim de incidência tributária.
Bem Móvel
No Brasil o único imposto sobre bens móveis é o IPVA, que incide sobre veículos automotores, diferente de outros países nos quais existem impostos para outros bens móveis como joias ou animais de raça.
Quanto ao IPVA temos que 50% do produto da arrecadação deste imposto fica para o município onde se encontra matriculado o veículo.
Bem Imóvel
Quanto aos bens imóveis, temos dois impostos possíveis para serem cobrados, o primeiro dele é o ITR (Imposto Territorial Rural), que é de competência federal e incide apenas sobre a terra nua, não tendo como base de cálculo a incidência do valor das edificações no terreno. 
O IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), por sua vez, é de competência municipal e tem como base de cálculo não apenas o valor do terreno, mas também o valor das edificações feitas neste.
Insta salientar que a diferença entre imóvel urbano e rural não se dá nos mesmos moldes do IBGE, aqui o critério utilizado é estabelecido no CTN de modo que faz-se necessário avaliar as condições do local onde o imóvel está situado e se ele é receptor de duas ou mais melhorias, estabelecidas ou mantidas pelo poder público, dentro do hall designado pelo citado código, tais quais pavimentação, iluminação pública, acesso a água encanada etc.
Quanto ao ITR temos que o produto de sua arrecadação é dividido entre a união e o município no qual se localiza o imóvel, no entanto este município pode ficar com toda a receita deste imposto desde que se comprometa a fiscalizar e arrecadar tal tributo.
CONSUMO
Quanto ao consumo temo vários impostos federais, o ICMS estadual e o ISS que é municipal. 
Destarte deve ser feita uma crítica quanto a lógica de arrecadação indireta, o que faz com que o sistema tenha caráter regressivo, ou seja, quem ganha menos, paga mais, já que os valores cobrados como impostos são absolutos. Vejamos, quem recebe um salário mínimo oferta, necessariamente, toda sua renda para a tributação por consumo, visto que gasta todo seu dinheiro por mês, por outro lado, aquele que tem rendimentos de vinte salários mínimos ofertará apenas uma parte dos seus rendimentos para que sejam tributados pelo consumo, visto que uma outra parcela será economizada.
É importante citar que o ICMS é o imposto mais importante para a saúde financeira dos estados por se tratar de um grande volume financeiro, e a exemplo do IR, também sofre repartição.
25% do valor arrecadado de ICMS é repartido entre os municípios do próprio estado, essa divisão se dá por dois critérios distintos, o arrecadatório e o legal.
¾ desse valor (dos 25%) é repartido pelo método arrecadatório, pelo qual o município que arrecadou mais ICMS fica com uma parcela maior, proporcional a porcentagem de sua arrecadação. Se Salvador arrecadou 17% de todo ICMS do estado da Bahia, ela ficará com 17% dos ¾ dos 25%.
O método legal é responsável por repartir o ¼ restante (dos 25% total), essa parcela deve trazer a partição em lei, como é aberto o estado pode utilizar qualquer critério, inclusive o mesmo critério arrecadatório.
    
REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
 1 - DEFINIÇÃO 
É a norma material tributária, norma geral ou norma de incidência tributária. Nada mais é que a norma que estabelece todos os elementos necessários para a incidência de determinado imposto. A alíquota, fato gerador, base de cálculo e todos os itens necessários para o estabelecimento e incidência do tributo.
Não se confunde, porém com as normas acessórias, que tratam dos pormenores da incidência e cobrança, que não são elementos estruturais do tributo.
    2 - ESTRUTURA
Norma geral tributária necessariamente será estruturada em duas partes, o antecedente e o consequente normativo.
O antecedente normativo é a parte da norma que descreve o fato gerador da obrigação tributária, descrevendo as hipóteses de incidência. (Fato gerador e hipóteses de incidência possuem uma diferença bastante sutil, o fato gerador se encontra no plano fático, o que de fato ocorreu, um evento no plano da materialidade. A hipótese de incidência por sua vez está no plano da linguagem, situações encontradas na RMIT, descrevendo um fato hipotético que quando ocorrer deixa de ser hipótese de incidência e passa a ser fato gerador).
Desde já, notamos que a RMIT descreverá três elementos como antecedentes normativos.
    2.1 - ELEMENTOS /ASPECTOS DOS ANTECEDENTES NORMATIVOS
O PRIMEIRO é a situação que origina a incidência do tributo, o aspecto material. É o núcleo da situação, a essência da conduta do contribuinte. É a situação em si.
O SEGUNDO é o local em que o fato deve ocorrer para fins de incidência tributária, o aspecto espacial, local em que o fato deve ocorrer para que se dê a incidência do tributo.
O TERCEIRO, deve indicar o momento no qual deve ocorrer o fato para que se possa incidir o tributo, aspecto temporal.
EXEMPLOS
ICMS: 
Financiamento e leasing
O ICMS será tratado de forma completamente diferente se comprar uma frota de carros em um desses sistemas. No financiamento deve ser pago o ICMS, no leasing não.
Isso acontece porque um dos elementos geradores do ICMS é a circulação física e jurídica de determinado bem, essa é a transmissão patrimonial, aquela a circulação material da coisa, o deslocamento dessa coisa. 
No financiamento você já sai como proprietário, mesmo condicionado ao pagamento e dando o próprio bem como garantia. No leasing, arrendamento mercantil, a mercadoria,o carro, continua sendo propriedade daquele que é o arrendante. No leasing não incide ICMS pois não há a circulação jurídica, visto que não houve transferência da titularidade do bem. Ao fim do contrato há a opção de compra, mas aí a base de cálculo é muito menor pois o valor absoluto do bem já sofreu depreciação e você já explorou o bem economicamente.
Quanto ao aspecto espacial, é interessante problematizar o seguinte: ISS
A empresa estabelecida em Lauro de Freitas mas presta serviço em Salvador, qual o local que ocorreu o fato gerador?
Segundo o art 3 do regulamento do ISS, a regra geral é o município onde se encontra o estabelecimento prestador do serviço, nesse caso, em Lauro de Freitas.
São exceções a essa regra os serviços presenciais e os tangíveis...
O serviço, a rigor, é intangível, visto que é um fazer humano, serviço tangível é aquele que tem como produto final um bem tangível, a edificação de obra, manutenção de micro.... Nesses casos, o ISS será pago no município de prestação do serviço.
Serviço presencial é todo serviço que não seja remoto, que careça, pela sua natureza, ser prestado de forma presencial, como limpeza, segurança, shows, espetáculos esportivos, o prestador deve estar junto ao tomador.
Quanto ao aspecto temporal, é o momento no qual considera-se ocorrido o fato gerador do produto.
O imposto de importação, por exemplo. Qual o momento? Quando compra, quando entra em mar territorial brasileiro, quando recebe, quando aporta? Aqui consideramos o desembaraço aduaneiro, que é o ato administrativo de retirada de um bem de um recinto alfandegários, que é ponto de fronteira, porto, aeroporto.
Tendo avaliado os antecedentes normativos, veremos agora como tratamos o consequente normativo.
 2.2 - CONSEQUENTE NORMATIVO
É a obrigação tributária decorrente do fato gerador, tendo um tributo ou uma multa como objeto.
Essa relação é constituída por dois elementos, um objetivo e outro subjetivo.
O elemento subjetivo são as pessoas, os agentes ativos (entes políticos ou um ente para fiscal como a OAB, uma autarquia como o INSS, fundação, conselhos, sindicatos etc) e os agentes passivos (contribuinte ou responsável) da relação. 
O Aspecto Objetivo por sua vez é também chamado de quantitativo, formado pela base de cálculo e alíquota 
 3 – CONCEITOS RELEVANTES
Contribuinte é aquele que realiza a ação que origina o fato gerador da obrigação tributária, não necessariamente aquele que paga o tributo.
Responsável é o indivíduo que, embora não realizando o fato gerador do tributo, responde pelo pagamento do tributo respectivo, sendo dele a obrigação de recolher. A responsabilidade pode ser por sucessão (morre devendo IR, os herdeiros deverão pagar mesmo não tendo sido eles que geraram o FG) ou por substituição ( um realiza o fato gerador, mas a legislação determina que um outro alguém que participa indiretamente  fato gerador seja o responsável por pagar o tributo, como o IR retido na fonte, é o empregado quem origina o fato, mas o empregador tem a obrigação de reter e recolher o valor).
Base De Cálculo é o valor definido em lei a ser usado como referência para o calculo do tributo a pagar.
Pode ser monetária ou absoluta.
Na monetária ela é sempre expressa em número, moeda... 
Na absoluta é aquela que se expressa em qualquer outra grandeza de valor que não monetária, podendo ser por peso, volume, toneladas, metros etc. Muito comum em comércio exterior. Na cerveja, por exemplo, o IPI é calculado em volume.
Alíquota 
É a quantidade de tributo a ser paga, pode ser estabelecida de três formas.
Ad Valorem é aquela que se expressa em uma porcentagem do valor do bem. Se a BC é monetária, a alíquota é Ad Valorem visto que será X% sobre determinado valor.
Ad Rem é a que se expressa em valor monetário .... R$ X,xx por litro... Se a BC é absoluta, deve ser Ad Rem. 5000 litros de cerveja, será pago R$0,30 por litro.
Específica – fixa É quando há o estabelecimento de um determinado valor prescindindo da base de cálculo, ou seja, um valor fixo independente de quanto seja a BC.
O ISS por exemplo, é um valor fixo por mês para todo profissional liberal.
IMPOSTOS EM ESPÉCIE
IMPOSTO DE RENDA
COMPETÊNCIA 
A competência é federal, ou seja, apenas a União poderá legislar sobre matéria de IR, só ela pode estabelecer os elementos que constituem o imposto como fato gerador, alíquota, prazo de pagamento, regime de isenção contribuinte etc.
Existe alguns diplomas que preveem a RMIT do IR, destaca-se entre eles o DECRETO 3000/99.
Embora seja incipiente falar a respeito da competência deste tributo, muito comumente os estados e municípios atribuem como indenizatória determinadas verbas dos servidores para que não precisem reter o valor do IR, tendo, portanto, implicação direta no âmbito do IR.
O URV, por exemplo, aqui na Bahia foi baixada uma lei estabelecendo que essa verba seria indenizatória e por isso não incidiria IR, o que é um absurdo visto que não é do Estado a competência para tratar de matéria que incida IR.
NOVENTENA – anterioridade nonagesimal
O imposto, quando criado ou majorado, só poderá incidir noventa dias após a publicação, o IR é uma exceção à noventena, a majoração ou instituição de IR não precisa esperar os noventa dias, insta salientar que o princípio da anterioridade comum continua sendo aplicado, ou seja, só é válido no exercício financeiro seguinte. Nos impostos em geral aplicam-se ambos os princípios.
Em uma situação prática teríamos que, caso o IR sofra majoração publicada no dia 10/12 e pronta para surtir efeitos, esses só serão aplicados a partir do dia 01/01 do ano seguinte, em respeito ao princípio da anterioridade comum, mas não há de se falar em respeito ao princípio da anterioridade mitigada visto que não será necessário esperar pelos noventa dias contados a partir da data da publicação. 
ASPECTO MATERIAL
Trataremos aqui das hipóteses de incidência, fato gerador que constam no art 43 do CTN
Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.
§ 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)
§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)
O fato gerador consiste na disponibilidade de renda ou proventos de qualquer natureza.
Essa disponibilidade trata de questão monetária, não é qualquer ampliação patrimonial que terá incidência do IR. Um prêmio, por exemplo, se pago em dinheiro, incidirá IR, se for em barras de ouro que valem mais que dinheiro, não incidirá. O primeiro requisito é que a quantia que está sendo acrescida ao patrimônio seja uma quantia monetária, In Pecunia, um plano de saúde como benefício da empresa é rendimento, mas por ser In Natura, não incide IR.
A disponibilidade se dá de duas formas distintas:
Disponibilidade Econômica - quando você tem acesso à renda 
Disponibilidade Jurídica - quando você tem o direito de ter acesso. Fim do mês você tem direito ao recebimento do salário, mas por força contratual só receberá no dia dez.
O regime de cobrança dos tributos pode ser de duas formas distintas:
Pelo Regime De Caixa, considera-se auferido o rendimento no momento em que o pagamento é efetivado, é a disponibilidade econômica. 
Pelo Regime De Competência, considera-se ocorrido o rendimento no momento em que se tem direito a receber o pagamento, é a disponibilidadejurídica.
Em regra geral, inclusive para o IR, o regime aplicado é o regime de competência, aquele que considera a disponibilidade jurídica como fato gerador. o seu IR é calculado baseado naquilo que você tem direito a receber, não sobre aquilo que efetivamente recebeu.
Essa regra pode ser boa e ruim, vejamos: será prejudicial quando houver atraso no pagamento, pois incidirá IR sobre um valor que não recebera.
Será benéfica, porém, quando receber rendimento de forma acumulada. Um empregado que recebe R$ 2000,000 (portanto é isento), tem três meses de pagamento em atraso e recebe todo de vez, nesse caso ele teria de pagar IR, visto que teve um rendimento mensal de R$ 6.000,00 o que não acontece. Recebimento de verbas trabalhistas depois de trinta anos de processo, divide a verba pelo número de meses e vê se incide. 
No regime de caixa, temos como exemplo os investimentos financeiros, que só incidirá no momento do saque, mas só será aplicado sobre o valor que foi acrescido, tal qual na venda de um imóvel, o “lucro imobiliário “, 
*Lucro Imobiliário é um ganho de capital relativo a um imóvel, o “ganho de capital” em si é quando você compra algo e vende por valor superior, quando se trata de imóvel, chamamos de lucro imobiliário. O valor de compra não é corrigido para realizar a subtração e descobrir a base de cálculo.
Alguns investimentos fogem dessa lógica, como o tesouro direto.
CONCEITOS IMPORTANTES
RENDA: É a retribuição pelo trabalho, pela exploração de patrimônio ou capital ou junção de ambas, conhecido como rendimento empresarial.
PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA: Todo pagamento que não entra no conceito de renda é provento, mas nem todos os proventos sofrem a incidência do IR. 
Para identificar a incidência do IR avaliamos duas variáveis
Se tem natureza indenizatória ou remuneratória, essa é uma contraprestação de uma atividade, é um acréscimo patrimonial, aquela é a reposição de um dano, não há riqueza nova sendo gerada, é uma mera reposição sobre um dano de qualquer natureza. 
2- Devemos considerar também se há isenção para a norma estabelecida em lei por conveniência do legislador ou visando estimular ou desestimular determinado comportamento na sociedade.
Doação, se não for em pecúnia não há o que ser discutido. Se for em dinheiro não é renda mas é um provento de qualquer natureza e, em tese, pode sofrer incidência do IR, avaliávamos então o segundo quesito, e verificamos que nesse existe a isenção na legislação, bem como a herança, apesar de ser um provento de qualquer natureza, há a isenção legal.
Aposentadoria não é renda, é provento de qualquer natureza e incide IR
Pensão previdenciária incide IR
Pensão alimentícia incide IR, aquele que realiza o pagamento pode reduzir o valor pago na declaração de IR descaracterizando o Bis In Idem, desde que essa pensão seja homologada pela justiça. Se acerta entre os dois, não homologa e quer deduzir, cai na malha fina.
Diárias de deslocamento que são diferentes da diária de serviços do diarista. A de deslocamento é paga em função de um deslocamento por conta do serviço, essa verba é indenizatória, portanto não incide IR, desde que o valor não ultrapasse 50% do valor da remuneração mensal.
Prêmio em dinheiro é objeto de incidência do IR, quaisquer que sejam.
ASPECTOS ESPACIAIS
Corresponde ao local em que se considera ocorrido o fato gerador para fins de incidência do Imposto de Renda. De maneira mais precisa, podemos considerar que trata-se de todo território nacional, visto que é um imposto de competência federal, entretanto, em função do princípio da universalidade, que é previsto na CF no art ??, o IR no Brasil poderá ter uma eficácia extraterritorial, significa dizer que a ideia de território nacional como aspecto espacial pode ser estendida, alcançando rendimentos auferidos em outros países.
A aplicabilidade desse princípio, que é que é exclusiva do IR, gera a nítida de possibilidade de ocorrer um conflito de competência com o outro país onde o contribuinte esteja, situação na qual dois ou mais países sub rogam-se ao direito de exigir seus respectivos IR sobre o mesmo rendimento, como um empregado da Petrobras que trabalha em mar territorial americano. Diante de um conflito dessa natureza, a solução (ou prevenção) viável é a realização de um tratado para evitar a bitributação e a evasão fiscal internacional. O contribuinte pode ainda, administrativamente ou por via judicial, requerer a não incidência da bitributação, que é vedada no ordenamento.
Quanto a esses tratados, temos que eles são sempre bilaterais, não acontece por adesão de um país ou outro, como os de direitos humanos, o Brasil realiza um tratado com cada país com o qual haja interesse. Ademais, em que pese ser o instrumento desejável para evitar um conflito, o Brasil tem poucos tratados firmados com outros países para tratar desse tributo. Eles são instrumentos juridicamente simples, com poucas cláusulas e bastante objetivos, procedem a classificações do rendimento, designando como serão tratados cada um deles (salários, aluguéis, royalties, investimentos etc.) posteriormente procedem com a indicação dos critérios de tributação e qual dos critérios se aplicará para cada uma das fontes de renda, são eles:
Critério da fonte, considera-se ocorrido o rendimento no país onde se origina o pagamento
Critério da residência, considera-se a obtenção do rendimento o local onde reside o beneficiário da renda (o contribuinte).
ASPECTO TEMPORAL. 
É o momento em que se considera ocorrido o fato gerador previsto na legislação. É importante ser identificado para saber qual será a alíquota. Aplica-se o regime de competência (aquele que considera a disponibilidade jurídica da renda). 
O fato gerador do IR é continuado (diferente do ICMS que é instantâneo, é o momento em que a mercadoria sai da empresa) tendo em vista uma situação que não se exaure em um momento específico, se estendendo ao longo de um determinado período. Esse fato gerador continuado sempre se estenderá pelo exercício fiscal (que hoje é igual ao ano calendário), dessa forma, seu rendimento é tudo aquilo que você recebe entre 01/01 até 31/12 de cada ano, ou seja, o fato gerador é anual. Aquilo que se paga ao longo do ano a título de IR retido na fonte não se trata de imposto de renda, é uma antecipação sobre o que se presume ser o rendimento do indivíduo, dessa forma, trata-se de um procedimento transitório que pode, inclusive, ser revisto para mais ou para menos.
Considerando que aquele que recebe até R$ 2500,00 por mês (R$30.000,00 por ano) é considerado isento e quem recebe acima disso contribui com a alíquota de 20%, teremos o seguinte exemplo.
A tem três empregos, ganha dois mil no primeiro, dois mil no segundo e hum mil no terceiro, passa o ano todo isento, visto que em cada uam das empresas ele recebe menos que os R$2500,00 indicados na legislação, mas na declaração ao fim do ano nota-se que auferiu R$60.000,00, e portanto deve R$ 12.000,00 de IR, por isso chamamos de declaração de ajuste de IR.
B começou a trabalhar em outubro e ganha R$5.000,00, a fonte pagadora faz o desconto todo mês, no ajuste vai ser verificado que ele recebeu R$15.000,00 ao longo do ano terá, portanto, tributo a ser restituído.
ASPECTO SUBJETIVO
Trata dos sujeitos da obrigação que tem o IR como objeto. 
O suj ativo é aquele que possui a prerrogativa de exigir o tributo (união), aquele que exerce sua prerrogativa através de dois órgãos, na via administrativa é a Receita Federal, na via judicial a Procuradoria Da Fazenda Federal
O suj passivo, por sua vez, é aquele sobre o qual recai o ônus de pagamento do tributo, que de ser o contribuinte ou o responsável tributário, que é aquele que muito embora não tenha auferido rendimento, obriga-se pelo pagamento em nome do contribuinte, como o IR retido na fonte, o empregador retém e deve recolher. 
Há também a possibilidade de sucessão, o indivíduo que falece mas deve IR, o primeiro a responder é o espólio e depois os herdeiros,no limite do valor da herança recebida.
ASPECTO QUANTITATIVO
Até agora não houve distinção entre IR da PF e da PJ, aqui são totalmente diferentes.
IRPF (IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA FÍSICA)
- DEFINIÇÃO 
A base de cálculo do IR corresponde ao rendimento tributável.
	Rendimento Tributável não é tudo que o indivíduo recebe (essa é a receita bruta), partimos da ideia do rendimento total, da receita bruta dele, que é tudo aquilo que ele recebeu, no entanto algumas dessas quantias não integram à definição de renda, como as indenizações. Há também as que entram na categoria de rendimentos, mas a legislação resolveu isentá-los como a herança e a doação. 
Posteriormente deve-se proceder o ajuste do IR, mas existe alguns rendimentos que são definitivos, como o Lucro Imobiliário (você paga os 15% e isso não constará no ajuste), mas deve ser declarado. É como se na declaração houvesse uma parte que pode ser ajustada e outra que não. Realizou essas operações, identificou a natureza de cada receita, agora temos o rendimento tributável, a ele serão aplicadas as deduções e dessa subtração teremos a base de cálculo.
EXEMPLO
R$ 500.000,00 (renda bruta)
 	- R$ 40.000,00 (FGTS)
- R$ 30.000,00 (doação)
- R$ 60.000,00 (lucro imobiliário)
= R$ 370.000,00 (receita tributável)
- R$ 20.000,00 (saúde)
- R$ 10.000,00 (dependentes)
R$ 430.000,000 (Base de Cálculo)
- LANÇAMENTOS 
É o ato ou procedimento pelo qual será definido o valor a pagar, é a definição da BC, da alíquota e de quem é o responsável pelo recolhimento. O lançamento ocorre por homologação, o próprio contribuinte realiza o cálculo e faz o recolhimento
- OBRIGAÇÃO DE DECLARAR
Existe uma distinção muito clara entre o dever de declarar e aqueles que têm a obrigação de pagar o imposto de renda, em outras palavras, você pode ser obrigado a declarar mas não ter a obrigação de pagar IR, é fundamental, portanto, saber as situações que vinculam o pagamento de IR, nesse interim, a legislação indica oito possibilidades que estabelecem a obrigação de contribuir, são elas:
TETO DE ISENÇÃO 
Indivíduo que aufere renda acima do teto de isenção, que corresponde a R$ 22.499,13. Esse indivíduo tem de declarar mas não necessariamente estará obrigado a pagar o IR em face das possíveis deduções, como veremos em breve.
SÓCIOS 
O indivíduo que no ano base tenha sido sócio de empresa, ainda que inativa. A pessoa pode até estar desempregada, se for sócia, tem de declarar.
BOLSA
Não importa se você auferiu lucro com as operações, se operou a bolsa seja com ações, comodities etc, temo dever de declarar.
PATRIMÔNIO 
Quem possui patrimônio acima de R$300.000,00 deve declarar o IR
RENDIMENTO ISENTO
Quando o indivíduo auferiu rendimento isento acima R$60.000,00, uma doação, herança etc.
RESIDÊNCIA 
Segundo a legislação, o indivíduo que passou a residir no Brasil, seja brasileiro que retornou ou estrangeiro que passou a residir no país.
GANHO DE CAPITAL
Quem auferiu rendimento de ganho de capital (rendimento que decorre da diferença da compra e venda de algum produto) deve declarar o IR, independente do valor.
PREJUÍZO RURAL
Aquele que explora atividade rural ou agrícola, se ele teve prejuízo mo ano base ele deve declarar pois gera em favor dele um estoque de prejuízo, o prejuízo declarado pode ser abatido com os lucros futuros que venha a ter. Esse estoque de prejuízo não sofre atualização monetária mas também não prescreve. Só pode ser abatido do lucro rural, se tiver uma outra fonte de rendimento ele não pode pegar o valor do estoque de prejuízo a bater em qualquer outra atividade.
Se o contribuinte cai em alguma das hipóteses nas quais é obrigado a declarar, ele deve declarar tudo, não apenas aquilo que trata a referida hipótese.
- DIRPF espécies 
A espécie de declaração será escolhida pelo contribuinte, não ha hipótese legal que obrigue um modelo ou outro, é mera liberalidade e conveniência estabelecida em dois dados: o grau de complexidade e o regime de deduções.
SIMPLIFICADA
Mais simples, menos burocratizada. Nesse modelo não é necessária a guarda dos documentos que comprovam as despesas do contribuinte, precisa guardar apenas os comprovantes de rendimentos. Ademais, se distinguem também pelo regime de deduções possíveis.
Na declaração simplificada existe apenas uma dedução possível, que equivale a 20% do rendimento tributável (renda bruta – parcelas isentas = rendimento tributável, é no rendimento tributável que se aplicam as deduções para que cheguem à BC), limitado a R$16.754,35. Essa dedução é chamada de dedução presumida, essa é a razão da não necessidade de guardar os comprovantes das despesas. É visível que quanto maior for o rendimento tributável menor a vantagem de optar pela simplificada, visto que as deduções são limitadas.
COMPLETA
Na completa temos um hall de deduções possíveis, desde já fica a crítica de que o universo de deduções é muito restrito, não engloba moradia ou alimentação, por exemplo. 
As deduções podem ser classificadas como limitadas ou ilimitadas, que significam o que o próprio nome sugere.
SAÚDE 
Dedução de natureza ilimitada, se houve um gasto de um milhão, pode deduzir todo esse valor. Insta salientar que existe uma limitação conceitual quanto aos gastos com saúde, nesse caso são considerados apenas as mensalidades dos planos de saúde, procedimentos cirúrgicos; procedimentos, atendimentos e tratamentos de medicina tradicional; medicamentos utilizados durante esses procedimentos; alguns procedimentos de medicina alternativa, como odontologia e fisioterapia. Entram aqui os custos do declarante e dos dependentes.
Ficam de fora, por exemplo, os medicamentos comprados para consumo em casa, ainda que decorrente do procedimento cirúrgico; órteses e próteses; procedimentos cirúrgicos estritamente estéticos; 
 
EDUCAÇÃO 
Trata-se de uma dedução limitada ao valor anual de R$3.561,50 x nº de dependentes, mas a soma é feita de maneira individual, se um filho gastou dois mil e o outro dez, não pode comunicar os valores com o objetivo de deduzir um valor maior.
Aqui também há uma limitação conceitual, além da própria limitação financeira, já que o valor é muito pequeno. Considera-se como educação os custos com mensalidade para formação tradicional e cursos de idiomas ou informática ou até cursos técnicos; pós graduação latu sensu
Ficam de fora os cursos preparatórios, congressos, feiras, transporte escolar etc. 
DEPENDENTES
Dedução limitada a R$2.275,08 por dependente. Essa é uma dedução presumida, ou seja, não precisa comprovação das despesas. Mo ano em que o dependente nasce, calcula-se esse valor proporcionalmente ao dia do nascimento. São dependentes os filhos, companheiros, cônjuges, pais dependentes, enteados, no caso deles e dos filhos até os 21 anos ou até 24 se estiver na primeira faculdade. Além deles, os incapazes. À adoção e a curatelagem deve ser judicialmente comprovada. 
PREVIDÊNCIA SOCIAL
Quem trabalha contribui para o RGPS ou RPPS, o valor da contribuição pode ser deduzido ilimitadamente.
PREVIDÊNCIA PRIVADA
Dedução limitada a 12% do Rendimento Tributável do indivíduo. É um investimento de cunho privado e contratual. Para estimular esse mercado, a legislação autoriza a dedução dos valores investidos em previdência privada, desde que seja o PGBL (programa gerador de benefícios livre) que é diferente do VGBL, que não pode deduzir do IR, a lógica é a seguinte. 
No PGBL você não paga quando faz o investimento, mas paga quando for realizar o resgate, faz o pagamento do valor absoluto. No VGBL você paga no ano do investimento, no ano do resgate não incide IR.
Quem não está vinculado a regime de previdência não tem direito a dedução, ainda que seja PGBL.
INSS E EMPREGADOR DOMÉSTICO 
Dedução da contribuição do empregador doméstico que é de 8% , limitado o salário do D ao salário mínimo, ainda que esse doméstico ganhe mais.
Pensão alimentícia 
Dedução ilimitada. Insta salientar que faz necessário que a situação seja juridicamente estabelecida,acordos extrajudiciais não homologados não podem ser deduzidos
Dedução de livro caixa
É o livro que se abre para registrar as entradas e saídas do profissional liberal, nesse caso é autorizada a dedução do profissional liberal sobre a totalidade de suas despesas, como luz, água, serviços gerais. Esses valores só podem ser reduzidas com as receitas do mesmo livro caixa, se tem outra atividade o profissional não pode usar o valor para abater de outra atividade. Se houver prejuízo, fica o histórico de prejuízo.
Alíquota do IRPF:
As alíquotas do IRPF não se resumem apenas aquelas indicadas nas tabelas progressivas.
Existem dois grupos de alíquotas, o primeiro grupo é aquele que vai incidir sobre os rendimentos de trabalho ou equiparados, e um segundo grupo o qual vai incidir sobre rendimentos sujeitos à tributação exclusiva e definitiva a fonte.
Rendimento de trabalho ou equiparados - Rendimento de trabalho são aqueles que decorrem da exploração econômica do trabalho do indivíduo. Rendimento equiparado ao rendimento de trabalho é aquele que não decorre da atividade laboral do indivíduo mas que para fins de alíquota recebem o mesmo tratamento.
Exemplos de rendimentos equiparados: aposentadoria, pensão previdenciária, pensão alimentícia, aposentadoria privada.
Não está sujeito a tabela:
Rendimento exclusivo ou definitivo na fonte – Lucro imobiliário (15%), investimento (tem alíquota variável), ganho de capital (15%, 20%), prêmio (30%).
Não está sujeito a variação anual.
...
A dedução da tabela do IRPF não tem nenhum tipo de relação com as deduções analisadas anteriormente para deduzir a base de cálculo.
A dedução da tabela do IRPF não é um benefício fiscal, ela é apenas um valor para facilitar o cálculo do imposto de renda, valor que corresponde aos montantes submetidos a tributação e que não deveriam pagar a alíquota aplicada, considerando o caráter progressivo da incidência do imposto de renda.
Dar efetividade ao caráter progressivo do imposto de renda.
Progressividade do imposto de renda: até R$1903,98 o sujeito é isento do IR. Mas se ele por exemplo, ganhar R$1905,00 ele não pagará 7,5% sobre 1905,00, mas sim sobre o valor que ultrapassar 1903,98.
Imposto de renda da pessoa jurídica
IRPJ
Base de calculo
Existem 3 modalidades:
Cabe ao contribuinte escolher qual é a opção mais viável. Essa opção entretanto, é uma opção anual, ou seja, o contribuinte não pode trocar de modalidade durante o ano.
Para escolher a modalidade a empresa analisa: o grau de complexidade e a modalidade que a fará pagar menos impostos. Via de regra, opta-se pelo lucro presumido.
Lucro real:
Considera-se o conjunto das receitas e despesas. É a forma mais concreta.
Mensal – É o resultado de todas as receitas e despesas.
Trimestral – Também chamado de lucro por estimativa. Em um primeiro momento considera somente as receitas, e aplica-se um dos percentuais dados pela legislação: 1,6%, 8% (aplicado a serviços de carga), 16% (aplicado a comercio), 32% (aplicado a serviços). A atividade econômica é que vai definir o percentual a ser aplicado.
Esses percentuais não são alíquotas!
As despesas vão ser analisadas após o fechamento do exercício.
Em algumas situações o contribuinte é obrigado a optar pelo lucro real:
Empresas que tenham receitas acima de 78 milhões por ano.
As multinacionais, que remetem divisas ao exterior.
Empresas financeiras, bancos e equiparados.
Empresas que pretendam se utilizar de benefícios fiscais para diminuir a base de cálculo.
Lucro presumido:
Há uma presunção das despesas. Considera-se o conjunto das receitas e não se considera as despesas do contribuinte. Vai se aplicar um percentual sobre a receita. Os percentuais são os mesmos aplicados no lucro real. A diferença entre o lucro presumido e o real é que o lucro real considera as despesas.
Lucro arbitrário:
Forma excepcional de apuração da base de cálculo. A receita vai arbitrar qual foi o rendimento total da empresa. Esse valor vai estar sempre sujeito a impugnação. Ela não vai arbitrar a despesa.
Serão aplicados os mesmos percentuais sobre este rendimento. A diferença é que, no lucro arbitrado, após aplicado o percentual, ainda soma-se mais 20% (em regra), ou 45% (caso se trate de uma instituição financeira).
Alíquota do Imposto de renda:
Aplica-se 15% a base de cálculo, além disso, existe o adicional de alíquota, o qual corresponde a 10%. O adicional de 10% vai incidir sobre tudo que ultrapasse 20 mil reais por mês.
IPTU
COMPETÊNCIA 
A competência é municipal, apenas os municípios e o DF poderão legislar sobre matéria de IPTU. Lei ordinária municipal estabelece os requisitos para incidência tributária 
ASPECTO MATERIAL
O fato gerador é a propriedade imobiliária localizada em perímetro urbano. Primeiramente, a ideia de propriedade é designada pelo direito civil, qual seja, é um conjunto de prerrogativas que atribuem ao indivíduo der usar, gozar, dispor e usufruir da coisa.
À definição de propriedade para o direito tributário (e para o IPTU) é muito mais ampla do que a do direito civil. Aqui somamos ao conceito do direito civil, a titularidade sobre domínio útil e a posse para qualquer fim. Domínio útil é o superficiário, ou seja... Proprietário é o dono do terreno nu, o nu proprietário, aquele que constrói é o superficiário. O mero fato de ser possuidor de um imóvel ja satisfaz as exigências para a incidência do IPTU. Locatários que têm de pagar. Aqui tratamos de posse a qualquer título.
Explicado a propriedade, agora explicamos o que é imóvel, que pode ser de quatro categorias
Imóvel por natureza, é o que a própria expressão diz. Aquele que caracteriza como tal sem a intervenção humana. O solo, por exemplo, as formações rochosas, os lagos, os rios
Por acepção física – são as edificações, tudo aquilo construído pelo homem que se afixa ao solo com animus definitivo. Uma casa, um viaduto
Por acpção intelectual – são bens moveis afixados a uma edificação. O data show da sala, por exemplo. Os robôs de uma indústria 
Acessao jurídica/legal – é um bem móvel mas que por uma ficção o direito o considera como imóvel. Um avião, um navio... São hipotecados, não penhorados.
Para o IPTU só é imóvel os que são por natureza e por acepção física.
Se o conceito de propriedade é mais amplo, o de imóvel é mais restrito que o do direito civil.
ASPECTO ESPACIAL
O imóvel deve estar localizado em área urbana. A ideia de urbano para o IPTU não se confunde com a ideia de urbano do IBGE. A definição de urbano para o IPTU é uma definição autônoma, mais precisamente nos termos do art 32 ¥1°
O critério e pautado em melhoramentos estabelecidos ou mantidos pelo poder público. São cinco incisos, se o imóvel for servido por dois ou mais melhoramentos, é considerado urbano.
As três primeiras são relativas a saneamento básico, a quarta a iluminação publica, a quinta trata de educação e saúde. 
O STJ, desde 2004 relativiza esse critério, além de considerar a ideias dê melhoramentos é necessário avaliar a finalidade que está sendo dada a esse imóvel. É possível que tenha um imóvel com os cinco melhoramentos e dentro da cidade, mas se estiver explorando para atividade agrícola, será considerado imóvel rural. São os sítios de recreio. É avaliada a função social do terreno.
Podemos identificar o conflito entre dois municípios, quando houver confusão sobre onde está o terreno. Nesse caso identificaremos pela sede do imóvel, ou seja, onde o imóvel está registrado, mas nada impede que o município interessado solicite o desmembramento da matrícula.
Um outro conflito pode se dar em relação ao ITR, em salvador na 324 podemos ver onde é urbano e onde é rural, mas o meio termo gera conflito e o proprietário recebe duas notificações. Isso é resolvido pela via administrativa ou judicial, através de uma ação de consignação em pagamento.
ASPECTO TEMPORAL
O fato gerador é continuado, assim como o IR, não é um fato isolado no tempo, instantâneo. É algo que se prolonga no tempo.
Embora sejacontinuado, se estabelece, através de ficção jurídica, que essa propriedade é anual. Em geral, as leis estabelecem o dia 1/1 de cada ano como o período de incidência do tributo.
Aqui fazemos duas observações.
Quanto a responsabilidade temos que que o proprietário é aquele que realizou o fato gerador, logo, o contribuinte é quem entrou o ano como proprietário (conceito amplo).
Quanto a noventena, princípios segundo qual a instituição ou majoração de tributo só se aplica noventa dias depois. Se muda em novembro, pela noventena o município não pode cobrar no próximo primeiro de janeiro em respeito ao princípio da noventena.
ASPECTO SUBJETIVO
Ativo: na cia administrativa através da SEFAZ, na via judicial através da procuradoria fiscal ou geral.
Passivo: contribuinte (art 34 do ctn) e o responsável – por sucessão – obrigação propter rem, sucede à pessoa do adquirente
ASPECTO QUANTITATIVO
Progressividade Fiscal
O imóvel poderá ter sua alíquota progressiva em razão do seu valor. Aqui o viés é econômico, paga mais quem possui maior capacidade contributiva. Não se pode, porém, estabelecer a progressividade da alíquota em razão do número de imóveis em um terreno.
Progressividade Extrafiscal
Pode aumentar a alíquota para induzir ou coibir determinado comportamento como o cumprimento da função social da propriedade, por exemplo. Essa alíquota progressiva não pode ultrapassar os 15% do valor do imóvel. Aqui o viés não é econômico, mas sim social.
Diferenciação de Alíquota
Quem pode mais, paga mais. Pode haver alíquotas diferentes para diferentes regiões do mesmo município, bem como pode haver diferenciação pela razão da utilização do imóvel, um estabelecimento utilizado para cunho comercial pode possuir uma alíquota maior, por exemplo.

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