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Portfólio 
UTA – Educação, sociedade e Cultura Material e Imaterial. 
Fase II 
 
Trabalho apresentado pela UTA Educação, 
 Sociedade e Cultura – Fase II A do curso de Licenciatura em Pedagogia. 
 
Tutor local: Alciane Mª Bublitz Sbardelatti. 
 
Centro Universitário UNINTER 
 Navegantes– SC. 
 
 
 
 
 
Navegantes 
2016 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO INTERNACIONAL UNINTER 
 
CULTURA MATERIAL E IMATERIAL 
 
 
 
Resumo 
 
 
 
 A Festa de São Sebastião é celebrada no terceiro domingo de janeiro onde ocorre a Missa das Massas. O dia de São Sebastião é comemorando em 20 de janeiro. O Santo é invocado para a cura de doenças em partes do corpo como feridas por exemplo e também em relação a animais. Os que alcançam a graça levam a missa um pão na forma de um braço, perna ou seja a parte curada. Dias antes (2° domingo de janeiro) é erguido na praça o Mastro de São Sebastião que também é oferecido por um promesseiro, consistindo em um grande tronco de árvore enfeitado de flores pelas mulheres. Esse mastro é levado em procissão da casa do promesseiro até a Igreja ao som do "Mineiro dô", música remanescente do "Moçambique" da Festa de Nossa Senhora do Rosário onde também era erguido um mastro. 
 
Palavras-chave:São Sebastião,Pão da Promessa,Dança do mineiro dô. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cultura material e imaterial 
Festa do Mastro de São Sebastião-Armação-Penha-S/C
A 20 de janeiro de cada ano a Igreja Católica Apostólica Romana comemora o dia de São Sebastião. Um dos santos mais cultuados do catolicismo popular, São Sebastião era italiano, nascido em Milão, Roma. Soldado, serviu a guarda do Imperador Maximiliano, tendo demonstrado, ao prestar o serviço militar, comportamento de solidariedade junto aos cristãos os quais eram perseguidos à época. 
Devido ao auxílio que prestava, Sebastião sofreu o martírio de ter sido despido, amarrado a uma árvore e alvejado com flechas. Socorrido, foi atacado novamente e faleceu no ano de 303. 
Três séculos depois, no ano de 680, uma peste tomou conta de Roma e devotos realizaram uma procissão com as relíquias do santo, pedindo a Deus por seu intermédio. Logo o grande mal chegou ao fim e São Sebastião, invocado pela fé de povo em desespero, ficou conhecido como protetor das pessoas chagadas e com doenças infecciosas. 
A devoção rompeu barreiras intemporais e espalhou-se pelo mundo. No Brasil, onde a presença do catolicismo popular é consideravelmente expressiva, a devoção ao santo foi trazida pelos portugueses que colonizaram o seu território de além mar, imprimindo por meio do culto a santos representados pelo martirológico com dores e sofrimentos a potencialidade da fé.Com culto tão difundido, era natural que a devoção também marcasse presença no Estado catarinense, notadamente em Penha, litoral Norte, onde a Festa do Mastro de São Sebastião sobrevive há muito - num tempo impreciso para tantos quanto se lembram de sua existência. No município, cuja história registra a chegada dos portugueses-açorianos em fevereiro de 1777, São Sebastião tem comemoração especial, com direito a enfeite do mastro, procissão, cantoria, pagamento de promessas e Santa Missa, onde ofertas de massas simbolizam o agradecimento pelas graças alcançadas. 
O primeiro momento da Festa começa uma semana anterior à data dedicada ao Santo (20 de janeiro), quando o mastro é enfeitado durante uma cerimônia que dura cerca de três horas, no sábado ou no domingo à tarde. 
 
 Um tronco de árvore com 10 metros de altura é deitado em cavaletes. Pessoas, a maioria mulheres, chega ao local com flores, folhagens e fitas. O local do enfeite do mastro acontece na Sociedade Esportiva Beira-Mar, no bairro de Armação, quando o promesseiro(a) mora longe da Igreja de São João Batista, no bairro de Armação ou na própria casa do promesseiro(a). 
Enfeitar o Mastro é um cerimonial que cabe à ala feminina, embora os homens também participem, estourando foguetes, conversando ou cantando com os foliões do Grupo Folclórico Armação de Itapocorói. 
A grande presença feminina explica-se porque as mulheres são mais devotas, rezam mais, segundo informações colhidas numa tarde de enfeite do mastro. Porém a pessoa pagadora de promessa pode ser homem, criança, mulher ou mesmo gente de mais idade. 
A responsabilidade do promesseiro(a) se constitui basicamente em: 1. conseguir a árvore (encomendada de quem tem plantação, conforme a lei de proteção ao meio ambiente); 2. pedir as flores e folhagens; 3. providenciar broinha de coco que será servida durante o enfeite; 4. disponibilizar a concertada, bebida típica que é servida durante a tarde. Assim, tradicionalmente a festa acontece envolvendo pessoas da comunidade de Armação, bairro de tradicional cultura de base açoriana em Penha. 
No terceiro domingo de janeiro ocorre na Igreja de São João Batista a missa em honra à São Sebastião, invocado para doença da pele, feridas e doenças em geral. Os que alcançam a graça de cura por intercessão de São Sebastião fazem um pão em forma da parte do corpo que foi curada, "os votos". Esses pães em forma de braço, mão, pé ou corpo inteiro são bentos durante a missa. Antigamente após a missa eram leiloadas 
Após o enfeite, o mastro é transportado até o pátio da Igreja de São João 
Batista, onde será fincado e permanecerá enquanto a outra parte da festa, a da Santa Missa com a oferta de massas, aguarda seu momento, num domingo próximo ao dia 20 de janeiro. 
A tradição de Armação do Itapocorói é também documentada pelo Núcleo de Estudos Açorianos (NEA) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 
Segundo Joi Cletison, do NEA, a “puxada” do mastro foi trazida no século 18 à cidade de Penha, e é expressiva herança portuguesa. O Grupo Folclórico Armação do Itapocorói mantém a tradição até os dias atuais, encenando-a sempre no mês de janeiro. 
 
 
“O povo de Penha percebe a festa como uma cerimônia tradicional cristã, em que elementos naturais, como as flores e o símbolo fálico tornam-se religiosos e sagrados pela presença de São Sebastião. No entanto, a celebração tem um aspecto claramente pagão e pré-histórico, como um ritual de fertilidade: as mulheres retiram flores e folhas do tronco, riem e contam piadas. E afirmam que uma flor retirada do mastro garante um bom casamento”, comenta Joi Cletison.

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