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Hermenêutica Teoria pura do direito

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NOME DA UNIVERSIDADE
TITULO DO TRABALHO
CIDADE, ESTADO
ANO
NOME DA UNIVERSIDADE
Nome dos integrantes do grupo
Nome
Nome
Nome
Nome
Nome
TITULO DO TRABALHO
 
 Professor Orientador Dr......
CIDADE, ESTADO
ANO�
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 INTERPRETAÇÃO	5
2.1 Tipos de interpretação autêntica e não autêntica	5
2.2 Aplicação indeterminada do direito	5
2.3 Indeterminação intencional e não intencional na aplicação do Direito	5
2.4 Dentre as várias possibilidades de aplicação nos casos de indeterminação intencional ou não intencional das normas	6
2.5 Métodos de interpretação	7
2.5.1 Tipos de interpretação dogmáticas	7
2.5.2 Interpretação léxica, lógica e sistemáticas	7
2.5.3 As Interpretações históricas, evolutivas e sociológicas	8
2.5.4 Visão teleológica e axiológica	9
2.5.5 Interpretação e seus tipos	9
2.5.6 Integração do direito e seus modos	10
2.5.7 Instrumentos	10
2.6 Ato de conhecimento ou vontade?	12
2.7 Ciência jurídica e sua interpretação	12
3 CONCLUSÃO	13
4 BIBLIOGRAFIA	14�
1 INTRODUÇÃO
Em face da interpretação citada por Hans Kelsen, podemos citar as várias formas de interpretação das normas jurídicas. Pode-se afirmar que as interpretações dentro de um termo geral podem ser autênticas ou não autênticas, a relativa indeterminação do ato de aplicação do direito, assim como, intencional ou não intencional no ato jurídico. Pode ser aplicado como moldura dentro da qual há várias possibilidades de aplicação. 
Dentro desse tema trataremos dos métodos de interpretação da norma jurídica e também como ato de conhecimento ou ato de vontade e por fim abordaremos a interpretação da ciência jurídica. 
Evidenciaremos a partir do livro “Teoria pura do Direito”, de Hans Kelsen, as variadas formas de interpretação dentro do campo jurídico, falaremos em como os operadores do direito podem exercer suas atividades da melhor maneira possível e de forma correta.
2 Interpretação. 
2.1 Tipos de interpretação autentica e não autentica:
A primeira chamada autêntica: O direito é aplicado por um órgão jurídico, tendo que fixar o sentido das normas que vai aplicar. A interpretação é uma operação mental que acompanha o processo de aplicação do direito.
Portanto essa interpretação deve responder qual conteúdo a ser dada a norma individual como sentença ou resolução administrativa, deduzido da norma geral como lei ou tratado, assim como a necessária interpretação da sentença na fixação de seu conteúdo, há interpretação de todas as normas jurídicas – Constituição, Lei, Resolução, Contratos, etc. – na medida em que hajam de ser aplicadas.
A segunda a se distinguir é a não – autêntica: Interpretada por uma pessoa privada e pela ciência jurídica, precisam compreendê-lo, determinando os sentidos da norma jurídica interpretando-as.
2.2 Aplicação indeterminada do direito.
Dentro da interpretação temos duas relações de determinação da norma jurídica, chamamos essas determinações de escalão superior e escalão inferior.
O escalão superior é a parte que executa a produção de normas no qual o escalão inferior vai estabelecer. Lembrando que o escalão superior não pode agir em total aspecto, ela tem que ser executada em certa pluralidade para que ambos tenham um amplo quadro de decisões.
Temos também a forma formal e a material onde o escalão superior pode intervir nas produções e determinações de processos, normas e conteúdo a tratar no escalão inferior.
2.3 Indeterminação intencional e não intencional na aplicação do Direito.
Quer seja um ato de criação jurídica, ou seja, um ato de pura execução, em que o Direito é aplicado é em parte determinado quanto indeterminado pelo Direito. Tal indeterminação pode respeitar tanto ao fato condicionante como à consequência condicionada. A indeterminação pode mesmo vir da intenção do órgão que estabeleceu a norma a aplicar.
O estabelecimento ou fixação da norma geral superior opera-se sob o pressuposto de que a norma individual inferior, resultado de sua aplicação, continua o processo de determinação que constitui o sentido da seriação escalonada do ordenamento jurídico. Exemplo: uma lei de sanidade, para evitar alastramento de epidemia, determina que os indivíduos observem certas disposições sob pena de prisão ou multa; as disposições serão prescritas pela autoridade administrativa de acordo com a doença e será o juiz quem decidirá pela aplicação da pena ou multa, bem como suas respectivas ponderações.
Em relação a indeterminação não intencional, tem-se quando há uma certa pluralidade de significados de palavras em seu sentido verbal em que a norma se exprime. O juiz passa a aplicar a norma de acordo com sua interpretação, que seja cabível dentro de cada caso distinto ou similar. Hans Kelsen diz que: “O sentido verbal da norma é unívoco”, por que o órgão aplicador das normas tem que ficar sujeito às várias significações possíveis. Ao legislador perceber as lacunas, no momento da execução da norma, ele não prevê as consequências que serão suscetíveis. Assim, são buscadas fontes que vão além do sentido verbal. Em relação a este tipo de jurisprudência dá-se o nome de discrepância, com a possibilidade de ser por vontade ou expressão, mas também completa ou parcial. Quanto a este assunto, Adrian Sgarbi diz:
“Note-se que o defeito amplia, sobremaneira, os significados possíveis da norma; o defeito a dissociação entre o pretendido e o efetivamente logrado (questão que se encontra no setor do que John L. Austin designou de ‘perlocutivo’); o defeito gera instabilidade no conjunto normativo e dificuldades de intelecção da parte do destinatário. O que pode comprometer sua visão do que ‘é devido’ e do que ‘não é’.
2.4 Dentre as várias possibilidades de aplicação nos casos de indeterminação intencional ou não intencional das normas.
Há várias possibilidades de aplicação: o ato jurídico que executa a norma pode ser conforme a) no sentido de corresponder dentro de suas possíveis significações, b) o legislador cria a norma para que seja aplicada da forma correta, c) no sentido de escolher entre uma das normas que são contrárias ou d) no sentido de decidir como se as normas contraditórias se anulassem mutuamente. O direito que será aplicado formará um círculo no qual existem diversas possibilidades de aplicação: é conforme o direito todo ato que se mantenha dentro do círculo preenchendo-o em qualquer sentido possível.
A interpretação das leis não se baseia apenas em uma só solução, mas sim em um modo de resolução positiva, que podem ser aplicadas dentro do tramite de norma geral. Então dentro da interpretação o objetivo da indeterminação é ter a norma em valores iguais ou ter em todas as hipóteses uma única solução justa.
2.5 Métodos de interpretação.
“Os chamados métodos de interpretação são, na verdade, regras técnicas que visam á obtenção de um resultado. Com elas procuram-se orientações para os problemas de decibilidade dos conflitos. ” (TÉRCIO SAMPAIO FERRAZ JR., 2007).
2.5.1 Tipos de interpretação dogmáticas.
Critérios básicos: Coerência (busca do sentido correto), sistema hierárquico de normas, conteúdos normativos, consenso (busca do sentido funcional), respaldo social, justiça (busca do sentido justo), objetivos axiológicos do direito. “em função deles, podemos falar em métodos lógico-sistemático, sociológico e histórico e teleológico-axiológico”. (TÉRCIO SAMPAIO FERRAZ JR., 2007)
2.5.2 Interpretação léxica, lógica e sistemáticas.
Problemas sintáticos: Questões léxicas, questões de conexão das palavras nas sentenças. (Interpretação gramatical) v.g. “ a investigação de um delito que ocorreu num país estrangeiro não deve levar-se em consideração pelo juiz brasileiro”.[a análise léxica é apenas uminstrumento há mostrar e demonstrar o problema, não a solução]. Questões lógicas, questões de conexão de uma expressão com outras expressões dentro de um contexto. (Interpretação lógica) v.g.   Tributo: art. 155, §3º/ art. 150, I.  [ Também é um instrumento técnico a serviço da identificação de inconsistências]. Questões sistemáticas, questões de conexão das sentenças num todo orgânico, estrutural, pressupondo a unidade do sistema jurídico. (Interpretação sistemática).
Resolvendo incompatibilidades lógicas, mediante três procedimentos: Atitude formal: busca as condições de decidibilidade pelo estabelecimento de recomendações gerais prévias à ocorrência de conflitos, princípio da prevalência do especial sobre o geral, o princípio de que a lei não tem expressões supérfluas, o princípio de que, se o legislador não distinguir, não cabe ao interprete fazê-lo. Atitude prática: corresponde a recomendações que emergem das situações conflitivas, por sua consideração material, como o procedimento das classificações e reclassificações, definições e redefinições que ora separam os termos na forma de oposições simétricas ou de conjugação. Atitude diplomática: exige certa dose de inventividade do intérprete, como é a proposta da boa-fé.
2.5.3 As Interpretações históricas, evolutivas e sociológicas.
Os problemas semânticos referem-se aos significados das palavras ou de sentenças prescritivas (Ambiguidade e vagueza). Conceitos indeterminados: aqueles que possuem uma extensão imprecisa de seu campo de referência objetiva, de antemão não é possível precisar o objeto. Vg. Repouso noturno, perigo iminente…Conceitos valorativos: aqueles que possuem uma imprecisão quanto aos atributos que o definem, cuja intenção não fica clara sendo necessário a referência ao contexto social em que são utilizados. Vg. Mulher honesta, libidinagem, decoro parlamentar…
Conceitos discricionários: cuja imprecisão existe até que o interprete atribua uma relação de meio/fim, pois são expressos por predicados correlacionais: grande/pequeno, risco grave/leve, preponderante/secundário…
“é preciso ver as condições específicas do tempo em que a norma incide, mas não podemos desconhecer as condições em que ocorreu a sua gênese.” (TÉRCIO SAMPAIO FERRAZ JR., 2007). Precedentes normativos, trabalhos preparatórios, ocasio legis.
“a maior parte da doutrina minimiza o papel do projeto de lei, das discussões nas comissões, relatórios, debates em plenário.” (Luís Roberto Barroso, 2002) “O STF já utilizou em acórdão a interpretação histórica para suspender a lei estadual que previa a instituição de contribuição previdenciária sobre proventos de inatividade e pensões de servidores. ”
Barroso, ainda, lembra que a suprema corte americana considerou que a interceptação telefônica não feria a 4ª emenda, pois não existia telefone á época da redação.
Com base nesses levantamentos das condições históricas e sociológicas, a interpretação assume duas formas:
Controle de ambiguidade por interpretação conotativa: pode ser feita de modo que o significado da palavra ou da sentença prescritiva seja mais claramente definido por meio de uma descrição formulada em outros termos. Vg. Mulher honesta.
Controle de vaguidade por interpretação denotativa: diante de um conjunto de fatos experimentados e delimitados por sua função, seja possível decidir com um sim ou não, ou talvez, se o conjunto de fatos constitui ou não uma referência que corresponde á palavra ou á sentença. Vg. Depósito.
2.5.4 Visão teleológica e axiológica.
“As normas devem ser aplicadas atendendo, fundamentalmente, ao seu espírito e á sua finalidade. (…) procura revelar o fim da norma, o valor ou bem jurídico visado pelo ordenamento com a edição de dado preceito. ” (LUÍS ROBERTO BARROSO, 2002).
“No direito brasileiro, a própria lei de introdução ao código civil, em seu art. 5º, contém uma exigência teleológica: ‘na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e as exigências do bem comum. ” (TÉRCIO SAMPAIO FERRAZ JR., 2007).
2.5.5 Interpretação e seus tipos.
A interpretação pode ser classificada quanto a sua extensão, levando-se em conta se as decodificações utilizaram um código forte, reforçando o rigor da denotação e da conotação dos símbolos, ou conforme um código fraco, deixando espaço para ambiguidade e para a vaguidade, nesta escala, temos então a interpretação especificador, restritiva e extensiva.
Interpretação especificadora, também chamada de declarativa. É aquela em que o intérprete se limita a declarar o sentido da norma jurídica interpretada, sem amplia-la nem restringi-la. Parte do pressuposto de que o sentido da norma cabe na letra de seu enunciado. Ex. Art. 930 do C.C., a expressão “culpa de terceiro”.
Interpretação restritiva, é a que restringe o sentido e o alcance apresentado pela expressão literal da norma jurídica. Toda vez que o sentido da norma é limitado pelo interprete, não obstante a amplitude da sua expressão literal. Ex. Normas que reduzem os direitos e garantias fundamentais, leis fiscais e normas de exceção.
Interpretação extensiva, amplia o sentido e o alcance apresentado pelo que dispõe literalmente o texto da norma jurídica.
A norma disse menos do que queria. Ex. Estender os direitos do art. 5º. As pessoas jurídicas.
2.5.6 Integração do direito e seus modos.
A questão dos modos de integração diz respeito aos instrumentos técnicos á disposição do intérprete para efetuar o preenchimento (ou comutação) e a constatação da lacuna. A questão da lacuna e da consequente integração aparece em razão de: desde que se postule uma distinção entre atividade legislativa, executiva e judiciária. O intérprete encara o direito como norma posta indispensável e as necessidades sociais de uma sociedade em mudança exigem rompimento da atitude acrítica. (TÉRCIO SAMPAIO FERRAZ JR., 2007).
Instrumentos quase-lógicos: São aqueles que exigem alguma forma de procedimento analítico, (quase porque não obedecem estritamente ao rigor da lógica formal), analogia, indução ampliadora, interpretação extensiva, instrumentos institucionais, (são aqueles que buscam apoio na concepção de instituição.) Emanam da concepção de certa instituição: normas consuetudinárias, justiça e ordenamento jurídico. Costumes, equidade e princípios gerais do direito.
2.5.7 Instrumentos.
Analogia é quando uma norma, estabelecida com e para determinada “facti species”, é aplicável a conduta para a qual não há norma, havendo entre ambos os supostos fáticos uma semelhança. A constatação de que o caso em exame não tenha sido de nenhum modo previsto pela lei e nem tenha pretendido regular negativamente o caso. Deve-se verificar se entre a situação prevista em lei e a ser regulamentada há relações essenciais ou de semelhança entre os supostos fáticos.
Art. 4º.  Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. (LICC)
Art. 126. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito.
Indução amplificadora: sugere um processo mais amplo, porque não encontrando regra jurídica que regulamente caso semelhante, ao julgador se permite extrair filosoficamente (por dedução ou indução) o axioma predominantemente de um conjunto de regras ou de um instituto, ou disciplinadoras de um instituto semelhante. V.g. Estatutos sociais, princípio da maioria.
Interpretação extensiva: partimos de uma norma e a estendemos a casos que estão compreendidos implicitamente em sua letra ou explicitamente em seu espírito. Entre as três modalidades são as que possuíram a decodificação mais presa à codificação que acompanha a norma.
Costumes: é a reiteração sistemática, intensa e regular, de um modo de ser ou conduta social, aceita e posteriormente, de forma gradual, incorporada pelo direito positivo, com força de obrigatoriedade, tornando-seum modo pelo qual o direito se expressa. (MARIA HELENA DINIZ, 1997)
Princípios gerais do direito: são pressupostos que articulam, ampla e genericamente, a ciência do direito e o ordenamento jurídico, e que servem para orientar racionalmente a compreensão do ordenamento, fundamentando o aparecimento de novas normas e a validade de outras já existentes. (FÁBIO SILVA COSTA, 2004)
Equidade: é o elemento de integração que se caracteriza como um julgamento racional sobre o caso posto em questão individualmente, atentando-se para a lógica do bom senso, da ponderação, da razoabilidade, em harmonia com as circunstâncias da dinâmica do caso concreto.
“Interpretar uma expressão de direito não é simplesmente tornar claro o respectivo dizer, abstratamente falando; é, sobretudo, revelar o sentido apropriado para a vida real, e conduzente a uma decisão reta.”
2.6 Ato de conhecimento ou vontade?
Tradicionalmente na teoria da interpretação, como ato de conhecimento podemos sempre encontrar a resposta correta, já quando um pensamento que vai contra essa tradicional teoria, diz que um direito que já existe poderia ser aplicado como verdade para atos jurídicos, mas isso vai contra as barreiras das normas justas. Hans Kelsen diz: “na aplicação do Direito por um órgão jurídico, a interpretação cognoscitiva (obtida por uma operação de conhecimento) do Direito a aplicar combina-se com um ato de vontade em que o órgão aplicador do Direito efetua uma escolha entre as possibilidades reveladas através daquela mesma interpretação cognoscitiva.”.
No momento em que uma interpretação cria direito, ao ser aplicado será qualificado como autêntico. Quando a interpretação não cria direito usualmente ela vem de cidadãos comuns que desejam fugir de suas sanções, e se classifica como não autêntica. “... assim como da Constituição, através da interpretação, não podemos extrair as únicas leis corretas, tampouco podemos, a partir da lei, por interpretação, obter as únicas sentenças corretas. ”
2.7 Ciência jurídica e sua interpretação.
A interpretação jurídica-cientifica tem como objetivo apresentar as diferentes maneiras de interpretar as normas, buscar as possibilidades que não foram imaginadas pelo legislador, mas que são notáveis através da verbalidade colocada na norma e principalmente fugir da ideia que esta só poderá ter uma única interpretação a ser aplicada, porém não será responsável pela escolha de qual significação deverá ser utilizada pois cabe ao órgão aplicador do direito decidir.
Quando advogados ou escritores que dentre todas as possibilidades escolhem uma delas na tentativa de influenciar sobre a criação do direito, não deve ser reconhecido como jurídica científica, mas sim jurídico político.
3 CONCLUSÃO
Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a concluir que a interpretação é o meio ou modo pelo qual podemos examinar o sentido dos textos jurídicos, para que dela possamos extrair seu significado e sentido. Além disso, nela contem todas as regras e princípios que devemos utilizar para interpretar as normas jurídicas.
Portando, a produção das normas surge a partir dos atos de criação jurídica, dos quais são correspondentes às competências atribuídas pela ordem jurídica, assim todo ato de interpretação é um ato jurídico. 
Os métodos expostos não são definitivos a respeito de qual sentido deve ser escolhido pelo interprete. Logo toda afirmação sobre o sentido de uma norma em dispor de suas possibilidades decorre da postura ideológica que o interprete assumirá para o manuseio do ordenamento jurídico. 
4 BIBLIOGRAFIA
BARROSO, Luís Roberto, Interpretação e aplicação da constituição, 4ªed. São Paulo: Saraiva, 2002.
COSTA, Fábio Silva, Hermenêutico jurídico e direito contemporâneo. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2004.
DINIZ, Maria Helena. Compêndio de introdução ao estudo do direito. São Paulo: Saraiva, 1997.
FERRAZ Jr, Tércio Sampaio, Introdução ao estudo do direito – técnica, decisão e dominação. São Paulo: Editora Atlas, 2007.
KELSEN, Hans. Teoria pura do Direito 6ºed. São Paulo: Livraria Martins Fontes Editora Ltda. 1999. 
SGARBI, Adrian. Introdução à teoria do direito. São Paulo: Marcial Pons, 2013.
Trabalho da disciplina de Introdução ao estudo de direito apresentado ao curso de Direito da Universidade de Mogi das Cruzes, como requisito para avaliação.

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