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Centro Universitário Internacional UNINTER RESGATE DOS JOGOS E BRINCADEIRAS: DAS DIFERENTES GERAÇÕES NA MINHA REGIÃO. Daiana Danusa Fávero Panatto UNINTER Resumo No presente portfólio será abordado o resgate dos jogos e brincadeiras do passado na minha região com o objetivo de mostrar que não são necessárias muitas coisas para nos divertirmos, que podemos ser criativos dispondo daquilo que temos no momento, que todas as brincadeiras tem regras e que é preciso respeitá-las para que todos os participantes se divirtam e que seja prazeroso para todos. Trabalhar valores, tornar as crianças mais solidárias e mostrar o quanto é bom, divertido e importante brincar em grupos. Palavras-chave: Resgate. Prazeroso. Valores. Trecho da entrevista realizada com a senhora Marta Izabel Coelho Tavares residente em Santa Maria, RS, sobre sua infância. Qual a relação você vê entre o brincar “hoje” e o brincar “ontem”? Existe uma grande diferença quando o assunto é a comparação entre brinquedos do filho em relação ao de seu pai. É aí que surgem algumas dúvidas entre qual era o melhor, o novo ou o antigo? Qual agrada mais? Qual é mais saudável? Na verdade, não existem respostas certas para essas perguntas, cada geração teve seus brinquedos e todas se divertiram muito com eles, por isso consideramos que os brinquedos foram nossos companheiros durante a melhor fase da nossa vida. Quais os jogos e as brincadeiras mais interessantes na sua infância? Comente um pouco sobre as experiências do passado. A necessidade de diversão por parte das crianças na nossa época fazia com que os brinquedos surgissem à partir do improviso de materiais disponíveis na natureza, como bonecos feitos com sabugos de milho, lanças de madeira que simulavam as utilizadas nas caçadas, mas claro, apenas com a intenção de nos divertir. O videogame, o computador e o smartfone impossibilitam a prática da brincadeira, que é um desafio para o corpo. O que isso representa para a criança? O que realmente mudou ao longo dos anos foram os brinquedos e jogos eletrônicos. Acho que o mais popular talvez seja o vídeo game. É possível recordar aquelas tardes que nos reuníamos na casa de um amigo para jogar ou para brincar em grupo. Hoje cada um joga na sua casa e só se falam através de chats online. Nos bons tempos de guri... Certo dia, parei para pensar o quanto maravilhosa foi minha infância. No quanto eu aprontei e me diverti, nesse período marcante e curto da minha vida. Brincadeiras nas ruas até tarde. Das partidas de futebol no campinho do Seu Jacó e dos trabucos de taquara construídos pelo meu pai para atirar bolinhas de cinamomo, das cabanas no fundo do quintal e das subidas no pé de caqui para apanhar os mais altos e levá-los para a Vó Chica, que adorava os mais maduros. Das longas tardes de inverno brincando de cama de gato feito com os restos de cordões do tricô da minha mãe. Ê saudade. O vídeo game já existia, mas era coisa para poucos, coisa para ricos. Quando podíamos sempre íamos à casa dos amigos mais riquinhos para jogar. Era divertido, mas nada que não deixássemos de fazer, para jogar bola na rua, com traves feitas com tijolos quebrados e pedras, ou até mesmo com nossos chinelos. Pensei também que já não se fazem mais crianças como antigamente (como seu eu fosse um velho). Hoje elas não brincam mais nas ruas, talvez a culpa seja da violência, do controle exagerado dos pais, ou até mesmo da própria tecnologia, que cada vez mais cresce e encanta os pequenos, a perigosa internet. Brincadeiras com os amigos na rua é coisa antiquada, bom mesmo é ficar jogando on line. Será que essa geração ainda sabe usar o peão, o trabuco, a cama de gato feita com o cordão de algodão, jogar bolinhas de gude (tinha uma lata de tinta cheia delas), cinco marias ou empinar pipas? Creio que não. Times de botão não existem mais. Hoje, a atenção está voltada para os jogos nos vídeo games mais modernos, mais realistas com certeza, mas quem jogou botão sabe a felicidade que era fazer um gol de “palhetada”. Os desafios com o resta 1 e o jogo de dominó. Era difícil ganhar do vovô. Penso realmente que minha geração foi a última que realmente teve uma infância decente. Onde ríamos, brincávamos e se ferrávamos de vez em quando. Afinal era se ferrando que se aprendia, e aí está a diferença. Hoje precisa de psicólogo, analistas e uma diversidade de profissionais para ajudar esses jovens. No nosso tempo, aprendíamos sozinhos a lidar com os percalços da vida. Como dizem, é vivendo que se aprende, e certamente essa geração não vive tão bem quanto vivíamos, por que estão On Line demais. .CONCLUSÃO Ao concluir o assunto desse portfólio, vimos a importância do brincar para o desenvolvimento global, encontramos na literatura que o jogo, seja de que tipo for, é o meio natural da criança se auto expressar, já que permite libertar os sentimentos e descontentamentos, por meio da utilização do brinquedo. As brincadeiras servem como instrumento de estruturação do indivíduo. Elas não trabalham apenas uma capacidade, mas várias, como percepção motora, equilíbrio e orientação espacial. A falta de tempo dos adultos tem contribuído fortemente para as crianças ficarem mais tempo no videogame. Uma solução é fazer os meninos conviverem mais com outros meninos, levar as crianças para os parques, para a natureza, tentando reconquistar o espaço de direito da criança com a naturalidade das coisas e restabelecer o equilíbrio para o ser humano. Dessa forma, segundo Kishimoto (1993) “se desejamos formar seres criativos, críticos e aptos para tomar decisões, um dos requisitos é o enriquecimento do cotidiano infantil com a inserção de contos, lendas, brinquedos e brincadeiras”. QUADRO PARA O JOGO OU BRINCADEIRA Nome Cama de Gato Local Quintal, parque, dentro de casa, praça Idade Acima de 6 anos Número de participantes 2 ou mais Tempo Livre Áreas de desenvolvimento afetivo, cognitivo e motor Paciência, coordenação motora, atenção Objetivos Estimular a participação em grupo e desenvolver habilidades e criatividade Materiais Barbante Como brincar Corte um pedaço de barbante e amarre as duas pontas. Coloque as duas mãos dentro do círculo e estique o barbante deixando os cotovelos dobrados e os braços paralelos, formando um retângulo. Este retângulo precisa estar apoiado logo acima dos nós dos dedos, quase nas pontas. O polegar fica de fora. Depois, sem mexer na posição dos barbantes – use o polegar para ajudar a segurá-lo – leve a mão direita até a esquerda passando-a por baixo da lateral do barbante, de modo que ele faça a volta entre os dedos. Faça o mesmo com a mão esquerda. Depois coloque o dedo médio por baixo dessa linha que se formou na palma da mão oposta e estique-o novamente. Em cada lateral do retângulo se formará um X. A partir daí os jogadores se revezam na tentativa de retirar o barbante da mão do outro sem desmontar o retângulo principal. Referência KISHIMOTO, T. Jogos tradicionais infantis: o jogo, a criança, a Educação. Petrópolis: Vozes, 1993.
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