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Resumo de Cirurgia Avaliação 1 Lucas Silva Nervo Trigêmeo 1.0 Nervo Trigêmeo - V par de nervos cranianos; - Nervo misto —> componentes aferentes (sensitivos) e eferentes (motores); - Origem aparente encefálica: entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio; - Origem aparente craniana —> GÂNGLIO TRIGEMINAL - Nervo oftálmico —> Fissura orbital superior; - Nervo maxilar —> Forame redondo; - Nervo mandibular —> Forame oval 1.1 Distribuição periférica do Nervo Trigêmeo A) Nervo Oftálmico - Primeiro ramo do nervo trigêmeo; - Eminentemente sensitivo; - Emite o ramo meníngico antes da fissura orbital; - Após passar pela fissura orbital emite os ramos: - Nervo frontal; - Nervo nasociliar; - Nervo lacrimal; B) Nervo Maxilar - Segundo ramo do nervo trigêmeo; - Eminentemente sensitivo; - Também emite um ramo meníngico; - Ramos Importantes: - Na fossa pterigopalatina emite um ramo colateral (nervo zigomático), que inerva com fibras secreto-motoras a glândula lacrimal; - **Nervo alveolar superior: inerva a polpa e o periodonto dos dentes molares, exceto a raiz mésio-vestibular do primeiro molar superior (mas inerva também a gengiva vestibular nessa região); - **Nervo alveolar médio: inerva polpa e periodonto dos pré-molares e da raiz mésio-vestibular do primeiro molar superior; - Nervo alveolar superior: inerva polpa e periodonto dos dentes anteriores; - Nervo infraorbital: palpebra inferior, asa do nariz, lábio superior e gengiva vestibular anterior; - Nervo palatino maior: palato duro e gengiva lingual; - Nervo palatino menor: palato mole; - Nervo nasopalatino: mucosa e gengiva lingual dos dentes anteriores C) Nervo Mandibular - Porção sensitiva e motora individualizadas; - Dividido didaticamente em: - Tronco anterior: menor, dirige-se para anterior. Dividido em: - Tronco temporo-masseterino; - Tronco temporo-bucal; - ** Nervo bucal ( do tronco temporo-bucal): inerva a mucosa, e a pele da bochecha, a gengiva vestibular dos molares inferiores podendo chegar até a região dos pré- molares e algumas vezes a gengiva vestibular dos molares superiores - Tronco posterior: maior, com sua maior porção de direção inferior; - **Nervo aurículotemporal: propriocepção da ATM; e tem fibras secreto-motoras para a glândula parótida; - **Nervo alveolar inferior: ramos dentais e peridentais dos dentes inferiores; - **Nervo mentual (nervo alveolar inferior após o forame mentual): inervação da pele do mento; lábio inferior e gengiva vestibular dos dentes anteriores; - ** Nervo lingual RESUMO - NERVO TRIGÊMEO • O ramo oftálmico é o primeiro ramo do nervo trigêmeo, exclusivamente sensitivo e a menor das três divisões. Se divide em três ramos principais: os nervos nasociliar, frontal e lacrimal. • O ramo maxilar é puramente sensitivo e emite ramos em quatro regiões: no crânio, na fossa pterigopalatina, no canal infra- orbitário e na face. • O ramo mandibular é o maior ramo do nervo trigêmeo e é um nervo misto com duas raízes: uma raiz sensitiva maior e uma raiz motora menor. Página � de �1 11 • A raiz sensitiva é a mais lateral e volumosa das duas. Formada pela união de 40 a 50 filetes muito delgados, apresenta um aspecto achatado e tem espessura aproximada de 5mm. • A raiz motora, situada medialmente à precedente, distingue-se por ser menos espessa; compõe-se de 8 a 10 filetes que se fundem em um tronco arredondado de 2mm de espessura. • Após deixar o crânio, a raiz motora une-se à raiz sensitiva da divisão mandibular para formar um único tronco nervoso; Biossegurança 1.0 Princípios fundamentais - Biossegurança: Conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes ao ambiente de trabalho, riscos que podem comprometer a saúde do indivíduo, dos animais, meio ambiente, ou qualidade de trabalho dos envolvidos; - EPIs do cirurgião-dentista e da assistente: - Luvas descartáveis; - Óculos de proteção; - Capote ou jaleco longo; - Máscara descartável; - Gorro. 1.1 Antisséptico - Sistema Beda —> Barreira, esterilização, desinfecção e assepsia. - Características ideais: - Ação bactericida e bacteriostática; - Ausência de toxicidade; - Solúvel em água; - Estável por longos períodos; - Tipos de antissépticos: - Iodopovidona —> composto da reação da polivinil-pirrolidona e iodo: - Estável e ativo; - Ativo contra todas as formas bacterianas não esporuladas, vírus, fungos; - Varredura fazendo espiral de dentro pra fora extra-bucal; - Frequente existência de alergia (perguntar ao paciente se tem alergia a frutos do mar. Em caso afirmativo, possivelmente também terá alergia); - Utiliza-se gaze, pinça de Allis e cuba - Clorexidina (0,12% a 2%); - Amplo espectro de ação bacteriana (gram + e - ); - Ativo contra fungos e leveduras; - Uso intra-oral; - 1 minuto, 0,12%, 100mL; 1.2 Técnica Limpa ou ambulatorial: - Princípios: - Eliminação total (esterilização) das superfícies dos materiais cirúrgicos; - Eliminação parcial (antissepsia e desinfecção) das superfícies orgânicas e do ambiente cirúrgico; 1.3 Infecção e sua prevenção: - Equilíbrio entre o organismo e microorganismo devido a barreiras de defesa como a pele mucosa e sistema imune; - Barreira rompida —> invasão por microorganismos —> colonização microbiana —> infecção; - Infecção: crescimento e proliferação de microorganismos parasitários num organismo superior, no qual causam dano. 1.4 Paramentação do cirurgião - Degermação das mãos; - Secagem das mãos; - Colocação do capote cirúrgico 1.5 Lavagem de mãos - Abrir o lavatório; - Molhar a escova estéril; - Uso do cotovelo para acionar a alavanca e umedecer a escova com PVPI detergente; - Ensaboar as mãos; - Começar o processo pelas unhas; - Seguir pelos dedos; - Escovar as áreas interdigitais de ambas as mãos; - Escovar as palmas das mãos; - Escovar o dorso das mãos; - Subir para o antebraço; - Escovar as laterais em movimentos rotatórios; - Escovar a face interna; - Enxaguar as mãos; - Enxaguar os antebraços ** obedecendo ao escoamento da água para os cotovelos sem voltar os movimentos. 1.6 Secagem de mãos - Pulso; - Costa da mão; - Palma da mão; Página � de �2 11 1.7 Paramentação - Com movimentos precisos fazer o encaixe das mãos na abertura das mangas; - Colocar o avental sem contaminação; - *Luvas estéreis serão abertas pelo circulante de sala; - Posicionar-se para calçar as luvas direita e esquerda; - Pegar uma das luvas e calçar com a mão oposta; - Colocar os dedos da mão calçada na dobra de punho e fazer o ajuste de punho. 1.8 Preparo - Touca para o paciente - Campo fenestrado —> toalha/campo com buraco para o rosto; - É preso com a pinça de Backhaus (pinça de campo); - Pinça de Backhaus também serve para prender o aspirador de Frazier - Montagem do sugador cirúrgico; - Protetor do refletor; 1.9 Preparo do Paciente - Colocação de óculos de proteção e gorro; - Antissepsia intra- e extra-oral; - Antissepsia intra-bucal: bochechos com antissépticos de 1 a 3 minutos; embrocação da mucosa e dentes com case embebida em solução; - Antissepsia extra-oral: Circular, centrífuga, do centro para a periferia sem voltar aos lugares onde já se passou; descartar a pinça utilizada; - Colocação de campo fenestrado —> Deixar exposta apenas a área onde foi feita a antissepsia; - 2.0 Classificação dos artigos cirúrgicos 2.1 Críticos - Apenas eles devem ser estéreis; - Pérfuro-cortantes ou que entrem em contato com tecidos cruentos e sangrante; - Ex.: material cirurgico, broca, fios de sutura, etc 2.2 Semi-críticos - Entram em contato com a pele não íntegra e mucosas íntegras; 2.3 Não críticos- Entram em contato apenas com a pele íntegra ou não tem contato direto com o paciente; - Ex.: arco facial, compasso de Willis, equipamentos em geral. 2.4 Assepsia - Métodos empregados para impedir a contaminação de determinado material ou superfície; 2.5 Descontaminação - Eliminação parcial de microorganismos de materiais ou superfícies inanimadas; 2.6 Limpeza - Remoção mecânica e/ou química de sumidades em geral de determinado local 2.7 Esterilização - Destruição de todos os microorganismos, incluindo os esporulados, através de processo químico ou físico 3.0 Conduta frente a acidentes - Comunicar o professor responsável pela clínica; - Lavagem da região acidentada em água corrente evitando friccionar a ferida; - Aplicação de iodopovidona ou clorexidina na região acidentada; - Encaminhamento ao serviço de controle de infecção quando se julgar necessários Anestesiologia 1.1 Anestésicos locais - Faz um bloqueio reversível da condução nervosa, determinando a perda das sensações sem alteração do nível de consciência. 1.2 Anestesia tópica - Indicada antes da penetração da agulha em anestesias infiltravas, auxiliar na tomada radiográfica (posicionamento da peléicula), remoção de cálculos; - Pomadas e sprays; - Pomada: xilocaína 5%, 30 segundos a 5 minutos, secar a mucosa, contraindicada em crianças menores de 5 anos e 20 quilos; - Spray: xilocaína 10%, não secar a mucosa, não instilar em regiões de faringe e laringe; Página � de �3 11 1.3 Escolha do anestésico A) Características - Baixa toxicidade; - Duração adequada; - Reversibilidade; - Eficácia; - Difusibilidade; - Início rápido da ação. B) Procedimento - Tempo de duração (cirurgia, endodontia, preparo de coroa total em dente hígido…). C) Paciente - Anamnese: - Idade; - Sensibilidade a anestésicos; - Doenças sistêmicas; - Gestação 2.0 Especificações de anestésicos - Vasoconstritores: - Adrenérgicos: - Epinefrina/adrenalina; - Norepinefrina; - Fenilefrina; - Levonordefrina; - Não-adrenérgicos: - Felipressina 2.1 Benefícios dos vasoconstritores - Prolongam a duração da anestesia local por haver contraposição ao efeito vasodilatador do anestésico; - Redução da quantidade de anestésico local necessária para obtenção de adequado bloqueio da dor; - Agentes hemostáticos; - Dá-se preferência à epinefrina (adrenérgico): - * Em caso de paciente alérgico —> felipressina; - Norepinefrina causa arritmia; 2.2 Tipos de anestésicos A) Prilocaína - Encontrada em associação com felipressina; - Indicada em casos onde não se pode usar vasoconstritores adrenérgicos; B) Mepivacaína - Pode ser usada sem vasoconstritor, pois produz menos vasodilatação; - Menor tempo de efeito; - Indicada na odontopediatria; C) Bupivacaína - Início de ação mais lenta; - Bloqueio pulpar —> 3 horas; - Tecidos moles —> 12 horas; 3.0 Uso de anestésicos frente a condições do paciente 3.1 Cardiopatias - Hipertenção arterial: - ** Mepivacaína com epinefrina; - Em pacientes com hipertensão controlada, não é contra-indicado o uso de vasocontritores; - Não se deve ultrapassar 2 tubetes por sessão; - Doença cardíaca isquêmica - Prilocaína com felipressina; - Não ultrapassar 2 tubetes por sessão - Insuficiência cardíaca congestiva - Epinefrina com felipressina. 3.2 Gestantes - Deve ser empregada a lidocaína 2% com epinefrina 1:100000; - Limitar-se a 2 tubetes por sessão; - Não tratar nem nos 3 primeiros meses iniciais nem nos 3 finais da gravides; - Contraindicada a felipressina —> pode levar a metemoglobinemia no feto. 3.3 Crianças - Deve ser empregada a lidocaína 2% com epinefrina 1:100000; - Bupivacaína é contraindicada pela sua longa duração. 3.4 Diabéticos - Vasoconstritor —> felipressina (não controlados); - Vasoconstritor —> epinefrina (controlados); 3.5 Idosos - Lidocaína 2%; - Máximo de 3 tubetes; - Caso de contraindicação da lidocaína —> mepivacaína 3% sem vasoconstritor 3.6 Contraindicações absolutas ao uso - Angina instável; - Infarto do miocárdio recente (menos de 6 meses); - Cirurgia de revascularização miocárdica recente (menos de 6 meses); - Acidente vascular cerebral recente ( menos de 6 meses); Página � de �4 11 - Arritmias refratárias; - Hipertensão arterial sistêmica grave não tratada; - Insuficiência cardíaca congestiva intratável ou não-controlada; - Hipotireoidismo não-controlado; - Diabetes melito não controlado (epinefrina tem ação oposta a da insulina); - Feocromocitoma; - Hipersensibilidade a sulfas. 4.0 Toxicidade local e sistémica a anestésicos Local - Necrose tecidual; - Efeito anestésico prolongado; - Parestesias ou paralisias temporárias ou permanentes; - Dor crônica após a infiltração; - Dor aguda durante a infiltração; Sistêmica - Níveis plasmáticos tóxicos; - Infiltração intravascular; 4.1 Fases de estimulação do SNC - Pulso rápido; - Náuseas; - Vômito; - Respiração rápida; - Nervosismo; - Convulsão. 4.2 Fases de depressão - Parestesia; - Confusão mental; - Dificuldade de fala; - Hipotensão; - Dispinéia, até chegar a apneia; - Lentificação da respiração e pulso; - Dificuldade de fala; - Letargia/sonolência; - Fraqueza muscular. * Em caso de intoxicação: * Interromper a administração da droga; * Oxigênio 100%; * Decubito dorsal horizontal; * Monitorar frequência cardíaca de pressão arterial e oxigenação; * Em caso de convulsão —> diazepan (5 a 10mg) ou midazolan (5 a 15mg) 5.0 Interação medicamentosa - Anestésicos com adrenérgico X Antidepressivo tricíclico (imipramina, amitriptilina) —> Potencializam os efeitos pressores dos vasoconstritores e aumentam bruscamente a pressão arterial; - Anestésicos com adrenérgico X Fenostiazínicos (clorpromazina) —> a injeção intravascular acidental causa hipotensão severa; - Anestésicos com adrenérgico X Beta- bloqueadores não-seletivos (propanolol, nadolol, timolol) —> Seria elevação da pressão arterial e bradicardia reflexa; - Anestésicos com adrenérgico X Crack/ cocaína —> Se o paciente estiver sob efeitos da droga ou usado nas últimas 24 horas, pode haver aumento brusco da pressão arterial e taquicardia; 6.0 Anestesia gasos - Óxido nitroso; - Descoberto por Joseph Priestley em 1776; - A resolução 51-04 do CFO considera apto a atolar a técnica somente o profissional habilitado em curso específico com duração mínima de 96 horas por aluno, ministrado por instituição de ensino superior. 6.1 Agentes anestésicos inalantes - Halotano: Causa perda de consciência rápida e suave; - Enflurano: Similar ao halotano, mas estimula as secreções traqueo-bronquiais e salivares; - Metoxifluorano: Mais potente dos anestésicos inalantes; - Óxido nitroso (gás hilariante): anestésico fraco, usado normalmente na proporção de 70% para 30% de oxigênio Página � de �5 11 Técnicas anestésicas 1.0 Seringa carpule 1.1 Tubete anestésico - *Questão: O que há no tubete anestésico? - Sal anestésico; - Vasoconstritor (opcional); - Bissulfito de sódio; - Cloreto de sódio; - Metilparabeno; - Água estéril. 1.1.1 Tubete de cristal - Minimiza a dor pela suavidade no deslizamento do êmbolo siliconado; - Mais higiênico, inerte e impermeável. 1.2 Agulhas - Curta —> infiltrativo local, terceiros molares; - —> Nervo mentual; - —> Nervo lingual - Longa —> Arcada inferior; - —> 99% da mandíbula, pois geralmente é troncular; 1.3 Técnica básica de injeção I) Usar uma agulha afiada e estéril; II) Verificar o fluxo da solução de anestésico local; III) Posicionar o paciente; IV) Preparar os tecidos —> secar os tecidos, aplicar antisséptico e aplicar anestésico tópico; V) Estabelecer apoio firme para as mãos; VI) Tensionar o tecido;VII)Introduzir a agulha na mucosa; VIII) Observar e comunicar-se com o paciente; IX) Avançar lentamente a agulha em direção ao alvo; X) Aspirar; XI) Infiltrar lentamente a solução de anestésico local; XII) Retirar a seringa lentamente 1.4 Tipos de anestesia A) Infiltrativa - Submucosa: - Depositada em tecido mole; - Utilizada para retirada de papilomas, mucoceles, biópsias, hipertrofias mucosas etc - Supra-periosteal: - Injeção na região submucosa, junto ao periósteo, sem atingí-lo - Subperiosteal: - Sob o periósteo, junto ao tecido ósseo; - Utilizada em qualquer dente da maxila; - Puncionar no fundo de saco na altura do dente; - Carpule a 45º em relação ao eixo longo do dente; - Agulha atravessa o periósteo - Intra-septal: - Infiltração no septo ósseo de dentes contíguos; - Atinge ligamento periodontal; - Periodontia, dentística e endodontia; - Agulha penetra pela papila gengival - Intra-óssea: - Depósitado no osso medular entre as corticais ósseas; - Restrita a casos especiais; - Iniciada com anestesia sub-mucosa ou subperiosteal; - Incisar a mucosa até o periósteo; - No septo ósseo entre dois dentes, fazer um orifício com broca cirúrgica - Intra-pulpar: - Infiltração da solução na câmara pulpar; - Indicada em caso de falha das outras técnicas B) Tronco-regional - Bloqueio do tronco nervoso principal; - Anestésico injetado em local distante da área a ser tratada Página � de �6 11 C) Técnicas anestésicas da maxila - Bloqueio do nervo alveolar superior posterior: - Agulha curta; - Anestesia desde o 3MS a 1MS (exceto a raíz mésio-vestibular) - Local de aplicação —> prega mucovestibular acima do segundo molar, tuberosidade da maxila - 1 tubete de 30 a 60 segundos —> aguardar 3-5 minutos; - Ángulo 45º - Bloqueio do nervo alveolar superior médio: - Agulha curta ou longa; - Anestesia os pré-molares superiores e a raiz mésio-vestibular do 1MS e tecidos periodontais vestibulares; - Agulha em direção ao ápice, introduzida na altura do 2PMS - Bloqueio do nervo alveolar superior anterior: - Agulha curta; - Anestesia pulpar e de tecidos moles e vestibulares do incisivo central superiore até pré-molar; - Realizada através da técnica de bloqueio infra-orbitário; - Apalpar forame infra-orbitário —> introduzir no teto de vestibular a altura do 1PMS —> agulha em direção ao forame infra-orbitário - Bloqueio do nervo palatino maior - Agulha curta; - Anestesia os tecidos moles do palato distais ao canino até a linha média; - Introduzir a agulha na altura do forame palatino maior, localizado na região distal do 2M - Bloqueio do nervo nasopalatino: - Técnicas: Infiltração única ou múltiplas - Agulha curta; - Introdução na mucosa palatina lateral à papila incisiva - Atinge ampla área de tecidos moles (região de canino a canino do palato) D) Técnicas anestésicas de mandíbula - Bloqueio do nervo alveolar inferior: - Agulha longa; - Tratar todo o quadrante se possível; - Carpule entre os dois pré-molares do lado oposto em direção ao ramo da mandíbula entre sua borda anterior e a rafe pterigomandibular - Bloqueio do nervo bucal: - Agulha longa; - Inerva tecidos moles adjacentes aos molares inferiores; - Introduzir a agulha paralela aos dentes inferiores, perfurar a mucosa na região bucal e distal ao terceiro molar - Bloqueio do nervo mentual: - Inerva tecidos moles vestibulares anteriores ao forame, lábio inferior e mento do lado da inervação; - Segundo pre-molar a incisivo central; - Posição de 9 horas; - Introduzir a agulha no fundo do vestíbulo entre o ápice dos pre- molares inferiores E) Técnicas anestésicas locais especiais - Gow-Gates - Vazirani-Akinosi; - São técnicas de boca fechada (paciente não consegue abrir a boca); - Ambas bloqueiam o nervo alveolar inferior e nervo lingual F) Anestesia infiltrativa extra-bucal -É feita no nervo infraorbitário ou nervo mentual G) Óxido nitroso - Sedação consciente H) Anestesia geral - Takaoka TÉCNICAS MANDIBULARES VOLUME (ml) Alveolar Inferior 1,5 Bucal 0,3 Gow-Gates 1,8 Vazirani-Akinosi 1,5 a 1,8 Mentual 0,6 Incisivo 0,6 a 0,9 Página � de �7 11 1.5 Acidentes e complicações associados às técnicas anestésicas - Dor; - edema; - falha anestésica; - fratura da agulha; - hematoma; - infecção; - parestesia; - paralisia; - trismo; - xerostomia; - náuseas e vômitos; - isquemia da pele Exodontia - Fórceps 1.0 Indicações para a exodontia - Restos radiculares inaproveitáveis; - Dentes com periodontite avançada; - Dentes com lesão cariosa extensa; - Razões protéticas; - Razões endodônticas; - Dentes extra numéricos provocando má oclusão; - Denes com fraturas radiculares abaixo da linha cervical; - Dentes com foco sem possibilidade ou retardamento endodôntico; - Dentes incluídos em neoplasias; - Dentes decíduos que retardam a irrupção do permanente; - Dentes que traumatizam tecidos moles; - Terceiros molares mal posicionados. 1.1 Manobras cirúrgicas A) Diérese, Hemostasia e síntese - Diérese: abertura, deslocamento; - Hemostasia: parada do sangramento; - Síntese: fechamento. B) Diérese ou divisão - Incisão realizada por instrumento de corte promovendo seccionamento dos tecidos; - Secção: ato de cortar com um bisturi, tesoura, serra, ultra-som, laser; - Divulsão: obtida através da separação dos tecidos com tesouras, pinças, afastadores; - Punção: realizada utilizando-se instrumento perfurante (agulhas, trocarte). Ex.: drenagem de abscessos, coleta de fragmento de tecidos; - Dilatação: Tem a finalidade de aumentar o diâmetro de canais e orifícios naturais ou trajetos fistulosos (vela de Hegar, beniqué); - Serração: por meio de serra, brocas cirúrgicas e cinzéis (cirurgias ósseas) 1.2 Exodontia atraumática - Instrumentos: - Sindesmótomo —> sindesmotomia, ato de descolar o tecido gengival; - Molt; - Perióstomos; - Extratores delicados; - Microfórceps; - Movimentos fórceps. 1.3 Fórceps - Arcada superior: - De canino a canino —> 1; - Pré-molar a pré- molar —> 150; - Molar superior direito —> 18R; - Molar superior esquerdo —> 18L; - Raízes —> 65 e 69; - Arcada inferior: - Raíz —> não existe na literatura; - Pré-molar a pré- molar —> 151; - Molares —> 16, 17 e 23; 1.3.1 Partes do fórceps - Mordente; - Ponta ativa; - Dobradiça; - Cabo; - **Concavidade acompanha o nariz (arcada superior); - **Convexidade acompanha o nariz (arcada inferior). 1.3.2 Movimentos do fórceps - Movimento 1: Pega (mordente na cervical; ponta ativa ao longo do eixo do dente); - Movimento 2: Intrusão (empurrar o dente contra o alvéolo); - Movimento 3: Rotação (apenas em dentes com raízes cônicas); - Movimento 4: Luxação (vestíbulo-lingual ou palatino, nunca vestíbulo-distal); - Movimento 5: Tração (para fora do alvéolo); Página � de �8 11 2.0 Técnicas Exodônticas A) Alveolar: - Com seccionamento dental; - Feito em dentes com divergências ou convergências radiculares; - Hipercimentoses,etc; - Posicionamento do operador: - Em frente ao paciente, com cotovelo na altura da comissura labial do paciente; - Operador sentado de frente para o paciente - - Posicionamento do paciente - Cadeira a 135º para arcada superior (visão direta da arcada); - Cadeira a 110º para arcada inferior (arcada fica paralela ao solo, permite visão direta); - Procedimento pós-exodontia - Retirar fragmentos de dentes; - Retirar espículas ósseas; - Curetar tecidos patolóticos (com cuidado); - Comprimir o alvéolo com os dedos (manobra de Chompret), pois a luxação expande o alvéolo; - Suturar (síntese). Manobra cirúrgica fundamental —> aproxima as bordas da feridafacilitando a reparação tecidual; - Colocar gaze umedecida com soro; - Manter coágulo; - Manter gaze por 30 minutos (apesar de que hemostasia seja atingida em 2-10 minutos, pede- se que o paciente fique por cerca de 30 minutos); - Recomendações - Não bochechar ou fumar por 48 horas: - *Bochecho remove o coágulo e o calor do cigarro e seus produtos dificultam a cicatrização; - Deitar com a cabeça elevada em relação ao corpo, de maneira a diminuir o fluxo sanguíneo para cabeça; - Não ingerir alimentos duros ou quentes (trauma e calor podem remover o coágulo; - Não fazer esforços físicos (aumentam a pressão arterial, e a chance de hemorragias); - Geloterapia —> aplicar gelo sobre a face protegida por gelo por 15 minutos, descansar por 10 minutos e repetir até a hora de dormir, apenas no primeiro dia; - Usar gaze caso haja hemorragia e retornar ao dentista caso não cesse; - Analgésico após a cirurgia e repetir 3 horas depois - Não usar AAS (inibe a agregação plaquetária); - Evitar morder regiões anestesiadas (úlceras traumáticas e até multilações); - Retornar para retirada da sutura; - Cerca de 7 dias - Sem seccionamento dental; B) Não-alveolar: 2.1 Divisão de cirurgias - Cirurgias ambulatoriais —> consultório - Cirurgias especializadas —> centro cirúrgico Exodontia por Via Alveolar (extratores) 1.0 Extratores dentais são instrumentos odontológicos utilizados em cirurgia bucal, para luxação e extração, de dentes e/ou restos radiculares **Alavanca é, geralmente, utilizada antes do fórceps 1.1 Composição a) Parte Passiva- Cabo b) Parte Intermediária - Haste c) Parte Ativa - Lâmina 1.2 Tipos - Extratores Retos; - Extratores Triangulares; - Extratores Apicais; 1.2.a Ponta Tipo Goiva É mais indicado para luxação do dente e/ou resto radicular, antes da aplicação do fórceps. b- Reta Ponta de Lança Mais indicado para extração de raízes c- Extratores Triangulares ou com forma de flâmula Página � de �9 11 Mais indicados para restos radiculares que fraturam e permanecem no alvéolo e o alvéolo adjacente está vazio. d- Extrator Apical indicado para extração de restos radicares 1.3 Indicações - Dentes não irrompidos; - Dentes muito cariados; - Dentes ectópicos; - Dentes com inclinação acentuada; - Raízes residuais e/ou fraturadas; - Promover a luxação para o fórceps. 1.4 Contraindicações - Dente decíduo 1.5 Princípio mecânico no uso dos extratores dentais: - Princípio de alavanca: - É o mais frequente e utilizado; - Vantagem mecânica —> braço de potência maior que o braço de resistência; - Indicações: raízes isoladas; - dentes retidos após seccionamento dental; - dentes com pequena implantação e sem ponto de implantação para o fórceps; - Princípio de cunha: - A ponta ativa do extrator deve ser inserida entre o septo interdental e o dente ou raiz a extrair; - Através de uma pressão exercida sobre o cabo dessa cunha (extrator), ela será inserida entre o alvéolo e o dente, ocupando um lugar no alvéolo e o dente é forçado para cima; - Princípio de sarilho ou roda: - Pela rotação ao redor do longo eixo da haste; - Ação de roldana; - Normalmente não é utilizado separadamente e sim junto ao princípio de cunha e alavanca; 1.6 Movimentos - Movimento de cunha: - Entra-se com a alavanca entre o dente e o osso (dois corpos não ocupam o mesmo espaço) - Movimento de roda; - Movimento de alavanca; - Para que esses movimentos sejam possíveis: - O osso alveolar serve de apoio. O apoio é dado pelo osso na região de FULCRO; - O dente é a resistência; - Alavanca —> potência; - Princípio: Potência, resistência e apoio 1.7 Vantagens mecânicas pelo uso dos extratores - Essa vantagem depende da forma da ação do seu emprego —> cunha, roda ou alavanca; 1.8 Regras para a utilização dos extratores - Devem ser empunhados em posição digito- palmar; - A lâmina deve ser aplicada entre o tecido ósseo (alvéolo) e o próprio dente; - Não usar um dente adjacente como fulcro do extrator, a não ser que sejam extrações múltiplas; - Não usar corticais vestibulares e/ou linguais e/ou palatinas como apoio; - Usar sempre os dedos da mão que não empunha o extrator para proteger estruturas vizinhas e avaliação tátil dos resultados do trabalho efetuado; - Aplicar as forças em ponto bem selecionado e de forma progressiva e controlada; 1.9 Complicações do uso dos extratores - Fraturas (dentais, óssea); - Luxação (dentes, ATM); - Esmagamento ósseo; - Penetração de dentes e/ou restos radiculares (seio maxilar, vias digestivas, vias aéreas, processos patológicos, cavidade nasal) 2.0 Molares inferiores com raízes muito divergentes - Após o retalho e ostectomia, faz-se o seccionamento de uma das raízes; - Com o fórceps 17, faz-se a exodontia da coroa e raiz não seccionada; - Por via do alvéolo fazemos a exodontia da outra raiz através do princípio de roda. 2.1 Molares inferiores com coroa destruída - Após o retalho e ostectomia, a broca é utilizada para seccionar as raízes; - Utilizando um extrator angulado com os princípios de cunha e roda, faz-se a exodontia de uma das raízes; Página � de �10 11 - Com outro extrator angulado, via alvéolo vazio, fazemos a exodontia da outra raiz com o princípio de roda. 2.2 Molares superiores com raízes divergentes - Após o retalho e ostectomia que permita que a broca seja usada para separar as raízes vestibulares da coroa do dente; - O fórceps para molar é usado para remover a coroa do dente junto com a raiz palatina; - Um extrator reto é utilizado para mobilizar as raízes vestibulares e pode, ocasionalmente, ser usado para a extração destas raízes; - Um extrator angulado pode ser utilizado com princípio de roda, via alvéolo vazio para a extração da raiz. 2.3 Molares superiores com coroa destruída - Após o retalho e pequena ostectomia, usamos a broca para dividirmos as raízes em 3 raízes independentes; - Após ter-se luxado as raízes com um extrator reto, uma das raízes vestibulares é extraída com um extrator angulado com os princípios de cunha e roda juntos; - Extrator angulado pode ser usado com o princípio de roda, via alvéolo vazio; - Extrator reto pode ser usado para remover a raiz palatina na direção vestíbulo-oclusal com delicada pressão de deslocamento. 2.4 Remoção de pequenos fragmentos de raiz e ápices radiculares: - Quando uma pequena parte do ápice da raiz (de 2mm-4mm) é fraturada, um extrator apical pode ser usado para removê-la; - Lima endodôntica pode ser inserida dentro do canal com o porta agulha que segura a lima e usando-se o dente adjacente como fulcro (protegido por gaze); - Quando uma grande porção de raiz permanece no alvéolo, uma broca esférica pode ser utilizada para fazer um orifício na raiz, utilizando a peça de mão para remover a raiz; - Técnica aberta: - Após retalho e ostectomia vestibular, um extrator reto é utilizado para luxar e remover o resto radicular no sentido vestibular; - A técnica de abrir uma janela no osso para remoção da raiz é indicada quando o osso da crista alveolar vestibular precisa ser mantido, faz-se um retalho triangular; - Em seguida, usa-se uma broca para descobrir o ápice da raiz e permitir o acesso necessário para inserção do extrator reto; - Extrator reto é usado para deslocar o dente para fora do aléveolo. 2.5 Cuidados com restos radiculares de pré-molares e molares superiores: - Extrator reto pode ser usado como cunha para deslocar a raiz, porém pressões excessivas na direção apical resulta em deslocamento da raiz para locais indesejáveis, como o seio maxilar; 2.6 Critérios para se deixar fragmentos radiculares - Fragmentospequenos (menores que 5mm); - Ausência de infecções; - Proximidade com estruturas anatômicas nobres; - Protocolo: - Deve-se avisar o paciente; - Anotar na ficha com assinatura do paciente; - Iniciar antibioticoterapia; - Fazer controle radiográfico. 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