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Resumo de Dentística Avaliação 1 Lucas Silva 1.0 Dentística Operatória - Conjunto de procedimentos que tem por finalidade devolver ao elemento dental sua integridade morfológica, estética e funcional alterada por diversos fatores; 1.1 Classificação das Cavidades A) É feita de acordo com o número de faces - Simples —> uma face; - Composta —> duas faces; - Complexa —> Três ou mais faces; B) De acordo com a face envolvida - Oclusal (O); - Distal (D); - Mesial (M); - Ocluso-distal (OD); - Mesio-ocluso-distal (MOD) C) De acordo com a forma e extensão - Inlay ou intracoronária (cavidade confinada no interior da estrutura dentária); - Extracoronária parcial ou onlay (cavidade que apresenta cobertura parcial da estrutura dentária —> parte da coroa); - Extracoronária ou overlay (cavidade que apresenta cobertura de todas as faces da estrutura dentária —> toda a coroa) 1.2 Nomenclatura dos planos das cavidades - Plano horizontal; - Plano vestíbulo-lingual ou áxio-lingual; - Plano mésio-distal ou áxio-meso-distal - Paredes —> são os limites internos das cavidades: - Ângulos diedros —> Formados pela união de duas paredes de uma cavidade: - De primeiro grupo: junção de duas paredes circundantes; - De segundo grupo: junção de uma parede circundante com uma de fundo; - De terceiro grupo: junção de duas paredes de fundo - Ângulos triedros —> Junção de 3 paredes; - Ex.: Vestíbulo pulpo-axial - Ângulos cavo-superficiais —> Formado pela junção pela junção das paredes da cavidade com a superfície - ** Paredes circundantes: são as paredes laterais da cavidade 1.3 Classificação das cavidades - Classificação artificial de Black 1.3.1 Classe I Página � de �1 11 1.3.2 Classe II 1.3.3 Classe III 1.3.4 Classe IV 1.3.5 Classe V 1.3.6 Classe VI de Howard-Simon 1.3.7 Classe VII (Classe I de Sockwell) 1.3.8 Classificações complementares à de Black 2.0 Princípios gerais de preparo cavitário - É o tratamento biomecânica da cárie e de outras lesões dos tecidos duros do dente, de forma que as estruturas remanescentes possam receber uma restauração que as proteja, seja resistente e previna a reincidência de cárie; - Finalidade: - Eliminar o tecido patológico; - Estender as margens da cavidade a locais de relativa imunidade à cárie; - Conferir à cavidade formas que permitam ao dente receber e reter o material restaurador; - Preservar a vitalidade pulpar; - Regras do preparo cavitário: - Remover totalmente o tecido cariado infectado; Página � de �2 11 - Deixar as paredes da cavidade suportadas por dentina sadia ou por materiais com igual função; - Conservar maior quantidade de tecido dental sadio; - Paredes cavitárias planas e lisas; - Preparo cavitário limpo e seco; 2.1 Ordem de procedimentos 1) Forma de contorno; 2) Remoção da dentina cariada; 3) Forma de resistência; 4) Forma de retenção; 5) Forma de conveniência; 6) Acabamentos das paredes e margens do esmalte; 7) Limpeza da cavidade 2.2 Tempo operatório - A forma do contorno deve englobar todo o tecido cariado e a área de superfície do dente que será incluida no preparo cavitário; - I) Todo o esmalte sem apoio dentinário deverá ser removido; - II) O ângulo cavosuperfícial do preparo deve localizar-se em uma área de relativa resistência a cárie e que possibilite um correto acabamento das bordas da restauração; - III) Observar as diferenças entre as cavidades das cicatrículas e fissuras e as cavidades das superfície lisas 2.3 Principios básicos da forma de contorno - Englobar cicatrículas, fissuras, sulcos muito profundos próximos a cáries; - Preservar as estruturas de reforço; - Quando duas cavidades distintas estiverem separadas por estruturas sadias com menos de 1mm, elas devem ser unidas em uma única cavidade, caso contrário, essa estrutura deverá ser mantida, preparando- se assim 2 cavidades; - Idade do paciente: pacientes jovens X idosos 2.3.1 Fatores considerados - Propagação da cárie; - Margens da cavidade; - Prismas do esmalte 2.3.2 Extensão para a gengival - Idade do paciente; - Material restaurador; - Extensão para a gengival em relação à idade do paciente; - As margens cavitárias proximais poderão situar-se aquém, ao nível ou além da gengiva marginal livre 2.3.3 Extensão para a gengival em relação ao material restaurador - Provisórios ou temporários; - Permanentes 2.3.4 Extensão para vestibular e lingual - O preparo cavitário deve englobar toda a lesão de cárie; - As paredes cervical, vestibular e lingual da caixa proximal devem estar afastadas do contato com o dente vizinho com uma distância de 0,2mm a 0,5mm 2.4 Remoção da dentina cariada - É a remoção de toda a dentina que encontra-se desmineralizada e infectada pela lesão de cárie de modo irreversível; 2.5 Forma de resistência - Consiste em dar forma à cavidade para que a estrutura dental e o material restaurador possa resistir: - Aos esforços mastigatórios; - Às alterações volumétricas dos materiais restauradores; - Às diferenças no coeficiente de expansão térmica do dente e de material restaurador 2.6 Princípios mecânicos de Black - Todo o esmalte deverá ser suportado por dentina sadia; - Paredes circundantes planas, paralelas entre si e perpendiculares a parede pulpar; - Parede gengival plana e paralela a parede pulpar e ambas perpendiculares ao longo eixo do dente; - Ângulos diedros e triedros definidos ou arredondados; - Ângulo axiopulpar; 2.7 Formas de retenção - Consistem em dar a forma na cavidade com a finalidade de se evitar o deslocamento da restauração durante a mastigação 2.7.1 Tipos de retenção - Por atrito do material; - Mecânicas adicionais; Página � de �3 11 - Micromecânicas (pelo condicionamento ácido e do esmalte e da dentina) 2.7.2 Princípio anunciado por Black para cavidade para amálgama - Quando a profundidade de uma cavidade for igual ou maior que sua largura vestíbulo- lingual, por si só, ela será retentiva 2.7.3 Retenções mecânicas adicionais - Sulcos, canaletas, orifícios e pinos metálicos; - Retenção mecânica em calda de andorinha; - Retenção sulco ou canaleta; - Retenção através de pinos em dentina; - Inclinação das paredes vestibular e lingual da caixa proximal convergentes para oclusão; - Retenção através de pino intrarradicular; 2.8 Forma de conveniência - Consiste em dar ao preparo cavitário características que facilitem a conformação e a instrumentação da cavidade - Isolamento absoluto; - Separação temporária dos dentes; - Proteção dos dentes vizinhos 2.9 Acabamento das paredes de esmalte - Consiste em analisar as irregularidades das paredes de esmalte e do ângulo cavosuperficial do preparo cavitário, tendo como objetivo: - Melhor adaptação do material restaurador às paredes cavitárias; - Melhorar o vedamento marginal; - Diminuir a infiltração marginal; - Instrumento: - Enxada; - Recortador 2.10 Limpeza da cavidade - Remoção de detritos deixados durante o preparo da cavidade, tais como: raspas de dentina e esmalte; bactéria; pequenos fragmentos abrasivos dos instrumentos rotatórios; óleo proveniente dos equipamentos de alta e baixa velocidade; - Agente de limpeza cavitário: - Clorexidina 2%; - Hipoclorito de sódio; - Água de hidroxido de cálcio; - Ácido poliacrílico 3.0 Isolamento do campo operatório 3.1 Tipos - Relativo; - Absoluto 3.1.1 Isolamento Absoluto - Vantagens: - Promove a retração dos tecidos moles permitindo o acesso ao dente a ser preparado; - Melhor visibilidade; - Condições adequadas para a inserção e condensação dos materiais restauradores; - Proteção do paciente - Materiais utilizados: - Lençol de borracha;- Perfurador de lençol de borracha; - Arco de Young; 3.1.2 Isolamento relativo - Utilizado em situação de total impraticabilidade do isolamento absoluto; - Pode ser feita em dentes anteriores 3.2 Classificação dos grampos - 200-205 —> molares; - 206-209 —> pré-molares; - 210-211 —> dentes anteriores; - 212 (sem asa) —> utilizado para promover retração ou afastamento temporário da gengiva marginal; - W8A (sem asa) —> molares (com garras provenientes para a cervical); - W2A (sem asa) —> pré-molares e caninos; - 26 e 29 (sem asa) —> molares; - 22 e 27 (sem asa) —> pré-molares; - **Posição de grampo —> sempre a asa para distal 3.3 Preparação do lençol de borracha - Primeiro furo e maior furo: grampo; - segundo furo: molares; - terceiro furo: pré-molares e caninos; - quarto furo: incisivos superiores; - quinto furo: incisivos inferiores 3.4 Método de preparação do lençol de borracha - Divisão em quadrantes; - Mordida em cera; - Marcação na boca; - Carimbo; Página � de �4 11 - Passos: - 1)Divisão em quadrantes consiste em traçar sobre o dique de borracha uma linha vertical e uma horizontal com o uso de uma caneta; - 2) Marcar 3 centímetros para cada lado no segmento horizontal; - 3) Marcar 4 centímetros para cada segmento vertical inferior; - 4) Marcar 5 centímetros para cada segmento vertical superior; - 5) Iniciar marcação para os dentes —> 18, 28, 38 ou 48 sobre a marcação de 3 centímetros da linha horizontal; - 6) Seguir a marcação em forma de arco até os dentes 11, 21, 31 ou 41; - Mordida em cera - 1) Paciente pressiona uma lâmina 7 de cera; - 2) Lâmina é colocada na região inferior ou superior da borracha; - 3) Fura-se a borracha exatamente sobre a marcação dos dentes na cera; - Preparo dos dentes para receber os diques de borracha - Testar os contados proximais com fio dental; - Regularizar a superfícies; - Lubrificar a região dos orifícios do dique de borracha; - Utilizar a fio dental para passar a borracha pelo ponto de contato; - Utilizar amarrias; - Técnica de colocação do dique de borracha - Coloca-se o grampo; - Coloca-se o dique de borracha e o mantenedor de dique; - Técnica de Ingraham: coloca-se o grampo com a borracha e, a seguir, o arco porta dique; - Coloca-se o grampo e, a seguir, o arco com a borracha; - Coloca-se o conjunto grampo-arco- borracha em um só tempo - Sequência de colocação do dique de borracha - 1) Verificação da relação de contato e existência de bordas cortantes com o fio dental; - 2) Seleção do grampo para a técnica de isolamento; - 3) Perfuração da borracha de acordo com os grupos de dentes a serem envolvidos no isolamento; - 4) Colocação do grampo; - Remoção do grampo - Pinça porta grampo; - Remoção das amarrias; - Remoção do lençol; 4.0 Preparo cavitário 4.1 Preparo cavitário de Classe I para amálgama - Brocas utilizadas: - 245 (é retentiva, arredontada e cone invertido); - 556 (cilíndrica, picotada), 56 (lisa, expulsiva, para acabamento); - Materiais e instrumentos utilizados: - Pinça clínica; - Sonda exploradora 5; - Espelho clínico plano; - Contra-ângulo para micromotor; - Micromotor; - Escova para limpeza de brocas; - Broca para alta velocidade; - Cone invertido longo de extremo plano e arestas arredondadas número 245; - Brocas para baixa velocidade 56 e 556; - Enxada monoangulada 8 e 9; 4.2 Técnica de preparo - Delimitar-se a forma de contorno com lápis envolvendo as áreas susceptíveis a cárie preservando as estruturas de reforço do dente como as vertentes das cúspides e as cristas marginais; - 1) Inicio do preparo: brocas 245 ou 556 —> posicionar na fossa central com ligeira inclinação para distal; - 2) Após a penetração inicial, o plano axial da broca deve permanecer paralelo ao eixo longitudinal do dente para a confecção de uma canaleta médio-distal ao longo do sulco central. A canaleta mésio-distal com profundidade correspondente a metade da ponta ativa da broca e a largura igual ou 1 e meio diâmetro da ponta ativa. A largura correspondente a 1/4 ou 1/3 de distância entre os vértices das cúspides vestibulares e linguais. A broca deve determinar as paredes circundantes, aplainar a parede pulpar e definir os ângulos diedros do segundo grupo ligeiramente arredondados. - **Formas de resistência e retenção: Página � de �5 11 - Parede pulpar plana e perpendicular ao eixo longitudinal do dente; - Paredes circundantes vestibular, lingual, mesial e distal paralelas entre si ou convergentes para oclusal; - Profundidade maior que a abertura vestíbulo lingual; - Broca n 245 = cavidade altamente retentiva; - ** Cavidade preparada com a broca 556 —> Acabamento com a broca cilíndrica n 56; enxada monoangulada para alisar as paredes circundantes e parede de fundo; - ** Cavidade preparada com a broca 245 —> dispensa-se o acabamento das paredes cavitárias, pois essa broca tem lâminas de cortes lisos; - **Ângulo cavo-superficial —> linha nítida, contínua, sem bisel 4.3 Características da cavidade quando se utiliza a broca 245 - Abertura vestíbulo-lingual com 1/4 de distância entre os vértices das cúspides correspondentes; - Parede pulpar plana e perpendicular ao eixo longitudinal do dente; - Parede vestibular, lingual, mesial e distal convergentes para oclusal; - Ângulos diedros do primeiro grupo e segundo grupo ligeiramente arredondados; - Ângulo cavosuperficial nítido e sem bisel; 4.4 Características da cavidade com broca 556 - Abertura vestíbulo-lingual com 1/4 de distância entre os vértices das cúspides correspondentes; - Parede pulpar plana e perpendicular ao eixo longitudinal do dente; - Parede vestibular, lingual, mesial e distal paralelas entre si; - Ângulos diedros do primeiro grupo arredondados; - Ângulos diedros do segundo grupo definidos; - Ângulo cavosuperficial nítido e sem bisel; 4.5 Formas de contorno - Inclui a extensão total do sulco lingual sem invadir a ponte de esmalte da face oclusal; - Broca 245 ou 556, correspondente a metade da ponta ativa; 4.6 Formas de resistência e retenção - Manutenção da cúspide disto-lingual íntegra sem invadir as vertentes; - Preservação da ponte de esmalte; - Arredondamento do ângulo áxio-pulpar; - Profundidade da caixa oclusal igual ou maior que a largura —> dispensa retenções adicionais; - Com a broca 245 as paredes circundantes da caixa oclusal convergem para oclusal oferecendo características auto-retentivas; 4.7 Na caixa lingual - Retenções adicionais com a broca 699 ou esférica 1/4 nos ângulos diedros mésio- e disto-axial as expensas das paredes mesial e distal - Em forma de canaleta o sulco, essas retenções devem ultrapassar ligeiramente o ângulo áxio-pulpar sem atingir o ângulo cavo superficial; 4.8 Técnicas de preparo - Retenções adicionais em forma de canaleta, o sulco, nos diedros áxio-distal e áxio-mesial com a broca 699. Acabamento das paredes de fundo e circundantes com enxada monoangulada; Lucas Silva Resumo de Dentística AV2 Lesões Cervicais não cariosas 1.0 Introdução - Causa etiológica: multifatorial, não- bacteriana; - Classificação: 1.1 Abfração: causada por forças. Perda patológica dos tecidos duros dentários oriundos de forças oclusais traumáticas que provocam secções dentárias, provocando alterações no esmalte, cemento e dentina; - Manifestações clínicas: forma de cunha, geralmente profunda e com margem definida; Página � de �6 11 - Dentes mais acometidos —> pre-molares inferiores/superiores seguidos dos caninos; - Tratamento: - Correção oclusal eliminando as interferências oclusais; - Tratamento restaurador; 1.2 Erosão: perda de substância dentária porprocessos químicos/exposição ácida. Sem envolvimento de bactérias; - Características: - Descalcificação pouco profunda do esmalte; - Manchas brancas; - Dureza; - Cavidade larga e rasa; - Cuspides arredondadas - Etiologia: - Fatores intrínsecos: - Xerostomia; - Anorexia nervosa; - Problemas gastroesofágicos; - Fatores extrínsecos: - Alimentos; - Refrigerantes; - Isotônicos; - Produtos advindos do ambiente de trabalho que mantém o pH bucal baixo. - Tratamento: - Remoção dos fatores causais; - Procedimento restaurador com análise individual; 1.3 Abrasão: Desgaste patológico dos tecidos duros por forças mecânicas não relacionadas com a oclusão; - Acontece quando uma superfície áspera e dura desliza ao longo de uma superfície com um menor grau de dureza cortando-a ou sulcando-a na forma de uma série de ranhuras; - Etiologia: - Procedimento de higienização bucal; - Tempo e força aplicada durante o processo de escovação; - Uso de palito de dente. - Manifestações clínicas: - Lesão apresenta superfície dura, altamente polida; - Tratamento: - Orientação quanto ao uso correto da escova dental e a escolha de um dentifrício pouco abrasivo; - Em casos de lesões profundas, tratamento restaurador - Sensibilidade dentinária - Decorrente da exposição do tecido dentinário; - Pode ser tratada com: a aplicação de agentes dessensibilizastes; laserterapia; ou com a confecção de restaurações em cimento de ionômero de vidro, resina composta ou amalgama de prata. Proteção do complexo dentinopulpar 1.0 Fatores que causam agressão ao tecido pulpar - Calor gerado durante o preparo cavitário; - Refrigeração das turbinas; - Vibração; - Cuidados relativos ao desgaste dental; - Limpeza da cavidade; - Remoção parcial da smear layer; 2.0 Protetores do complexo dentinopulpar - Vernizes cavitários: - Formam uma camada protetora sobre a estrutura do dente recém cortado durante o preparo cavitário; - Protegem a polpa contra irritação química e estímulos elétricos. - Cimento de hidróxido de cálcio: - Indicações: forrar de cavidades profundas; proteção (capeamento) pulpar direta; - Benefícios: - Ação bactericida; - Favorece a reparação pulpar; - Promove a neutralização dos ácidos; - Estimula a formação ou deposição da dentina terciária; - Malefícios: - Baixa resistência a compressão; - Cimentação temporária; - Solubilidade média. - Cimento de óxido de zinco e eugenol: - Apresentação: pasta base e pasta catalisadora; - Efeito terapêutico sobre a polpa; - Baixa resistência mecânica; - Inibe o sistema adesivo; - Cimento de fosfato de zinco - Contraindicado em cavidade profunda sem forramento; - Não apresenta adesão em estrutura dentária; Página � de �7 11 - Fácil manipulação; - Largamente utilizado em cimentações definitivas; - Cimento de ionômero de vidro - Adesão ao esmalte e à dentina; - Libera fluor, promovendo remineralização; - Coeficiente de expansão térmica linear próximo ao da dentina; - Bom selamento marginal; - Boa resistência como material forrador ou selador 2.0 Técnicas utilizadas na proteção do complexo dentinopulpar 2.1 Proteção pulpar indireta - Consiste na aplicação de agentes seladores, forradores ou bases protetoras nas paredes da cavidade 2.2 Proteção pulpar direta - Consiste na aplicação de um agente protetor diretamente sobre o tecido pulpar exposto; 3.0 Profundidade das cavidades - Cavidades superficiais: - Cavidades em esmalte ou ultrapassando ligeiramente a junção amelodentinária (não se aplica nenhum tipo de proteção pulpar, apenas material restaurador). - Cavidade rasa: - São cavidades com mais de 2mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa não se aplica nenhum tipo de proteção pulpar, apenas material restaurador). - Cavidade de profundidade média - São cavidades co mais de 1mm e menos de 2mm, de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa; - ** Resina composta: proteção do complexo dentinopulpar: sistema adesivo; - ** Amálgama: verniz cavitário - Cavidade profunda - Cavidades com mais de 0,5mm e menos de 1mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa - ** Resina composta: CIV + sistema adesivo; - ** Amálgama: CIV + verniz cavitário - Cavidade muito profunda - Com menos de 0,5mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa; - ** Resina composta: Cimento de hidróxido de cálcio + CIV + sistema adesivo; - ** Amálgama: Cimento de hidróxido de cálcio + CIV + verniz cavitário - Exposição pulpar acidental - Resina composta: Cimento de hidróxido de cálcio P.A + CIV + sistema adesivo; - Amálgama: Cimento de hidróxido de cálcio P.A + CIV + verniz cavitário - Tratamento Expectante - Consiste na proteção pulpar indireta através da aplicação de materiais com propriedade de estimular a formação de dentina reacional; - O tratamento definitivo deve ser realizado entre 45 dias e 120 dias após o tratamento expectante; - Após tratamento expectante: - Remover o cimento de ionômero de vidro temporário e a dentina que não foi remineralizada; - Procede como uma cavidade muito profunda Sistemas adesivos 1.0 Introdução - União adesiva: processo de ligação de dois materiais por meio de um agente adesivo que se solidifica durante o processo de união; - União aos substratos dentais: processo de união de uma resina composta aos substratos dentais condicionados; - Adesivo dentinário: fina camada de resina que promove a adesão entre a dentina condicionada e a matriz resinosa de uma resina composta 2.0 Classificação: - Convencionais (necessita de ácido): - Técnica úmida de três passos clínicos ou dois; - Autocondicionante (não necessita de ácido): - Técnica seca 3.0 Mecanismos de união - União entre o substrato sólido (esmalte) e um líquido (adesivo); Página � de �8 11 - O ângulo de contato deve ser pequeno, promovendo maior capacidade de umedecimento; - Esmalte: - Condicionamento ácido (30 segundos) —> essencial para aumentar a energia de superfície, obtendo uma superfície mais receptiva ao adesivo; - Criação de microporosidade e aumento da área de superfície; - Essas microporosidades são preenchidas pelo adesivo; - Dentina: - Smear layer: camada fracamente aderida à superfície dentinária produzida pelo corte da dentina; - Condicionamento ácido: remoção de minerais; aumento da abertura da entrada dos túmulos dentinários; exposição da rede de colágeno; - Após a lavagem do ácido, a dentina deve ser mantida umedecida para favorecer a ação do primer (monômeros com agrupamentos hidrofílicos com afinidade pela superfície dentinária e monômeros hidrofóbicos que se unem à resina composta); - Primer: penetra na rede de colágeno e na dentina desmineralizada aumentando a energia de superfície da dentina. Base: acetona (sete camadas); base álcool (duas camadas); - Adesivo: infiltra no substrato dentário condicionado e copolimeriza com o primer formando uma camada de resina-dentina ácido resistente; - Camada híbrida: é uma camada intermediária de resin, fibras colágenas e a dentina, ácido resistente, produzida após condicionamento ácido da dentina e infiltração do adesivo Resinas composta 1.0 Introdução - Sucesso clínico —> durabilidade - Vantagens: - Estética; - Conservação da estrutura dentária remanescente; - Tempo de execução clínica; - Custo; - Versatilidade - Desvantagens: - Adesão; - Contração durante a polimerização 1.1 Reprodução das características naturais dos dentes - Forma e cor; - Escala universal existe, mas não é compatível; 1.2 Cor - Matiz —> para resinas compostas (A, B, C, D); - Matiz A —> marrom; - Matiz B —> amarelocom um pouco de marrom; - Matiz C —> cinza com uma pequena quantidade de marrom; - Matiz D —> rosa avermelhado com um pouco de marrom - Croma —> Saturação de um determinado matiz. Numeração gradual de 1 a 4 com variações que podem abranger faixas até 5, 6, 7; - Inicia-se a escolha pela cervical - Valor ou brilho —> refere-se a quantidade de opacidade (mais branco) e translucidez (mais cinza) 2.0 Classificação das resinas compostas - Classificadas de acordo com o tamanho médio das partículas inorgânicas e distribuição de tamanhos; - Tradicionais: partículas grandes e não eram resistentes (não existem mais no mercado); - Microparticuladas: partículas pequenas; não tem resistência; muito brilho; usadas em dentes anteriores; desgastos em processos de fadiga; - Resinas híbridas: PODE SER USADA EM DENTES ANTERIORES E POSTERIORES. Fusão das microparticuladas e das tradicionais; - Resinas nanoparticuladas: patente ainda vigora pela 3M. A melhor atualmente. Maior qualidade de acabamento; - Resinas nanohibridas: É a que o mercado tenta copiar da 3M; - ***PROVA - FATOR C - Fator de contração das resinas compostas; - Primeira técnica para reduzir as tensões; - Fator C = Área de superfície aderida / Área de superfície livre; Página � de �9 11 - Tensão residual de polimerização —> quanto menor o número de paredes aderidas, menor a tensão; - Incremento de duas em duas paredes: tanto que a luz consegue atravessar (até 2mm); - Quanto maior a pigmentação, maior a dificuldade da luz atravessar; - Polimerizar demais mexe com o grau de conversão —> tempo de polimerização = 40s; - A resina contrai em direção ao adesivo 3.0 Acabamento e polimento - Acabamento —> partículas maiores que 25µm; - Polimento —> partículas menores que 25µm; - Pontas abusivas diamantadas; - Discos de silicone; - Discos de óxido de alumínio; - Borradas abrasivas; - Pastas para polimento, contendo finas partículas abrasivas - Discos de granulação alta: remoção de excessos grosseiros; - Discos de granulação média: forma e lisura da superfície; - Brocas diamantadas: textura da superfície Preparos cavitários para resinas compostas em dentes posteriores 1.0 Preparo cavitário de classe I para resina composta 1.1 Forma e contorno: o mais conservador possível, limitando-se à forma e ao tamanho da lesão cariosa; - Passo 1) Cortar esmalte: brocas ponta diamantada esférica 1012, 1014, 1016; - Passo 2) Remoção de dentina cariada: brocas cabide e brocas de aço —> * em baixa rotação; - Passo 3) Após a remoção do tecido cariado, deve-se utilizar a enxada para alisar a parede de fundo; 1.2 Características finais do preparo - Ângulo diedros do primeiro e segundo grupo arredondados; - Ângulo cavossuperficial nítido e sem bisel 2.0 Preparo cavitário de Classe II para resina composta - Passo 1) Cortar esmalte: brocas ponta diamantada esférica 1012, 1014, 1016 ou cilíndricas 1095, 1097; - Passo 2) Remoção de dentina cariada: brocas cabide e brocas de aço —> * em baixa rotação; - Caixa oclusal: para o início do preparo, o plano axial da broca deve permanecer paralelo ao eixo longitudinal do dente para a confecção de uma canaleta mésio-distal ao longo do sulco central; - Caixa proximal: para a confecção das caixas profirais, deve-se proteger os dentes vizinhos com uma matriz de aço. 2.1 Características finais do preparo cavitário - Acabamento das margens de esmalte: - Utilização de enxadas para alisar a parede pulpar; - Recortadores de margem gengival para a remoção de prismas de esmalte sem suporte na parede gengival; - Preparo cavitário conservador; - Ângulos diedros do primeiro e do segundo grupo arredondados; - Ângulo cavossuperficial nítido e sem bisel; 2.2 Limpeza da cavidade - Clorexidina 2% Preparos cavitários de classe III, IV, V para resinas compostas 1.0 Preparo cavitário de classe III para resina composta com acesso por vestibular - Forma de contorno: meia lua - Separação temporário do dente que será preparado; - Proteção do dente vizinho com porta matriz e matriz de aço; - Para cortar esmalte: pontas diamantadas esféricas para cortar o esmalte; - Para cortar dentina: brocas carbide esféricas 1/4; 1/2; 1; 2; 4; 5; 6; 1.1 Técnica de preparo: - Pequenos movimentos pendulares para estender para incisal e gengival; Página � de �10 11 - As paredes circundantes da cavidade devem ser perpendiculares à superfície externa do dente formando um ângulo de 90º; - Formas de resistência: - Paredes circundantes planas e perpendiculares à superfície externa do dente; - Para o aplainamento das paredes circundantes são utilizados os recortadores de margem gengival - Bisel marginal: o biselamento do esmalte nas margens do preparo deve ser realizado com pontas diamantadas 1111F (extrafina), 3118 ou 1016 - Acabamento das paredes e margens de esmalte: utilização dos recortadores de margem gengival 2.0 Preparo cavitário de classe III para resina composta com acesso por lingual - Proteção do dente vizinho com porta-matriz e matriz de aço; - Caneta de alta rotação e broca esférica 1014 ganhando acesso à lesão - Broca esférica de aço para remoção da dentina cariada; - Preservação do esmalte vestibular e finalização do preparo com os recortadores de margem 2.1 Características finais da cavidade - Forma de contorno triangular; - Ângulo cavossuperficial biselado; - Paredes circundantes perpendiculares às superfícies externas acompanhando a conformação das faces correspondentes; - Envolvimento conservador 3.0 Preparo cavitário de classe IV para resina composta - Proteção do dente vizinho com porta-matriz e matriz de aço; 3.1 Características finas da cavidade - Envolvimento conservador; - Paredes circundantes acompanhando a conformação das faces correspondentes; - Remoção do ângulo incisal; - Ângulo cavossuperficial biselado; - Ângulo vidros do primeiro e segundo grupos arredondados; - Remoção do ângulo incisal; 4.0 Preparo cavitário de classe V para resina composta - Forma de contorno: boca de palhaço; - Confinado no terço gengival; - Broca 1012; 1014 para o esmalte; - Dentina: 2 a 6; 4.1 Técnica de preparo - Com pequenos movimentos nos sentidos mésio- distal e cérvico-oclusal/incisal, estende-se a cavidade, respeitando-se a convexidade da face vestibular; - As paredes circundantes da cavidade devem ser perpendiculares à superfície externa do dente, formando um ângulo de 90º; - Os ângulos diedros do primeiro e segundo grupos devem ser arredondados; - Acabamento das paredes e margens de esmalte: - Utilização das enxadas e recortadores de margem gengival; - O ângulo cavossuperficial deve ser nítido e sem bisel; 4.2 Características finais da cavidade - Envolvimento conservador; - Paredes circundantes perpendiculares às superfícies externas; - Parede axial respeitando a convexidade da face vestibular; - Ângulos diedros do primeiro e segundo grupos arredondados; - Ângulo cavossuperficial nítido e sem bisel. 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