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Dentística Operatória: Classificação e Princípios

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Resumo de Dentística 
Avaliação 1 
Lucas Silva
1.0 Dentística Operatória
- Conjunto de procedimentos que tem por 
finalidade devolver ao elemento dental sua 
integridade morfológica, estética e funcional 
alterada por diversos fatores;
1.1 Classificação das Cavidades


A) É feita de acordo com o número de 
faces
- Simples —> uma face;
- Composta —> duas faces;
- Complexa —> Três ou mais faces;
B) De acordo com a face envolvida
- Oclusal (O);
- Distal (D);
- Mesial (M);
- Ocluso-distal (OD);
- Mesio-ocluso-distal (MOD)
C) De acordo com a forma e extensão
- Inlay ou intracoronária (cavidade 
confinada no interior da estrutura 
dentária);
- Extracoronária parcial ou onlay 
(cavidade que apresenta cobertura 
parcial da estrutura dentária —> parte 
da coroa);
- Extracoronária ou overlay (cavidade 
que apresenta cobertura de todas as 
faces da estrutura dentária —> toda a 
coroa)
1.2 Nomenclatura dos planos das 
cavidades
- Plano horizontal;
- Plano vestíbulo-lingual ou áxio-lingual;
- Plano mésio-distal ou áxio-meso-distal 
- Paredes —> são os limites internos das 
cavidades:
- Ângulos diedros —> Formados pela 
união de duas paredes de uma 
cavidade:
- De primeiro grupo: junção de 
duas paredes circundantes;
- De segundo grupo: junção de 
uma parede circundante com uma 
de fundo;
- De terceiro grupo: junção de 
duas paredes de fundo
- Ângulos triedros —> Junção de 3 
paredes;
- Ex.: Vestíbulo pulpo-axial
- Ângulos cavo-superficiais —> 
Formado pela junção pela junção das 
paredes da cavidade com a superfície
- ** Paredes circundantes: são as 
paredes laterais da cavidade
1.3 Classificação das cavidades - 
Classificação artificial de Black
1.3.1 Classe I
Página � de �1 11
1.3.2 Classe II
1.3.3 Classe III
1.3.4 Classe IV
1.3.5 Classe V
1.3.6 Classe VI de Howard-Simon
1.3.7 Classe VII (Classe I de Sockwell)
1.3.8 Classificações complementares à de 
Black
2.0 Princípios gerais de preparo cavitário
- É o tratamento biomecânica da cárie e de 
outras lesões dos tecidos duros do dente, 
de forma que as estruturas remanescentes 
possam receber uma restauração que as 
proteja, seja resistente e previna a 
reincidência de cárie;
- Finalidade:
- Eliminar o tecido patológico;
- Estender as margens da cavidade a 
locais de relativa imunidade à cárie;
- Conferir à cavidade formas que 
permitam ao dente receber e reter o 
material restaurador;
- Preservar a vitalidade pulpar;
- Regras do preparo cavitário:
- Remover totalmente o tecido cariado 
infectado;
Página � de �2 11
- Deixar as paredes da cavidade 
suportadas por dentina sadia ou por 
materiais com igual função;
- Conservar maior quantidade de tecido 
dental sadio;
- Paredes cavitárias planas e lisas;
- Preparo cavitário limpo e seco;
2.1 Ordem de procedimentos
1) Forma de contorno;
2) Remoção da dentina cariada;
3) Forma de resistência;
4) Forma de retenção;
5) Forma de conveniência;
6) Acabamentos das paredes e margens do 
esmalte;
7) Limpeza da cavidade
2.2 Tempo operatório
- A forma do contorno deve englobar todo o 
tecido cariado e a área de superfície do 
dente que será incluida no preparo 
cavitário;
- I) Todo o esmalte sem apoio dentinário 
deverá ser removido;
- II) O ângulo cavosuperfícial do preparo 
deve localizar-se em uma área de 
relativa resistência a cárie e que 
possibilite um correto acabamento das 
bordas da restauração;
- III) Observar as diferenças entre as 
cavidades das cicatrículas e fissuras e 
as cavidades das superfície lisas
2.3 Principios básicos da forma de 
contorno
- Englobar cicatrículas, fissuras, sulcos muito 
profundos próximos a cáries;
- Preservar as estruturas de reforço;
- Quando duas cavidades distintas estiverem 
separadas por estruturas sadias com 
menos de 1mm, elas devem ser unidas em 
uma única cavidade, caso contrário, essa 
estrutura deverá ser mantida, preparando-
se assim 2 cavidades;
- Idade do paciente: pacientes jovens X 
idosos
2.3.1 Fatores considerados
- Propagação da cárie;
- Margens da cavidade;
- Prismas do esmalte
2.3.2 Extensão para a gengival
- Idade do paciente;
- Material restaurador;
- Extensão para a gengival em relação à 
idade do paciente;
- As margens cavitárias proximais poderão 
situar-se aquém, ao nível ou além da 
gengiva marginal livre
2.3.3 Extensão para a gengival em relação 
ao material restaurador
- Provisórios ou temporários;
- Permanentes
2.3.4 Extensão para vestibular e lingual
- O preparo cavitário deve englobar toda a 
lesão de cárie;
- As paredes cervical, vestibular e lingual da 
caixa proximal devem estar afastadas do 
contato com o dente vizinho com uma 
distância de 0,2mm a 0,5mm
2.4 Remoção da dentina cariada
- É a remoção de toda a dentina que 
encontra-se desmineralizada e infectada 
pela lesão de cárie de modo irreversível;
2.5 Forma de resistência 
- Consiste em dar forma à cavidade para que 
a estrutura dental e o material restaurador 
possa resistir:
- Aos esforços mastigatórios;
- Às alterações volumétricas dos 
materiais restauradores;
- Às diferenças no coeficiente de 
expansão térmica do dente e de 
material restaurador
2.6 Princípios mecânicos de Black
- Todo o esmalte deverá ser suportado por 
dentina sadia;
- Paredes circundantes planas, paralelas 
entre si e perpendiculares a parede pulpar;
- Parede gengival plana e paralela a parede 
pulpar e ambas perpendiculares ao longo 
eixo do dente;
- Ângulos diedros e triedros definidos ou 
arredondados;
- Ângulo axiopulpar;
2.7 Formas de retenção
- Consistem em dar a forma na cavidade com 
a finalidade de se evitar o deslocamento da 
restauração durante a mastigação
2.7.1 Tipos de retenção
- Por atrito do material;
- Mecânicas adicionais;
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- Micromecânicas (pelo condicionamento 
ácido e do esmalte e da dentina)
2.7.2 Princípio anunciado por Black para 
cavidade para amálgama
- Quando a profundidade de uma cavidade 
for igual ou maior que sua largura vestíbulo-
lingual, por si só, ela será retentiva
2.7.3 Retenções mecânicas adicionais
- Sulcos, canaletas, orifícios e pinos 
metálicos;
- Retenção mecânica em calda de andorinha;
- Retenção sulco ou canaleta;
- Retenção através de pinos em dentina;
- Inclinação das paredes vestibular e lingual 
da caixa proximal convergentes para 
oclusão;
- Retenção através de pino intrarradicular;
2.8 Forma de conveniência
- Consiste em dar ao preparo cavitário 
características que facilitem a conformação 
e a instrumentação da cavidade
- Isolamento absoluto;
- Separação temporária dos dentes;
- Proteção dos dentes vizinhos
2.9 Acabamento das paredes de esmalte
- Consiste em analisar as irregularidades das 
paredes de esmalte e do ângulo 
cavosuperficial do preparo cavitário, tendo 
como objetivo:
- Melhor adaptação do material 
restaurador às paredes cavitárias;
- Melhorar o vedamento marginal;
- Diminuir a infiltração marginal;
- Instrumento:
- Enxada;
- Recortador
2.10 Limpeza da cavidade
- Remoção de detritos deixados durante o 
preparo da cavidade, tais como: raspas de 
dentina e esmalte; bactéria; pequenos 
fragmentos abrasivos dos instrumentos 
rotatórios; óleo proveniente dos 
equipamentos de alta e baixa velocidade;
- Agente de limpeza cavitário:
- Clorexidina 2%;
- Hipoclorito de sódio;
- Água de hidroxido de cálcio;
- Ácido poliacrílico
3.0 Isolamento do campo operatório
3.1 Tipos
- Relativo;
- Absoluto
3.1.1 Isolamento Absoluto
- Vantagens:
- Promove a retração dos tecidos moles 
permitindo o acesso ao dente a ser 
preparado;
- Melhor visibilidade;
- Condições adequadas para a inserção 
e condensação dos materiais 
restauradores;
- Proteção do paciente
- Materiais utilizados:
- Lençol de borracha;- Perfurador de lençol de borracha;
- Arco de Young;
3.1.2 Isolamento relativo
- Utilizado em situação de total 
impraticabilidade do isolamento absoluto;
- Pode ser feita em dentes anteriores
3.2 Classificação dos grampos
- 200-205 —> molares;
- 206-209 —> pré-molares;
- 210-211 —> dentes anteriores;
- 212 (sem asa) —> utilizado para promover 
retração ou afastamento temporário da 
gengiva marginal;
- W8A (sem asa) —> molares (com garras 
provenientes para a cervical);
- W2A (sem asa) —> pré-molares e caninos;
- 26 e 29 (sem asa) —> molares;
- 22 e 27 (sem asa) —> pré-molares;
- **Posição de grampo —> sempre a asa 
para distal
3.3 Preparação do lençol de borracha
- Primeiro furo e maior furo: grampo;
- segundo furo: molares;
- terceiro furo: pré-molares e caninos;
- quarto furo: incisivos superiores;
- quinto furo: incisivos inferiores
3.4 Método de preparação do lençol de 
borracha
- Divisão em quadrantes;
- Mordida em cera;
- Marcação na boca;
- Carimbo;
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- Passos:
- 1)Divisão em quadrantes consiste em 
traçar sobre o dique de borracha uma 
linha vertical e uma horizontal com o 
uso de uma caneta;
- 2) Marcar 3 centímetros para cada lado 
no segmento horizontal;
- 3) Marcar 4 centímetros para cada 
segmento vertical inferior;
- 4) Marcar 5 centímetros para cada 
segmento vertical superior;
- 5) Iniciar marcação para os dentes —> 
18, 28, 38 ou 48 sobre a marcação de 
3 centímetros da linha horizontal;
- 6) Seguir a marcação em forma de 
arco até os dentes 11, 21, 31 ou 41;
- Mordida em cera
- 1) Paciente pressiona uma lâmina 7 de 
cera;
- 2) Lâmina é colocada na região inferior 
ou superior da borracha;
- 3) Fura-se a borracha exatamente 
sobre a marcação dos dentes na cera;
- Preparo dos dentes para receber os 
diques de borracha
- Testar os contados proximais com fio 
dental;
- Regularizar a superfícies;
- Lubrificar a região dos orifícios do 
dique de borracha;
- Utilizar a fio dental para passar a 
borracha pelo ponto de contato;
- Utilizar amarrias;
- Técnica de colocação do dique de 
borracha
- Coloca-se o grampo;
- Coloca-se o dique de borracha e o 
mantenedor de dique;
- Técnica de Ingraham: coloca-se o 
grampo com a borracha e, a seguir, o 
arco porta dique;
- Coloca-se o grampo e, a seguir, o arco 
com a borracha;
- Coloca-se o conjunto grampo-arco-
borracha em um só tempo
- Sequência de colocação do dique de 
borracha
- 1) Verificação da relação de contato e 
existência de bordas cortantes com o 
fio dental;
- 2) Seleção do grampo para a técnica 
de isolamento;
- 3) Perfuração da borracha de acordo 
com os grupos de dentes a serem 
envolvidos no isolamento;
- 4) Colocação do grampo;
- Remoção do grampo
- Pinça porta grampo;
- Remoção das amarrias;
- Remoção do lençol;
4.0 Preparo cavitário
4.1 Preparo cavitário de Classe I para 
amálgama
- Brocas utilizadas:
- 245 (é retentiva, arredontada e cone 
invertido);
- 556 (cilíndrica, picotada), 56 (lisa, 
expulsiva, para acabamento);
- Materiais e instrumentos utilizados:
- Pinça clínica;
- Sonda exploradora 5;
- Espelho clínico plano;
- Contra-ângulo para micromotor;
- Micromotor;
- Escova para limpeza de brocas;
- Broca para alta velocidade;
- Cone invertido longo de extremo plano 
e arestas arredondadas número 245;
- Brocas para baixa velocidade 56 e 
556;
- Enxada monoangulada 8 e 9;
4.2 Técnica de preparo
- Delimitar-se a forma de contorno com lápis 
envolvendo as áreas susceptíveis a cárie 
preservando as estruturas de reforço do 
dente como as vertentes das cúspides e as 
cristas marginais;
- 1) Inicio do preparo: brocas 245 ou 556 
—> posicionar na fossa central com 
ligeira inclinação para distal;
- 2) Após a penetração inicial, o plano axial 
da broca deve permanecer paralelo ao 
eixo longitudinal do dente para a 
confecção de uma canaleta médio-distal 
ao longo do sulco central. A canaleta 
mésio-distal com profundidade 
correspondente a metade da ponta ativa 
da broca e a largura igual ou 1 e meio 
diâmetro da ponta ativa. A largura 
correspondente a 1/4 ou 1/3 de distância 
entre os vértices das cúspides 
vestibulares e linguais. A broca deve 
determinar as paredes circundantes, 
aplainar a parede pulpar e definir os 
ângulos diedros do segundo grupo 
ligeiramente arredondados. 
- **Formas de resistência e retenção:
Página � de �5 11
- Parede pulpar plana e 
perpendicular ao eixo longitudinal 
do dente;
- Paredes circundantes vestibular, 
lingual, mesial e distal paralelas 
entre si ou convergentes para 
oclusal;
- Profundidade maior que a 
abertura vestíbulo lingual;
- Broca n 245 = cavidade altamente 
retentiva;
- ** Cavidade preparada com a broca 
556 —> Acabamento com a broca 
cilíndrica n 56; enxada 
monoangulada para alisar as 
paredes circundantes e parede de 
fundo;
- ** Cavidade preparada com a broca 
245 —> dispensa-se o acabamento 
das paredes cavitárias, pois essa 
broca tem lâminas de cortes lisos;
- **Ângulo cavo-superficial —> linha 
nítida, contínua, sem bisel
4.3 Características da cavidade quando se 
utiliza a broca 245
- Abertura vestíbulo-lingual com 1/4 de 
distância entre os vértices das cúspides 
correspondentes;
- Parede pulpar plana e perpendicular ao eixo 
longitudinal do dente;
- Parede vestibular, lingual, mesial e distal 
convergentes para oclusal;
- Ângulos diedros do primeiro grupo e 
segundo grupo ligeiramente arredondados;
- Ângulo cavosuperficial nítido e sem bisel;
4.4 Características da cavidade com broca 
556
- Abertura vestíbulo-lingual com 1/4 de 
distância entre os vértices das cúspides 
correspondentes;
- Parede pulpar plana e perpendicular ao eixo 
longitudinal do dente;
- Parede vestibular, lingual, mesial e distal 
paralelas entre si;
- Ângulos diedros do primeiro grupo 
arredondados;
- Ângulos diedros do segundo grupo 
definidos;
- Ângulo cavosuperficial nítido e sem bisel;
4.5 Formas de contorno
- Inclui a extensão total do sulco lingual sem 
invadir a ponte de esmalte da face oclusal;
- Broca 245 ou 556, correspondente a 
metade da ponta ativa;
4.6 Formas de resistência e retenção
- Manutenção da cúspide disto-lingual íntegra 
sem invadir as vertentes;
- Preservação da ponte de esmalte;
- Arredondamento do ângulo áxio-pulpar;
- Profundidade da caixa oclusal igual ou 
maior que a largura —> dispensa retenções 
adicionais;
- Com a broca 245 as paredes circundantes 
da caixa oclusal convergem para oclusal 
oferecendo características auto-retentivas;
4.7 Na caixa lingual
- Retenções adicionais com a broca 699 ou 
esférica 1/4 nos ângulos diedros mésio- e 
disto-axial as expensas das paredes mesial 
e distal
- Em forma de canaleta o sulco, essas 
retenções devem ultrapassar ligeiramente o 
ângulo áxio-pulpar sem atingir o ângulo 
cavo superficial;
4.8 Técnicas de preparo
- Retenções adicionais em forma de 
canaleta, o sulco, nos diedros áxio-distal e 
áxio-mesial com a broca 699. Acabamento 
das paredes de fundo e circundantes com 
enxada monoangulada;
Lucas Silva
Resumo de Dentística
AV2
Lesões Cervicais não cariosas
1.0 Introdução
- Causa etiológica: multifatorial, não-
bacteriana;
- Classificação:
1.1 Abfração: causada por forças. Perda 
patológica dos tecidos duros dentários 
oriundos de forças oclusais traumáticas que 
provocam secções dentárias, provocando 
alterações no esmalte, cemento e dentina;
- Manifestações clínicas: forma de cunha, 
geralmente profunda e com margem 
definida;
Página � de �6 11
- Dentes mais acometidos —> pre-molares 
inferiores/superiores seguidos dos caninos;
- Tratamento: 
- Correção oclusal eliminando as 
interferências oclusais;
- Tratamento restaurador;
1.2 Erosão: perda de substância dentária porprocessos químicos/exposição ácida. Sem 
envolvimento de bactérias;
- Características:
- Descalcificação pouco profunda do 
esmalte;
- Manchas brancas;
- Dureza;
- Cavidade larga e rasa;
- Cuspides arredondadas
- Etiologia: 
- Fatores intrínsecos:
- Xerostomia;
- Anorexia nervosa;
- Problemas gastroesofágicos;
- Fatores extrínsecos:
- Alimentos;
- Refrigerantes;
- Isotônicos;
- Produtos advindos do ambiente 
de trabalho que mantém o pH 
bucal baixo.
- Tratamento: 
- Remoção dos fatores causais;
- Procedimento restaurador com análise 
individual;
1.3 Abrasão: Desgaste patológico dos tecidos 
duros por forças mecânicas não relacionadas 
com a oclusão;
- Acontece quando uma superfície áspera e 
dura desliza ao longo de uma superfície 
com um menor grau de dureza cortando-a 
ou sulcando-a na forma de uma série de 
ranhuras;
- Etiologia:
- Procedimento de higienização bucal;
- Tempo e força aplicada durante o 
processo de escovação;
- Uso de palito de dente.
- Manifestações clínicas:
- Lesão apresenta superfície dura, 
altamente polida;
- Tratamento:
- Orientação quanto ao uso correto da 
escova dental e a escolha de um 
dentifrício pouco abrasivo;
- Em casos de lesões profundas, 
tratamento restaurador
- Sensibilidade dentinária
- Decorrente da exposição do tecido 
dentinário;
- Pode ser tratada com: a aplicação de 
agentes dessensibilizastes; laserterapia; 
ou com a confecção de restaurações em 
cimento de ionômero de vidro, resina 
composta ou amalgama de prata.
Proteção do complexo dentinopulpar
1.0 Fatores que causam agressão ao tecido 
pulpar
- Calor gerado durante o preparo cavitário;
- Refrigeração das turbinas;
- Vibração;
- Cuidados relativos ao desgaste dental;
- Limpeza da cavidade;
- Remoção parcial da smear layer;
2.0 Protetores do complexo dentinopulpar
- Vernizes cavitários:
- Formam uma camada protetora sobre 
a estrutura do dente recém cortado 
durante o preparo cavitário;
- Protegem a polpa contra irritação 
química e estímulos elétricos.
- Cimento de hidróxido de cálcio:
- Indicações: forrar de cavidades 
profundas; proteção (capeamento) 
pulpar direta;
- Benefícios: 
- Ação bactericida;
- Favorece a reparação pulpar;
- Promove a neutralização dos 
ácidos;
- Estimula a formação ou deposição 
da dentina terciária;
- Malefícios:
- Baixa resistência a compressão;
- Cimentação temporária;
- Solubilidade média.
- Cimento de óxido de zinco e eugenol:
- Apresentação: pasta base e pasta 
catalisadora;
- Efeito terapêutico sobre a polpa;
- Baixa resistência mecânica;
- Inibe o sistema adesivo;
- Cimento de fosfato de zinco
- Contraindicado em cavidade profunda 
sem forramento;
- Não apresenta adesão em estrutura 
dentária;
Página � de �7 11
- Fácil manipulação;
- Largamente utilizado em cimentações 
definitivas;
- Cimento de ionômero de vidro
- Adesão ao esmalte e à dentina;
- Libera fluor, promovendo 
remineralização;
- Coeficiente de expansão térmica linear 
próximo ao da dentina;
- Bom selamento marginal;
- Boa resistência como material forrador 
ou selador
2.0 Técnicas utilizadas na proteção do 
complexo dentinopulpar
2.1 Proteção pulpar indireta
- Consiste na aplicação de agentes 
seladores, forradores ou bases protetoras 
nas paredes da cavidade
2.2 Proteção pulpar direta
- Consiste na aplicação de um agente 
protetor diretamente sobre o tecido pulpar 
exposto;
3.0 Profundidade das cavidades
- Cavidades superficiais:
- Cavidades em esmalte ou ultrapassando 
ligeiramente a junção amelodentinária 
(não se aplica nenhum tipo de proteção 
pulpar, apenas material restaurador).
- Cavidade rasa:
- São cavidades com mais de 2mm de 
estrutura remanescente entre o assoalho 
e a polpa não se aplica nenhum tipo de 
proteção pulpar, apenas material 
restaurador).
- Cavidade de profundidade média
- São cavidades co mais de 1mm e menos 
de 2mm, de estrutura remanescente 
entre o assoalho e a polpa;
- ** Resina composta: proteção do 
complexo dentinopulpar: sistema adesivo;
- ** Amálgama: verniz cavitário
- Cavidade profunda
- Cavidades com mais de 0,5mm e menos 
de 1mm de estrutura remanescente entre 
o assoalho e a polpa
- ** Resina composta: CIV + sistema 
adesivo;
- ** Amálgama: CIV + verniz cavitário
- Cavidade muito profunda
- Com menos de 0,5mm de estrutura 
remanescente entre o assoalho e a 
polpa;
- ** Resina composta: Cimento de 
hidróxido de cálcio + CIV + sistema 
adesivo;
- ** Amálgama: Cimento de hidróxido de 
cálcio + CIV + verniz cavitário
- Exposição pulpar acidental
- Resina composta: Cimento de hidróxido 
de cálcio P.A + CIV + sistema adesivo;
- Amálgama: Cimento de hidróxido de 
cálcio P.A + CIV + verniz cavitário
- Tratamento Expectante
- Consiste na proteção pulpar indireta 
através da aplicação de materiais com 
propriedade de estimular a formação de 
dentina reacional;
- O tratamento definitivo deve ser realizado 
entre 45 dias e 120 dias após o 
tratamento expectante;
- Após tratamento expectante:
- Remover o cimento de ionômero de 
vidro temporário e a dentina que não 
foi remineralizada;
- Procede como uma cavidade muito 
profunda
Sistemas adesivos
1.0 Introdução
- União adesiva: processo de ligação de 
dois materiais por meio de um agente 
adesivo que se solidifica durante o processo 
de união;
- União aos substratos dentais: processo 
de união de uma resina composta aos 
substratos dentais condicionados;
- Adesivo dentinário: fina camada de resina 
que promove a adesão entre a dentina 
condicionada e a matriz resinosa de uma 
resina composta
2.0 Classificação:
- Convencionais (necessita de ácido):
- Técnica úmida de três passos clínicos 
ou dois;
- Autocondicionante (não necessita de 
ácido):
- Técnica seca
3.0 Mecanismos de união
- União entre o substrato sólido (esmalte) e 
um líquido (adesivo);
Página � de �8 11
- O ângulo de contato deve ser pequeno, 
promovendo maior capacidade de 
umedecimento;
- Esmalte:
- Condicionamento ácido (30 segundos) 
—> essencial para aumentar a energia 
de superfície, obtendo uma superfície 
mais receptiva ao adesivo;
- Criação de microporosidade e aumento 
da área de superfície;
- Essas microporosidades são 
preenchidas pelo adesivo;
- Dentina: 
- Smear layer: camada fracamente 
aderida à superfície dentinária 
produzida pelo corte da dentina;
- Condicionamento ácido: remoção de 
minerais; aumento da abertura da 
entrada dos túmulos dentinários; 
exposição da rede de colágeno;
- Após a lavagem do ácido, a dentina 
deve ser mantida umedecida para 
favorecer a ação do primer 
(monômeros com agrupamentos 
hidrofílicos com afinidade pela 
superfície dentinária e monômeros 
hidrofóbicos que se unem à resina 
composta);
- Primer: penetra na rede de colágeno e 
na dentina desmineralizada 
aumentando a energia de superfície da 
dentina. Base: acetona (sete 
camadas); base álcool (duas 
camadas);
- Adesivo: infiltra no substrato dentário 
condicionado e copolimeriza com o 
primer formando uma camada de 
resina-dentina ácido resistente;
- Camada híbrida: é uma camada 
intermediária de resin, fibras colágenas 
e a dentina, ácido resistente, produzida 
após condicionamento ácido da 
dentina e infiltração do adesivo
Resinas composta
1.0 Introdução
- Sucesso clínico —> durabilidade 
- Vantagens:
- Estética;
- Conservação da estrutura dentária 
remanescente;
- Tempo de execução clínica;
- Custo;
- Versatilidade
- Desvantagens:
- Adesão;
- Contração durante a polimerização
1.1 Reprodução das características 
naturais dos dentes
- Forma e cor;
- Escala universal existe, mas não é 
compatível;
1.2 Cor
- Matiz —> para resinas compostas (A, B, C, 
D);
- Matiz A —> marrom;
- Matiz B —> amarelocom um pouco de 
marrom;
- Matiz C —> cinza com uma pequena 
quantidade de marrom;
- Matiz D —> rosa avermelhado com um 
pouco de marrom
- Croma —> Saturação de um determinado 
matiz. Numeração gradual de 1 a 4 com 
variações que podem abranger faixas até 5, 
6, 7;
- Inicia-se a escolha pela cervical
- Valor ou brilho —> refere-se a quantidade 
de opacidade (mais branco) e translucidez 
(mais cinza)
2.0 Classificação das resinas compostas
- Classificadas de acordo com o tamanho 
médio das partículas inorgânicas e 
distribuição de tamanhos;
- Tradicionais: partículas grandes e não 
eram resistentes (não existem mais no 
mercado);
- Microparticuladas: partículas pequenas; 
não tem resistência; muito brilho; usadas 
em dentes anteriores; desgastos em 
processos de fadiga;
- Resinas híbridas: PODE SER USADA 
EM DENTES ANTERIORES E 
POSTERIORES. Fusão das 
microparticuladas e das tradicionais;
- Resinas nanoparticuladas: patente 
ainda vigora pela 3M. A melhor 
atualmente. Maior qualidade de 
acabamento;
- Resinas nanohibridas: É a que o 
mercado tenta copiar da 3M;
- ***PROVA - FATOR C
- Fator de contração das resinas 
compostas;
- Primeira técnica para reduzir as tensões;
- Fator C = Área de superfície aderida / 
Área de superfície livre;
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- Tensão residual de polimerização —> 
quanto menor o número de paredes 
aderidas, menor a tensão;
- Incremento de duas em duas paredes: 
tanto que a luz consegue atravessar (até 
2mm);
- Quanto maior a pigmentação, maior a 
dificuldade da luz atravessar;
- Polimerizar demais mexe com o grau de 
conversão —> tempo de polimerização = 
40s;
- A resina contrai em direção ao adesivo
3.0 Acabamento e polimento
- Acabamento —> partículas maiores que 
25µm;
- Polimento —> partículas menores que 
25µm;
- Pontas abusivas diamantadas;
- Discos de silicone;
- Discos de óxido de alumínio;
- Borradas abrasivas;
- Pastas para polimento, contendo finas 
partículas abrasivas
- Discos de granulação alta: remoção de 
excessos grosseiros;
- Discos de granulação média: forma e 
lisura da superfície;
- Brocas diamantadas: textura da superfície
Preparos cavitários para resinas 
compostas em dentes posteriores
1.0 Preparo cavitário de classe I para resina 
composta
1.1 Forma e contorno: o mais conservador 
possível, limitando-se à forma e ao tamanho 
da lesão cariosa;
- Passo 1) Cortar esmalte: brocas ponta 
diamantada esférica 1012, 1014, 1016;
- Passo 2) Remoção de dentina cariada: 
brocas cabide e brocas de aço —> * em 
baixa rotação;
- Passo 3) Após a remoção do tecido cariado, 
deve-se utilizar a enxada para alisar a 
parede de fundo;
1.2 Características finais do preparo
- Ângulo diedros do primeiro e segundo 
grupo arredondados;
- Ângulo cavossuperficial nítido e sem bisel
2.0 Preparo cavitário de Classe II para 
resina composta
- Passo 1) Cortar esmalte: brocas ponta 
diamantada esférica 1012, 1014, 1016 ou 
cilíndricas 1095, 1097;
- Passo 2) Remoção de dentina cariada: 
brocas cabide e brocas de aço —> * em 
baixa rotação;
- Caixa oclusal: para o início do preparo, o 
plano axial da broca deve permanecer 
paralelo ao eixo longitudinal do dente para a 
confecção de uma canaleta mésio-distal ao 
longo do sulco central;
- Caixa proximal: para a confecção das 
caixas profirais, deve-se proteger os dentes 
vizinhos com uma matriz de aço.
2.1 Características finais do preparo 
cavitário
- Acabamento das margens de esmalte:
- Utilização de enxadas para alisar a 
parede pulpar;
- Recortadores de margem gengival 
para a remoção de prismas de esmalte 
sem suporte na parede gengival;
- Preparo cavitário conservador;
- Ângulos diedros do primeiro e do segundo 
grupo arredondados;
- Ângulo cavossuperficial nítido e sem bisel;
2.2 Limpeza da cavidade
- Clorexidina 2%
Preparos cavitários de classe III, IV, V para 
resinas compostas
1.0 Preparo cavitário de classe III para 
resina composta com acesso por 
vestibular
- Forma de contorno: meia lua
- Separação temporário do dente que será 
preparado;
- Proteção do dente vizinho com porta matriz 
e matriz de aço;
- Para cortar esmalte: pontas 
diamantadas esféricas para cortar o 
esmalte;
- Para cortar dentina: brocas carbide 
esféricas 1/4; 1/2; 1; 2; 4; 5; 6;
1.1 Técnica de preparo: 
- Pequenos movimentos pendulares 
para estender para incisal e gengival;
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- As paredes circundantes da cavidade 
devem ser perpendiculares à superfície 
externa do dente formando um ângulo 
de 90º;
- Formas de resistência: 
- Paredes circundantes planas e 
perpendiculares à superfície externa 
do dente;
- Para o aplainamento das paredes 
circundantes são utilizados os 
recortadores de margem gengival
- Bisel marginal: o biselamento do 
esmalte nas margens do preparo deve 
ser realizado com pontas diamantadas 
1111F (extrafina), 3118 ou 1016
- Acabamento das paredes e margens 
de esmalte: utilização dos 
recortadores de margem gengival
2.0 Preparo cavitário de classe III para 
resina composta com acesso por lingual
- Proteção do dente vizinho com porta-matriz 
e matriz de aço;
- Caneta de alta rotação e broca esférica 
1014 ganhando acesso à lesão
- Broca esférica de aço para remoção da 
dentina cariada;
- Preservação do esmalte vestibular e 
finalização do preparo com os recortadores 
de margem
2.1 Características finais da cavidade 
- Forma de contorno triangular;
- Ângulo cavossuperficial biselado;
- Paredes circundantes perpendiculares às 
superfícies externas acompanhando a 
conformação das faces correspondentes;
- Envolvimento conservador
3.0 Preparo cavitário de classe IV para 
resina composta
- Proteção do dente vizinho com porta-matriz 
e matriz de aço;
3.1 Características finas da cavidade
- Envolvimento conservador;
- Paredes circundantes acompanhando a 
conformação das faces correspondentes;
- Remoção do ângulo incisal;
- Ângulo cavossuperficial biselado;
- Ângulo vidros do primeiro e segundo grupos 
arredondados;
- Remoção do ângulo incisal;
4.0 Preparo cavitário de classe V para 
resina composta
- Forma de contorno: boca de palhaço;
- Confinado no terço gengival;
- Broca 1012; 1014 para o esmalte; 
- Dentina: 2 a 6;
4.1 Técnica de preparo
- Com pequenos movimentos nos sentidos 
mésio- distal e cérvico-oclusal/incisal, 
estende-se a cavidade, respeitando-se a 
convexidade da face vestibular;
- As paredes circundantes da cavidade 
devem ser perpendiculares à superfície 
externa do dente, formando um ângulo de 
90º;
- Os ângulos diedros do primeiro e segundo 
grupos devem ser arredondados;
- Acabamento das paredes e margens de 
esmalte:
- Utilização das enxadas e recortadores 
de margem gengival;
- O ângulo cavossuperficial deve ser 
nítido e sem bisel;
4.2 Características finais da cavidade
- Envolvimento conservador;
- Paredes circundantes perpendiculares às 
superfícies externas;
- Parede axial respeitando a convexidade da 
face vestibular;
- Ângulos diedros do primeiro e segundo 
grupos arredondados;
- Ângulo cavossuperficial nítido e sem bisel.
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