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Lucas Silva Resumo de Periodontia AV2 Tratamento de Doenças periodontais 1.0 Tratamentos - Correta higienização; - Profilaxia; - Raspagem; - Alisamento e polimento radicular (Rap supragengival e subgengival); - Anti-sépticos (0,12% duas vezes ao dia durante 1 minuto); - Antibióticos; - Procedimentos cirurgicos; - Ajuste oclusal; - Contenção e reabilitação; - Uso de instrumentos ultrasônicos; - *A raspagem é um procedimento difícil de ser realizado quando não impossível, mesmo após, ainda vão existir pequenos depósitos de cálculos e algumas bactérias (mas o sistema imunológico trata) no entanto, na maioria das vezes, isso já é suficiente para estabelecimento da saúde periodontal. Quando um sítio não cicatrizar**** —> raspar novamente meticulosamente no local; - Não se pode anestesiar os dois lados pois isso pode gerar falta de ar Pergunta: Quantos dentes raspar por consulta? - Rap full mouth: quando realizamos o rap de boca total em 24 horas; - Por sextante: um sexto da arcada por consulta; - Por quadrante; 2.0 Raspagem fechada - Quando não precisa de retalho para fazer a raspagem; - O exame de sondagem nas bolsas periodontais que vai indicar o quanto é necessário introduzir a cureta devido a profundidade da sondagem; - PROVA: - *** Objetivos da Rap: - Remover grande parte do biofilme e o cálculo; - Remover cemento contaminado; - Reduzir mobilidade; - Criar um ambiente favorável a microbiota compatível com a saúde periodontal; - Redução de bolsas; - *** Quanto tempo esperar para reduzir a mobilidade? - 45 a 90 dias; - Turn over do osso —> 90 a 120 dias; - Turn over do tecido conjuntivo —> 28 dias; - Turn over do tecido epitelial —> 10 a 12 dias; 3.0 Raspagem - Primeiro, faz-se a raspagem do campo fechado; - Caso não haja melhora, repete-se com campo fechado; - Na terceira tentativa —> usar o campo aberto; 3.1 Raspagem aberta - Acontece em situações onde a raspagem tem que ser em bolsas muito profundas (acima de 6mm), doenças periodontais recorrentes e região de furca; - Vantagens: - Dá para ver onde tem cálculo; - Qual colutório utilizar: - 1) Água oxigenada 10 a 20 volumes; - 2) Óleos essenciais (Listerine); - 3) Cloreto de acetilpiridineo (cepacol); - 4) Clorexidina 0,12% (Periogard e Paradontax); - *** Quando utilizar colutórios? - Pré- e pós-operatórios (exodontia, apenas 24 horas antes); - Pacientes incapazes de realizar a higienização manual; - Quadros graves e agudos de doenças; - Transplantes; 3.1.1 Prescrição de medicação oral - Amoxicilina: - Azitromicina: - Clavulanato de Potássio 125mg (associado a amoxicilina, a bactéria possui uma enzima beta- lactamase que quebra o anel da amoxicilina, o clavulanato atua inibindo essa enzima); - Amoxicilina —> mais forte que azitromicina, pois a amoxicilina é bactericida enquanto a azitromicina é bacteriostático; - Tetraciclina: - Doxiciclina-vancomicina (100mg)??; - Metronizazol: - Flagil 250mg duas vezes ao dia ou 400mg uma vez ao dia; - Cápsula ou dragea; - Creme é vaginal; - ***PROVA: Fases do tratamento (medicação entre nas quatro fases e clorexidil nas últimas 3): - Fase 1: Sistêmica: - Exames para avaliar o estado clínico (estado sistêmico); - Fase 2: Preparo básico ou fase inicial: - Pequenos movimentos ortodônticos, preparo que antecipa o tratamento definitivo; - Fase não cirúrgica; - Fase cirúrgica; - São procedimentos provisórios; - Fase 3: Reparadora ou de reabilitação: - Restaurações definitivas; - Tratamento ortodôntico definitivo; - Prótese; - Tratamento endodôntico; - Fase 4: Fase de manutenção: - Profilaxia; - Acompanhamento; - Consultas periódicas; - Reavaliação periodontal; 4.0 Preparo básico - É tudo o que fazemos para transformar o paciente um paciente periodontalmente em um paciente saudável. 5.0 Cicatrização após Rap subgengival - Epitélio —> 7 dias; - Conjuntivo —> 28 dias; - Osso —> 120 dias; 5.1 Regeneração e cicatrização: - Regeneração: - Reposição de um tecido perdido por outro de mesma origem; - Cicatrização: - Reposição de um tecido de origem diferente; - Com a cicatrização pode acontecer a redução da mobilidade entre 45 e 90 dias; - *** PROVA - Como avaliar a Rap? - Inspeção visual; - Sondagem das irregularidade (passar a sonda ao redor da raiz); - Cicatrização dos tecidos; 6.0 Gengivite - Tratamento da gengivite: - Orientar a higienização; - Raspagem; - Anti-sépticos; - Cirurgia 7.0 Periodontite crônica - O tratamento é: - Profilaxia; - Orientação sobre higienização; - Rap supra- e subgengival; - Contenção periodontal; - Antibioticoterapia; 8.0 Periodontite agressiva - Tratamento: - Primeira fase: Orientação sobre higienização oral; - Segunda fase: Rap supra- e subgengival; uso de antibioticoterapia, clorexidina; - Terceira fase: contenção e cirurgia 9.0 Periodontite necrosante - Tratamento: - Primeira fase: orientação sobre higiene oral; - Segunda fase: Rap supra- e subgengival, uso de antibioticoterapia sistêmica e colutórios; - Terceira fase: Uso de antibioticoterapia Aplicação de Exames por Imagem na Periodontia 1.0 Quando utilizar os métodos por imagem - No diagnóstico —> planejamento —> prognóstico —> preservação; 2.0 Qual a melhor técnica - Periapicais ** Melhor; - Bitewink; - Panorâmicas não são aceitáveis para diagnóstico periodontal —> maior grau de distorção e menor grau de distorção; - Paralelismo; - Tomografia computadorizada; - Vantagem -> mostra defeitos ósseos em 100%; - Desvantagem -> Custo; 3.0 O que é possível avaliar nas radiografias - Periodonto de inserção (cemento, osso alveolar propriamente dito, ligamento periodontal); - Crista óssea: - Seu aspecto radiográfico mostra alterações iniciais da periodontite; - Lâmina faca (incisivo inferior); - Lâmina bugosa (pré e molar); - Lâmina plato (molares); - Lâmina plato inclinado (molares) - ***Idade não é fator primordial para a lise óssea; - Lâmina dura; - Região periapical; - Zona de furca; - Contorno das restaurações; - Perda óssea horizontal e vertical; 4.0 Utilidades e limitações?? - Limitações: - As radiografias não revelam o estado real da atividade celular, mas mostram os efeitos desta sobre os tecidos mineralizados (ou seja, não fala se a doença está ativa ou inativa, mas mostra os efeitos sobre os tecidos mineralizados); - É necessário ter de 30% a 50% de perda de conteúdo mineral para ser observado; - Parede vestibular e lingual interpostas na radiografia; - Defeitos de 2 e 3 paredes podem ser confundidos; - Não mostra a bolsa periodontal; - Não mostra a mobilidade do elemento dentário; - Não mostra lesões de furca iniciais; - Não mostra contornos das raízes; - Não mostra fenestrações e deiscências; - Limitações — Paredes remanescentes: - Quanto mais paredes remanescentes, maior a taxa de sucesso; - Enxerto ósseo: - 6 meses maxila; - 5 meses na mandíbula - Defeito de 3 paredes: - Uma vestibular; - Uma lingual; - Uma mesial; - Defeitos de 2 paredes: - Defeitos de 1 parede: - Apenas mesial (uma parede mais difícil de se fazer enxerto); 5.0 Aspectos radiográficos das lesões de periodonto - Inicio da doença periodontal - Alterações radiográficas iniciais: - Irregularidade da crista óssea e lâmina dura; - Esfumaçamento; - Aumento do espaço periodontal; - Perda óssea vertical e horizontal; Trauma oclusal - Perda óssea vertical; - Aumento do espaço periodontal; Visualização de cálculo Excesso de restaurações Doenças periodontais necrosantes; Aspectos da periodontite agressiva - Incompatibilidade entre o nível de placa bacteriana e a perda óssea; - Lesões em forma de taça em incisivos e primeiros molares; - Mais comuns emindivíduos de menos de 30 anos; Lesões de furca Abcesso periodontal - Normalmente não aparece na imagem radiográfica, pois acontece mais em tecidos moles; - Aparece apenas se for dentro do osso; Lesões endoperio Fraturas Terapia regenerativa Proservação Cirurgia Periodontal 1.0 Objetivos do tratamento cirúrgico - Criar acesso adequado para raspagem e alisamento radicular por parte do profisisonal; - Regeneração da inserção periodontal perdida devido a doença destrutiva; 2.0 Gengivectomia/Gengivoplastia - Indicações: - Bolsa supraóssea; - Tecido gengival fibrótico; - Hiperplasia gengival - Aumento de coroa clínica; - Reestabelecer contorno gengival após doença periodontal necrosante; - *Gengivectomia x Gengivoplastia - A gengivoplastia é similar a gengivectomia, mas sua finalidade é diferente; - Quando remove gengiva em altura —> gengivectomia; - Quando remove gengiva em espessura —> gengivoplastia; - Instrumentais: - Gengivótomo de Kirkland; - Gengivótomo de Orban; - Pinças demarcadoras (pinçar o tecido e demarcar a área cirúrgica, são também usadas para evitar expor o osso durante a cirurgia); - Alicate de cutícula; 2.1 Passos - Primeiro: incisão primária —> utilizando o gengivótomo de Kirkland, ou lâmina de bisturi 15c. Feita no ângulo de 45º, porque se cortar reto deixa o osso exposto; - Segundo: incisão secundária —> mesma coisa que a primária, nas faces interproximais utilizando o gengivótomo de Orban ou lâmina de bisturi 15c; - Terceiro: incisão terciária —> intrasulcular (não é muito usada). Utiliza-se o gengivótomo de Orban ou lâmina de bisturi 15c; - 15 dias após a operação —> contorno bem definido; 3.0 Princípios da indicação - Biológicos, técnicos e estéticos; - Bolsa supraóssea (para não haver exposição óssea). Se for intraósseo, não pode fazer a cirurgia; - Gengiva inserida o suficiente (no mínimo a gengiva inserida remanescente deverá ser de 2mm); - Indicações: - Eliminação de bolsas supraósseas com parede firme e fibrosa, profundidade uniforme; - Eliminação de hiperplasias gengivais; - Eliminação crateras gengivais; - Aumento de coroa clínica; - Correção de assimetria gengival; - Contorno e forma - Contra-indicações: - Faixa de gengiva estreita ou ausente; - Fundo da bolsa apical em relação a linha mucogengival; - Bolsas infraósseas; - Necessidade de cirurgia óssea; - Comprometimento estético; - Inflamação dos tecidos gengivais; - Higiene bucal inadequada. -
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